sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ateus X Fanáticos

O papa, em visita à Inglaterra, comparou os ateus com os nazistas. Disse que o ateísmo do século XX foi que propiciou regimes como o nazismo.
Engraçado como os "líderes" políticos gostam de torcer  a verdade. A história está cheia de governos, regimes  e/ou poderes absolutamente intolerantes e na sua quase totalidade tiveram, como causa e justificativa, uma religião qualquer. Até parece que o papa  desconhece a Inquisição na Europa e o genocídio na América, comandado pelos espanhóis, sob a bandeira cristã e a desculpa de "evangelizar" os gentios. Quem foi, senão a Igreja, que assinou a concordata de Latrão com o governo fascista de Mussolini? Quem foi, senão a Igreja, que fez vista grossa à deportação, prisão e extermínio, de judeus e ciganos sob o nazismo? Como faz hoje vista grossa à pedofilia que ocorre debaixo de suas saias, oops, batinas. Sem esquecer que a Igreja fez acordos também com o governo ditatorial de Franco na Espanha (concordata de 1941 e 1953) e de Salazar em Portugal (concordata de 1940).
E para coroar, seria espantoso que o papa não soubesse que  Hitler e Goebbels eram católicos e nenhum deles deixou de pagar seus dízimos em tempo algum.
Ora, papa Bento, nos poupe. Já somos bem crescidinhos para engolir esses contos da carochinha. Invente outros. Peça ajuda aos aiatolás e talibãs, pois afinal eles governam teocracias.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O ovo da serpente

Tá aí para quem não queria ver: o ovo da serpente sendo chocado. 


Nós, povinho besta, estamos assistindo, alguns anestesiados, a  maioria inconscientes e uns poucos assustados e sem saber a quem recorrer, à formação de um estado fascista no Brasil.
Nem Getúlio, o populista maior de nossa história fez tanto. Porque Getúlio podia ser populista mas era inteligente o suficiente para distinguir entre sua ação política e a realidade. Lula não. Lula acredita ser a oitava maravilha do século XXI. Está convicto que é o político mais genial que nunca antes nesse país já houve. Só porque conseguiu escapar ileso, por absoluta incompetência da oposição, aos vários escândalos de seu governo. Só porque a massa ignara, ludibriada pelas esmolas governamentais o aplaude e apóia. Com isso ele quase se sente um Rei-Sol: o Estado sou Eu!


Já há um bom tempo que abdicou do seu papel de magistrado, de presidente de todos os brasileiros, para ser o chefe de uma facção.  E uma facção fanática, cega, que o segue e obedece sem titubear, aliás como qualquer bom partido fascista faz com seu "Duce". 


Para piorar as coisas a oposição também abdicou do seu papel,  perdeu a embocadura, não sabe como se dirigir à nação e oferecer uma alternativa. A demagogia e o populismo mais tosco e depravado foram elevados à condição de método de governo. A história é reescrita retirando-se fatos indesejados e acrescentando-se outros mais adequados ao momento histórico.
Criam-se factóides como o famigerado PAC, implementam-se as bolsas assistencialistas, amordaça-se a imprensa e compra-se a outra parte e lá vamos nós rumo ao abismo.  Os sindicatos estão sob controle. A aproximação com outros regimes totalitários já se completou com o "abraço fraterno" ao Irã. Até uma Leni Riefenstahl (a cineasta oficial do Reich) morena,  o nosso "fuhrer" já tem. O que falta?
Os outros dois poderes da República nunca realmente tiveram capacidade de enfrentar o executivo. O legislativo  até que tentou algumas vezes, mas foi rapidamente dominado e por sua enorme capacidade de adesão ao poder dominante não pode ser considerado um empecilho à vontade do executivo. E o judiciário, fechado em sua concha impenetrável, ou caixa preta como querem outros, sequer esboçou reação quando, de outras vezes a Constituição foi rasgada e a democracia extirpada de nossas terras. Ao contrário, o que vimos foi o poder judiciário convalidando todos os Atos de exceção do regime militar de 64.
Agora, surgida do nada, por obra e graça do seu chefe e criador, vem essa senhora ser eleita "presidenta" do Brasil.  Das duas uma: ou ela será o que esperamos: uma simples vassala a serviço do nosso aiatolá, sem vontade própria e sem plano de governo; apenas esquentando a cadeira para quando ele voltar em toda a sua glória; ou nos surpreenderá adquirindo vida depois de eleita e querendo ela mesma ser a dona do seu nariz. Isso pode ser melhor ou pior, depende de para que lado essa dona vai pender. Se resolver voltar aos tempos mais adrenérgicos da militância armada, rapidamente cairemos no regime totalitário. Se resolver virar boazinha e andar de mãos dadas com os donos da banca continuará com o "plano" de seu antecessor, mas aí pode não querer entregar-lhe a  cadeira de volta. Será interessante ver como o aiatolá reagirá.


Lembremo-nos também que Hitler disputou (e ganhou) eleições. Depois, foi o que se viu.

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