quinta-feira, 31 de julho de 2014

A verdadeira bolsa da Dilma

Na sabatina da Folha (ver aqui), Dilma não teve como esconder a sua falta de preparo, ausência de argumentação e raciocínio rasteiro. É até espantoso como é que ela conseguiu chegar até esse ponto na presidência do pais, sem provocar um caos generalizado, considerando a sua "profundidade" de pensamento e reflexão.
O ápice dessa entrevista é quando instada a explicar por que mantém 150 mil reais "debaixo do colchão", ela se atrapalhou toda e chegou a dizer que guarda dinheiro vivo em casa para dar para a sua filha, como se não houvesse hoje a facilidade de uma transferência bancária via TED ou DOC que podem ser feitas com toda comodidade pela internet. Pelamordedeus, presidenta! 

Ao mesmo tempo, tentou fazer uma demagogiazinha relembrando os tempos da clandestinidade quando tinha que dormir "de sapatos" e, provavelmente, - isso ela não afirmou - tinha que ter dinheiro vivo à mão para sair correndo caso fosse necessário.
Mas hoje, quarenta anos depois, em pleno regime democrático e sendo ela a presidenta, ainda há esse risco? A presidenta tem que dormir preparada para sair correndo do Planalto à noite, carregando uma bolsa cheia de dinheiro? E uma bolsa pesada, pois supondo que a metade esteja em notas de 50 e a outra metade em notas de 100, serão necessárias 2250 cédulas para perfazer esse valor; e o peso da grana será de quase 3 quilos.
Alem disso a presidenta dá um mal exemplo à população. Afinal com uma inflação de 7%, manter esse dinheiro desaplicado, significa uma perda de 10 mil e quinhentos reais por ano e deixa de ganhar outros 9 mil em juros reais. Mas a presidenta dá de ombros: "o que são 10 mil reais?" Para ela, nada, mas para o povão é muita coisa, pois segundo o DIEESE, 10 mil reais sustentam uma família de 4 pessoas durante um mês. 
Se uma economista trata assim o seu próprio dinheiro, como tratará o nosso, o dinheiro público? Não é de se espantar o desarramjo econômico que estamos vivendo, perigosamente nos aproximando da tempestade perfeita, pois os indicadores estão cada vez piores:
  1. inflação (oficial) à beira do descontrole.
  2. inflação real já descontrolada - é só ir ao supermercado para verificar.
  3. crescimento econômico pífio, insuficiente para absorver a mão de obra que chega ao mercado de trabalho (que é de 1,5% ao ano).
  4. índice de crescimento de emprego zero e que se reverterá em desemprego já dentro de alguns meses.
  5. taxa de juros elevada, sem efeito sob a inflação, mas com efeitos recessivos na economia.
  6. população endividada por conta dos estímulos irresponsáveis do governo e sem condições de manter o padrão de consumo.
  7. represamento de preços de combustiveis e da energia elétrica que vão estourar em 2015.
  8. contas públicas desorganizadas; superavit primário quase a zero.
  9. balanço comercial negativo. Isso implica na necessidade de aporte de capital estrangeiro para equilibrar as contas.
  10. Descrédito no governo, provocando a fuga de capitais e de investimentos no país.
O próximo governo, esse sim, vai herdar uma herança maldita e devemos nos preparar para um ano de 2015 difícil. 
Mas antes isso que uma continuidade desse desgoverno desastroso, mentiroso, incompetente, demagógico e autoritário. Aí, sim, seria o caos.


terça-feira, 29 de julho de 2014

Lula mostra a cara

A cada passo o PT mostra sua cara. A verdadeira, não aquela que pretendeu nos impingir durante muito tempo. E a cara do PT é muito, muito feia. De um lado demonstra que não aprecia de modo algum a liberdade de opinião e de expressão, a não ser quando é a seu favor. Até aí não há muita novidade pois o regime soviético também só permitia a circulação do jornal oficial Pravda, como em Cuba até hoje só se permite a circulação do Granma, que os cubanos usam como papel higiênico na falta do próprio. Dizem que o Granma é até melhor, parece que foi feito para isso mesmo. 
Do outro lado, a cara feia do PT chega a assustar. Essa semana seu líder e chefe incontestável, o Molusco da Silva, berrou nos microfones da reunião da CUT que o seu "querido" presidente mundial do Santander devia demitir (isso mesmo, demitir) uma funcionária que havia publicado uma análise conjuntural que não agradou ao partido. Lula chama o presidente dessa instituição bancária de "meu querido" o que demonstra toda a intimidade que tem com ele. Logo Lula, que vociferava contra os bancos, pede, ou melhor, exige que o banqueiro estrangeiro demita a trabalhadora brasileira que nada mais fez que cumprir sua função. Logo, Lula que uivava na porta da Volkswagen quando a empresa tinha que demitir funcionários por causa de uma recessão, exige a demissão de uma trabalhadora.
E diz que ela não entende "porra nenhuma de Brasil". O ex-presidente usou esses termos ao se referir ao trabalho profissional de uma senhora.
Disse que ele, Lula é quem deveria ganhar os bônus dela. Meu Deus! Que partido é esse? Intitula-se partido dos trabalhadores, mas é amigo é do capital internacional. Para quem não sabe, o Santander é um banco espanhol.
E o banqueiro, Emilio Botín, que não é bobo nem nada, fez o quê? Demitiu a 
funcionária, lógico! Esse caso devia ir para o currículo do doutor honoris causa de porra nenhuma. Mas nada cola nele, não é mesmo? É por isso que Lula não se preocupa com a coerência. Por ter tido uma origem pobre, tudo lhe é perdoado por aquela classe média universitária e supostamente bem pensante. Aquela classe média - lembram-se? - que não quer dizer o nome, mas à qual pertence a dona Marilena Chauí.

O voto de Minas

Há uma crença, corroborada pelos fatos até agora, de que ninguém jamais ganhou uma eleição para presidente do Brasil sem ter ganho em Minas. De fato, analisando o período mais recente, Collor, Fernando Henrique, Lula e Dilma, ganharam em Minas. 
Isso pode se explicar pelo fato de Minas ser um grande colégio eleitoral, o segundo maior do país. E também em razão das condições sócio-geográficas e históricas, que fizeram de Minas um Estado síntese do Brasil. A opinião pública no estado pode ser considerada um termômetro da opinião pública no país. Políticos antigos tanto já sabiam disso que usavam dizer: para onde Minas se inclina, inclina-se também o Brasil. 
Pois agora, Minas virou. O estado já foi majoritariamente petista, assim como sua capital. Agora tudo indica que cansou-se do PT. Os mineiros cansaram das mentiras, roubalheira e, principalmente, da truculência e prepotência que fazem parte do "pacote". O PT comporta-se como o dono da verdade. E os mineiros, eternos desconfiados, não só não acreditam em donos da verdade, como não suportam que alguém venha lhes impor um caminho. As sinuosas estradas de Minas sempre foram caminhos de liberdade, que exige atenção e vigilância para ser mantida, pois em cada curva pode se esconder uma emboscada do opressor.
Essa atenção aos pequenos sinais, faz de nós um povo que lê nas entrelinhas e percebe o que não foi dito. Pois Minas já se decidiu. E não apoiará essa senhora que quer se passar, ora por mineira, ora por gaúcha, mas comporta-se mesmo é como uma agente búlgara ainda na era soviética. 
Chega de incompetência, má fé e autoritarismo. O Brasil merece muito mais.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Anão diplomático

Não há melhor definição para a política externa ditada pela ideologia petista do que a do porta voz da chancelaria israelense: "O Brasil é um anão diplomático".
A política externa de um país deve atender aos interesses do Estado, não de uma facção. Os interesses do Estado são perenes, abrangentes, referem-se a toda uma população, enquanto os da facção representam interesses de curto prazo, eleitoreiros e satisfazem as necessidades apenas de um grupo, um partido, desprezando os desejos do resto da nação.
Como cidadão brasileiro estou cansado de me envergonhar de meu país, pois é um país que defende ditaduras sangüinárias e incompetentes como a de Cuba e da Venezuela, alia-se a estados terroristas e que não respeitam os direitos  humanos,  especialmente os das mulheres, como o Irã. E agora, para culminar, coloca-se ao lado de um grupo terrorista, o Hamas, que sacrifica seu próprio povo em nome de sua luta pelo poder.
O que o Hamas está fazendo em Gaza é um crime contra a humanidade. Ainda bem que Israel voltou a ocupar a região, da qual tinha saído por decisão unilateral de Ariel Sharon, em mais uma tentativa frustrada de negociar a paz. 
Parodiando o ditado: quando um não quer, dois não fazem as pazes. Não são do interesse, nem da Autoridade Palestina, nem do Hamas, fazer a paz com Israel. Azar do povo palestino, se assim, for obrigado a viver. O que querem é perpetuar  o seu poder escuso.
O que aconteceu no Iraque após a saída das tropas americanas é um exemplo da lógica geopolitica da região. Repito: ainda bem que Israel voltou a ocupar militarmente a faixa de Gaza. Talvez, se continuar firme e destrocar as bases do Hamas na região, possa começar um dia, um processo realista e legítimo de pacificação.

terça-feira, 15 de julho de 2014

A toca do molusco

No auge do caso Rosemary, por exemplo, ele andou por mais de seis meses enfiado na toca. E, ao retornar ao sol, não deu um pio sequer sobre o caso que o envolvia direta e indiretamente, afinal Rosemary foi sua companheira de viagem por mais de 30 vezes. Logo ele, que gosta tanto de emitir opinião e derramar sabedoria sobre todo e qualquer assunto.
Depois da Copa das Copas calou-se, sumiu. Ora, se a presidanta fez uma avaliação extremamente positiva da atuação de seu governo na Copa, considera que foi tudo maravilhoso, que os "pessimistas" quebraram a cara, etc.,  por quê o Molusco se esconde tanto? Será por causa dos 7x1? Ou dos 3x0? A única área em que o governo não pode ser responsabilizado de forma alguma é exatamente no resultado do jogo! Portanto não deve ser esse o motivo do desaparecimento do boquirroto. Será que já tem em mãos os resutados das últimas pesquisas com a Dilma já perdendo no primeiro turno?

domingo, 13 de julho de 2014

A Copa das Copas (ou a Síndrome da Incompetência Arrogante)

A Copa das Copas já entrou para a história. Ninguém nunca, jamais, esquecerá a derrota do Brasil, o país do futebol, por sete a um para a Alemanha seguida de outra derrota vergonhosa, dessa vez para a Holanda.
Mas muito pior que essas derrotas é o legado que ficará para todos nós, o desperdício de dinheiro público, que aqui se instaurou, para fazer um espetáculo de 30 dias. 
O país, que já estava quase parando, parou de vez. E a inflação que já estava saliente, disparou. O fantasma do desempego começa a rondar a porta das fábricas. Os preços de alimentos estão subindo a  mais de 10% ao ano. E isso tudo apesar de o preço dos combustíveis e da energia estarem represados sob o tacão do governo. Se assim não fosse, a inflação já estaria por volta de 15% ao ano, ou seja, a um passo do descontrole total!
O que aconteceu no futebol pode ser usado como uma metáfora do que está acontecendo no país. Despreparo, confiança na sorte, falta de planejamento, execução mal feita, desperdício e negligência foram os fatores que levaram a seleção às derrotas. O mesmo pode se dizer desses 12 anos de governo petista, piorados sob a gestão da Dilma. Junta-se a isso a prepotência do líder, que acha que sabe tudo e não se convence dos seus erros mesmo diante do fracasso retumbante. A cereja do bolo é o descalabro da CBF, entidade malévola e antro de corrupção, que está destruindo pouco a pouco o futebol brasileiro. Qualquer semelhança com os governos Dilma/Lula e a classe política que os apóia não é mera coincidência. Esses também estão destruindo o país.
Quando a corrupção se torna endêmica, espalha-se como um câncer ou um vírus por toda a sociedade. Perde-se a noção do bem público e passa a valer uma espécie de lei da selva: cada um para si e todos contra todos. O objetivo é apoderar-se do butim, o mais depressa possível, antes que a festança acabe, porque fatalmente acabará, quando os recursos providos pela sociedade se exaurirem. Até lá, os mais espertos já terão se apropriado dos bens públicos ao máximo e estarão fora de alcance, deixando a conta para ser paga por todos nós.
Tola será a nossa sociedade se permitir que isso perdure por mais tempo. Está na hora de demitir os Felipões e as Dilmas, acabar com as CBF's e os políticos corruptos. Está na hora de dizer um basta, em defesa do nosso bolso e do país que vamos deixar para os nossos filhos e netos.

terça-feira, 8 de julho de 2014

O jogo que interessa

Impossível não comentar a fragorosa e humihante derrota da seleção brasileira diante de uma Alemanha impecável. Na seleção da Alemanha vimos organização, planejamento, disciplina, aplicação, treinamento, tudo aquilo que se constituem em virtudes do próprio povo alemão. Seu sucesso econômico, mesmo dentro de uma Europa estagnada, deriva dessas qualidades também. No caso brasileiro, infelizmente, o que vimos foi a improvisação, a crença que a habilidade pessoal ou o jeitinho iria superar os defeitos, a prepotência de um dirigente, Felipão, que acha que sabe tudo e não ouve ninguém, a falta de autocrítica e a incapacidade de analisar os erros e aprender com eles. Alguma coincidência com o estilo brasileiro? 
Coincidências não existem. É preciso que encaremos a realidade se quisermos mudá-la. Somos um país fracassado e admitir isso não é ter complexo de vira-latas. Só assim poderemos tentar aprender e dar a volta por cima. Precisamos rever nossas atitudes e nossos valores se quisermos crescer como nação. Precisamos aprender que o sucesso não se dá por acaso ou por sorte, mas deriva do esforço, do trabalho, da dedicação, da persistência, da disciplina.
Estamos sofrendo as consequências de nossa imprevidência e falta de responsabilidade todos os dias. A violência absurda, o desrespeito do Estado para com os direitos dos cidadãos, o caos urbano, a especulação imobiliária sem limites, a obsolescência da infraestrutura, a relação incestuosa de empresas com os governantes de todos os níveis, a roubalheira pura e simples, tudo isso é decorrência do que somos, dos valores que cultivamos, da nossa indolência política, da indiferença com o que acontece com o outro, da falta de noção de coletividade.
O resultado do jogo, por mais traumático que tenha sido, é apenas o resultado de uma partida de futebol. O jogo que importa mesmo e que estamos perdendo de balaiada, muito pior que essa contra a seleção da Alemanha, é o jogo do desenvolvimento, da educação, do bem estar social. Muitos países, com muito menos condições naturais, estão à nossa frente e continuarão se não fizermos nada para mudar a nossa pobre e triste realidade. Para ganharmos esse jogo, temos que formar uma equipe, uma nação que se sinta como tal, não só na hora de cantar o hino à capela. Temos que formar um povo que saiba o que quer e possa lutar pelo seu destino. Será que, passada a euforia, aprenderemos?

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O bêbado e a equlibrista

"Caía a tarde feito um viaduto e um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos". Esses são os versos iniciais de uma belíssima canção de João Bosco e Aldyr Blanc e que se tornou um do hinos contra a ditadura militar, fazendo referência à queda do viaduto Paulo de Frontin no Rio. Naquele momento vivíamos uma situação em muitos pontos semelhante à atual. O governo autoritário determinava quem era patriota e quem não era. Criou o slogan: "Brasil, ame-o ou deixe-o". Quem não fosse partidário do regime estava "contra" o Brasil. Mais ou menos como o governo petista classifica hoje os brasileiros; quem não é a favor deles é da "zelite branca" e não quer o bem do Brasil. Ao mesmo tempo o governo militar nos queria engambelar a todos com aquela história de Brasil Grande, Milagre Brasileiro, etc. Foi aí que tudo começou.

Construíram-se obras faraônicas desnecessárias ou inúteis como a transamazônica, ou superfaturadas como a ponte Rio-Niterói. Foi uma época de ouro para as empreiteiras/construtoras, essas mesmas que ainda estão por aí, ganhando dinheiro a rodo com o PT, na construção dos estádios também faraônicos, também desnecessários e também superfaturados.
Foi um momento de gastos públicos sem controle gerando uma inflação escondida no primeiro momento e que veio a estourar sob a  forma de hiperinflação nos primeiros governos civis.  O atual consultor econômico do PT, Sr. Delfim Neto reinava absoluto como o Czar da Economia. Deu no que deu e quem pagou essa conta fomos nós, à custa de muito suor e sacrifício.

A coincidência envolve até o futebol, pois naquela época o governo militar usava e abusava da Copa (que o Brasil veio a  ganhar em 70) para dominar os corações e mentes do povo brasileiro. Espero que desta vez o Brasil não ganhe. Quarenta anos depois, já chega de manipulação!
Tudo isso me vem à mente por causa da queda desse viaduto em Belo Horizonte em meio à Copa. As obras dos estádios e dos entornos foram feitas à toque de caixa e para atender às exigências da Fifa, com um dinheiro em parte inexistente (sob a forma de endividamento público), com prováveis enormes superfaturamentos, e sem planejamento como é nossa praxe. Infelizmente esse acidente de agora não é o pior dos males que vieram com essa empulhação. Lula queria usar o evento, bancado pela nação, para promoção de si mesmo e de seu séquito incluindo o poste governAnta. Parece que desta vez a conta está chegando mais cedo.
O que nos resta, como na música citada, é apenas a esperança que "é equilibrista e sabe que o show de todo artista tem que continuar..." O bêbado todos sabemos quem é.

terça-feira, 1 de julho de 2014

O dragão sorrateiro

O economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos formuladores do Plano Real, deu uma entrevista à Folha, publicada ontem que é um primor de inteligência e bom-senso. 
Políticos sérios e formadores de opinião, professores e acadêmicos deveriam debruçar-se sobre ela sem paixão ideológica ou partidária. Analisem apenas do ponto de vista lógico, racional, o que diz Gustavo Franco.
O primeiro e inafastável ponto é a inflação. Há apenas 20 anos - digo "apenas", porque isso não é nada historicamente falando - estávamos mergulhados numa hiperinflação. Só quem viveu essa experiência sabe avaliar. A inflação estava por volta de 2400% (isso mesmo, jovens! Dois mil e quatrocentos por cento!) ao ano. E houve períodos em que a inflação chegou a inacreditáveis 12 mil por cento ao ano! Sabem o que isso significa? Significa que algo que custasse 1 real em primeiro de janeiro, estaria custando 1,49 no final do mês e 120 reais em 31 de dezembro do mesmo ano. 
Não é preciso ser economista para concluir o estrago que a hiperinflação causava no bolso das famílias, principalmente das mais pobres. O salário recebido no início do mês perdia 50% do seu valor no final desse mesmo mês. Um operário recebia o salário e dali ia correndo para o supermercado para comprar alimentos antes que tudo já tivesse sido remarcado. Havia até uma profissão nova, a do remarcador de preços que ficava percorrendo as gôndolas com a famigerada maquininha, diariamente, remarcando todos os preços. As donas de casa disputavam com o remarcador quem é que chegava primeiro ao produto. Sem brincadeira!... A nossa moeda não valia nada. Era uma ficção. Os preços dos bens de maior valor eram em dólares. Não se compravam imóveis ou carros com preços em reais. Quem não tinha condição de guardar dólares ou ter aplicações financeiras estava lascado.
Uma geração nasceu e cresceu sem esse terror. As outras pouco a pouco foram se esquecendo disso. Mas isso é que não pode acontecer! Não podemos nos esquecer dos dramas familiares, do estresse na administração do orçamento doméstico, das vidas sufocadas, da pobreza sem solução, da indignidade, da falta de perspectiva e de esperança. "Quem se esquece do passado está condenado a repetí-lo" (George Santayana).
E a grande causa da inflação, como demonstra Gustavo Franco, é a má administração pública. É o governo que gasta muito e gasta mal. E ele dá o exemplo da construção dos estádios milionários, superfaturados e, muitas vezes, com um dinheiro que não existe, ou seja, com o governo fazendo dívidas! 
É exatamente o crescimento da dívida pública a maior causa da inflação. O que está acontecendo no Brasil, com o preço dos alimentos aumentando mais de 10% ao ano, é simples e pura consequência da administração desastrosa da dona Dilma Rousseff com a figura caricata do Sr. Guido Mantega. 
Compete a nós dizer que não. Compete a nós, nas urnas, dizer que não vamos aceitar a volta do dragão. Que não vamos ser coniventes com um governo que seja conivente com a inflação. Não se pode dar a mínima trégua, senão ela volta com força total. Quem tem mais de 30 anos sentiu isso na pele. #AcordaBrasil!

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