quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Santas casas

O governo do PT alardeia aos quatro ventos sua preocupação com a saúde do povo brasileiro. Está aí uma excelente oportunidade de provar que essa "preocupação" não é apenas demagogia eleitoreira. As Santas Casas, muitas das quais estão em situação pré-falimentar, mereceriam uma política pública séria. As Santas Casas tem 80% de seus leitos dedicados ao SUS e recebem menos do que gastam no tratamento dos pacientes. O dinheiro é repassado da União, primeiro para as prefeituras, alí permanece fazendo "caixa" sabe-se lá quanto tempo, só depois é que o repasse chega ao destino final. Pergunta-se: por quê esse dinheiro tem que fazer esse trajeto tortuoso? por quê o SUS não faz o pagamento diretamente às Santas Casas?
O "Estado de Minas" traz uma notícia hoje sobre essa questão. Segundo o jornal, a Santa Casa de Belo Horizonte tem uma dívida de 5 bilhões em impostos federais atrasados (cujo pagamento foi negociado para ser feito em 15 anos). E, de seus 1.314 leitos, 1.085 são dedicados ao SUS. É uma situação absurda: quanto mais leitos o hospital oferece ao SUS, mais aumenta o seu prejuízo. E o governo fica fazendo pose enquanto empurra para o setor privado a responsabilidade da resolução dos problemas públicos.
É o mesmo que ocorre com a educação superior, por exemplo. O governo faz convênios e mais convênios com escolas particulares ao invés de aumentar a oferta de vagas nas universidades públicas. Só que nesse caso, como, do outro lado da mesa estão empresários dedicados aos seus negócios, o que acontece é uma verdadeira sangria de recursos públicos. Mas isso é outro assunto.

No caso das Santas Casas é incompreensível que elas não sejam isentas do pagamento de impostos. São instituições filantrópicas e de utilidade pública seculares. Se as Igrejas são isentas, por quê não isentar também as Santas Casas? Seria muito mais lógico, uma vez que são credoras e devedoras da mesmo entidade, a União e fazem esse trabalho suplementar de suporte à saúde pública. Mudar a lei para isso e revisar os repasses do SUS eliminado as interferências indesejáveis das prefeituras, diminuindo também o risco de desvios, seria uma atitude correta de um governo legitimamente preocupado em dar melhor assistência à saúde do brasileiro. O resto é só conversa mole e mentiras.




terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mera coincidência

Saiu o relatório "Doing Business" do Banco Mundial. Alguma surpresa? Nenhuma. Continuamos na rabeira como sempre, apesar da Dilma ter cantado vitória em Belo Horizonte, porque o Brasil "saltou" da 130ª posição para a 116ª. Melhorou? Contra números não há argumentos. Relativamente a outros países, melhorou. Foi mérito nosso ou de algum governo? Definitivamente não! O grande "salto" brasileiro no ranking se deve a uma mudança na metodologia de tabulação das burocracias! Isso dona Dilma não falou, é claro!

Mas mesmo que não tivéssemos sido beneficiados por essa manobra aritmética, a nossa posição (116ª em 189 países) não é de modo algum confortável, especialmente quando vemos países latino-americanos como Chile, Peru, Colômbia, México, Panamá, Guatemala, Uruguai, Costa Rica, Jamaica e até mesmo o Paraguai e a Guiana na nossa frente.

Comparando globalmente, estão em melhor situação que nós, não só os óbvios países "de olhos azuis", mas também Ruanda, Gana, África do Sul, Namíbia, Tunísia, Líbano, Paquistão e Zâmbia

E, se serve de consolo, fiquemos sabendo que  Argentina, Bolívia, Nicarágua, Suriname e Venezula estão em pior situação que o Brasil. Interessante notar que em todos esses "retardatários" impera uma política populista, demagógica, corrupta e autoritária. Será mera coincidência?

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Deus dará

Uns tem xisto, outros tem xistose. E ainda dizem que Deus é brasileiro! 
Dessa crença talvez resulte o nosso conformismo, a nossa inércia, a nossa  resignação. Como já dizia Chico Buarque: "...diz que Deus dará. E se Deus negar, ó nega, eu vou me indignar e chega. Deus, dará. Deus, dará." 

Acreditamos piamente que Deus teve um predileção especial pelo Brasil quando criou o planeta; plantou aqui as maiores delícias, o clima, a natureza exuberante, as praias maravilhosas, as frutas, o alimento fácil ("Em se plantando, tudo dá."). 
E por fim, o que faltava, o petróleo, até esse apareceu. Na verdade, meio que escondido nas profundezas marítimas, mas está lá, esperando para ser retirado. Mais uma comprovação da cidadania divina! Será? Comparemos.
Há no hemisfério norte, uma nação de território ainda mais extenso que o território brasileiro, com quase as mesmas riquezas naturais, apesar do clima mais adverso e da frequência de catástrofes naturais (furacões, tufões, terremotos, nevascas). É uma nação também de imigrantes. Também teve a sombra da escravidão e foi também colônia de uma nação européia. Mas o povo, que diferença...
Esse povo não só tomou as rédeas de seu destino nas mãos, desde o princípio (Declaração de Independência - 1776), como também ajudou outros povos a definir o seu:  inspirou a Revolução Francesa, a Inconfidência Mineira e ajudou a independência de Cuba, lutando contra a Espanha. Em 100 anos construiu uma nação tão próspera, que em 1876 Alexander Graham Bell já estava patenteando sua maior invenção, o telefone.
A nossa independência se deu 46 anos depois. Em termos históricos essa diferença temporal foi quase insignificante, mas em termos sociais parece que se passaram séculos. São várias e extensas as razões dessa diferença, mas cabe apontar uma delas, que, no meu entender, é o fator fundamental dessa desigualdade. A nação americana é meritocrática. Lá se valoriza aquele que trabalha e se esforça para progredir. Aqui se valorizam o parentesco e as relações sociais. Daí o nepotismo e o compadrio. 
Lá o trabalho é o que  promove a ascensão social, aqui a ascensão é promovida pela adesão fisiológica e o puxa-saquismo. Por isso se disseminou entre nós o culto da cordialidade e da resignação. Nós não protestamos. Nós aceitamos o poder discricionário e tentamos, ou aderir a ele ou burlá-lo. Não valorizamos o sucesso obtido com esforço. Como dizia Tom Jobim: "No Brasil, fazer sucesso é ofensa pessoal!"
Por isso perdemos os bondes da história, um atrás do outro e, enquanto eles, com naturais avanços e recuos, acabam por vencer as dificuldade e progredir, nós ficamos sentados à beira do caminho esperando o que Deus dará.










sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Promessas da candidata

Como a dita-cuja já está em plena campanha eleitoral, ou seja, está pedindo votos de novo ao povo brasileiro, não custa nada relembrar o que ela prometeu na campanha passada. Cada um que confira o que foi cumprido ou não. Vou dar só a lista:


  1. Tornar o Brasil a quinta maior economia do mundo: caímos para o sétimo lugar.
  2. Reduzir a dívida pública líquida para 30% do PIB: aumentou para quase 60% do PIB.
  3. Reduzir fortemente os juros e manter o controle da inflação: sem comentários!
  4. Construir 8.600 unidades básicas de saúde em todo o país e 500 UPA's.
  5. Construir 6.000 quadras esportivas e 800 complexos esportivos, culturais e de lazer.
  6. Construir 6.000 creches.
  7. Construir 800 novos aeroportos e 5 refinarias com tecnologia de ponta.
  8. Construir 2 milhões de moradias no Programa "Minha Casa, Minha Vida" 
  9. Terminar a transposição do S. Francisco.
  10. Investir 11 bilhões de reais em proteção de encostas e prevenção de enchentes.
  11. Investir 34 bilhões de reais em saneamento básico e abastecimento de água no Nordeste.
  12. Construir 2.883 postos de polícia comunitária.
  13. Aumentar para 7% do PIB os investimentos públicos na educação.


 Além dessas 13 promessas específicas, ainda fez outras vagas, como: erradicar a miséria e o analfabetismo, eliminar as filas para exames especializados, fazer uma reforma radical no sistema penitenciário brasileiro e proteger as fronteiras contra o tráfico de armas e drogas reequipando a polícia federal e comprando 10 drones (ou VANTs - Veículo Aéreo Não Tripulado)  para isso.

Como dizia o Chico Anísio na pele do Coronel Pantaleão : 
"- É mentira, Terta? 
- Verdaaade..."




quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Pobre país rico

Qual é a diferença entre extrair petróleo de águas marítimas profundas e extraí-lo à flor da terra? Custo! A diferença, brutal, é o custo. Claro que trabalho e risco estão envolvidos, mas tudo isso pode ser convertido em números e ser traduzido por uma palavra: custo.
O custo muito mais baixo da extração do petróleo de xisto, comparado com o de águas profundas como o do pré-sal, se traduz, ou em maior lucratividade para as empresas exploradoras, ou em preços mais baixos do produto final. Geralmente, quando isso acontece e quando se associa a isso a "lei da oferta e da procura", com a maior abundância do bem oferecido as duas coisas se verificam: o lucro aumenta e os preços caem.
Aonde quero chegar com isso? Quero dizer que quando o governo faz as contas da dinheirama que pretende ganhar com o petróleo do pré-sal está contando com o ovo ainda no fiofó da galinha. 
Senão, vejamos. A estimativa de recuperação de óleo do pré-sal varia de 8 a 12 bilhões de barris, segundo a ANP. Fiquemos com 10 bilhões. O período de extração será de 35 anos até se esgotar a reserva. Ao preço de 100 dólares por barril essa reserva valeria mil bilhões (ou seja, 1 trilhão de dólares). O custo estimado da extração é de 25 dólares por barril. Até aí tudo bem. Todos estão ganhando muito. O problema é o "se". 
Com a descoberta das reservas de xisto nos EUA e considerando o custo muito mais baixo dessa extração, o preço do óleo (e gás) não se manterá em 100 dólares pelos próximos 35 anos! Também não se sabe ainda com certeza se o custo da exploração do pré-sal será só de 25 dólares por barril! pode chegar até 50!
Se o preço do gás já caiu de 13 para 2 dólares por BTU nos Estados Unidos e eles, que são o maior importador, tornando-se autossuficientes, pode se imaginar que efeito terá sobre os preços internacionais do petróleo.  Não seria espantoso, nesse cenário, se o preço do barril voltasse aos 30 dólares dos anos 80. Aí, bye, bye, valor das reservas do pré-sal.
Portanto o que Dilma tem a comemorar até agora é ainda um conjunto de incertezas. Não se sabe ainda se as reservas recuperáveis são mesmo de 10 bilhões de barris, não se sabe se o custo de extração nas águas ultra-profundas do pré-sal será mantido nesses 25 dólares por barril e não se sabe se o preço do petróleo permanecerá no patamar de 100 dólares.
Mas comemora-se assim mesmo, afinal o que interessa a ela é apenas a reeleição. Depois, quando as coisas derem errado, o problema será somente das futuras gerações do povo brasileiro.

Há países e países. Há aqueles cujo povo e, consequentemente, os dirigentes procuram construir uma nação rica e poderosa e há aqueles em que o povo e os dirigentes querem fazer o contrário. Ambos conseguem.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sucesso! A dívida da Petrobrás vai aumentar!

E viva o pré-sal! Aplausos! Maravilha! Vendemos a melhor parte da riqueza do pré-sal a um único ofertante e pelo preço mínimo do leilão. Ou seja, não houve leilão! Não houve disputa porque ninguém mais se interessou. Nem a gigante British Petroleum, nem a ExxonMobil, nem a Chevron, nem mesmo a mexicana Pemex ou a norueguesa Statoil se interessaram. Mesmo assim, Dilma comemorou a formação do "maior consórcio do mundo". Tinha que ser alguma coisa "maior do mundo". Menos que isso não atinge os objetivos marqueteiros e populistas do governo.
O "sucesso" foi também comemorado pelo ministro da Justiça e pela diretora da ANP, Magda Chambriard, que disse que um "sucesso maior que esse era difícil de imaginar".
Realmente. Imaginemos se houvesse dois ou mais consórcios concorrentes, disputando a tapa o campo de Libra. Que horror! Que falta de civilidade! O bom mesmo é fazer leilão com um só interessado.  Assim não há briga e todos saem satisfeitos comemorando.
Apesar desse "sucesso" todo, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, não quis dar declarações. Talvez esteja preocupada com os 6 bilhões que a Petrobrás vai ter que pagar pela sua participação no consórcio, mas é uma bobagem se preocupar com isso.
Para quem já deve 176 bilhões (a maior dívida de empresa de capital aberto do mundo!), o que são mais 6 bilhões, menos 6 bilhões?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Neo-liberalismo da Dllma

Estou apostando que quem vai ganhar a privatização do campo de Libra do pré-sal hoje (se o leilão puder ser realizado, apesar das liminares e dos protestos) será uma empresa... chinesa e, obviamente, estatal.
Os motivos são vários, mas chego a essa conclusão, principalmente, porque a China é o país que detm as melhores condições de poder bancar o pesado investimento que essa atividade exigirá de imediato. De quebra, entregará 15 bilhões de reais para o governo Dilma cobrir os rombos das contas públicas em 2013.
Melhor é impossível para a gerentona, que entrará em 2014 em plena campanha eleitoral buzinando aos quatro ventos as maravilhas da sua condução econômica, temporariamente "saneada".
E o seus partidos PDT/PT que tanto berravam contra o "entreguismo" das riquezas brasileiras ao capital estrangeiro, ficarão caladinhos, fingindo-se de mortos.
É claro que, para eles, "entregar" para a China não é o mesmo que "entregar" para os Estados Unidos ou para a nação britânica. Nisso, os brios e as coceiras nacionalistas petitas e pedetistas ainda mantém a mesma posição ideológica. Afinal a China, pelo menos na forma, é ainda um país comunista. Imperialismo e neo-colonialismo, para eles, é só aquele patrocinado pelo hemisfério norte de olhos azuis! Para os demais, como os "comunistas" chineses, isso deve ter um outro nome: talvez "cooperação estratégica" ou "parceira terceiro-mundista".

Após 5 anos das bravatas lulistas sobre o pré-sal, lá vamos nós ao primeiro leilão com a nossa estatal do petróleo quebrada. Sua dívida passou de 49 bilhões (em 2007) para os 176 bilhões atuais, mesmo tendo havido a tal megacapitalização. Ou seja, em cinco anos o PT quebrou a Petrobrás. A sociedade brasileira não pode deixar que os recursos do pré-sal sejam desperdiçados da mesma maneira. 
O discurso é um, mas a prática é outra. Por isso assistiremos hoje ao espetáculo tragicômico do petismo fazendo todos os malabarismos para justificar suas ações neo-liberais! 
Como no caso das biografias, na hora "H",  a ideologia que conta mesmo para eles é a que garante o vil metal.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Biografias manchadas

Censura é coisa de ditadura. Ponto. Não há como argumentar. Em democracia ou você tem liberdade de expressão, para dizer o que quiser (e depois responder pelos eventuais excessos), ou não é democracia.
Houve uma polêmica recente que ilustra essa questão. Trata-se da "Marcha da Maconha" como uma livre manifestação do pensamento. Aqueles que queriam a proibição da "Marcha" diziam que era incitação ao crime. Os que a defendiam diziam que era livre expressão do pensamento, o que acabou confirmado por decisão do Supremo.
Gostemos ou não do que as pessoas dizem, elas tem o direito de dizê-lo. Esse é um bem democrático absoluto e inegociável. Não há como relativizar! Não dá para argumentar com o direito à privacidade, até porque os direitos tem uma hierarquia entre si. Há direitos que tem precedência sobre os outros, como por exemplo, o direito à vida, à liberdade, que não podem estar no mesmo nível do direito ao sossego e à privacidade.
A censura restringe um dos direitos fundamentais do Homem, que é a liberdade de expressão. Os biografados que me desculpem, mas ao aceitarem os bônus decorrentes de uma vida pública, tem que aceitar também os ônus que vem junto. A moeda tem duas faces e não dá para querer ficar só com uma delas.
O mais estranho ainda é dizer que as biografias escritas por jornalistas não autorizados, contra as quais eles se insurgem, podem ser liberadas se o biografado (ou herdeiros) receber royalties por elas! Ou seja, a questão que está sendo conduzida como uma defesa da privacidade, muda completamente quando aparece o fator "grana".
Francamente, aí já fica muito parecido com uma espécide de prostituição. A intimidade de alguém pode ser acessada, desde que se pague por isso.
E ver exercendo desse papel de censor, pessoas como Chico Buarque de Holanda é penoso para quem o admira e que viveu todo aquele horror dos anos de chumbo. A posição do Caetano e do Gil não me espanta muito, até porque nos anos 60 e 70, a gente reclamava que eles eram muito "alienados", como se dizia na época. Não faziam música "engajada". Enquanto o pau comia nos DOPS, eles curtiam um auto-exílio dourado em Londres e preferiam fazer "um iê-iê-iê romântico" e procurar "flying saucers in the sky" (1971). Não mudaram nada. 
Mas, o Chico, apesar da incoerência de morar na ilha de S.Louis, um dos lugares mais exclusivos e caros de Paris e ainda assim defender o regime cubano (pros outros, é claro!), por ter sido um dos artistas mais censurados durante a ditadura militar não poderia, ou melhor, não deveria deixar seu nome associado a esse movimento retrógrado de censura. Isso sim é que mancha uma biografia.

Bagunça econômica

A presidenta está se superando na bagunça em que lançou a economia brasileira. O PIB, já sabemos, não cresce de modo algum. A inflação real (não a fictícia produzida pelo Mantega) já chega aos dois dígitos, assim como os juros básicos (taxa Selic) que já estão em 9,5%. A taxa de desemprego recomeça a subir e o dólar atinge os píncaros, obrigando a intervenções gigantescas do Banco Central. O rombo das contas externas bate recorde atrás de recorde, e a dívida pública alcança 60% do PIB, já colocando o Brasil em posição de risco.
Não é à toa que o Investimento Estrangeiro Direto (ED) também caiu. O IED é aquele dinheiro que vem de fora para ser aplicado na produção, portanto muito mais barato que o dinheiro de empréstimo, e que é usado para cobrir esses rombos. Pois bem, o investimento estrangeiro caiu cerca de 8% em relação ao mesmo período de 2012. E caiu porque os estrangeiros andam muito, mas muito, desconfiados com o intervencionismo da gerentona. Caiu porque o Brasil se torna, cada vez mais, um lugar hostil aos negócios. Caiu porque todos estão esperando um descontrole ainda maior na economia sendo 2014 um ano eleitoral. Todos sabemos que a reeleição do poste vai ser extremamente difícil e por consequência haverá uma derrama de dinheiro na praça e o descontrole econômico só tende a aumentar.
De todos os índices, o mais preocupante é a dívida pública, que, chegando aos 60% do PIB, toca em um ponto historicamente sensível. Quando a dívida ultrapassa os 60% do PIB o descontrole da economia assume proporções de catástrofe. Foi o que aconteceu com Portugal, Grécia e Espanha.
Nesse andar da carruagem, torrando dinheiro público em campanha eleitoral disfarçada de ações de governo, em 2014 as contas públicas brasileiras vão estourar. É óbvio que a gerenta vai tentar segurar as consequências do estouro até as eleições. Depois será o "Deus-nos-acuda".
Exemplo simples: ela está disposta a quebrar a Petrobrás para garantir a sua reeleição. Abertas as urnas e contados os votos, virá a ressaca. A primeira coisa que vai acontecer será um aumento brutal no preço dos combustíveis, de uma só vez, mas evidentemente só depois da eleição...
Ela é suficientemente burra e irresponsável para conduzir a economia desse jeito. Já deu mostras que não sabe onde pisa, nem onde põe o nariz, mas pensa que sabe tudo e que é a dona da verdade. Esse é o seu pior defeito!  Além disso tem uma capacidade enorme de inventar números fantasiosos para encobrir uma realidade ruim. Se não, onde estão as 6.000 creches? Onde estão os 800 novos aeroportos? As 5 refinarias? Onde está o resultado espetacular do leilão do pré-sal? A transposição do S.Francisco? E o trem-bala? E a fábrica chinesa de iPads, a Foxxcon que viria para o Brasil?
Na hora em que o ambiente esquenta ela vai à televisão e solta mais uns factóides: plebiscito, reforma política, "Mais Médicos", qualquer coisa que o marqueteiro lhe diga para enganar a patuléia. Com isso engabela o povo mais um pouco e o Brasil vai caminhando cada vez mais rapidamente para o brejo. Êta, caveira de burro!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Os aeroportos da Dilma

Um cidadão sai de casa de manhã cedo no Canindé, com o assum preto cantando na sua janela, arreia o jegue, monta nele e vai pro aeroporto. Não, não me enganei! Vai pro aeroporto do Canindé mesmo!  
Chegando lá, amarra o jegue no estacionamento e pega seu voo para Quixeramobim. Faz o que tinha de fazer, vai ao mercado, ao banco, pita um cigarro de palha na pracinha com os amigos e de tarde volta para o Canindé, desamarra o jegue no estacionamento do aeroporto (o vigia do estacionamento já deu água e capim pro jegue durante o dia) e ruma feliz para casa, com todos os seus negócios em ordem.
Esse é o cenário que deve ter povoado os devaneios da presidenta, nas horas mortas do Palácio da Alvorada, quando a titia e a mamãe estavam jogando canastra ao invés de conversar com ela e o assessor não estava lá para ajudá-la a matar o tédio com umas voltinhas de moto.
Sim, porque há um ano e meio ela, a presidenta, em viagem à França, nos prometeu, sem que pedíssemos, que até o final de seu governo (espero que seja o atual primeiro e único) iria construir 800 (oi-to-cen-tos!)  aeroportos pelo país. Acho bastante razoável que Canindé e Quixeramobim sejam dois dos municípios beneficiados com esse grande investimento, não? As respectivas economias municipais hão de avançar séculos em dias e milênios em anos.
Mas se não forem esses dois municípios hão de ser outros mais ou menos equivalentes (Nova Lima e Raposos; São Sepé e Formigueiro; ou Pedra Branca do Amapari e Pracuúba), trocando-se apenas os jegues por mulas, ou burros, que continuarão a servir de mote aos devaneios presidenciais.
Ah... e nunca-antes-na-história-deste-país uma presidenta ou um presidento, terá construído 800 aeroportos em um mandato, nem mesmo em 10 mandatos! Isso seria um fato extraordinário e único que nem a oposição mais empedernida poderia negar, caso ainda houvesse tempo, dinheiro e vontade para essa bravata se concretizar. 
Na hora da entrevista, na França, o executivo-chefe da IATA (*), Tony Tyler, perplexo e boquiaberto, perguntou: "Oitocentos aeroportos? Isso não é demais, não?" Jornalistas brasileiros, presentes, acostumados com as mentiras deslavadas, sequer se deram ao trabalho de responder.
A presidenta mente com uma irresponsabilidade e um descaramento total. Sabe que pode dizer qualquer coisa que depois o povo esquece. Isso mostra o seu total desprezo pelo povo de seu país, que lhe serve apenas de massa eleitoral.

(*) Associação Internacional de Transporte Aéreo

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Agronegócio e Sustentabilidade

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Não é mérito de nenhum governo. O mérito é dos produtores rurais que, a despeito do próprio governo, do sol e da chuva, ou da falta deles, arriscam seu capital e seu trabalho na preparação da terra, plantio, colheita e criação de animais. Não sendo produtor rural tenho para mim que essa atividade exige muito de teimosia, obstinação e um pouco de loucura, ou vício, porque fazendo as contas, qualquer outra aplicação daria um retorno, se não melhor, ao menos mais seguro.
Mas é o agronegócio que hoje sustenta o PIB, até porque nessa área, estando a economia bem ou mal, os investimentos não podem ser adiados. Eles dependem do tempo e do clima, portanto, ou você está no agronegócio por inteiro ou está fora fora dele.
Entretanto, hoje, para uma parcela dos brasileiros, o agronegócio é mal visto. Os produtores rurais são considerados vilões destruidores do meio ambiente e exploradores de mão-de-obra. Ainda persiste a imagem do velho coronel fazendeiro, de chicote na mão, exercendo uma autoridade incontestável em seus domínios. Não se percebe que esses velhos coronéis, hoje, preferem exercer seu mando e garantir seus privilégios, não mais à frente de um latifúndio, mas sentados nos gabinetes de Brasília, de onde continuam a mandar nos governos e a definir o futuro da nação, garantindo a permanência do atraso e impedindo que a modernidade chegue até nós. São esses os coronéis Sarney, Collor, Renan e outros, a quem o PT pede a benção todos os dias.
O produtor rural, que vive de seu agronegócio, está, como outros empresários do país, é lutando para sobreviver e dar conta de pagar as taxas e impostos que lhe são impingidos pelos coronéis de Brasília e seus feitores.

Por outro lado, o agronegócio se modernizou. A produção rural conta hoje com o melhor da tecnologia para garantir melhor qualidade e mais produtividade, sem as quais já teria ido à bancarrota. O gado é selecionado, a inseminação artificial melhora a genética do plantel. A manipulação genética, os adubos e corretivos de solo e os pesticidas garantem um aumento exponencial de produção por metro quadrado, tornando as leis de Malthus(*) obsoletas. Se não houvesse esse aumento espetacular de produtividade, seria necessário uma área cultivada muito maior para garantir a mesma produção. Portanto essa tecnologia envolvida na produção rural é um dos fatores a garantir a sustentabilidade e a preservção ambiental, ao contrário do que quer fazer crer a propaganda enganosa do ecofanatismo.

As florestas tem que ser preservadas? Sim, mas as pessoas tem que ser alimentadas em primeiro lugar. Somos 7 bilhões de bocas que deveriam fazer 3 refeições por dia. Se todo mundo comesse o que precisa, a humanidade hoje consumiria mais de 10 milhões de toneladas de alimentos POR DIA! Mas a verdade é que 1 bilhão de pessoas passam fome cronicamente e, segundo a FAO, o mundo terá que aumentar a área agricultável em 144 milhões de hectares até 2050, quando seremos 9 bilhões de pessoas.

A maior causa de desequilíbrio ecológico é portanto a própria humanidade como um todo. Se continuarmos a aumentar em número, em algum momento o planeta não nos sustentará mais. Antes de toda essa elaboração de protocolos internacionais e discussões sobre aquecimento global, etc. o que está urgentemente clamando por uma solução conjunta dos governos é o aumento populacional!
Temos que interromper já esse processo. Ou então assistiremos à calamidade da fome e da sede fazer por mal o que não conseguirmos fazer por bem. E. nesse caso, os maiores sacrificados serão os de sempre: os pobres!

(*) Teoria desenvolvida por Thomas Malthus em que previa um crescimento geométrico da população, devido às melhorias das condições de vida, enquanto a produção de alimentos só cresceria aritméticamente, o que fatalmente levaria a um grande desequelíbrio e à fome.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

A culpa é do dito-cujo

A culpa. afinal, não é da Dilma. Embora seu governo seja um dos piores que já tivemos, sem planejamento, com ações pontuais e erráticas, vai numa direção, muda para outra, volta atrás! Apesar de tudo isso a culpa afinal não é dela.
Quem é ou quem foi a Dilma administradora? Um zero total. Foi dona de uma loja de bugigangas que faliu. No mais, só foi "administradora" em funções político-partidárias. Aí é fácil! Não tem que apresentar resultados e nem dar satisfações a ninguém, como acontece de modo geral na administração pública brasileira! 
Sua penúltima encarnação foi como ministra das Minas e Energia, antes de se encarnar na Casa Civil. O que fez nesse ministério? Começou a acabar com a Petrobrás. Promoveu alguns apagões elétricos por conta da obsolescência das linhas de transmissão. E quase desestruturou todo o setor de produção de energia elétrica no país ao querer mudar as regras do jogo com as concessionárias.
Essa mulher não sabe nada. Além de bater na mesa e falar grosso não consegue concatenar um pensamento lógico com começo, meio e fim. É uma enganadora, só isso e cuja popularidade se mantém à custa de marketing.
Mas a culpa não é dela. A culpa é de quem a inventou, o inefável, o grande mentecapto, o molusco de nove dedos. Foi ele quem buscou no fundo do baú do seu partido uma pessoa sabidamente incompetente para esquentar-lhe o troninho, de modo que ele pudesse voltar glorioso em 2014. 
O objetivo de escolher uma incompetente ficou claro. Em primeiro lugar era para evitar que alguém lhe pudesse fazer sombra. O complexo de inferioridade de Lula exige que ele esteja sempre na proa, na posição de proeminência, que seja o maior, o único, o mais isso e o mais aquilo, como nunca-antes-neste-país. Daí a eterna dor de cotovelo com FHC, porque no fundo Lula sabe que, por mais que faça, por mais títulos de doutor "honoris causa" que receba, nunca, jamais chegará perto da capacidade intelectual de Fernando Henrique Cardoso, inegavelmente reconhecida por todos, apesar de todas as restrições que possa haver ao seu governo.
Lula, ao escolher o poste incompetente, garantia para si a manutenção da lenda e do mito. Dilma poderia ser tudo, menos maior que o seu mentor. Além disso a incompetência dela na área política daria a Lula, como deu,  o papel informal de coordenador e tutor político de sua afilhada. Esse é o papel que Lula mais gosta de exercer. Continua presidente, sem a chateação de assinar papelada, presidir reuniões administrativas, enfim governar.
Não é à toa que ontem convocou uma reunião de ministros. Convocou e foi atendido. Até o Guido Mantega foi convocado e compareceu ao Instituto Cidadania em S.Paulo. Para quê? Para redefinir a estratégia da eleição em 2014 em face de a Marina ter se aliado ao governador Eduardo Campos.
E quando começaram as manifestações de rua em junho, pegando todo o governo de surpresa, Dilma correu para se socorrer com quem? Com seu padrinho, chefe e mentor.
Diante de tudo isso, o péssimo governo que Dilma está conduzindo, aos trancos e barrancos, deve ser debitado na conta política do dito-cujo. Ele afinal foi quem nos pôs nessa situação.

sábado, 5 de outubro de 2013

Buaá!

A Petrobrás ganhou como presente de aniversário de 60 anos o rebaixamento de sua classificação de risco de A3 para Baa1. É quase Buááá! porque temos é que chorar o descalabro a que os 10 anos de administração petista levaram a ex-maior empresa do Brasil.
Antes de chegarem ao poder, a Petrobrás era uma referência para o petismo e exemplo de como o Estado podia gerir bem uma empresa. O que eles queriam era estatizar mais algumas áreas e vociferavam contra as privatizações do governo FHC, como se fossem uma traição ao povo brasileiro, que, afinal, era o dono de todo aquele patrimônio.
E agora, povo brasileiro? O que fizeram com o seu patrimônio que não foi privatizado por FHC? Cadê a minha parte?
A derrocada da Petrobrás começou com a invasão das refinarias na Bolívia por Evo Morales, que se apropriou, com armas na mão como um assaltante, de um patrimônio do nosso povo. Esse fato, muito mais grave que a tão esbravejada espionagem americana, não mereceu nenhuma reação do governo brasileiro. Ao contrário, o governo Lula e Dilma só tem atenções e gentilezas para com o falso índio cocaleiro.
Em seguida, na gestão de Dilma, como ministra das Minas e Energia e presidenta do Conselho de Administração da Petrobrás, comprou-se uma refinaria em Pasadena, por 1,2 bilhão de dólares. Hoje não se consegue vendê-la nem por 200 mil. Tamanho do prejuízo: 1 bilhão de dólares!
Com o conto-de-fadas do pré-sal, Lula, segundo ele mesmo, teria comandado a maior capitalização de uma empresa na história do mundo! Conseguiu 120 bilhões e o valor de mercado da empresa (conforme informações da própria Petrobrás em seu site) ficou em 223 bilhões de dólares.
Pois passados menos de 3 anos, a empresa perdeu 50 bilhões de dólares em valor de mercado e a dívida, que tinha caído para 17% do capital, agora atinge mais de 50%. Essa é a razão da desclassificação.
E tem mais. Outro presente no sexagésimo ano é a informação do TCU que o atraso no Complexo Petroquímico de Itaboraí pode gerar ainda um outro prejuízo de 1,4 bilhões. Esse atraso se deve à incompetência de uma empresa (MPE) contratada para a instalação das tubulações. Querem apostar que ainda vamos ter mais notícias "interessantes" dessa empresa? Por ora, já se sabe que venceu as concorrentes na licitação mesmo com preço mais alto que as demais. Deve ter vencido, como direi, "por critérios técnicos"!


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Para discutir com a esquerda

Outro dia um intelectualóide esquerdopata, porque estava puto com quem não concordava com suas idéias, sapecou no facebook: Vá estudar política!
É assim que eles reagem e nem sequer percebem o quanto de elitismo está contido nessa reação. Então quer dizer que só pode discutir política quem está devidamente "qualificado"! Ou seja, quem recebeu o banho ideológico e a lavagem cerebral das instituições acadêmicas! O resto é resto e que se cale, porque não sabe o suficiente para discutir com "suas excelências". 
Isso é mais ou menos como os inquisidores da Igreja se dirigiam aos pobres coitados que caiam em suas garras. Só eles, inquisidores, tinham a capacidade de discernir qual era a doutrina "certa". É evidente o quanto de atraso religioso está contido nesse fanatismo "muderno" adotado pela esquerda latino-americana. Tudo se resume ao lado certo (o deles) e o errado (o dos que não concordam com eles).
Na argumentação do esquerdopata, a quase totalidade da população brasileira não poderia nem votar. Se não estão capacitados sequer para discutir com "Sua Sapiência", como poderiam escolher candidatos e dar-lhes um mandato de representação?
Fico espantado com essa "elite" intelectual brasileira. Esfregaram a bunda num banco de escola por 4 ou 5 anos e já saem vomitando sabedoria e certezas inabaláveis.  Essa mesma elite é a que tem o projeto de transformar o Brasil numa grande fazenda soviética, garantindo a si, evidentemente, e antes de mais nada, os privilégios da "nomenklatura" bolchevista.
Já passamos dessa fase! O socialismo, na "real politik" já mostrou que só sabe fabricar miséria. Parafraseando um grande filósofo carioca eu diria que "o socialismo é bom, mas é ruim, enquanto o capitalismo é ruim, mas é bom". A benção, Tom Jobim!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Tiririca errou

Tiririca errou. Na política brasileira tudo pode sempre piorar. Ou não estamos pior agora, com os embargos infringentes jogando para o dia de São Nunca a finalização do julgamento do mensalão? Ou não estamos pior, com a inflação galopante, os juros subindo de novo (a única coisa que conseguimos mandar para a estratosfera), o pib mantendo-se em estado de dormência, as contas públicas absolutamente deficitárias,  a Petrobrás, maior empresa do Brasil, em situação lastimável e vexatória, as empresas de Eike Batista financiadas com o nosso dinheiro por meio do BNDES, dando calote na praça? E tem mais, os leilões de privatização não tem interessados. A presidenta, depois de esbravejar na ONU, foi de pires na mão pedir aos empresários americanos que invistam no Brasil. Ela, que reclamava há somente 2 anos de um tsunami de dólares, agora bate às portas da Wall Street para mendigar! Que pancada no orgulho esquerdista nacional! Claro que ninguém fala nada. Não se ouve um pio nas redes sociais chapa-branca. Só falam de "regulamentação" da internet, como se isso fosse realmente o nosso problema mais importante.
Acabou por aí? Ledo engano! Agora, meio que na surdina, vai o governo aprovando a medida provisória 621 que na prática acaba com o exame Revalida e passa por cima dos Conselhos para aprovar "na marra" o registro de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior (leia-se Cuba!).
Se alguém tinha dúvidas sobre o caráter autoritário da bruxa governanta, pode cair na realidade desde já.
Como dizia Mário Henrique Simonsen, relembrado nesta semana por Arnaldo Jabor (aqui), o Brasil é um paciente que está sempre sob "anestesia, mas sem cirurgia". Estamos sempre a um passo da solução, mas a evitamos a todo custo. A questão da saúde não seria diferente. O que é diferente é a truculência, a imposição a ferro e fogo, característica de um governo que se julga onipotente e onisciente. Tiririca errou daquela vez, mas será que agora já chegamos ao fundo do poço, ou ainda há margem para piorar um pouquinho mais?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Haja alfabeto!

Quantos partidos existem no Brasil? Pouca gente tem essa informação na ponta da língua. Menos ainda sabemos o que são esses partidos, qual a sua ideologia e seu programa. Essa é uma das aberrações do sistema político brasileiro. Afinal partidos políticos foram inventados para representar uma parcela da população que, com esse partido, comungasse de algumas idéias. Votaríamos então no partido que mais se assemelhasse com o que pensamos, ou que defendesse as mesmas bandeiras em que acreditamos, ou que, pelo seu programa, fosse aquele que, no modo de entender do eleitor, trouxesse maiores benefícios à nação.
Isso pode valer em outras plagas, mas não ao sul do equador. No Brasil temos essa cornucópia de partidos, todos garantidos pela Constituição cidadã que vai fazer só 25 anos, mas já está desdentada, cheia de rugas e de cabelos brancos. E essa multiplicidade de siglas partidárias quer dizer exatamente...nada! 
Então me expliquem qual a diferença entre o PTB, PTdoB, PDT, PTC, PRTB, PTN e o PT se se dizem todos trabalhistas! Ou entre o PR, PRB, PRP, PROS, se são todos republicanos (o que quer que isso signifique)! 
Quando se trata de socialismo, marxismo e comunismo então, ao menos no nome, temos o PSB, PPS, PCB, PCdoB, PSOL, PPL, PCO, e o PSTU. A social-democracia (de centro, esquerda e direita!) está também representada por várias siglas: PSDB, PSDC, DEM, PSC, PSD e PSL.  
Para que ninguém reclame, temos dois partidos ecológicos, o PV e o PEN, sem contar com a Rede da Marina, se vier a ser registrado. Da solidariedade também temos dois: o próprio Solidariedade do Paulinho da Força e o PHS, partido humanista da solidariedade. Não é uma graça?.
Não podemos nos esquecer, obviamente, da jóia da coroa, daquele partido que por si só é a encarnação do perfeito balaio-de-gatos, o famigerado PMDB e junto dele o nanico PMN, partido da mobilização nacional.
Não bastasse, ainda pedem registro um tal de Libertários e um Partido Pirata do Brasil! Acho que vou votar nesse.

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