sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Plano

Aos poucos as garras, como tenazes, vão apertando. O plano sinistro vai sendo colocado em prática. A vítima, no início, não percebe o risco que está correndo e vai aceitando confiantemente aquele comportamento estranho, como se fosse parte da brincadeira. Aos poucos a situação se torna séria e quando a vítima, assustada, resolve reagir é tarde. Já está presa na armadilha e dali não se safará com facilidade.
O texto acima parece extraido de um conto policial, mas não é, não. É a descrição do que está acontecendo com a democracia no Brasil. Ela é a vítima. As garras são dos partidos, cada um com seu motivo escuso, que se aboletaram no poder sob a  liderança do PT. Esse inegavelmente tem um plano e o está colocando em prática.
Esse plano pode ser desenvolvido em várias estapas. A primeira delas, que foi a compra de parlamentares para "ampliar" a base aliada com o objetivo de dominar o Congresso, falhou em parte, ou melhor, foi abortada no meio do caminho com a revelação de Roberto Jefferson sobre o mensalão. Outro golpe foi o prosseguimento da investigação, culminando com a condenação do chefe da quadrilha, José Dirceu. Mas ele ainda tem a  esperança de não ser preso, o que lhe permitiria ainda "comandar" essa "revolução".
Apesar desses percalços o plano prossegue. Uma das etapas é calar a imprensa oposicionista. A todo momento pipocam propostas de censura velada ou explícita. Com uma mão calam a boca da oposição e  com a  outra compram uma imprensa aliada e subserviente.
Ao perceberem, a contragosto, a independência do Judiciário, apesar das nomeações feitas a dedo pelo comando do Partido, começaram um novo desdobramento do plano: submeter o poder Judiciário na marra, nem que para isso precisem mudar a Constituição. É o que estão tentando fazer. Há duas PEC's contra o poder Judiciário em tramitação no Congresso: uma retira o poder de investigação do Ministério Público, a outra submete as decisões do Supremo à apreciação do Congresso. Nunca-antes-na-história-deste-país um partidio político teve tal ousadia.
Com o aparelhamento dos órgãos executivos do Estado, o domínio total do Congresso onde tem maioria ampla, geral e irrestrita e agora submetendo o Judiciário,  estará implantada uma ditadura, um regime totalitário pela via "democrática", ou seja com os votos do povo.  

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Pérolas do Dilmês castiço:

- Recebendo Carlinhos Brown:


"O Carlinhos é um autor e um grande artista. E ele expressa um mundo diverso, mas muito específico, do Brasil, e especialmente da Bahia. A pluralidade, o fato de que esse mundo tem milhões de aspectos."

"Nós, a mim me provoca, na minha ausência de talento musical, provoca uma surpresa que eu acho que todos aqui compartilham. A surpresa diante de uma coisa tão bonita, tão simples, tão sintética e tão representativa do Brasil." 

- Remédio para insulina:

"Nós colocamos à disposição das pessoas, nas farmácias populares, nas farmácias populares que se chamam Aqui Tem Farmácia Popular, são as privadas, coloca à disposição tanto remédios para hipertensão como remédio para insulina."

-Essa é para o pessoal da área financeira cair o queixo. Dilma inventou o adiantamento em parcelas, além de pagar pela produção de quem não conseguiu produzir:

"Em muitos lugares, vocês sabem, o programa Garantia Safra permite que a gente pague para aquele produtor que perdeu a sua produção, que não conseguiu colher, enfim, que a gente pague a safra dele. Nós antecipamos esse pagamento. E antecipamos em nove parcelas. Nove parcelas que variaram entre 135 e 140 reais."

- O Cid Gomes virou serviço meteorológico:

"Eu chamei os governadores todos do Nordeste. Eu chamei os governadores e falei: olha, alguns governadores, como o do Ceará, também tinham essa mesma informação, por causa do serviço deles, ele também tem um bom serviço meteorológico, o Cid Gomes".

- Estava fazendo o que já tinho sido concluido:

"Até o final de 2014, desde o início do meu governo, até o final de 2014, nós tínhamos de construir, de colocar 750 mil cisternas. Nós já tínhamos 263 mil que a gente estava fazendo, que tinham sido concluídas."





terça-feira, 23 de abril de 2013

Dilmês castiço



21 de abril de 2013 | 2h 09


O Estado de S.Paulo
Já se tornou proverbial a dificuldade que a presidente Dilma Rousseff tem de concatenar ideias, vírgulas e concordâncias quando discursa de improviso. No entanto, diante da paralisia do Brasil e da desastrada condução da política econômica, o que antes causaria somente riso e seria perdoável agora começa a preocupar. O despreparo da presidente da República, que se manifesta com frases estabanadas e raciocínio tortuoso, indica tempos muito difíceis pela frente, pois é principalmente dela que se esperam a inteligência e a habilidade para enfrentar o atual momento do País.
No mais recente atentado à lógica, à história e à língua pátria, ocorrido no último dia 16/4, Dilma comentava o que seu governo pretende fazer em relação à inflação e, lá pelas tantas, disparou: "E eu quero adentrar pela questão da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo". Na ânsia de, mais uma vez, assumir para si e para seu chefe, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, os méritos por algo que não lhes diz respeito, Dilma, primeiro, cometeu ato falho e, depois, colocou na conta das "conquistas" do PT o controle da inflação, como se o PT não tivesse boicotado o Plano Real, este sim, responsável por acabar com a chaga da inflação no Brasil. Em 1994, quando disputava a Presidência contra Fernando Henrique Cardoso, Lula chegou a dizer que o Plano Real era um "estelionato eleitoral".
Deixando de lado a evidente má-fé da frase, deve-se atribuir a ato falho a afirmação de que a inflação é "uma conquista", pois é evidente que ela queria dizer que a conquista é o controle da inflação. Mas é justamente aí que está o problema todo: se a presidente não consegue se expressar com um mínimo de clareza em relação a um assunto tão importante, se ela é capaz de cometer deslizes tão primários, se ela quer dizer algo expressando seu exato oposto, como esperar que tenha capacidade para conduzir o governo de modo a debelar a escalada dos preços e a fazer o País voltar a crescer? Se o distinto público não consegue entender o que Dilma fala, como acreditar que seus muitos ministros consigam?
A impulsividade destrambelhada de Dilma já causou estragos reais. Em março, durante encontro dos Brics em Durban (África do Sul), a presidente disse aos jornalistas que não usaria juros para combater a inflação, sinalizando uma opção preferencial pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Em sua linguagem peculiar, a fala foi a seguinte: "Eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico. (...) Então, eu acredito o seguinte: esse receituário que quer matar o doente, ao invés de curar a doença, ele é complicado. Eu vou acabar com o crescimento no país? Isso está datado, isso eu acho que é uma política superada". Imediatamente, a declaração causou nervosismo nos mercados em relação aos juros futuros, o que obrigou Dilma a tentar negar que havia dito o que disse. E ela, claro, acusou os jornalistas de terem cometido uma "manipulação inadmissível" de suas declarações, que apontavam evidente tolerância com a inflação alta - para não falar da invasão da área exclusiva do Banco Central.
O fato é que o governo parece perdido sobre como atacar a alta dos preços e manter a estabilidade a duras penas conquistada, principalmente com um Banco Central submisso à presidente. Por razões puramente eleitorais, Dilma não deverá fazer o que dela se espera, isto é, adotar medidas amargas para conter a escalada inflacionária. Lançada candidata à reeleição por Lula, ela já está em campanha.
Num desses discursos de palanque, em Belo Horizonte, Dilma disse, em dilmês castiço, que a inflação já está sob controle, embora todos saibam que não está. "A inflação, quando olho para a frente, ela está em queda, apesar do índice anualizado do ano (sic) ainda estar acima do que nós queremos alcançar, do que nós queremos de ideal", afirmou. E completou: "Os alimentos também começaram a registrar, mesmo com todas as tentativas de transformar os alimentos no tomate (sic), os alimentos começaram uma tendência a reduzir de preço". 
Ganha um tomate quem conseguir entender essa frase.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Órfão nuclear


18/04/2013 às 21:31 (Paulo César Chagas)
O Partido dos Trabalhadores está no poder há três mandatos e, provavelmente, lá permanecerá por mais um!
Terá, assim, completado a etapa da consolidação do pleno aparelhamento do estado, colocado sua gente em todos os postos chave da república e cooptado todos os oportunistas e inocentes úteis que compõem as classes política e empresarial , bem como os jovens, estudantes ou não, que se deixam idiotizar pela falácia e pela mentira e os famintos, ignorantes ou sem perspectivas, embretados nos currais do “bolsa esmola”.
Todavia, quando o caos transformar o engodo em realidade, fazendo os menos ignorantes enxergarem o quanto foram ingênuos ou coniventes com o mal, haverá uma mudança no fiel da balança, tendo como consequência, lógica e democrática, a possibilidade de alternar partidos e propostas.
Restará, contudo, saber se os desmascarados entregarão de bom grado os postos e privilégios com os quais se têm locupletado e lambuzado, desde o primeiro mandato da era pós moral, sob a liderança do Sr Lula da Silva e seus muitos ladrões, já que o seu projeto de poder é ditatorial, mafioso e permanente e não inclui a possibilidade de saída, muito menos pela via que lá os colocou.
Os indícios disso estão por aí, aqui e acolá e revelam que não se trata de estratégia isolada ou eventual, mas de um estudado e bem coordenado plano cujo centro de comando e controle está instalado e dissimulado no cada vez mais conhecido e poderoso Foro de São Paulo.
Seus objetivos revelam-se nos conchavos diplomáticos, nas manifestações e nas palavras de ordem da militância que, à luz do dia, com violência e sem subterfúgios, demonstram sua simpatia pelo regime cubano, intimidando e constrangendo a blogueira Yaoni Sánchez, em visita ao Brasil, acusando-a de traição e afirmando, sem pejo ou vergonha, que “a América Latina vai ser toda comunista”!
São os mesmos irascíveis e coléricos que cospem na cara de idosos e que não toleram conviver com o contraditório!
Parece absurdo, mas é a realidade, existem pessoas no Brasil, ligadas aos
corruPTos, que querem para nós o triste destino do povo cubano, onde o regime de força da “famiglia Castro” distribuiu a miséria, a fome e a doença e confiscou todas as liberdades, inclusive a de pensar e discordar.
Meio século no poder é algo por demais sedutor para qualquer canalha, mesmo quando desgraçado por moléstia incurável! Há exemplos aqui, ali e acolá!
Mas, como diz o ditado, “não há mal que sempre dure, nem há bem que nunca acabe” e chegará o dia em que a democracia indicará o fim desse tempo e eles terão que sair. Aí fica a pergunta: “Quem os fará entregar o poder? As urnas? A vontade do povo? A justiça? A lei e a ordem? Ou será a força das Forças?
O MST, braço armado da guerrilha rural; os sindicatos comprometidos, laborais e do crime organizado; a UNE, comprada com dinheiro público; os apaniguados e incompetentes, aboletados em cargos público e “de confiança”; as polícias, comandadas por “majores – coronéis” comprometidos com o projeto; os corruPTos, de todos os matizes e níveis de sofisticação; e a legião de desocupados, escravizados pela boca ou intimidados pela fome, conduzidos por seus líderes de barro, sairão às ruas
para negar o direito e a verdade das urnas, para intimidar a maioria e “melar o jogo”!
Restará, mais uma vez, a última razão da nação, as instituições que detém o dever constitucional de fazer valer e cumprir a lei e assegurar a ordem interna.
Com certeza, desta vez, não precisarão usar a iniciativa que lhes outorga a lógica da vontade da nacional, pois um dos três poderes já demonstrou sua independência e, mais do que isto, seu comprometimento com os valores que compõem o arcabouço moral da sociedade brasileira e, assim, cumprindo com o seu dever, ordenará, se preciso, o emprego da força das Forças para que os usurpadores desocupem suas posições, entreguem os cargos e tomem o rumo que lhes conferirá o desprezo nacional!
Deus é grande e justo! Quem viver verá!
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Paulo Cesar Chagas é General de Divisão na Reserva

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sempre pode piorar

Agora não há dúvida. Perdeu-se o leme da economia. Dona Dilma mandou afrouxar as metas do superavit fiscal, ou seja, liberou geral! Estados e municípios, historicamente os gastadores mais difíceis de controlar, agora estão liberados para gastar à vontade. Seus gastos não serão contabilizados na conta do superavit. Só os gastos do governo federal é que serão considerados. Mais uma mágica da dona Dilma.
Não à toa, o Copom já começou a aumentar os juros. Só começou. Mas isso não vai resolver nada (até porque os 0,25 pontos percentuais não fazem nem cosquinha) porque a inflação no Brasil não é de excesso de demanda, mas de falta de investimento na produção e de desorganização dos gastos públicos!
Com o aumento dos juros cairá ainda mais a atividade econômica e cairão ainda mais os investimentos na produção. É o famosos círculo vicioso, que, neste caso, está sendo deflagrado pelas intervenções pontuais, aleatórias e desastradas da governante.
Diz o ditado: "quem não tem competência, não se estabeleça". O nosso problema é que quem "estabeleceu" a incompetente foram outros incompetentes: o Molusco e o eleitor que votou nela. 
O Molusco foi buscar no fundo do poço, uma nulidade que nunca havia sido eleita para nada, nem para síndica de condomìnio; que tinha gerido (mal) uma loja de quinquilharias, mas que "sabia usar laptop"! Essa foi a explicação que ele deu de como se encantou com as habilidades de Dilma Vana. Além disso, como tinha por ideal construir uma República Corporativista nos moldes de Mussolini, carecia ter representantes de todas as "classes" no governo: representante da "Mulher", do "Negro", do "Indio", do "Operário", etc. Nin guém foi escolhido por mérito ou competência, mas por "representar" uma classe. Até um ministro do Supremo, dizem, foi escolhido não por seus abundantes méritos, mas pela cor de sua pele.
Tudo isso, na verdade, é propaganda, no sentido sociológico do termo. É propaganda que cria uma imagem ideal do Partido e a projeta em todas as ações, não importando qual seja a realidade por trás dos "outdoors".
Vivemos há 10 anos sob o governo do faz-de-conta. Faz de conta que tem o PAC, faz de conta que somos autossuficientes em petróleo, faz de conta que eu construo creches e casas populares, faz de conta que há gestão, faz de conta que os agentes públicos são honestos, faz de conta que sou a presidenta de fato, faz de conta que o Lula não dá palpite, faz de conta que a economia do país cresce, faz de conta que não há inflação, faz de conta que as contas públicas fecham, faz de conta que...


quarta-feira, 17 de abril de 2013

King Kong

O que é esse ditador da Coréia do Norte, o King-Kong III? Sabe-se que é filho do King-Kong II e neto do King-Kong I, cujo centenário de nascimento foi comemorado agora, no dia 15 de abril. Sabe-se também que é alucinado com a Disney!!!
Nada me tira da cabeça que é apenas um boneco, um títere, um fantoche, nas mãos de alguém que realmente controla a máquina militar norte-coreana. Mas é um fantoche que fala grosso, ameaça o mundo inteiro com bombas e mísseis.
Diz o ditado que "cão que ladra não morde", mas, com esses dentes atômicos, é melhor não conferir. O arsenal norte-coreano não dá para mais de uma semana de conflito, mas pode fazer um estrago considerável na península e até mesmo no Japão. 
O que fazer então? Deixar o King-Kong seguir ameaçando e contando com a possibilidade de que se trata apenas de ameaças que não serão cumpridas? Há  um risco também nessa opção. E se der a louca no menino e ele resolver brincar de general de verdade e atacar de súbito a Coréia do Sul, por exemplo? Haverá retaliação, mas o estrago já terá sido feito.
Na minha leiguíssima opinião, o melhor a fazer é um ataque preventivo, em grande escala e de surpresa, de modo que se destrua todo o arsenal nuclear norte-coreano ainda em terra, como fez a aviação israelense em 1967, na Guerra dos Seis Dias,  ao destruir a força aérea egípcia no solo, incluindo 135 caças MiG de fabricação soviética.
Impossível não é. Basta planejamento e sigilo absoluto, como se fez na caçada e eliminação do Osama Bin Laden. Garanto que até os aliados do King-Kong vão respirar aliviados.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O algoz e a vítima

Geraldo Thomas enfia a mão debaixo da saia de Nicole Bahls, atriz-comediante do "Pânico", e diz que "Vem uma menina, de (praticamente) bunda de fora, salto alto de 'fuck me', seios à mostra, ..." 
Pior que isso, alguns "intelequituais" saem em defesa de...Gerald Thomas! Afinal, isso teria sido apenas uma contra-provocação da parte dele, uma provocação preventiva contra a provocação do "Pânico".
Acho esse programa uma coisa  de extremo mau gosto, mas isso não dá a ninguém, nem mesmo a Geraldo Thomas o direito de agredir sexualmente uma mulher. Digam o que disserem, foi uma agressão. Segundo o colunista da Folha, Tony Goes, quem critica Thomas está sendo "careta e mal-humorado". Tá bom, Tony, melhor ser careta e mal-humorado, mas respeitar o direito dos outros, que ser deslumbrado com as babaquices de quem quer se quer passar por intelectual sendo apenas escandaloso. Ser intelectual, Tony (ou será Antônio?),  exige aplicação, estudo, esforço; muito mais esforço do que para ser apenas "performático".
Na outra ponta do desvario-que-assola-esse-país, temos o ridículo ministro Gilberto de Carvalho vir defender o assassino do rapaz de 19 anos, Vitor Hugo Deppman, como se ele fosse a verdadeira vítima. "é preciso dar mais atenção aos jovens, melhorar a escola, etc." Sim, é preciso e muito, melhorar a escola. Sim, mas onde estão as ações  de um governo que está há 10 anos no poder, para melhorar a escola? E o que isso tem a ver com a criminalidade que anda solta e alimentada pela "indústria da menoridade"? Leiam (aqui) o artigo de João Ubaldo Ribeiro que foi publicado ontem no Estadão. Alí está uma radiografia do uso de delinquentes menores pelo tráfico de drogas. O quê o governo brasileiro faz de sério para combater esse crime organizado?
Ao final das contas está tudo invertido. Somos nós que ficamos presos dentro de casa e pisamos na rua com medo, somos nós que pagamos as contas e sustentamos essa canalha, somos nós que votamos e os elegemos para as sinecuras dos mandatos, aos quais se agarram com unhas e dentes e  não deixam nunca mais. E, somos nós, os caretas mal-humorados, os algozes. Eles, sejam maiores ou menores infratores, é que são as vítimas.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O Dragão da Maldade

A culpa é da Dilma! O governo Lula, espertamente, continuou a política econômica de FHC (acusada pelo PT de "neoliberal") até quase o final de seu mandato. No último ano abriu a  torneira da gastança generalizada porque tinha que eleger o poste. Mas até esse ponto, aproveitara-se dos benefícios de ter uma economia em franco crescimento e um cenário de moeda estável e forte.
Como alegria de pobre dura pouco, logo que Dilma assumiu a presidência esse cenário começou a se desmanchar. De personalidade centralizadora, com bacharelado em Economia, cercou-se de nulidades e de funcionários submissos, como Guido Mantega, ministro da Fazenda, e Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, e passou a mudar os rumos da economia no país, conforme a sua cartilha antiliberal. 
Começou por atacar a força de nossa moeda, reclamando de um suposto tsunami de dólares, os quais, valorizando o real,  estariam dificultando as exportações brasileiras. Em visita aos Estados Unidos disse que ia tomar providências contra isso e de fato tomou. Em 1 ano, conseguiu desvalorizar a nossa moeda em 30%. A cotação do dólar em 01/07/2011 estava em 1,5591 e em 01/07/2012 estava em 2,0207, exatamente 29,6% a mais. Isso significa que tudo o que importamos, de petróleo a iPhone,  ficou 30% mais caro, para alegria do Dragão. E as exportações permaneceram no mesmo lugar. 
Outro efeito imediato foi na Bolsa. Os dólares que para cá acorriam por causa da valorização dos ativos, sumiram de repente. A Bolsa caiu para não se recuperar até hoje.
Com o começo da deterioração da economia, os investimentos privados também secaram. E o Estado não tem recursos para bancar investimentos, como todos sabemos. E o crescimento econômico depende de investimentos, como todos também sabemos. Portanto, as condições para a permanência do Pibinho estavam montadas.
Olhe-se para a economia hoje. Onde está aquela pujança, que nos levava a ser a  sexta maior economia mundial, o paraíso dos investidores, a primeira letra dos BRICS?
Agora só temos a bacharela em Economia  a tentar fazer mágicas para controlar a situação. Mas toda vez que ela enfia a mão na cartola, ao invés de tirar um coelho, sai um filhote de dragão.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Direito Torto

O Zé não tem jeito. Acho que ele pensa que está na Rússia estalinista ou em Cuba. Está condenado pelos crimes que cometeu contra a República, mas continua a cometê-los, até agora impunemente. Ao dizer que o ministro Fux lhe teria prometido a absolvição, Direcu comete mais um crime. Sendo mentira o que disse, trata-se de calúnia contra um ministro do Supremo, ou, se fosse verdade, estaria confessando ter participado no aliciamento e "compra" de sentença de um então candidato ao Poder Judiciário. Em qualquer dos casos trata-se de um crime, mais um na lista do Zé.
A arrogância e o atrevimento dele incomodam e impressionam, mas a culpa disso é do próprio Supremo que já deveria ter trancafiado esses senhores há muito tempo.
Por aqui somos tão ciosos de não cometer injustiças, temos tanto receio de condenar "inocentes" e, no entanto, centenas de inocentes são mortos e violentados nas ruas todos os dias sem qualquer ação efetiva do poder público. Essa conversa de ampla defesa é apenas um mecanismo malandro  que os que fazem as leis encontraram para jamais se verem enredados em suas teias. O Brasil é um paraíso, uma mãe gentil, para bandidos de todos os tipos. Nós, as pessoas de bem só temos deveres e obrigações. Os demais, os espertos, os descaradamente fora da lei, ficam com os direitos.

sábado, 6 de abril de 2013

A PM foi até calma.

As armas apontadas só tinham munição de borracha 
A imprensa argentina fez um alarde absolutamente desproporcional  e inverídico sobre o que aconteceu no estádio Independência no jogo do Arsenal contra o Atlético Mineiro. Tudo isso com o objetivo de desviar a atenção  da vergonhosa  segunda derrota de seu time frente ao Galo. 
Os argentinos tentaram primeiro agredir o juiz e foram contidos, como não poderia deixar de ser, pela polícia militar e aí, partiram para a agressão contra a própria polícia. Em outros tempos, os policiais teriam "descido o cacete" em cima deles e dado voz de prisão aos recalcitrantes. Como vivemos tempos de paz e amor e coraçõezinhos feitos com as mãos, os policiais se limitaram a tomar cadeiradas e a conter os ânimos mais exaltados, que, ainda assim, depredaram o vestiário do estádio. 
Agora posam de vítimas, apesar dos vídeos comprometedores, e querem interditar o estádio por falta de segurança. Sem xenofobia, não é a primeira vez que argentinos  "aprontam" aqui no Brasil em jogos de futebol. E sua tese de que eles é que foram agredidos não se sustenta de modo algum.
O Atlético não tinha interesse algum em perturbar o evento, uma vez que já havia ganho o jogo por 5 x 2. A PM menos ainda. Por que cargas d'água iria a PM começar a agredir os jogadores de um time visitante, que havia acabado de sofrer uma derrota acachapante, se esses jogadores se retirassem em ordem para o vestiário? Não faz sentido. 
E qual foi o dano físico que eventualmente a PM teria causado em algum atleta ou dirigente argentino? Resposta: nenhum! 
Porém, era obrigação da polícia manter a ordem e garantir a incolumidade do juiz e de quaisquer pessoas que ali estivessem. Polícia existe é para isso! A PM agiu até com muita calma e lucidez. Os delinquentes, travestidos de jogadores, foram detidos e encaminhados a uma juíza, perante a qual foram instados a mostrar ferimentos e contusões e nada puderam mostrar porque eram na verdade os agressores e não as vítimas.  
A juíza que lhes aplicou apenas uma multa e os liberou de imediato. Houvesse má vontade, teriam ficado detidos até a apuração final das responsabilidades e reparação dos danos, como acontece com os brasileiros detidos na Bolívia. É claro que lá houve uma morte, mas o ato em si de delinquência dos corintianos ou dos argentinos do Arsenal é, em essência, o mesmo. Isso é coisa de gente que não tem espírito esportivo, não respeita o outro e não sabe perder nem ganhar.
Congratulações à PM de Minas que teve atuação impecável. Não se deixou provocar e não deixou de cumprir seu dever, mesmo à custa das lesões físicas sofridas por alguns policiais.
Se alguém tem que dar explicações, pedir desculpas e reparar os danos é a equipe do Arsenal de Sarandí. É a ela que a Conmebol tem que dirigir as cobranças, como de fato, parece agora que é o que vai acontecer.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sem noção

Houve uma época em que as pessoas públicas tinham mais decoro, especialmente nas relações internacionais. Seria impensável um ex-presidente apoiar ou deixar de apoiar publicamente um candidato à Presidência de um outro país. Isso configuraria uma ingerência absurda nos assuntos internos de outrem. Mas o fato é que vivemos tempos estranhos.
Há dois anos, Hugo Chávez não teve nenhum pudor em meter o bico no processo eleitoral brasileiro e apoiar a candidatura da Dilma; e agora o Molusco devolve a descortesia manifestando seu apoio ao candidato Maduro. Perdeu-se a noção de limites.
Tanto é assim que um deputado, o Feliciano (não podia ser outro!), diz, com todas as vogais e consoantes, que Satanás estava exercendo uma função pública no Brasil, presidindo a Comissão dos Direitos Humanos! E ninguém estranha o dito, talvez porque, como o diz próprio Tinhoso no filme "O Advogado do Diabo": "Eu entendo o Homem. Sou um humanista!"
Parece que o cramulhão está realmente na moda, pois também recentemente a presidAnta admitiu que em eleição ela "faz o diabo".

Por falar em diabo, Hugo Chávez também reencarnou...em um pássaro, segundo o candidato apoiado pelo Molusco. O tal passarinho "conversou" com ele em linguagem de pios e assobios e lhe manifestou apoio nas eleições.
Fico pensando: será que sou eu que fiquei louco e estou imaginando coisas? Se não, então me digam o que é que esse povo anda bebendo!
O cara que disse isso é o candidato a presidente da Venezuela! E tem o apoio do ex-presidente do Brasil! Em uma situação de normalidade imagino que, com uma declaração dessas, seria declarado insano pelo próprio partido e sua candidatura seria retirada. Mas, não. Vai continuar e ainda pode ganhar as eleições. E, se depois de eleito e empossado continuar a ter visões desse tipo? A Venezuela então vai ser governada por um espírito desencarnado e os atos de governo serão psicografados! Absurdo? Não. Sinal dos tempos!



terça-feira, 2 de abril de 2013

Mais um cabide

Não satisfeito com os prejuízos monumentais das estatais Eletro e Petrobrás, e que terão que ser cobertos pelo Tesouro, o governo anuncia a criação de mais uma estatal: a Segurobrás.
Com capital social de 50 milhões, esse novo monstrengo vai fazer concorrência às seguradoras privadas em habitação, veículos, crédito estudantil e exportação, além de, claro, fazer os seguros de todas as obras de infraestrutura do tal pacote, que não sai do blá-blá-blá.
O certo, sabemos,  é que o governo já começa gastando, sem saber se esse dinheiro terá algum retorno algum dia. Começa por criar mais alguns cargos de "confiança", algumas nomeações de apaniguados, parentes e amigos. Mais um instrumento de manipulaçao, compra de interesses, roubalheira explícita e implícita a ser paga pela abestalhada população desse fim-de-mundo.
Quando a gente pensa que esse desgoverno já fez tudo que podia para assaltar o Estado e acabar com a credibilidade das instituições, eles nos surpreendem com sua criatividade sem limites. Só faltava essa!
Diante da desorganização das contas públicas (a causa primeira e principal da inflação), na surdina, sem fazer barulho, sem chamar atenção, deixando os bobos se debaterem com o pastor Feliciano, o governo Dilma faz o Congresso (essa casa de tolerância) aprovar rapidamente a criação de mais um monstrengo que não vai nos servir de nada. É apenas mais um cabide de empregos, mais uma fonte de recursos para mensaleiros, mais uma inutilidade pública. 
Enquanto isso faltam materiais e equipamentos nos hospitais, faltam os próprios hospitais; enquanto isso o transporte público é uma vergonha, os portos seguem abarrotados sem condições de receber ou despachar as mercadorias, os aeroportos em  situação caótica, as estradas caindo; enquanto isso as casas dos flagelados de 2011 ainda esperam para serem construídas; enquanto isso as contas públicas se deterioram, o dragão da inflação volta com fome, a balança comercial apresenta o pior resultado em mais de uma década, as agências de risco rebaixam a classificação do BNDES;  enquanto isso, o gigante segue adormecido, sem saber que estão roubando muito mais que os recursos públicos, estão lhe roubando o futuro.

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