domingo, 30 de agosto de 2015

Elite branca

OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa, Mendes Júnior, UTC, Construcap, MRV, Racional Engenharia, ARG, Carioca Engenharia, Método Engenharia, Barbosa Mello, Extec, Constran, CR Almeida, WTorre, Direcional, Via Engenharia, ..., e por aí vai. São todas empreiteiras brasileiras, todas elas com faturamento anual superior a 1 bilhão de reais, destacando-se a Odebrecht que sozinha fatura mais de 10 bilhões. Querem melhores exemplos de "elite branca" do que esses?
Todas elas envolvidas com casos escabrosos de propina identificados pela operação Lava Jato.

Pergunta ociosa aos administradores: será que essas empresas não tem "governança corporativa"? Não aplicam métodos modernos de gestão? Não tem códigos de conduta?

A definição de governança corporativa é, segundo a Wikipedia:
Governança corporativa é uma área de estudo com múltiplas abordagens. Uma das principais preocupações é garantir a aderência dos principais atores a códigos de conduta pré-acordados, através de mecanismos que tentam reduzir oueliminar os conflitos de interesse e as quebras do dever fiduciário.

Traduzindo: ao adotar a Governança Corporativa, a empresa pretende fazer com que seus empregados obedeçam aos códigos de conduta, sejam confiáveis e não roubem da própria empresa.
Só que, no caso dessas empresas listadas acima, existem dois pesos e duas medidas. As regras da Governança Corporativa dessas empresas só valiam (ou valem) para dentro. É como se o acionista dissesse: roubar do povo brasileiro podemos, mas não roubem de mim, não! É a demonstração absoluta da hipocrisia, desfaçatez, cinismo, egoismo e falta de patriotismo, que grassa entre uma "elite" brasileira, a elite branca e burguesa, tão amiga do PT e vice-versa.

Essa "elite" que domina um certo cenário econômico do país é formada por empresas que vicejam somente à sombra do protecionismo, da reserva de mercado, que não se interessam em inovar, em evoluir, uma vez que não necessitam. Não há competição, pois não há concorrência. Elas formam um cartel ou um clube. No Brasil, ou fora dele, essas empresas conseguem os milionários contratos superfaturados exatamente onde o ambiente político favorece os privilégios e a corrupção. São ditaduras africanas ou latino-americanas aduladas pelo PT e agora entendemos por quê. Não há nenhuma razão ideológica, a razão é monetária mesmo. O motivo é enriquecer cada vez mais, como diz Ferreira Gullar, aqueles que dizem lutar pelos pobres.

Se perdermos essa oportunidade histórica de reverter de vez essa relação incestuosa entre empreas e Estado, podemos desistir de vez do Brasil.

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