segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Dinheiro sem dono

A única coisa que você pode apostar que é verdadeira nesse governo é a gastança. O resto é tudo mentira.
Dilma foi pra Europa: Davos! Fazer o quê lá? Não tinha nada pra falar, não tinha nada pra ouvir, que essa gente só ouve o som da própria voz. Bastava ter pedido um "press release" ao nosso embaixador na Suíça e estava resolvido. Mas aí há um problema, como ficam as mordomias? 
Claro, que as "otoridades" tem que viajar. Gastaram quanto na Suíça? Segredo! Segredo de Estado! Foram descansar em Portugal pagando diárias de 26 mil? Coitadinhas, as "otoridades" estavam cansadérrimas de não fazer nada!
Depois do "descanso" foi pra Cuba...inaugurar o porto construido com financiamento brasileiro. Já foram 1,9 bilhões e dona Dilma agora ofereceu mais 700 milhões! O dinheiro vai direto para a Odebrecht, que é a construtora do porto. Quanto desse dinheiro voltará, ilegalmente, para financiar a campanha do PT? Não sabemos, mas é certo que a Odebrecht será uma das maiores, se não a maior, "doadora"! Essa é a nova modalidade do mensalão. Antes tiravam dinheiro do Banco do Brasil e da Petrobrás para pagar a empresa de Marcos Valério que "retornava" a grana do modo como ficou demonstrado. Inviabilizado esse processo, a criatividade petista pôs em marcha um plano B. Dessa vez o esquema será mais dificilmente desmascarado pois conta com o apoio de um Estado soberano.
Para a modernização dos nossos portos e aeroportos não há dinheiro, pois o "retorno" aqui é baixo. Mas para investir em infraestrutura cubana há dinheiro de sobra, logicamente, porque o "retorno" é muito maior e mais rápido.
Quem se preocupa? É dinheiro público mesmo! E, no Brasil, isso significa dinheiro sem dono.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Pobre de rolé. rolé, rolé

Um dos grandes problemas da esquerda "intelequitual" brasileira é que eles pretendem falar em nome dos pobres, mas não conhecem os pobres. É uma esquerda almofadinha, burguesa, pseudo-intelectual, nascida e criada na classe média, que estudou em colégios particulares, fez cursinho pré-vestibular pago com o dinheirinho da mamãe e do papai e, uma vez, adentrados na universidade pública, desandam a defender os direitos dos "pobres" e atacar todos os que não são "pobres" impingindo-lhes o rótulo de exploradores.

O conceito que lhes passa pela cabeça é um grande estereótipo e que eles creem ser uma fiel tradução da realidade. Esse estereótipo é explicitado nos seguintes pré-conceitos:
  • pobre não pensa; nós temos que pensar por eles
  • pobres não sabem escolher certo, temos que escolher por eles.Daí nasce o conceito de guia iluminado, como o que foi atribuido a Stalin, o epíteto de Guia Genial do Povos.
  • as classes exploradoras impingem aos pobres um ideal de consumo para aliená-los; a partir daí a única coisa que os pobres querem é ascender de classe social.
    Conclusão: os guias iluminados têm que destruir esse ideal de ascensão de classe social e substituí-lo pelo ideal da luta de classes, uma luta interminável e que só serve para justificar a manutenção dos iluminados eternamente no poder.
  • pobre, mesmo quando reivindica, não o faz conscientemente; temos que ser a consciência deles.
    Isso ficou claro quando certos "movimentos" tentaram se apossar dos protestos de junho em 2013. E agora, na onda dos rolezinhos a 
    psicanalista Maria Rita Kehl chegou a declarar explicitamente à Folha: "A performance dos rolezinhos funciona como denúncia da discriminação, mas não sei se eles fazem isso conscientemente ou apenas movidos pelo mal-estar de saber que não são bem-vindos nos templos do consumo de uma sociedade que, até o momento, só promoveu inclusão via consumo — e não via cultura, acesso a serviços públicos de qualidade etc.”  
Na declaração acima fica absolutamente claro o preconceito embutido nesse estereótipo que a esquerda criou para os "seus" pobres. Para eles, ser pobre não é apenas uma condição social que possa ser superada com educação e trabalho. Para eles, pobre é uma categoria do Ser, uma condição imutável que traz em seu bojo todo um conjunto de valores éticos, estéticos e culturais. Portanto quem nasce pobre, permanecerá pobre mesmo que sua conta corrente aumente em centenas de milhões.

E, fugindo um pouco do tema, não posso deixar de comentar um aspecto da declaração da psicanalista. Gostaria de informá-la que nem os pobres, nem os ricos, nem os remediados (a classe média, odiada pela Marilen Chauí) têm acesso a serviços públicos de qualidade, simplesmente porque tais serviços inexistem nesse país. Nesse quesito o Brasil é uma nação absolutamente igualitária.

Voltando ao tema. Em resumo, Joãosinho Trinta é quem tinha razão: "Pobre gosta é de luxo. Quem gosta de pobreza é intelectual". Quase meio século já se passou e os "intelequituais" ainda querem que os pobres continuem pobres, enquanto eles se refestelam nas mordomias acadêmicas ou palacianas e tecem teorias sociológicas furadas sobre os "movimentos sociais".






sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Inflação no teto e PIB no fundo

É impressionante a fleugma, para não dizer frieza e desinteresse, com que o ministro Mantega se apresenta ao falar do caos que está se formando na economia brasileira. Ele fala e apresenta aquela cara lustrosa e beatífica como se estivéssemos às portas do paraíso. Ou como se ele não tivesse nada a ver com isso.

Os dados oficiais já indicam que a inflação baterá no teto em 2014. Mas esses dados (IPCA) representam somente uma média do aumento dos preços. Ou seja, existem itens em que o reajuste de preços passa muito de 10% ao ano, enquanto a inflação oficial é de 5,91%. Só como exemplo, em 2013, o valor dos aluguéis subiu em média 12%. Os itens de alimentação subiram 10,7%. Os planos de saúde 8,73% e o transporte escolar, 9,48%. Em resumo, a inflação já bateu no teto e o romperá com estrondo até meados do ano.

Em dezembro, o ministro Guido Mantega já havia dito que "a economia brasileira está crescendo com duas pernas mancas". Se entendi corretamente ele quis dizer que já antecipava o crescimento NEGATIVO do último trimestre de 2013. Em outras palavras, a economia está capengando mesmo, a torto e a direito. Eu diria pro ministro: cabuloso, cara! 
Que mais haveria de dizer, se ele é, supostamente, o executor da política econômica e deveria, se não concorda com as ordens recebidas, alertar a presidenta para os erros que estará cometendo; e se ela insistir, demitir-se. Claro, seria assim em um país normal, não no Brasil.

Se os países tem algo que podemos definir como uma personalidade, uma característica nacional que os distingue, eu diria que o Brasil é um caso sério de psicose maniaco-depressiva. Uma hora somos eufóricos, ufanistas, gastadores do que temos e do que não temos; em outras horas estamos abúlicos, apáticos, sem reação, conformando-nos com as desgraças como se fossem eventos naturais.

Vamos agora, em ano de Copa, enfrentar uma recessão que já se anunciava em 2013 e que vem sendo mascarada pelas maquiagens numéricas da dupla de mágicos do planalto central. E, novamente, estaremos, como no governo Sarney, no pior dos mundos: inflação no teto e PIB no fundo.





quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Desmanche Organizado

O Brasil está se desmanchando rapidamente a olhos vistos. Já desde o governo Lula a infraestrutura está sendo sucateada. São as estradas federais esburacadas e sem a menor condição de segurança. São os portos, há muito obsoletos e de baixa produtividade, e, consequentemente, de custos elevadíssimos, encarecendo as importações e as exportações. E, ainda há quem se espante de o país não avançar nas exportações! 
Dos aeroportos nem se precisa falar, viraram verdadeiras rodoviárias de quinta categoria. Conforto para o passageiro? Bobagem, essa nova classe média que agora também viaja de avião não tem dessas exigências. É isso que paracem pensar as "otoridades".
E a mobilidade urbana? Onde está o transporte público, os metrôs? Só rindo para não chorar. Nem mesmo o elefante branco do trem-bala entre o Rio e S.Paulo, menina-dos-olhos da mãe do PAC, saiu do papel!
O desmanche não se dá, porém, só na infraestrutura. Não, o caso é bem planejado. O objetivo do desmanche é atingir todos os níveis. É fazer do Brasil uma grande, gigantesca, Cuba.
A economia, reorganizada no governo FHC, teve suas premissas mais ou menos respeitadas no governo Lula, mas nesse desgoverno Dilma, foi posta de pernas pro ar. São maquiagens nos números, contabilidades criativas, gastos públicos sem controle, redução do superavit primário, inflação recrudescendo, dólar na estratosfera, juros caminhando de novo para os patamares subdesenvolvidos do passado.
O governo Dilma quebrou a maior estatal do país e a Vale, se ainda não tivesse sido privatizada, estaria quebrada também. No meio dessa bagunça, chamada de gestão, a Caixa Econômica,  para nosso espanto, simplesmente faz desaparecer as contas de millhares de clientes, surrupiando-lhes o dinheiro! Simples assim!
A gracinha da "redução" da conta de luz, custou 22,6 bilhões aos cofres do Tesouro, só em 2013. A renegociação das concessões antes do término dos contratos, impostas pela gerentona,  trouxe uma desconfiança que acabou por afastar em definitivo os possíveis investidores interessados na geração de energia  e nas linhas de transmissão e, como consequência, obrigou o governo a pagar, só no ano passado, 12,7 bilhões às empresas geradoras. 
A esse valor se adiciona ainda 9,9 bilhões que o governo teve que desembolsar para subsidiar o custo da operação das termo-elétricas. Não pára por aí. Há um saldo a pagar de 8,2 bilhões, ainda dessa conta, que deve ser quitado em 2014, além de mais 13 bilhões em ressarcimento de investimentos feitos nas transmissoras de energia. É um festival de bilhões a sair pelas janelas!
A transposição do S.Francisco, nos locais onde se fez alguma coisa, mostra apenas o leito seco de um canal de concreto já cheio de rachaduras e de mato. 
A única ação que, mais ou menos, ainda se traduz em resultados concretos são os investimentos milionários nos estádios, mesmo assim em atraso. E o que já se fez até agora foi devido à pressão da FIFA.
A bandidagem corre solta em todo canto. Ninguém tem segurança mais em lugar algum. Vivemos em plena guerra civil e desarmados. O narcotráfico e suas facções substitui o Estado onde quer. 
Do quê mais necessitamos para tomar nas mãos as rédeas dessa nação? me pergunto. Quanto mais teremos que nos submeter para compreendermos que depende de nós, só de nós e de mais ninguém? Até quando suportaremos esse desmanche organizado?


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O agronegócio é o vilão?

O governo petista tem se esmerado em beneficiar algumas áreas, representantes daquilo que um sindicalista do ABC nos anos 70 chamaria de capitalismo selvagem! Exemplo: a indústria automobilística e os bancos.
Na verdade, a atuação da grande indústria e dos bancos no Brasil está longe de se caracterizar como atividade capitalista, uma vez que são absolutamente avessos ao risco e adoram um financiamento com dinheiro público.
Os bancos vivem e sobrevivem, desde sempre, com recordes atrás de recordes nos lucros, porque seu maior cliente é o governo. Quando esse governo, então, gasta mais do que arrecada, é uma delícia! Já sabem o que vão poder cobrar nas próximas rolagens das dívidas.
A grande indústria também tem grande afinidade com o governo, uma vez que só investe com dinheiro do BNDES - a juros subsidiados, claro - e ainda consegue, de tempos em tempos, uma renúncia fiscal (redução de impostos) que as beneficia.
O governo ainda trata de protegê-los contra ameaças externas e qualquer tipo de concorrência. Senão, vejamos: 
1) No transporte aéreo só existem três empresas no país e a entrada de empresas estrangeiras é proibida. Será por isso que as tarifas aéreas no Brasil são as mais caras do mundo? 
2) A indústria automobilística tem sido amplamente favorecida pelas isenções e reduções de impostos, enquanto investimentos no transporte público continuam "coincidentemente" no nível da indigência.
3) E as construtoras e seus cartéis, digo consórcios? Esse "affair" já é uma história de décadas, que não foi o governo petista que inventou, mas adotou com gosto, disposição e vontade, quando chegou ao poder.
4) As empresas de publicidade e marketing também são casos antigos, revigorados pelo exercício petista do poder. Marcos Valério está aí na cadeia para não deixar mentir.
5) Ainda existem vários outros exemplos, mas, para não alongar muito, basta mencionar as empresas do Eike Batista, cujas dívidas com o BNDES ainda são um ponto de interrogação.
Agora, analisando os números, fica-se sabendo que em 2013 o setor industrial foi responsável por um déficit comercial de mais de 100 bilhões. Enquanto isso, o agronegócio, coitadinho, atacado por todos os lados como responsável pela destruição do meio ambiente e pelas emissões de carbono, foi o responsável sózinho por um superávit de 83 bilhões!
Quais foram as isenções fiscais que beneficiaram esse negócio que alimenta as bocas brasileiras? Qual foi a proteção contra a concorrência estrangeira que o agronegócio teve? E olhe que o agronegócio importa fertilizantes como um dos principais insumos e cujo custo, pela desvalorização da nossa moeda, aumentou em 30% no ano passado!
O agronegócio também, na hora H, é o parceiro mais importante para ajudar a manter a inflação sob controle, pois se a cesta básica subir, adeus reeleição da Dilma.
Como o agronegócio está pulverizado pelo país e não tem a capacidade de cooptação e -por quê não dizer? - suborno, da grande indústria, apesar dos números positivos, apesar de estar segurando a economia do país, impedindo-a de rolar ladeira abaixo, é sempre apontado como o vilão da vez. É de bom tom, é chique, ser contra a agricultura e a pecuária.  Seus inimigos vão desde a Rede da Marina, passando pelos eco-terroristas e ONG's ambientalistas, aos índios, quilombolas e sem-terra. Quase todos subvencionados pelo governo Lula-Dilma.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Cabezas Cortadas

"Cabezas cortadas" é o título de um daqueles filmes delirantes de Glauber, que trata das alucinações de um ex-ditador de um país imaginário chamado Eldorado, mas podia bem ser o título de uma história macabra sobre o Maranhão da família Sarney.
A situação dos presídios naquela terra não deveria nos espantar. Já sendo uma catástrofe vergonhosa no país inteiro as condições carcerárias, não se poderia esperar nada melhor no vice-reino dessa famigerada família, dona do pior Estado do país em IDH.
Como esperar que essa gente, que abocanhou o poder público para se servir dele, vá se preocupar com a situação dos presídios? Não há tolo que possa acreditar que um membro do clã Sarney vá dedicar um segundo de seu tempo a essa preocupação.
Eles tem outras preocupações, sendo a principal delas: como fazer para não largar jamais o osso, como fazer para manter aberto o sistema de drenagem de recursos públicos para o patrimônio privado da família. Se para isso tem que se aliar ao seu antigo pior adversário, aliam-se, não há problema. Apesar de terem sido chamados, por Lula, de ladrões e coisa pior, são capazes de magnanimamente recebê-lo aos beijos e abraços nos palanques, porque já dominam o seu feudo muito antes de Lula aparecer na política e provavelmente continuarão a dominar até muito depois de Lula ter desaparecido.
O que essa família fez e faz ao Maranhão e à política nacional há mais de meio século é um crime hediondo que ficará sem punição, pois eles são blindados.
Roseana conseguiu até retornar ao governo no "tapetão" e agora, depois de todas as mortes (62 mortos e algumas cabeças cortadas), a governadora, ao lado do ministro da Justiça, que ficou mudo e saiu calado, diz que a culpa é do relatório, que, segundo ela, difunde "inverdades". 
E o governo Dilma pisa em ovos para não criar problemas com a todo-poderosa família Sarney. Quando qualquer rebelião acontece nos presídios de S.Paulo e a polícia reprime, o governo federal é o primeiro a gritar que "isso é uma barbárie...", etc.
Agora que se trata de uma carnificina produzida por facções atuando dentro de presídios sob a gestão de um governo aliado, ninguém diz nada, não há uma manifestação oficial. O procurador geral da República chegou a pedir a intervenção federal do Estado, mas o governo, obviamente, pôs os panos quentes habituais.
Como disse antes, a situação dos presídios maranhenses não deveria nos espantar, mesmo assim espanta quando vemos os vídeos da barbárie a correr solta, quando percebemos que o Estado brasileiro não tem capacidade sequer de enfrentar esses PCC's e facções similares. Mesmo dentro das prisões são eles que ainda ameaçam, subornam e mandam. São verdadeiramente um Estado dentro do Estado e crescem cada vez mais devido à nossa incompetência como povo. Viva o Eldorado!







quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Indigência governamental

O governo Dilma quer fazer da incompetência uma virtude. Com a maior cara de pau, a ministra barbie, Deisi Hoffman, vem a público dizer que o aeroporto de Cuiabá não ficará pronto para a Copa e que será então coberto por uma lona! Claro que não será uma lona qualquer, será uma lona especial (caríssima, deve ser) e que o aeroporto vai ficar muito bonito. Que vexame!
A presidenta que anunciava a construção de oitocentos, repito, oi-to-cen-tos, aeroportos em seu governo, vai usar uma prosaica lona para acabar o inacabado.
E acham tudo normal.
Claro que na hora de anunciar que vai ter que cobrir o aeroporto com lona preta não é a Dilma que comparece à frente das câmeras. Para isso ela tem 39 amarra-cachorros, digo, ministros, que podem muito bem cumprir essa perfunctória função. 
À Dilma fica reservada a hora das bravatas e das promessas mentirosas, como aquela em que ocupou o horário nobre da TV para anunciar uma redução no preço da energia elétrica, que ninguém sabe, ninguém viu.
E tome prepotência, tome autossuficiência! 
O maior problema dos obtusos com poder é que eles se acham inteligentes e ninguém lhes diz que não são. Daí, seguem cometendo uma burrada atrás da outra, um erro atrás do outro, se achando o máximo e o país é quem acaba se danando.
Pelo andar da carruagem essa Copa promete. Humoristas, preparem o repertório e a verve, assunto não há de lhes faltar!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O inferno são os outros

Por mais que a imprensa publique, por mais que as pesquisas revelem que Dilma já estaria antecipadamente reeleita, eu não acredito. Não acredito nas pesquisas porque, em primeiro lugar, são encomendadas e ninguém desagrada ao cliente. Não estou dizendo que as pequisas são falsas ou fraudadas, mas sabe-se que as estatísticas prestam-se todo tipo de interpretação. Há até um dito jocoso que diz que "Estatística é a arte de mentir com os números".

Em segundo lugar, porque, se estivessem certas, não precisaríamos de eleição; bastava fazer uma pesquisa no dia e pronto. Por mais caro que os "vox populi" da vida cobrem, isso ainda ficaria bem mais barato que montar por todos os rincões do país a parafernália das urnas eletrônicas, supostamente indevassáveis e à prova de fraudes. Quem conhece um pouquinho da área de TI sabe como são "indevassáveis" os segredos eletrônicos, a NSA que o diga, mas vá lá, aceitemos a lisura das urnas.
De qualquer modo o raciocínio continua válido: se pesquisa fosse eleição, pra quê eleição?

Entre o momento atual e a eleição propriamente dita muita água passará embaixo da ponte. As manifestações de junho do já saudoso 2013 não pegaram a todos de surpresa?! Coisas podem acontecer ainda em 2014 que não estão nos algoritmos das tais pesquisas. Portanto aqui aplica-se o velho ditado mineiro: "eleição e mineração, só depois da apuração".

É muito cedo para se cantar a vitória da Dilma, tanto que as hostes petistas estão em pé de guerra, acusando a todos os que deles discordam de serem simplesmente... golpistas! É isso mesmo, quem não quer a reeleição da Dilma está querendo é dar um golpe, pois, afinal, o "pudê" está garantido a eles para sempre, né?
O PT tem uma característica psicopatológica que mereceria um estudo acadêmico: gosta de acusar os outros de fazerem exatamente o que eles estão querendo ou prestes a fazer. Quando vão roubar o Erário, acusam os outros de ladrões. Quando vão se aboletar nas mordomias e nos privilégios acusam os outros de serem parte da elite insensível. E quando querem golpear a democracia acusam os outros de golpistas. 
Até parece que Sartre, aquele velho gagá da filosofia, já sabia dessa estratégia quando escreveu em sua peça "Porta Fechada" (¹): "O inferno são os outros!" (²).

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Notas: (¹) No original: "Huis Clos"
          (²) "L'enfer c'est les autres"

domingo, 5 de janeiro de 2014

Fundo do poço

Terminou o ano em que "o bicho ia pegar" e agora vamos ter que enfrentar o ano da Copa. Melhor seria o chamarmos, desde já,  "o ano do Caos". O pessimismo se justifica diante de todos os erros e problemas que o governo Dilma veio acumulando, disfarçando e maquiando em 2013 e que fatalmente vão estourar nas nossas contas em 2014.
O ministro Mantega antecipou que as contas fecharam em superávit, mas todos sabem que esse superávit é maquiado e que, se não fossem as receitas extraordinárias do leilão do pré-sal (15 bilhões), a conta fecharia em deficit. Em 2014 não haverá outra receita do pré-sal, mas as despesas correntes aumentarão em função do desregramento de ano eleitoral. É por isso que o "mercado" está nervoso, não por causa do ano que passou.
Estamos com o dragão da inflação tentando arrombar a nossa porta, a economia patinando sem sair do lugar, o desemprego ameaçando voltar com força logo depois que acabar a Copa e o governo sem direção alguma, tentando apenas reeditar a demagogia lulista para a reeleição. Antes disso porém enfrentaremos o caos da falta de mobilidade urbana, da sujeira nas cidades, da escalada dos preços, do aumento da corrupção e da violência. Temo que perto da Copa a situação se torne insustentável. 
A mágica não funciona duas vezes e as mentiras de Dilma já não "colam" mais, portanto a capacidadde de enganar a população parece ter se esgotado.
Se for isso, 
Basta que a oposição seja minimamente eficaz para derrubar esse castelo de cartas que o PT veio construindo nesses 11 anos de mentiras e más intenções disfarçadas de política progressista. Se isso acontecer, apesar dos problemas que inevitavelmente teremos pela frente, 2014 terá sido um ano benfasejo.



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