segunda-feira, 30 de março de 2015

Sem governo

Dilma foi impichada! Por si mesma! Ela se impichou ao misturar as bolas todas, a começar na campanha, quando resolveu criticar as supostas intenções do seu opositor que, na verdade, eram as suas (dela) intenções pois já sabia que era isso o que teria que fazer.
Essa espécie de esperteza polítiqueira virou a maldição do PT. Eles sempre acusam os adversários de estarem fazendo, ou terem a intenção de fazer, exatamente o que eles querem fazer, fazem, farão, fizeram ou fariam. Assijmfoi na campanha. As imagens do marqueteiro mostravam um país devastado, caso a oposição ganhasse. Os juros e os preços aumentando, a recessão entrando nos lares e retirando até os pratos de comida das mesas.
E agora, Dilma? Como é que vai se justificar aos seus eleitores? O eleitor pode ser bobo, mas até certo ponto. Um dia, ele aprende e, quando aprende, não perdoa. O marqueteiro fez o seu trabalho, amealhou a grana e foi-se embora. Quem ficou foi a Dilma que agora não tem cara para enfrentar os seus eleitores e dizer a eles: eu os enganei!
Dilma cavou a própria ingovernabilidade com garra, com persistência. Foi destruindo uma a uma todas as possibilidades de acerto. Montou um ministério de fantoches que não agradou nem a gregos, nem a troianos. Sumiu por 60 dias, exatamente quando deveria estar na televisão explicando ao povo as medidas econômicas que seu primeiro-ministro estava adotando. Escolheu a dedo, nas fileiras do seu partido, as pessoas
mais incompetentes que pôde encontrar para fazer a coordenação política. Agora é refém do ministro Levy na área econômica e refém do PMDB na área política. Colocou-se voluntariamente na beira do abismo e agora é impossível dar um passo em qualquer direção sem cair no precipício.
Isso acontece sem ainda se completarem 3 meses de mandato! Por quanto tempo aguentará, ou melhor, por quanto tempo aguentaremos?

quarta-feira, 25 de março de 2015

Menino Vadio

Alguém ainda se lembra daquela história do menino do MEP (¹)? Era um rapaz que teria dividido a cela com o Lula e que, segundo relatos do próprio ex-presidente, testemunhado, entre outros, pelo cineasta Sílvio Tendler e pelo cientista político César Benjamim, acabou sendo assediado por ele, Lula, enquanto estiveram ambos presos. Se chegaram às vias de fato, não se sabe. O que se sabe é que o próprio Lula contou essa história, entre gargalhadas, explicando que não ficava sem mulher (²) e que portanto, depois de alguns dias ali na cela, acabou tentando resolver suas necessidades com o tal menino do MEP, que teria resistido bravamente.

Não é da minha conta, a quem Lula  faz assédio, isso é assunto privado, mas ele contou essa história a muitas pessoas e ainda disse que tentou estuprar o garoto. Aí deixa de ser assunto privado, não é minha gente?
Agora os amigos dos panos-quentes dizem que tudo foi uma piada do Lula. Se assim foi, nesse ponto Lula e Jair Bolsonaro estão quase empatados. A diferença entre o que Lula disse que teria feito e o que Bolsonaro disse que não faria de jeito nenhum é, digamos, apenas uma questão anatômica.

Relembrar essa história só é importante porque nos escancara o caráter dessa criatura. E caráter é uma coisa que não muda. O que quero dizer é que Lula sempre foi uma pessoa sem escrúpulos. Virou mito, virou santo, por artes de uma "intelligentsia" pseudo-intelectual brasileira, babona, vira-latas e, apesar de ateus, carregando um tremendo complexo de culpa cristão. Essa "intelligentsia", em um país sem história, buscava ativamente por um mito-fundador e o achou na figura "romântica" do "singelo-líder-operário-que-deu-a-volta-por-cima", um arquétipo perfeito para isso.

O episódio do menino do MEP pode ter sido mesmo apenas uma piada de mal gosto do Exu de Garanhuns, mas continua a revelar o caráter, ou melhor, a macunaímica falta de caráter desse que, um dia, quis ser o líder das massas operárias sulamericanas.

E onde falta caráter, tudo é possível. Por essa e por outras é que não devemos nos espantar quando chegar o dia em que forem encontradas as nove impressões digitais do Molusco nos documentos dos autos do petrolão. Espantoso seria se não as encontrássemos.

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(¹) O Menino do MEP, ou melhor Adolescente Sarado do MEP é o ilustre desconhecido que o presidente Lula cansado da punheta revolucionária resolver currar na cadeia-motel do delegado Romeu Tuma. (Desciclopédia)

(²) Isso é um eufemismo. Lula usou uma palavra bem mais chula, para se referir à anatomia feminina.

(³) Ver aqui o comentário do Reinaldo Azevedo sobre a versão de Sílvio Tendler.

Citações da Desciclopédia:

Faz muito tempo que Lula, o filho do Brasil tinha vindo de Garanhuns onde deixou sua saudosa cabra. Preso pela ditadura ficou sem as putas do sindicato dos metalúrgicos. Num movimento de mais puro espírito revolucionário, decidiu esbulhar a propriedade privada de seu companheiro, filiado ao MEP, grupo esquerdopata rival. Afinal, tudo pelo bem da revolução


Eu não vivo sem bufeta, companheiro

Lula sobre Menino do MEP


O que é isso, companheiro?

Menino do MEP sobre Lula


É meu décimo dedo, companheiro. Venha aqui, meu amor, vou esbulhar sua propriedade "da" privada

Lula sobre Menino do MEP


No cu dos burgueses é refresco!

Mao Tsé Tung sobre o Menino do MEP


E para encerrar, aqui vai a letra de Menino do MEP:


A música Menino do MEP é uma letra de Luiz Inácio Silva gravada por Caetano Vaidoso em homenagem aos jovens presos políticos que se acotovelavam, entre tapas e beijos, por barbudos mal encarados que, quando velhos, passaram a ganhar pensão milionária. É um crássico da MPB.


Menino do MEP
Calor que me torna Gillete
Um Chê tatuado no braço
Calção pendurado no pátio
Da prisão
Meu negócio é quente
Eu vou meter-te

Companheiro menino do MEP, agora já eftou lubrificado
Menino vadio
Sou sindicalista no cio
Sem sécho não vivo minha gente!


Menino do MEP
Eu vou te pegar seu muleque
Chezão tatuado no braço
Cofrinho aberto pro espaço

Evo Morales mostrando ao Lula como o menino se sentiu
Da prisão
Meu negócio é quente
Eu vou meter-te


Menino Vadio
Não quis troca-troca com o tio
Deu cotovelada no presidente


Já crescido, ex-menino do MEP reencontra Lula em busca de vingança.
Chaauí
Vem aqui
Tudo o que sonhares
em todos os lugares 

orifícios retangulares,

Pois quando eu te vejo é melhor que com meus 4 dedos...


segunda-feira, 23 de março de 2015

Todos sabem



Ela sabe que nós sabemos que ela sabe. Lula sabe que nós sabemos que ele sabe. O ministério Público sabe que todos sabem.
O STF sabe que eles sabem e sabe também que nós sabemos que o STF sabe. 
Como é que vai ser então? Vai ser para valer e vamos consertar essa república? Ou vamos todos fingir que ninguém sabe de nada e que nós acreditamos que durante 13 anos, Lula e Dilma, chefes de estado, do estado que é o acionista majoritário da Petrobras, foram enganados pelos diretores que nomearam a mando dos partidos, incluindo o seu próprio? Um roubo de bilhões aconteceu durante 13 anos sob suas barbas (literalmente para os dois casos) e nenhum dos dois se deu conta do que ocorria. É espantosa a ingenuidade desses dois. Um é um sindicalista calejado nas manhas e artimanhas dos sindicatos, papador de viúvas e que tais. A outra foi guerrilheira, pegou em armas, viveu clandestinamente sob diversos codinomes e ainda assim permaneceu uma garotinha ingênua e boba, sendo passada para trás, aos sessenta e tantos anos, por um bando de marmanjos espertos. Contem outra e respeitem a nossa inteligência.
Não sei como vai ser, como é que o Supremo vai se virar para pôr esses dois na cadeia, mas o certo é que isso tem que acontecer ou então acabou de vez a chance de o Brasil virar uma página negra de sua história, passar-se a limpo e começar a construir uma civilização digna do nome.
Se o cinismo vencer mais uma vez, é melhor fazer as malas, quem for cidadão de bem e pular fora.

sábado, 21 de março de 2015

Ares de março

Dilma não sabe se corre pra direita ou para esquerda. Em um momento convida um diretor do Bradesco, engenheiro naval com phD em Economia, o Sr. Joaquim Levy, para o ministério da Fazenda; em outro comparece a reunião do MST e tem de ouvir quieta o Sr. Stédile passar-lhe um pito por ter nomeado o Joaquim Levy ministro da Fazenda. Tá difícil, né?
Dilma já tem idade suficiente para saber que não se pode agradar a gregos e troianos. Há que escolher. Não vai dar para ficar pulando de um lado por outro o tempo todo e querendo colher só as benesses de cada lado. Acaba colhendo só as piores coisas dos dois.
Quando pula pra direita quer satisfazer o mercado, o grande vilão do capitalismo, na visão histórica dos trotskistas dos quais Dilma fez parte em tempos longevos. Quando pula para a esquerda quer ganhar um apoio popularesco que no passado já lhe foi suficiente, mas não é mais.
O que fazer? O povo, inclusive muitos entre os quais que ela conseguiu votos por causa do terrorismo psicológico de seu marqueteiro, está nas ruas pedindo a sua cabeça. O guru, ao qual recorria sempre, parece que, ou não está mais disposto a ajudá-la, ou também já esgotou a sua caixinha de truques. O seu partido perdeu a embocadura do discurso e está perdendo também o pique. Muitos já estão em debandada, procurando outros meios de sobrevivência política, como a Marta Suplicy que está praticamente fora do PT.
Se dentro do PT Dilma não encontra solo firme onde pisar, fora do PT então... Nem ela em toda a sua antice, acha que pode contar com  o PMDB ou qualquer outro partido da sua base ex-aliada!
É patético ver a presidente assim, mendigando apoio político aqui e ali, e tendo que se submeter a essa humilhação pública que é levar pito do Stédile!
Por quanto tempo vai aguentar essa situação? Essa é uma pergunta que fica no ar, ou melhor, nos ares de março.

sexta-feira, 20 de março de 2015

O governo Dilma acabou

Menos de 3 meses depois da posse, o segundo governo Dilma acabou. Melancolicamente. 
Ainda resta lá uma sombra. Como um zumbi, Dilma ainda segue no Planalto, morta-viva, se arrastando entre os cacos das ruínas provocadas por ela mesma e soprando aqui e ali as brasas ainda acesas depois do incêndio.
Ao curvar-se à chantagem do PMDB, denunciada como achaque pelo ex-ministro Cid Gomes (que também não é flor que se cheire, diga-se de passagem), 
Dilma decretou o próprio impeachment.
Quem governa agora é o PMDB! 
Daqui por diante, quando quiser que a zumbi faça isso ou aquilo, o caminho já está traçado. E, o melhor para eles é que quem vai continuar levando pancada é o PT!
Nem nos momentos mais delirantes o PMDB poderia sonhar uma situação como essa: governar e ser oposição ao mesmo tempo! Quem propiciou isso foram os gênios políticos do PT.
Quando se sentava no colo do PMDB, o PT pensava que poderia dominar a cena, que todos iriam "comer na sua mão" e que, aos poucos, ganharia hegemonia suficiente para engolir os aliados e reinar sozinho. Ledo engano!
É isso que dá, subestimar a inteligência dos outros. A prepotência e  a megalomania, aliada à burrice e à falta de contato com a realidade, cedo ou tarde cobra seu troco.
O PMDB é um partido "velho", constituído de profissionais da velha e da nova política. Acostumado a vergar para não ter que ceder. Consciente de que o que faz é só política comum (da boa e da ruim), não pretende ser a salvação nacional, muito menos a salvação da espécie humana! Um partido que consegue abrigar um Pedro Simon e um Sarney, um Jarbas Vasconcelos e um Renan Calheiros, sem maiores conflitos, não pode ser constituído por amadores.
O PT confiou demais na mística e enfiou o pé na jaca. Agora não tem retorno. Toda a esperteza foi por água abaixo. Saiu a esperteza de cena e ficou patente que só existia a velhacaria.
Agora resta a Dilma, para não fazer esse papel, renunciar ao governo e deixar pelo menos o ônus também nas costas do PMDB. Para quem já perdeu o comando, a renúncia traz pouca alteração. O problema continua sendo nosso, cidadãos brasileiros.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Sem noção

O PT não tem, e não quer ter, noção do que é o público e o que é privado. Agora, para espanto de quem ainda pensa no país como uma república, pode se ler no site do ministério da Comunicação   
          "As responsabilidades da comunicação oficial do governo federal e as do PT/Instituto Lula/bancada/blogueiros são distintas. As ações das páginas do governo e das forças políticas que apoiam Dilma precisam ser muito melhor coordenadas e com missões claras. É natural que o governo (este ou qualquer outro) tenha uma comunicação mais conservadora, centrada na divulgação de conteúdos e dados oficiais. A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele.
O PT se considera dono do governo, ou melhor, dono do Estado brasileiro. Não consegue distinguir, e não distingue, os interesses do partido (que são necessariamente privados) dos interesses da nação, que são públicos. Nesse documento, o ministério diz claramente que o governo tem que fornecer a munição para a "guerrilha política", que deve se travada pelos "soldados" de fora, ou seja, pelos blogueiros contratados a peso de ouro. Ou seja, o PT quer fazer uma guerilha política nas redes e contrata blogueiros mercenários para essa função, mas os paga com dinheiro público.
Diante de tamanha cara-de-pau, pergunta-se: onde anda o ministério público? Ocupado demais com a Lava Jato? Esse ministro tem que ser demitido de imediato! Usar o meu dinheiro para financiar blog sujo? Usar informações de governo em favor de uma entidade privada? 
Por essa e por outras é que cada vez mais pessoas pedem a extinção do PT. Essa organização criminosa, disfarçada de partido, perde cada vez mais o senso das coisas. É desespero, sim, mas o que é que a nação tem a ver com isso? Por que a nação ainda terá que suportar esses estertores, como se fosse a responsável pelos erros que essa organização cometeu? Deviam sair de fininho, mas a prepotência não deixa. O auto-engano não se desgruda dessa turma que sempre achou que tudo podia, que eram enviados dos deuses para redenção da humanidade, que a roda da história sempre giraria a seu favor. Não será agora que vão admitir que tudo foi uma ilusão. Para alguns, os espertos, uma ilusão bem cultivada e lucrativa. Para os demais, idiotas úteis, apenas a dura realidade, mas é isso que eles não querem enfrentar.

terça-feira, 17 de março de 2015

Direitos e Privilégios

No Brasil sempre confundimos privilégios com direitos. Tudo para nós é direito, quando na verdade, na maior parte das vezes, trata-se tão somente de privilégio.
A diferença, que parece simples, no nosso caso é borrada pela tradição de pouco apreço pela cidadania e pela democracia. O direito, que se insere na categoria dos bens democráticos, tem que ser amplo, indiscriminado, universal. Nessa categoria se inserem os direitos à vida, à escolha profissional (não ao seu exercício, que é um privilegio obtido pela formação adequada), à liberdade de expressão, o direito de ir e vir e outros.
Na categoria dos privilégios, que, por definição, não podem ser universais, pois são restritivos, discriminatórios, particulares, estão aguns legítimos e uma grande maiora de ilegítimos. 
Os privilégios, para serem legítimos, tem que ser definidos por lei e aceitos, tanto pelos que dele irão usufruir, como pelos que estarão excluídos de sua abrangência. Por exemplo, ninguém se espanta de só ter o privilégio de exercer a medicina, quem tiver tido a formação médica adequada e a aprovação por quem foi designado para tal. 
É aceito também que o Estado tenha o privilégio da força, desde que exercida nos termos da Lei. O privilégio de julgar tem que ser dado conforme as normas estabelecidas pela sociedade; o de dirigir veículos motorizados também. E assim por diante.
O privilégio é, por natureza, excludente, mas as regras para acessá-lo tem que ser válidas para todos, se o privilégio for legítimo. Qualquer pessoa que quiser ser juiz, ou policial ou médico, tem o direito de postular a função e, se satisfizer as condições para tal, não pode ser impedido de exercer esse privilégio. 
Acontece que no Brasil nos deparamos, a todo momento, com privilégios ilegítimos, espúrios, frutos da nossa histórica desorganização social. Assim, um juiz se acha no "direito" de usufruir do bem de um réu, outro se acha um deus que pode desrespeitar as regras de habilitação para dirigir. E ainda invocam a condição que os privilegia, não para respeitar ou fazer respeitar os direitos dos outros, mas exatamente para desrespeitá-los. E por aí, vamos.
Um agente público se julga no "direito" de desviar dinheiro do Erário para sua conta paticular. Um outro quer ter o "direito" de usufruir de vagas de estacionamento reservada para sua classe. O parlamentar pensa ter o "direito" de ter uma segunda moradia paga pelos cofres públicos, enquanto boa parte da população, que paga o seu salário, não tem nenhuma.  Há privilégios para todos os gostos e classes sociais. A começar pelo acesso diferenciado aos elevadores sociais e aos elevadores de serviço nos prédios de apartamentos. Alí, o privilégio e a exclusão convivem lado a lado.
Em resumo, somos um povo que ama os privilégios e detesta os direitos. É isso que afinal pavimenta o caminho daqueles espertalhões que estão sempre atentos às possibilidades de garantir para si uma fatia maior e melhor do bolo. E o resto que se dane!

domingo, 15 de março de 2015

A voz do povo

O dia de hoje vai entrar para a história do Brasil. Foi o dia em que o povo, a legítima fonte do poder, sem ser conduzido por nenhum partido, nem por nenhuma organização, foi às ruas para dizer "Chega!".
Já suportamos mais que o suficiente. Não queremos mais continuar a ser o país da impunidade, o país dos privilégios, o país do jeitinho, o país da corrupção. Sempre se disse que o brasileiro não protesta, que aceita tudo sem reagir. Não é verdade, não mais!
Não reagimos com violência, protestamos pacificamente, como é o nosso estilo, mas estamos na ruas desmentindo esse mito. Hoje o Brasil encheu as ruas de gente de camisa amarela, gente que cantou o hino nacional com alma, com o coração, e não havia jogo de futebol.
Hoje o Brasil deu uma lição de como exercer a cidadania de modo ordeiro, calmo, tranquilo e firme. Havia crianças, havia pessoas mais velhas, cadeirantes até, todos com o mesmo propósito, de dizer a esse governo espúrio que não os queremos mais lá. Que esse governo não é mais legítimo aos nossos olhos, que não nos representa, que o melhor que essa dona devia fazer, se ainda tiver um pingo de sanidade e de pariotismo, seria renunciar. Pois se ela não renunciar, vai ser tirada de lá, em um processo lento e desgastante para  a nação, mas inevitável.
Se a gana do poder for tão forte assim, se ela se agarrar às últimas possibilidades e for às últimas consequências, vai ser uma guerra, mas o povo brasileiro pode ter a certeza da vitória final. Não há força que se contraponha à força do movimento histórico quando chega a sua hora. Dona Dilma, marxista que é, devia saber disso. O rolo compressor da história passa por cima de tudo e quanto mais se resiste a ele, mais força ele adquire e mais violenta é a ruptura. Ouça o conselho da razão: saia, Dilma. Deixe o Planalto para quem seja mais competente e tenha mais vontade de fazer política. Seu tempo, que nunca devia ter começadp, já acabou. O empo de seu partido também acabou. O PT chegou ao governo, tirou a máscara e mostrou o que queria. Agora não há mais nada a dizer á nação brasileira. Tenham um pouco de decência e retirem-se da cena política. Deixem o Brasil realizar sua vocação de paz e grandeza. Ouça a voz do povo que grita a plenos pulmões: Fora Dilma! Fora PT!

sábado, 14 de março de 2015

Bolsa-protesto

O PT é um partido criativo. Depois de inventar uma classe trabalhadora, que não trabalha, e uma elite, que dá duro pra pagar os impostos que sustentam os que não trabalham, inventou também o protesto-a-favor. Aliás, uma pergunta ociosa, o que se viu nas ruas ontem é que era o Exército do Stédile? Isso é o máximo que eles conseguem por na rua, mesmo oferecendo lanchinho, dando camisetas, bonés e bandeiras, disponibilizando ônibus e pagando a bolsa-protesto de 65 reais por cabeça? Como o DNA do PT só permite o protesto - eles não sabem, ou não querem,  construir nada - fica difícil fazer outra coisa, então tem que ser criado o protesto-a-favor.
São os estertores de um partido que acaba melancolicamente enlameado até o pescoço e cujos líderes, ou estão enfiados na corrupção e tem motivos para se agarrar às últimas possibilidades de defesa, ou se recusam a enfrentar a realidade.
Houve uma época em que ainda se podia creditar às esquerdas a boa fé. Erravam, matavam, destruiam, mas tudo era "justificado" em nome da boa fé, da boa vontade, da vontade de "libertar" os mais desfavorecidos.
Agora esse discurso não cola mais. Sabemos que, por trás dessa "bondosa" fachada pseudo-socialista, o que há é um egoísmo dos mais ferrenhos e desconcertantes, o que querem é tão somente manipular as massas pobres e ignorantes para criar uma estrutura de poder e nele se instalar com todas as benesses e mordomias, que sempre atribuiram ou imaginaram ser o modus vivendi das elites.
Até o ódio, que sempre manifestaram contra o que chamam de elite, era, nada mais, nada menos, que inveja e despeito. Nos anos 60 havia um personagem de HQ que se chamava Isnogud e seu lema era: "eu quero ser califa, no lugar do califa". A chamada esquerda pode ser comparada a esse personagem. A diferença entre eles é que Isnogud nunca chegou a ser califa, coisa bem diferente que aconteceu com a esquerda brasileira, que agora tem pavor de perder o califado. Como disse o Exu de Garanhuns: "somos capazes de fazer o diabo". São mesmo!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Vamos pra rua!

Na verdade, Dilma não tem tanta culpa. Ela é o que é, nasceu assim, não pode fazer nada. A culpa maior é do Exu de Garanhuns, que inventou esse poste do nada, que sabia de sua incompetência, mas, para servir aos seus propósitos de retornar ao poder, a escolheu e impôs ao partido, pouco se lixando para as consequências nefastas ao país.
Nada me tira da cabeça que Lula escolheu a dedo essa anta, exatamente porque sabia que era uma anta. Só errou porque pensou que ela seria uma anta manipulável. O problema é que ela se revelou uma estúpida arrogante. Lula é ignorante, mas é esperto. Dilma porém é uma anta arrogante.
Ela ainda não se deu conta do tamanho do problema em que estamos todos enfiados. Estamos há apenas 2 meses e meio do início do seu mandato e ninguém aguenta mais, nem mesmo os que votaram nela. E agora? O que fazer? Será que o Exu é quem tem a resposta? Foi a ele que Dilma recorreu afobada, mais uma vez, depois de levar vaia sobre vaia dos trabalhadores de uma feira da construção civil. Que vexame! Dessa vez não dá nem para culpar a zelite.
Só Dilma ainda não entendeu que, para Lula, ela já é carta fora do baralho. Já serviu aos propósitos dele e agora é só um contrapeso, que está cada vez mais difícil de carregar. Marta Suplicy, a porta-voz do Exu, tem deixado isso bem claro em suas recentes manifestações. 
Ainda por cima, a gerentona promove o bocó do Mercadante a articulador político, o que a afasta ainda mais de Lula e piora a articulação política. Ou seja, Dilma está no mato sem cachorro. Não tem o apoio do PT porque nunca o teve; não tem mais o apoio do padim-padre-ciço, porque o padim tem outros objetivos; não tem mais o apoio do PMDB, porque o PMDB já traiu políticos muito mais hábeis, não seria dessa vez e com essa dona que iria demonstrar lealdade. Quase que quem acaba por lhe dar apoio foi, pasmem, FHC!!! Ainda bem que recuou!
O PSDB, ao invés de empurrar ladeira abaixo um governo sem credibilidade e sem sustentação, quer ainda fazer uma oposição light, de primeiro mundo, como se estivéssemos na Suécia! 
Resumo da ópera: essa dona não se sustenta por 4 anos e quanto mais tempo demorar para cair, pior para a nação. É um gesto até patriótico tirá-la de lá rapidamente. Vamos pra rua no dia 15!

domingo, 8 de março de 2015

País do faz-de-conta (Cadê o Lula na lista?)

Essa nova revelação, a de que o ministro da Justiça terá se encontrado, secretamente na Argentina, com o Procurador Geral ainda na fase da elaboração dos pedidos de investigação, é bombástica!
Em qualquer país sério, o ministro cairia de imediato e o Procurador também. Nenhum dos dois é mais confiável para prosseguir nessas funções! So vão continuar nos cargos porque estamos no Brasil um país de faz-de-conta.
O presidente do Senado acusa o executivo de ter influenciado a lista! Diz que a presidenta queria, porque queria, que o nome de Aécio estivesse na lista! Isso só não aconteceu porque não havia a mínima possibilidade de acusá-lo. Mas manteve-se o Anastasia simplesmente porque um policial corrupto disse que entregou dinheiro em uma casa (que não sabe qual, nem tem o endereço) e que a pessoa que recebeu o dinheiro era parecida com o ex-governador!
Já sabíamos que o PT é capaz de "fazer o diabo", mas dessa vez eles se superaram.

Então o Procurador quer que a gente concorde, que nesse esquema de roubalheira na Petrobras durante o governo Lula e o governo Dilma, nem Lula, nem Dilma devem ser investigados? Não há indícios? Como não, cara-pálida! Há mais que indícios! Quem afinal nomeou o Paulo Roberto Costa, quem nomeou o Renato Duque? Quem aprovou a compra de Pasadena? O ex-diretor disse que Dilma sabia, que Lula sabia! Nada disso vale? Nada é indício suficiente para se iniciar uma investigação? Mas vale a declaração de um corrupto de quinta escalão, que achou o senador Anastasia parecido com o receptador do dinheiro desviado? A troco de quê o PT, que organizou esse esquema na Petrobras, iria doar propina para um membro de um partido que lhe faz oposição? É crível?

Um sistema em que o chefe do Exectivo, que deve ser o mais vigiado, é quem nomeia os seus possíveis vigilantes, o Procurador Geral da República e os ministros do Supremo, é um sistema desenhado para não funcionar. É mais uma ficção nesse país do faz-de-conta.

sábado, 7 de março de 2015

O pacto

Só faltava essa! Dona Dilma correndo para os braços dos tucanos sacudindo um lenço branco a pedir trégua. Se isso, improvavelmente, acontecer o PSDB deveria dizer sim, com a condição que ela renuncie ao mandato e entregue o governo. Nao há outra negociação possível!
Aceitar um pacto a essa altura, depois que o barco está afundando rapidamente, seria uma traição imperdoável ao povo brasileiro, pelo menos à metade desse povo que votou contra o governo Dilma nas últimas eleições.
Quando todos se refestelavam na roubalheira, no estupro da coisa pública, nos gastos sem medida, no porto construído com o dinheiro do povo em Cuba, no perdão das dívidas das ditaduras africanas, das mais sanguinárias e atrasadas, as "elites" amigas do PT privatizavam os lucros, assim como privatizavam o Estado.
Agora, em clima de fim de festa, com alguns representantes dessas "elites" trancafiados e com a ameaça de mais tantos outros tomarem o mesmo rumo, o partido dos "trabalhadores" quer socializar os prejuízos!!! Nessa hora chamam o PSDB, o partido do qual sempre tiveram horror, partido de coxinhas, de almofadinhas, de play-boys, do príncipe dos sociólogos, para socorrê-los!
Só se o PSDB fosse absolutamente constituído de imbecis sem caráter! Não é o caso de governo de salvação nacional! A verdadeira salvação nacional começa por tirar essa organização criminosa do poder o mais rápido que for possível. Só depois disso é que se terá condições de reunir talvez as melhores cabeças e os melhores caracteres da nação em torno de um projeto de reorganização do Estado para extirpar esse mal e protegê-lo de futuros assaltos criminosos como esse, que jamais poderão se repetir.
Para isso é necessária a concorrência dos 3 Poderes, agindo em harmonia e consonância uns com os outros, para estabelecer uma agenda mínima de ações a serem imediatamente implantadas. E, a principal delas, inadiável e improtelável é mostrar à sociedade que o tempo da impunidade acabou.  É preciso julgar severamente e aplicar penas exemplares a esses bandidos que se travestiram de agentes públicos e aos que com eles se uniram, para assaltar os cofres da nação. Não seremos nós, cidadãos expoliados, que iremos pagar o pacto.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Tsunami

Os americanos tem uma expressão - "monkey business"- para designar uma atitude ou atividade que só pode dar em trapalhada ou em algo ilegal. É como se alguém pusesse um macaco para gerir os negócios de uma grande empresa.
Por mais ativo que o macaco seja, pegando dois ou três telefones ao mesmo tempo, pulando da cadeira para a mesa e vice-versa, balançando-se no lustre da sala, os negócios irão de mal a pior. A moral da história é que atividade e barulho não substitui inteligência e capacidade.
Dona Dilma parece exatamente a gerente de um grande, desencontrado, absurdo e tragicômico "monkey business" no governo. Não acredito que seja possível tanta ruindade de propósito. Em algum momento, por mais que o caráter dessa gente tenha se deteriorado pelos anos de lavagem cerebral esquerdopata, em algum momento, ela deve fazer alguma coisa com boa intenção. O problema é que de boa intenção o inferno está cheio, como diz o ditado.
Boa intenção apenas, se é que existe, não substitui competência, capacidade de entender os problemas, qualidade de planejamento, enfim, aquilo que se convencionou chamar de inteligência gerencial.
É claro que para exercer o papel de chefe de Estado, só isso não basta, há que ter outra qualidades além dessa. Tem que ter tato político, capacidade de negociação, humildade para perceber as próprias limitações, mas antes de tudo tem que ter essa capacidade de gerir ou, não a tendo, de saber cercar-se de gente capaz. Lula tem essa habilidade, ou melhor dizendo, essa esperteza. Ele sabe quando não sabe e se cerca de gente que sabe fazer e ainda sai com os louros.
Mas Dilma é burra até a medula dos ossos. Não é capaz de perceber nem mesmo o tamanho da própria burrice. E com seu tato elefantino só se cerca de gente ainda pior do que ela. Se as consequências disso não nos atingissem poderia ser até cômico. Mas como nos atingem em cheio e não temos sequer a opção de nos livrar dela rapidamente, temos que ficar sentados a ver o tsunami se aproximando da praia. Sabemos que vai nos atingir, mas não temos para onde correr.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Tira a mão do meu bolso, Levy!

Vivemos uma situação "sui generis" até mesmo para os padrões desta Republiqueta bananeira. Temos dois presidentes ao mesmo tempo. É mais ou menos como o Vaticano, que tem dois Papas. A diferença é que aqui o presidente emérito é o que mais atua.
Pois, na semana passada, Lula esteve em Brasília reunido com membros do PMBD em jantar na casa de Renan Calheiros e saiu-se com essa: disse que "ajudará Dilma a corrigir os rumos para sair da crise política e econômica".

Que falta que faz um espelho! Será que Lula não se enxerga? Ele não é nada no âmbito institucional e nem mesmo, pelo que se sabe, a Dilma está pedindo a sua ajuda! E quais são os conhecimentos de economia da sumidade Lula da Silva para ajudar o país (o país, não o governo!) a sair da crise econômica?!

Nunca vivemos um transe como esse. Estamos em uma situação dramática e não temos lideranças mais expressivas que esse Exu desencarnado. A oposição, ao invés de apontar a saída, o impeachment, fica quieta e acovardada, deixando mais uma vez, o espaço para manobras do governo que, aos poucos, vai traçando os planos para livrar a cara de todo mundo. Mais ou menos como foi no mensalão. O cheiro de pizza já está no ar.
A tal lista do Janot não sai. Se sair, vem muito menor do que se esperava e não indicia ninguém, mas apenas pede mais investigações... "secretas"!

Enquanto isso, outro doidivanas sai como  um louco taxando a tudo e a todos para zerar o deficit, ou seja, para nós todos pagarmos as contas do descalabro e da roubalheira. Esse Joaquim Levy parece que endoidou também. Deve ser a convivência!
Aumenta o custo da folha de salário nas empresas, quando já temos recessão e desemprego. Quer aumentar mais os impostos, em uma economia que já está abrindo o bico por conta da carga tributária. Assim não dá, Levy!
É certo que o país precisa de um ajuste, já que a dona Dilma gastou sem controle e sem método, mas que tal começar por enxugar as despesas, eliminando os penduricalhos, as desonerações seletivas, os presentes para os amigos, o roubo do Erário, antes de meter a mão no nosso bolso? Enxugue dinheiro do BNDES, por exemplo. Faça o mesmo BNDES receber das empresas do Eike, da Odebrecht, da OAS, etc. os empréstimos camaradas a juros de pai para filho. Limpe a sujeira e arrume a casa, e só depois venha falar conosco. Quem garante que esse dinheiro a mais, que o governo quer tomar de quem trabalha e produz, não vai ser jogado fora, mais uma vez, fazendo porto em Cuba e perdoando as dívidas dos ditadores africanos. Quem garante?
Antes de ter essa garantia, é imoral que o governo peça à sociedade para pagar mais. Tira a mão daí, Levy!

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