segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ora, direis, ouvir pesquisas!

Se pesquisa fosse urna, não precisava eleição. Em outras palavras, treino é treino, jogo é jogo.
As pesquisas podem induzir os eleitores a pensar que a eleição já está decidida e que a anta-presidenta está em primeiro lugar. Du-vi-de-o-dó!
Duvido que a Dilma esteja em primeiro lugar. Onde estão os eleitores dela então? Cadê as bandeiras vermelhas do PT, os adesivos nos carros? Será que essa gente toda (37% dos eleitores) está com vergonha de dizer que vai votar na Dilma? Pode ser que muita gente vote envergonhado, mas tanta gente assim?
A anta está em primeiro lugar só nas pesquisas encomendadas e pagas a peso de ouro. O problema é começarmos a aceitar esses resultados. Isso pode até propiciar coisas e loisas... Podem dizer que as urnas eletrônicas são indevassáveis, infraudáveis, etc. Isso é a maior bobagem. É mais fácil fraudar uma urna eletrônica do que uma urna antiga, de votos em papel. Que o diga a área de segurança dos bancos, que todos os dias lidam com invasões, fraudes, clonagens e que tais. Portanto, tomemos consciência que a situação indicada pelas pesquisas, só é uma situação indicada pelas pesquisas, nada mais.
O que vale mesmo é o voto do cidadão, no dia da grande decisão que irá definir o futuro do país. Antes disso tudo não passa de um jogo de cena e especulação.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Marola que virou tsunami

É aquilo que todos já sabiam:o Brasil está em recessão! Segundo o IBGE o PIB encolheu 0,6% no último trimestre e já havia caído 0,2% no primeiro. Por ironia, há poucos dias o ex-ministro da Fazenda em exercício, Guido Mantega, disse que se Aécio ou Marina ganharem a eleição haveria o perigo de jogarem o país em uma recessão!!! É o país da piada pronta!
Mas esse resultado não surpreende ninguém. Com uma arrogante e despreparada comandando a economia e uma figura decorativa sentada na cadeira de ministro da Fazenda não se poderia esperar nada diferente. Não há  e não houve nenhum planejamento. As decisões foram sendo tomadas ao léu. Numa semana, "o real está supervalorizado", na outra "o real desvalorizou demais"; num mês "os juros tem que baixar ", no outro "os juros tem que subir". Mas ao mesmo tempo em que eleva os juros para tentar conter a inflação, dá inventivos para o povo comprar mais. Durma-se com um barulho desses!
Assim, o governo Dilma foi brincando de gangorra com a economia do país e nos trouxe a essa situação. O pior de tudo é que não são capazes de reconhecer os erros, ou seja, se ficarem por mais tempo no governo, vão continuar a mesma toada. Depois desse vexame todo, dessa situação de absoluto descontrole, dona Dilma ainda quer ser reeleita. Para quê? Só se for para acabar sua obra e nos transformar rapidamente em uma Cuba ou uma Venezuela.
E há ainda um outro perigo: depois das eleições e tendo que encarar a derrota fragorosa, dona Dilma ainda terá quase 3 meses para piorar a situação econômica ainda mais. Isso é um risco que quem a suceder terá que estar preparado para enfrentar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Anã diplomática

Dilma vai à ONU e defende o Estado Islâmico, que não é Estado, nem realmente islâmico, pois o islamismo não é essa psicopatia. O Estado Islâmico é apenas um grupo terrorista ultra-fanático que quer degolar todo mundo que não professe a sua "fé". É um grupo que não respeita a vida, o ser humano, a mulher, os gays, as crianças, nada! 
É com essa gente que Dilma prega o "diálogo", a negociação! 
Quando se trata de Israel, aí já é tudo diferente. Se Israel se defende do Hamas, é um absurdo, falta de humanidade, reação desproporcional; tudo aquilo que nos fez merecedores do epíteto de anão diplomático.
O EI pode tudo, pode degolar crianças, praticar o genocídio contra os curdos e os yazidis, pode apedrejar mulheres, que dona Dilma ainda os defende.
Pensando bem, faz sentido. Dona Dilma e seu partido tem um perfil bem semelhante ao do Estado Islâmico: não suportam conviver com os contrários, não toleram oposição, querem todos sem cabeça, ou sem cabeça pensante, ou sem cabeça em cima do pescoço.
Por mim, dona Dilma e seu partido podem pensar o que quiserem, o problema é que arrastam toda uma tradição diplomática brasileira para essa mediocridade ideológica deles. E aí o Brasil é visto cada vez mais com desconfiança entre as nações civilizadas. Sim, porque é esse o termo: civilizadas! Chega de relativismo cultural! Há nações, sim, que não são civilizadas, que não respeitam os direitos básicos dos seus cidadãos. E há outras que deveriam ser um exemplo para as demais, exemplo de para onde deveria a humanidade caminhar.
Aquela anta na tribuna da ONU nos envergonha! Em um fórum mundial, não tem nada a dizer a não ser desfiar a mesma série de autoelogios, que desfia aqui em qualquer entrevista, e ainda tirar da cartola essa boçalidade a favor do estado islâmico!

A diplomacia brasileira escolheu então ficar ao lado e do lado da Venezuela, de Cuba, do Hamas e agora do Estado Islâmico. E dona Dilma deu um um show de nanismo diplomático!


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A cara do partido

Esse é o cara! Essa é também a cara...do partido do qual é o símbolo.
A carantonha suada e descabelada é uma perfeita representação da decadência de uma legenda que se quis portadora dos sonhos de progresso social no país, mas que acabou degeneradamente sendo a avalista da perpetuação do que temos de mais atrasado e retrógrado na política: o primado das oligarquias, a manutenção intencional do atraso e da ignorância, a privatização do estado  e o uso da máquina pública descaradamente em benefício próprio, dos amigos e dos correligionários.

O mal que o PT fez ao Brasil nesses 12 anos, ainda não foi devidamente avaliado em toda a sua extensão e não se desfará rapidamente.
O PT fez os brasileiros desacreditarem em seu país, fez nos pensar que não há saída, que toda atividade política é necessariamente suja, que não se pode ter esperança em mudanças ou melhoras. O PT elevou o cinismo à condição de ferramenta política.

Uma nação, que ainda estava engatinhando no desenvolvimento do exercício da democracia, depois de 21 anos de ditadura, atingiu a decadência, sem nem mesmo chegar à maturidade. Com relação à política, agora, ou somos céticos, ou somos cínicos. E ambas as atitudes são um bom fermento para crescerem interesses escusos.
É no caos e na descrença que proliferam os espertalhões ou os fanáticos, ambos a querer vender a salvação da pátria. Nossa história política está cheia desses  exemplos. Quando as forças tradicionais da democracia mostram-se insuficientes, incapazes ou inadequadas para governar, aparecem esses grupos de salvadores da pátria. Em geral, tomam o poder e pioram o caos.
A nação brasileira necessitará de um pouco de paciência agora. Não vamos conseguir fazer tudo de uma vez. É preciso priorizar e antes de mais nada, destituir esse partido do poder e virar a página, para que a nação possa respirar ares menos infectos.
O estrago foi grande, mas temos que enfrentá-lo e trabalhar duro para devolver a dignidade à Republica enxovalhada. E, sobretudo, devolver a esperança ao povo. Aquela que venceu o medo, mas sucumbiu diante da corrupção.


sábado, 20 de setembro de 2014

Retratos do (des)governo Dilma

O IBGE errou! Meu Deus, o IBGE errou! O mundo vai acabar! Vamos abrir uma sindicância para apurar o erro! Por que errou?A quem o IBGE quis beneficiar com esse erro?  Temos que apurar tudo e os responsáveis serão devidamente punidos!

Essa foi a reação do governo Dilma ao saber que o índice que mede a desigualdade de distribuição de renda, apurado e publicado pelo IBGE, estava errado. O valor publicado inicialmente foi 0,498 e o valor retificado foi 0,495. Tradução: Como o valor anterior era 0,496, com o valor de 0,498 a desigualdade teria aumentado levemente em 2013; com o valor agora dito correto a desigualdade terá caído mais levemente ainda.
O próprio IBGE descobriu o erro e o corrigiu no dia seguinte ao da publicação. Dilma ficou perplexa, segundo informou a ministra Miriam Belchior.

Quanto ao caso Pasadena, Dilma, então presidente do Conselho, aprovou a negociata, digo negociação, com base em um relatório "falho". A correção nunca chegou sequer a ser ensaiada. A mentira e o encobrimento permaneceram de 2008 a 2014. O diretor, Cerveró, que produziu o relatório "falho" chegou a ser promovido e só foi exonerado há menos de 1 ano. O outro diretor, que também comandou a operação, está no xilindró negociando uma delação premiada. Os valores são astronômicos, mas não se percebe a mesma perplexidade da presidente, nem a mesma agilidade em estabelecer comissões de inquérito. Ao contrário, o governo fez de tudo para impedir até mesmo uma CPI chapa branca.

Dona Graça Foster continua firme no cargo, mesmo com a lama respingando para todos os lados. Dilma não gosta de fazer prejulgamentos, quer esperar a decisão da Justiça para se pronunciar ou tomar alguma atitude. Dilma é ética; Dilma é competente; Dilma é uma gerentona dura; vai punir severamente o IBGE!




quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Operação Conceição

Quem tem mais "tempo de casa" vai se lembrar. Nos anos 50, Cauby Peixoto fazia sucesso com a canção "Conceição". Na música, se dizia que a Conceição vivia no morro a sonhar e queria subir na vida a qualquer preço, mas ao final ninguém ficou sabendo se realmente conseguiu seu intento.
Diz a letra: "se subiu, ninguém sabe, ninguém viu; só sei que seu nome mudou e estranhos caminhos trilhou..."
Pois a Polícia Federal, que batiza suas operações com nomes tão exóticos e interessantes deveria chamar essa operação que apura os desvios de dinheiro na Petrobras de "Operação Conceição".
Nela estão envolvidos alguns dos maiores "expoentes" da política nacional. Todos ligados entre si pelo doleiro Youssef! Aquele, que em 2004 havia feito um acordo de delação premiada com a Justiça. Aquele, que esteve enfiado até o pescoço na roubalheira do Banestado. Aquele, que, só em Londrina, conseguiu abrir 43 contas de laranjas.
O tal do Youssef (tenho que ficar atento para não confundir com Rousseff) fez acordo de delação premiada, repito, em 2004! Ficou, portanto, mais 10 anos traficando influência e desviando e lavando dinheiro tranquilamente...
A PF e o Banco Central não se deram ao mínimo trabalho de acompanhar a movimentação financeira desse "cavalheiro" mesmo com toda a sua ficha criminal pregressa. Isso permitiu que ele mandasse para fora do país, só entre julho de 2011 a março de 2013, mais de 400 milhões de dólares!  Fez, nesse período, 3649 operações fraudulentas!
Da Petrobras a Polícia Federal calcula que ele desviou 10 bilhões!
Ninguém sabe, ninguém viu!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Tudo misturado

Marina é uma incógnita. É a favor ou contra o agronegócio? É a favor ou contra o casamento gay? É a favor ou contra os transgênicos? É a favor ou contra os lucros bancários exorbitantes? Ninguém sabe. Estimo que nem ela mesma saiba porque Marina mistura tudo, inclusive sua fé religiosa, com a atividade política. E se acha coerente.
Se for eleita, o Brasil dará mais uma vez um passo temerário flertando com o desconhecido. Vamos jogar as fichas em uma candidata com muitas contradições; o que vai sair dessa caixa preta ninguém sabe. Podemos ter até uma grata surpresa, mas não apostemos muitas fichas nisso.
Hoje em sua equipe despontam economistas do quilate de um André Lara Resende e Eduardo Gianetti. São pessoas sérias e competentes. Sua mais próxima amiga e avalista junto ao "mercado" é Neca Setúbal, filha de um banqueiro tradicional. Tudo isso tranquiliza de certa maneira o setor financeiro, mas será o bastante? O "setor financeiro" também ficou muito tranquilo na eleição do Lula, depois da Carta aos Brasileiros; e tinha razão, pois nunca fez tanto lucro, como disse o próprio sindicalista. Nem por isso, o país andou melhor. Até desconfio que quando o setor financeiro vai muito bem, o pais vai muito mal. Quem tem que fazer os maiores lucros, em uma economia sadia, é o setor industrial, comercial, de serviços e o agronegócio, aqueles que geram riqueza sólida, não os que geram riqueza no papel e a administram em benefício próprio.
Mas o Brasil tem essa sina de até mudar de governo, mas não muda jamais no que diz respeito à hegemonia bancária, sendo os bancos os maiores, e talvez os únicos, beneficiários dos descalabros administrativos. Um país cuja arrecadação tributária mal dá para pagar a folha e tem que tomar empréstimo dos bancos para rolar uma dívida impagável está condenado a não investir, a não fazer gastos com retorno social, como na educação e na saúde e por aí vai.
Sem cortes brutais nas despesas de custeio do estado, ou seja, na máquina pública, nada vai mudar de verdade. E quem fará isso? É óbvio que não será o PT. Será que Marina teria a visão, a coragem e o apoio político para fazê-lo? 
Como é que Marina vai dedicar 10% do PIB em investimentos na educação sem fazer os tais cortes? Só se for aumentar tributos. E aí já tem gente falando até em retorno da CPMF! 
Marina diz que vai governar com os melhores! Ótimo, se assim fosse, mas quem é que define quem são os melhores? E sob qual ponto de vista?
Governos de coalizão, de salvação nacional, geralmente são só um saco de gatos, cada um puxando a sardinha para o seu lado e não se andando em direção alguma.
Precisamos é de um governo com metas claras, com objetivos definidos para que se possa enfrentar com firmeza os desafios que vamos ter que enfrentar nos próximos 2 anos, em virtude da recuperação necessária da governança destruída pelos desmandos e desvarios da era petista. Não vai dar para acender uma vela a Deus e outra ao diabo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O Petróleo é deles! (ou Por que a Petrobras não pode ser privatizada?)

O PT já usou e abusou de acusar seus adversários de quererem privatizar a Petrobras, como se isso fosse uma coisa negativa para o país.  É óbvio que o PT faz isso, não por interesse em "defender" um patrimônio do povo brasileiro, até porque ao que se saiba, nenhum partido tem em seu programa a privatização da maior empresa brasileira. Isso é só mais uma balela eleitoreira a que o PT recorre, especialmente nas horas em que está acuado.
Mas a verdade é que a grande questão deveria ser: por que a Petrobras não pode, ou não deve, ser privatizada? Por que tem que permanecer nas mãos do Estado? O que a população brasileira ganha com isso? Dizer que é nosso patrimônio é outra balela, o que eu ganho com esse patrimônio diferentemente se fosse de terceiros?
Se a Petrobras fosse uma empresa privada, o povo brasileiro ganharia muito mais. Hoje sabemos que a Petrobras é um sangradouro. São palavras da senhora presidenta que disse já ter estancado as sangrias. 
Há doze anos a privatização da Petrobras, no pior sentido, já foi conduzida pelo PT, que a entregou à sanha de uma máfia do seu partido e de aliados que fizeram lá o que quiseram fazer. Essa privatização nada rendeu aos cofres do Tesouro; ao contrário, ao sangrarem a Petrobras, de lá retiraram recursos que acabaram por diminuir 70% o seu valor de mercado. Se for vendida hoje, aos preços atuais, os cofres públicos receberão um terço do que receberiam alguns anos atrás. A sangria foi tanta que a Petrobras vai demorar alguns anos (ou mesmo décadas) para se recuperar.
Se a Vale não tivesse sido privatizada antes de o PT chegar ao poder, teria tido o mesmo destino da Petrobras, ou seja, ao invés de valer 10 vezes o que valia, estaria valendo 3 vezes menos.
Olhando para trás eu fico pensando: como é que nós deixamos isso acontecer? Isso não é um partido político, é uma quadrilha de assaltantes dos cofres públicos! 
Caso seja provado ter existido mais um propinoduto para o partido nos moldes do mensalão, uma providência drástica vai ter que ser tomada. Esse partido vai ter que ser extinto, vai ter que ser banido da política! Não há meio termo.
E a Petrobras tem que ser privatizada o mais rápido possível para salvaguarda dos cofres públicos e legitimidade da atividade política.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Pesquisas em Minas

Saiu o resultado de mais uma pesquisa. Aécio estaria "fraco" em Minas. Cuidado, senhores analistas! Interpretar Minas não é tão simples!
Minas é um mistério. Não acreditem 100% nas pesquisas! O eleitor mineiro tipicamente não gosta de dizer em quem vai votar. Nem no confessionário, pro padre de sua paróquia. Aliás, principalmente para ele. 

Há um "causo" famoso que ilustra bem isso. Um dia, JK, acompanhado de amigos, entre eles José Maria Alckmin, estava no aeroporto da Pampulha, de onde iria visitar algumas cidades de sua base política no interior. JK era ex-presidente, mas estava em campanha para se eleger novamente em 1965.
De repente aparece uma troupe acompanhando um adversário político de JK, o udenista José Bonifácio de Andrada, ferrenho opositor do PSD. Juscelino, curioso para saber para onde iria o Andrada, manda Alckmin ir lá sondar.
Alckmin, velha raposa, com trânsito livre em todo o espectro político, retorna depois de alguns minutos de prosa. E diz para Juscelino: "Nonô, eles estão dizendo que vão para Juiz de Fora, para pensarmos que vão para Barbacena, mas vão é para Juiz de Fora mesmo."
Assim é Minas. Coitados dos experts em interpretação de estatísticas.

Buraco sem fundo

Ao ver os depoimentos das pessoas que estavam dentro do esquema de corrupção (vídeo aqui) fica claro que, desde o mensalão, a Petrobras era uma fonte das mais importantes de recursos públicos a serem desviados. Não só a Petrobras, como também o fundo de pensão Petros entrou na dança dos "malfeitos".
É um buraco sem fundo, quanto mais se cava mais roubalheira aparece. Não tem fim.
São 2, 4, 10, 100, 1000 Pasadenas! Como esse povo é competente para roubar! E a presidenta, com toda cara-de-pau, vem falar de afundamento de plataforma (acidente que ocorreu no governo FHC). 
Se ela, que foi presidente do Conselho da estatal diz que não sabia dessa roubalheira toda ocorrendo debaixo do seu nariz, por que o presidente FHC deveria saber que a plataforma iria sofrer uma explosão acidental? Ou dona Dilma está querendo insinuar que não foi acidental? Então era obrigação inarredável dela, como ministra das Minas e Energia no governo que sucedeu a FHC ter investigado esse caso a fundo e punido os responsáveis! Em 12 anos o que fizeram a respeito? Não tiveram tempo de investigar? Conta outra, presidenta! Conta mais outra lorota que já deixou de ser engraçado e está ficando patético. 
O que terá que ser feito no próximo governo, antes de mais nada, é uma investigação geral na administração pública, para banir esse entulho partidário que se encastelou nas organizações do estado e botar na cadeia, quase que em regime de arrastão, essa corja corrupta que está acabando com o país.  Não vai dar para fazer investigações pontuais porque não há casos pontuais. É uma instituição! É uma legião!
Dona Dilma deveria ser presa no parlatório do palácio do Planalto em Brasília, tão logo transfira a faixa presidencial seja pra quem for. No mínimo, deveria er detida para investigação, como aconteceu com o Sarkozy recentemente.
O problema é que a França, ao contrário de nós, c'est un pays serieux (é um país sério), ou que, ao menos, faz esforço para ser.
Eu pensava que a pior situação política vivida no Brasil teriam sido os 21 anos de ditadura militar. Estava enganado! O PT conseguiu superar o que de pior o país pode produzir.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Sangrias

A dona Dilma, pasmem, depois de toda essa história macabra da Petrobrás (história, aliás, que ela mesma ressuscitou ao afirmar que havia tomado a decisão de autorizar a compra da refinaria Pasadena, com base em relatório "falho") é capaz de dizer certas coisas, como disse em entrevista ao Estadão, de fazer corar qualquer cafetina calejada.
Eis o que derramou a gerentona: "Se houve alguma coisa, e tudo indica que houve, eu posso te garantir que todas, vamos dizer assim, as sangrias que eventualmente pudessem existir estão estancadas".

É nos chamar a todos nós, os brasileiros, de palhaços!
Ela, a presidente da República em pleno exercício do cargo confirma que sabe das sangrias na Petrobras. Se não, ia estancar o quê?
Ela, a presidente da República em pleno exercício do cargo informa que estancou as sangrias.
Não há malabarismo lógico capaz de inverter os argumentos acima. Pois então, como consequência, podemos e devemos fazer as perguntas abaixo, e ela, a presidente da República em pleno exercício do cargo, fica a nos dever as respostas a essas perguntas:

  1. Quais eram as sangrias existentes na Petrobras que Sua Excelência estancou?
  2. Qual era o valor dessas sangrias? Em outras palavras, quanto foi roubado?
  3. Quem sangrou a Petrobras? Em outras palavras, quem foram os ladrões?
  4. Quais as providências que Sua Excelência tomou para estancar as sangrias?
  5. Quais as providências que Sua Excelência tomou para punir os sangradores?
Bastam essas poucas perguntas, que jamais serão respondidas pela dona incompetente e leviana, cuja imagem foi falsamente construída como a de uma gerente durona e eficaz. Ela transitou por todos os órgãos de controle, ministério das Minas e Energia, presidência do Conselho de Administração da Petrobras, ministra da Casa Civil e, agora, não tem responsabilidade sobre as sangrias que disse ter estancado.
Então surge a questão: para quê existem órgãos de controle das empresas estatais? Não seria, então, melhor acabar com todos eles e economizar um pouco para compensar uma parte das sangrias que acabam ocorrendo de qualquer maneira?
E esse país, vai acordar algum dia de seu sono profundo ou é preciso que alguns black blocs mascarados tenham que fazer o papel que cabe a nós, os cidadãos, de impedir que essa corja continue a nos sangrar todos os dias?




segunda-feira, 8 de setembro de 2014

De bilhões e bilhões

A política brasileira é um troço. Pode ser grosseiro definir assim, mas não há outro termo para qualificar esse jogo de enganação em que os supostos representantes da sociedade nos enredam. O que a revista "Veja" publica nessa semana é estarrecedor. É óbvio que os envolvidos vão negar até a morte e, como o chamado direito de defesa no Brasil pode ser esticado ao infinito, vão todos continuar impunes. Está aí o Maluf, aliado do lulismo, que não nos deixa mentir.
É podre. É estarrecedor. É nojento. Mas sobretudo é criminoso. Por causa dessa sangria permanente dos cofres públicos é que não há dinheiro para se investir na saúde, na educação, nas estradas, na segurança pública. Na minha opinião, o nosso código penal deveria tipificar esse crime como hediondo e de lesa-pátria ou alta traição, sujeito à pena mais grave possível. 
O maior crime que se pode cometer em um país é o de traição, porque é um crime contra todos. E quem se aboleta em um cargo político, constitui uma quadrilha e fica dali roubando  o dinheiro de todos, comete exatamente esse crime. É um traidor da pátria. Nada mais, nada menos.
Só para dar uma idéia da escala: o doleiro Youssef, sozinho, movimentou mais de 10 bilhões de reais em operações de lavagem de dinheiro. Esse dinheiro dava para comprar 5 refinarias supersuperfaturadas (Pasadena, que valia 40 mil, mas custou mais de 1 bilhão de dólares).

Para relembrar:


  • Em 2005, a empresa belga Astra Oil comprou a refinaria de Pasadena por 42, 5 milhões de dólares.

  • Em 2006, Dilma Roussef, como presidente do Conselho, autorizou a Petrobrás a comprar 50% dessa refinaria por 360 milhões de dólares!!! Em um ano, a Astra Oil conseguiu transformar 21,3 milhões de dólares em 360 milhões de dólares, ou seja, 17 vezes mais.

  • Havia, nesse contrato de compra, uma cláusula chamada "put option" que obrigava a Petrobrás a comprar os restantes 50%, caso houvesse alguma divergência entre os sócios. Dilma Rousseff disse que não sabia da existência dessa "put option"

  • Obviamente, a divergência surgiu. Em 2007 a Astra Oil quis então vender os outros 50% à Petrobrás, que recusou a compra. O caso foi parar na justiça e a Petrobrás se viu obrigada a cumprir a "put option", tendo que pagar o valor adicional de 820 milhões de dólares pela outra metade da refinaria. 
  • Resumo da ópera: a Petrobrás pagou o valor de 1 bilhão e 200 mil dólares por uma refinaria que tinha sido comprada por 42,5 milhões. Há poucos casos no mundo capitalista de tal performance. É de se notar que essa performance espetacular foi conduzida por não-capitalistas convictos.

  • Existe alguém que seja tão ingênuo a ponto de pensar que todo esse negócio tenha sido conduzido dentro dos padrões de ética e de probidade? Não é surpresa nenhuma, portanto, aquilo que o ex-diretor está nos dizendo: que havia envolvimento de políticos graúdos e que mais um propinoduto tinha se estabelecido. Só não creio que esse diretor nos vá dizer toda a verdade. 

    Na máfia siciliana há um acordo tácito que se chama "omertá", pelo qual se algum mafioso cair, cai sozinho e se tiver que denunciar alguém, denuncia apenas os de mais baixo escalão, preservando os grandes e verdadeiros "capos". Com isso eles podem ir presos, mas tem preservada a sua vida. E, com isso, os grandes chefes jamais correm algum risco. Inteligente, não?




    sexta-feira, 5 de setembro de 2014

    Youssef ou Roussef?

    Muda apenas uma letra, mas a numerologia continua a mesma, ou seja,  o mar não tá pra peixe para nenhum dos dois. Ele, o Youssef, é o pivô central (o Marcos Valério) de outro crime, talvez ainda maior que o mensalão.
    O ex-diretor da Petrobras está dando nomes aos bois e contando como eram feitas as artimanhas para roubarem o nosso dinheiro na estatal. Estatais de capital misto e fundos de pensão estão entre os alvos preferenciais das quadrilhas, principalmente porque tem muito dinheiro e pouco dono.
    Em qualquer empresa privada seria absolutamemte impensável que um Conselho de Administração aprovasse uma compra como a da refinaria de Pasadena. Seria impensável até que se levasse ao Conselho tal proposta. Um diretor, tomado de insanidade, que tentasse uma coisa dessas seria sumaria e automaticamente demitido.
    Mas na estatal, não. É tudo normal. Foi tudo "apenas" consequeência de um relatório falho. 
    Se o Brasil fosse um país minimamente sério, já estaria todo mundo na cadeia inclusive a então presidente do Conselho, hoje, presidente do país. 
    O que tem que ser feito é prosseguirem as investigações com quebras de sigilo bancário de todos os envolvidos "duela a quién duela" e, repito, incluindo-se a presidente da República que, como presidente do Conselho e ministra na época do "malfeito" é a maior responsável pelo descalabro, malversação, prevaricação ou qualquer outro nome que tenha mais esse crime contra a administração pública.
    Para a presidenta, que se diz inocenta, isso não podia ocorrer em pior momento. Já vem despencando nas pesquisas, acossada por uma ex-militante de seu partido que tem muito mais história e credibilidade. Um escândalo desses agora é o que menos ela poderia querer.
    Quanto ao outro, o Youssef, o momento vai ser ruim de qualquer jeito porque já se sabe como acabam escândalos assim. Os políticos se safam, mas os operadores não tem sempre a mesma sorte. Afinal alguém há de pagar o pato, então "prendam-se os suspeitos habituais".

    Marcos Valério exibe a sua condenação para não me deixar mentir.

    segunda-feira, 1 de setembro de 2014

    Lula de saias


    Marina é um Lula de saias com ar beatífico de um ser das florestas. Um anhangá, um curupira, ente mitológico que tinha os pés voltados pra trás. E é por esse caminho, andando pra trás, que ela pretende nos levar, se ganhar as eleições. 
    Marina é o PT ético, mas nem por isso menos equivocado, tem a alma petista, mesmo que não roube. Tem a alma petista, mesmo que não fraude. Marina tem a alma petista porque acredita que se possa reformar a realidade a fórceps e segundo a vontade de guias iluminados. Essa é a essência da alma petista. Isso é ainda mais perigoso do que o pragmatismo fraudulento do petismo-que-está-no-poder. Esses últimos são contidos pela própria cupidez e não querem mudar a realidade (a não ser no palavrório) pois essa lhes apetece muito bem. Os outros petistas, os chamados "puros" como Marina, acreditam tanto em si mesmos e em suas ideias mirabolantes que são capazes de destruir o mundo em nome dessa fé, a qual pretendem também impor aos demais. Tenho receio dessa certeza messiânica com a qual caminham. Já tivemos vários exemplos disso na história. E os resultados não foram bons.

    Agora mesmo, duas atitudes demonstram o qual inconfiável é a ex-senadora. No caso do avião sem dono, ela simplesmente se esquivou dizendo que não tem nada com isso. Como não tem? Era a vice na chapa de Eduardo Campos, viajou naquele avião fazendo campanha e agora, que se descobre que há indícios até de crime eleitoral, tira o corpo fora? Vai ser assim quando, e se, for presidente? Tal qual seu ex-guia e tutor, que nunca sabe de nada e nunca tem nada a ver com as ilegalidades que se cometem à sua volta e em seu benefício? Não é bem assim que se começa uma "nova política". 
    Outro caso interessante para se conhecer a alma da candidata é o vai-e-vem sobre o casamento gay. Em um dia aprovou, no outro, e depois de alguns telefonemas e tuítes irados do pastor Malafaya, retirou o apoio e disse que tudo foi um "engano" de assessores. Esse é mais um exemplo da "nova política"? Como qualquer outro cidadão, Marina tem todo o direito de ter suas posições pessoais, movidas por ditames religiosos ou não, mas não tem o direito de mentir para os eleitores e tentar enganá-los assumindo posições falsas. Está na hora do preto no branco. Está na hora de definições.

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