sexta-feira, 31 de julho de 2015

Coisas estranhas

Agosto ainda nem chegou e coisas estranhas acontecem no país. A advogada Beatriz Catta Preta abandona não só os casos em que ganhava milhões, abandona a profissão de advogada!!! Há algo no ar, além dos aviões de carreira, dizia o Barão de Itararé. 
Quem é que desiste de uma profissão assim em uma semana? Quem é que, em uma semana, desmancha todo um escritório de advocacia, retira todos os livros, arquivos, computadores, deixa as salas limpas? Levou a tralha para onde? Poderia ter até encerrado as atividades do escritório, ao se sentir ameaçada, e depois, aos poucos, ir se desfazendo dos objetos e equipamentos, arrumando lugar para guardar os documentos, os arquivos, vender os computadores (depois de limpos dos arquivos sigilosos, é claro), mas se desfazer de tudo assim, no tapa? Demitir todo mundo e limpar o escritório no supetão? Sem evidentemente acusá-la de qualquer coisa, aliás não há motivo para isso, que é de se achar estranho esse comportamento, lá isso é.
Parece que o objetivo da advogada foi se livrar de algo, isso sim, que era o que a ameaçava.
Vamos esperar para ver. Cedo ou tarde, saberemos.

Outra coisa estranha foi esse "atentado" contra o Instituto Lula. Alguém joga uma bomba caseira na porta da garagem do Instituto, faz um buraco na porta e no dia seguinte, antes de mais nada, o Instituto diz que foi um "ataque político"! 
Engraçado que essa história me lembrou imediatamente o episódio Rio-Centro e o caso Celso Daniel. No caso do Rio-Centro, militares planejavam fazer um atentado e culpar os oposicionistas por ele, de modo a recrudescer a ação contra os adversários. No caso Celso Daniel, tão logo se ficou sabendo do assassinato do ex-prefeito, os membros do seu partido vieram logo a público dizer que NÃO foi um crime político, o que sustentam até hoje, apesar de muitos indícios contrários inclusive a morte misteriosa de sete pessoas envolvidas com o caso.

Obviamente isso foi apenas uma associação de idéias, não há provas de nada e portanto, nem o Instituto Lula, nem o ministro Miguel Rosseto, podem dizer que tenha sido um ataque político ou um "atentado à democracia". Estão querendo se fazer de vítimas depressa demais. 

Agosto está chegando. Keep calm and Call Mom!

quinta-feira, 30 de julho de 2015

A anta e o dragão

A encruzilhada em que o país foi metido pelo governo incompetente e corrupto do PT parece não ter saída, ou, pelo menos, náo ter saída fácil. Normalmente as economias reagem contra a recessão com o aumento da competição entre os agentes e consequente queda dos preços.
No Brasil, como tudo é ao contrário, a recessão brutal na qual estamos ainda entrando, é acompanhada por uma inflação que se acelera! E por qual motivo isso acontece? Para responder a essa pergunta há que se entender o que está causando a inflação nesse momento.

A inflação brasileira tem origem no governo! As contas públicas desorganizadas e o Estado gastando mais do que arrecada só pode dar em inflação. E, como o Estado não reduz seus gastos correntes, quando a recessão se instala, a arrecadação de impostos diminui e as contas ficam ainda mais deficitárias. Resultado: mais inflação.

As coisas já vinham se deteriorando no final do mandato anterior da Anta, mas no ano eleitoral de 2014, o governo conseguiu maquiar as contas, segurar o preço da gasolina e da energia elétrica, provocando mais deficit, via prejuízos das estatais. O resultado aí está, inegável, insofismável. O deficit no primeiro semestre atingiu a marca estratosférica de 1,6 bilhões e a dívida pública caminha para atingir 66% do PIB.
Nesse cenário uma questão se torna aguda: o remédio ortodoxo para a inflação é o aumento dos juros. Entretanto, aqui eles já são os maiores do mundo, a taxa Selic já é o dobro da popularidade da presidente, a recessão já está instalada e a inflação não cai. Vamos continuar a tomar o mesmo remédio? Ao invés de reduzir os custos do Estado, vamos simplesmente continuar aumentando os juros e contribuindo, com isso, para mais deficit e mais inflação?
Continuo a pensar que será necessário um choque de credibilidade para quebrar esse círculo vicioso. Esse choque só será possível com a saída da Anta e sua gangue do poder. A pergunta é: vamos ter que aguentar isso por mais 3 anos e meio?

terça-feira, 28 de julho de 2015

A mulher sapiens é um fenômeno

Essa mulher é um fenômeno! Jamais vimos ou veremos coisa parecida. Além de derramar sobre o ouvinte frases em um idioma próprio, o Dilmês, falado por uma pessoa só e não compreendido por ninguém, quando abre a boca ela é capaz de dizer qualquer coisa. Afirma ou nega qualquer coisa, sem a menor cerimônia e com a certeza inabalável dos lunáticos.
Agora, em reunião com 12 ministros, como se fosse a última ceia de Cristo e os doze apóstolos, virou-se-se para todos e soltou esse rojão:
“Para vocês terem uma ideia, a Lava Jato provocou uma queda de um ponto percentual no PIB brasileiro”.
Traduzindo: a operação Lava Jato, segundo a Mulher sapiens, é a responsável pela recessão que vivemos, não a roubalheira e a má gestão que derrubaram a Petrobras, não o descalabro, a incompetência e a má fé demagógica e eleitoreira que levaram as contas públicas ao buraco.

Além disso ela se revela uma economista sensacional! Como conseguiu calcular com essa precisão de um ponto percentual o efeito da Lava Jato no PIB? É preciso que ela ensine aos economistas e aos estatísticos o seu método de cálculo. Talvez concorra ao Nobel de Economia!

Se ela consegue avaliar, com essa precisão, a queda e a causa da queda, deve ser capaz também de avaliar com a mesma precisão o aumento do PIB e as causas do aumento. Por que então não aplica logo sua fórmula mágica e nos poupa de 3 ou 4 anos de sofrimento?

Logo depois, sobre o número de vagas no Pronatec declarou peremptoriamente:
"E nós não vamos colocar uma meta, nós vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós vamos dobrar a meta".
Traduzindo: quando a meta, que não existe, for atingida, ela será duplicada!

É ou não é um fenômeno?

domingo, 26 de julho de 2015

O país do futebol

Ninguém contesta a afirmação de que Brasil e o futebol estão intrinsecamente ligados um com o outro. O "esporte bretão" se adaptou perfeitamete ao clima dos trópicos e se identificou com a alma brasileira. pelo menos foi assim até os anos 70.
Nessa época ainda dizíamos que o graça, a ginga e a alegria do brasileiro se refletiam no seu futebol. As metáforas futebolísticas serviam até para o trabalho dos antropólogos, ao tentar desvendar o que tornaria o povo brasileiro "diferente".
Após o tri, ainda ganhamos duas copas, mas nada foi mais como antes. O futebol, assim como o povo, aos poucos foi perdendo a graça. Primeiro veio o reconhecimento de que prevalecia no Brasil a "lei de Gérson", em nada edificante, e que desconstruía o propalado mito do povo cordial.
Depois, a taça Jules Rimet roubada e destruída talvez tenha sido o símbolo e o prenúncio da derrocada futura tanto do futebol, como da nação, nas mãos de ladrões de todo tipo.
A partir dai, apesar de alguns momentos de brilho, fomos só perdendo o estilo. Como nação, conseguimos ultrapassar a ditadura, mas logo caímos no governo Sarney e, pior ainda, no governo Collor. Houve um intervalo virtuoso, com FHC e o plano Real, mas logo mergulhamos no governo ideológico do PT que nos trouxe a esse caos moral, institucional e econômico.
Em paralelo, no futebol, passamos pela era Dunga e, em 2014 chegamos ao ponto mais baixo de nossa trajetória ao sofrer o vexame da derrota por 7x1 para a Alemanha em nossa própria casa. E tudo isso acompanhado por escândalos e mais escândalos de corrupção na alta cúpula da CBF, tal como no governo do PT.
Talvez tenhamos chegado ao fundo do poço e a notícia boa, nesse caso, é que daí para frente só podemos melhorar. Temos que conseguir extirpar esse câncer que corrói nossas entranhas e nos impede de ser uma nação desenvolvida, educada e feliz. Estamos cabisbaixos, envergonhados e perdemos a graça. Tal como no futebol, mostramo-nos travados, sem inspiração, sem criatividade e, principalmente, tristes. Como disse o jornal britânico Financial Times: "Incompetência, arrogância e corrupção quebraram a magia do Brasil".
No dia 16 de agosto vamos em peso às ruas para dizer um sonoro "Basta" a tudo isso que está destruindo o que temos de melhor.



sexta-feira, 24 de julho de 2015

Conversa pra boi dormir

De repente todo o mundo petista quer "conversar" com a oposição! Lula quer "conversar" com FHC, a quem não deixou de demonizar durante 13 anos. Dilma quer conversar com o PSDB, que acusou de ter "quebrado o país 3 vezes".
Dois de seus ministros, Jacques Wagner e Edinho, ambos citados na delações do Lava Jato, vêm a público dizer que "é democrático o presidente conversar com a oposição".
Sim. É democrático... quando se tem algo a dizer. Quando a conversa visa preservar um valor suprapartidário, o interesse do país. Até mesmo para discordarem democraticamente e com elegância.
O problema é que o PT não entende o conceito de democracia. O que querem agora é somente cooptar os adversários para ver se escapam das consequências que se avizinham.

Há poucos dias, Dilma, expert em fabricação de dossiês falsos, queria fuçar nas contas da campanha de Aécio para tentar "melar o jogo". O que ela queria era encontrar algo irregular para, ao incriminar o adversário, safar-se das lambanças de suas próprias contas.
Ora, se as contas de campanha do Aécio tiverem irregularidades, que se apure e punam-se os responsáveis. Só que Aécio não perde o mandato de presidente, pois não o conquistou. Isso não absolve Dilma de suas próprias ilegalidades.
Na semana seguinte, quer chamar Aécio para uma conversa, quer propor um acordo que preserve a governabilidade. Que governabilidade, cara-pálida? A dela? Que governabilidade, se não há governo? A melhor maneira de preservar, ou melhor, recuperar a governabilidade seria a renúncia da Pomba-Gira. Que saia do governo e deixe governar quem entende do assunto!
Qualquer coisa, qualquer ser minimamente pensante, mesmo que não tenha evoluído ainda para se tornar um "homo sapiens" ou uma "mulher sapiens", fará melhor governo que essa coisa monstruosa que o Lula deu de presente ao país. Ela é ruim com força! Dificilmente será superada!
E esse dois, criador e criatura, agora descobrem que os "inimigos" a quem queriam destruir politicamente, podem ser a tábua de salvação.

Evidentemente o povo brasileiro espera que a oposição se comporte como tal, que para isso foi eleita.  O PT se esquece, ou finge que se esquece, que o governo e a oposição foram ambos eleitos pelo mesmo povo! A legitimidade é a mesma. Só que um foi escolhido para governar e o outro para fiscalizar quem governa. É assim que a democracia funciona.

O PT com sua vocação totalitária quer que todos o apoiem e quem não fizer deve ser esmagado (ou comprado).
E agora, sem força e sem apoio, arrasados pela própria incompetência e corrupção, vem com essa conversa mole para boi dormir! Sai desse cargo que não te pertence, Satanás!

quinta-feira, 23 de julho de 2015

De volta para o passado

Joaquim Levy é hoje o fiador do Brasil. E, ao mesmo tempo, seu refém. Não pode, nem que queira, deixar o cargo, sob o risco de nos enfiar de vez no buraco, no caos econômico e, consequentemente, no caos social com consequências impossíveis de serem previstas.
Mesmo com ele exercendo arduamente essa função, já estamos rolando para a beira do abismo. A sensação de insegurança já permeia o ar que respiramos.
Ninguém sabe a que alturas irá o dólar; sabe-se que não ficará nos 3,20, nem nos 3,50. Talvez chegue a 4 reais.
Ninguém sabe se o Brasil perderá ainda em 2015 (ou se será em 2016) o grau de investimento, com consequências ainda piores para as contas públicas.
O deficit da previdência aumentou em 57% em relação ao ano passado. Vou repetir: o deficit, que já era enorme, teve um aumento de 57%!!! Mais cedo ou mais tarde, seremos chamados a pagar essa conta.
Não há uma conta pública que "feche". A inflação segue descontrolada, o desemprego cresce e não há perspectiva de retomada do crescimento em menos de 3 anos.
A bagunça que a Pomba-Gira promoveu na economia brasileira nos devolveu ao século XX, andamos para trás 20 anos. Esse é o legado do petismo no poder, como disse o Financial Times: "a prepotência e a arrogância aliadas à mediocridade e incompetência destruiram a magia do Brasil".
E agora estamos todos dependentes de uma só pessoa. O ministro joaquim Levy, uma vez que cometeu o desatino de aceitar essa missão, agora terá que permanecer nela até que saiamos desse pesadelo. E isso só vai acontecer quando essa gente descer a rampa, ou melhor, sair pela porta dos fundos.
Felizmente Agosto está chegando!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

O Cio da Odebrecht

Não escrevi errado. Não é CEO, é cio mesmo. A Odebrecht é um emblema de empreiteira brasileira. É uma gigante, como todas, mas não apresenta uma inovação, um avanço técnico, um ganho de produtividade, apenas repete, como todas, uma velha fórmula de "sucesso" que é o conúbio, o contubérnio, a mancebia, a relação incestuosa de uma organização privada com o Estado.
Retire-se o Estado brasileiro é o que é uma Odebrecht? Nada! Acaba-se a empresa. Para sobreviver não é necessário que seja competitiva, criativa, que tenha produtos de qualidade, gestão moderna, altos padrões de governança. Nada disso é necessário.
Ou seja, tudo aquilo que os manuais de empreendedorismo pregam que as empresas de sucesso devem ter é desnecessário ou até mesmo contraproducente no caso da Odebrecht.
A fórmula do sucesso aqui é outra. É a relação com os governos. É essa fórmula que lhe garante a conquista dos contratos vultosos sem o risco da concorrência; que lhe garante os sobrepreços que despejam os lucros exorbitantes no caixa da empresa, sem que ela precise se esmerar na administração para produzí-los.
E ela devolve algumas migalhas para os bolsos privados dos agentes do Estado. Assim são financiadas as campanhas políticas. Assim são enchidos os bolsos e as cuecas daqueles que foram eleitos para representar o povo, mas que representam sobretudo a si mesmos.
A Odebrecht e suas primas e irmãs estão sempre no cio, sempre prontas a cair nos braços do governante de plantão. Tanto que, nas campanhas não se fazem de rogadas, dão tanto para uns, como para outros. Dão pra todo mundo, pois não interessa o nome de quem ganhe, o que interessa é que elas estarão ao lado do vencedor, para continuar alimentando, sem saciar, a sua fome de dinheiro público.
Isso não é capitalismo obviamente. Não se trata de uma relação normal em uma economia de mercado. É um cartel e mais que um cartel, é uma organização criminosa, que, no caso, se juntou a outra organização criminosa, o petismo, para melhor continuarem a expoliar os bens públicos.
E, como organização criminosa, age nas sombras. Seu Ceo, ou melhor, seu Capo, está preso, mas insiste em tentar obstruir a justiça. Ele quer simplesmente anular todo o processo da Lava jato, como ficamos sabendo pelo despacho do juiz Sérgio Moro nesta semana. O homem despacha ordens da cadeia, tal como um Fernandinho Beira-Mar. Manda bilhetes ordenando a destruição de documentos. Faz listas, pretensamente cifradas, para ameaçar seus "comparsas"; promete ganhos aos que o ajudarem, inclusive, garantindo o bem estar (financeiro, obviamente) de suas famílias. É um espanto! E ficam todos pensando que nos fazem de idiotas. Não. Não é nada disso! As frases estão fora de contexto. FP não quer dizer Fernando Pimentel; AM não quer dizer Aloísio Mercadante; GA não significa Geraldo Alckmin; MT não é Michel Temer. ECunha não se refere a Eduardo Cunha e Lula não é Lula. O fato de as iniciais, ou mesmo os nomes por extenso, coincidirem com as iniciais e os nomes desses políticos é tão somente uma incrível coincidência! Dessas que só acontecem no Brasil.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Chanchada

Usando um adjetivo presidencial, estamos assistindo estarrecidos ao desmoronamento em ritmo acelerado do quadro político brasileiro. É uma crise como há muito não se via. Assemelha-se muito à anarquia e à crise de governabilidade de 1964, no final do governo João Goulart. A única diferença é que, pelo menos até agora, os quartéis estão quietos.
A confusão é generalizada. O presidente do Senado e o presidente da Câmara são acusados de receber propina. A presidente da República é suspeita de ter recebido doação ilegal em sua campanha, além de ter cometido crime de responsabilidade com as "pedaladas" nas contas públicas. O presidente do Supremo colocou-se em suspeição ao participar de encontro secreto com a presidente suspeita, fora do país. É muito bandido para pouco índio e pouco mocinho. Não dá pra fazer nem um faroeste.
O filme está mais para chanchada da Atlântida, só que os atores atuais nem se comparam a Oscarito, Grande Otelo e Renata Fronzi. Esses eram engraçados, os de hoje, além de canastrões que não convencem ninguém, só nos fazem chorar.
Essa pornochanchada estrelada (sem trocadilho) pelo PT e sua ex-base aliada parece se aproximar do final feliz para nós, até então as vítimas.
Começaram as condenações na operação Lava Jato e o destino da dupla Lula-Dilma parece se definir agora em agosto.
Com a derrocada desse elenco retornam as expectativas positivas e o Brasil poderá afinal reverter esse quadro de recessão e retomar um caminho que nunca deveria ter sido interrompido por essa aventura inconsequente de um falso esquerdismo, que pretendia "salvar o povo" enquanto enchia as burras com o dinheiro desse mesmo povo. Sem que eles saiam de cena, essas expectativas não se reverterão, pois qualquer decisão econômica depende da credibilidade e da confiança nos agentes públicos.
O juiz Sérgio Moro, o Ministério Público e a Polícia Federal cumpriram um papel fundamental ao devolver à nação a confiança na Justiça. É isso que se salva diante de tantas presidências desacreditadas.

sábado, 18 de julho de 2015

Agosto está chegando!

Todos sabem que o mês de agosto é um mês aziago para os políticos brasileiros. Pois Agosto está chegando e, apesar do frio aqui na planície, a temperatura política atinge o ponto de ebulição.
Todo mundo acusando todo mundo. Renan e Cunha, "aliados" do governo atacando-o em todas as frentes. Lula falando mal do PT. O PT falando mal da Dilma. O presidente do PT dizendo que o impeachment é democrático e o ministro da Justiça admitindo que mesmo tendo sido legais, as doações de campanha podem ter sido feitas com dinheiro sujo. O que é isso? deu uma crise de sincericídio nos políticos? Não. São os eflúvios de Agosto!
Agosto enlouquece os cães e os políticos. A hidrofobia corre solta, contaminando a tudo e a todos. Em, nesse salve-se-quem-puder as verdades vão pipocando aqui e alí. Melhor para nós, que essa roupa suja seja toda lavada em público. Assim, talvez, possamos ter a oportunidade de passar a limpo essa fase deletéria na maneira de fazer política neste país.
Não que eu acredite em uma súbita conversão desses agentes à ética e ao decoro. Isso não vai acontecer. Mas a questão é que, uma vez desmascarados e punidos, como nunca aconteceu antes, é de se esperar um efeito educativo e dissuasivo para os demais.
Em outras palavras, muita gente vai deixar de roubar, não por ter subitamente se tornado honesto, mas porque o risco será grande e não vai valer a pena. Esse efeito educativo é também multiplicador e se espalha de cima para baixo. É assim que as sociedades avançadas funcionam. Elas tem regras e quem não as respeita, não importa quem seja, recebe uma punição desencorajadora.
Pois agosto está despontando e vem trazendo essa onda, esse tsunami de denúncias e evidências do maior escândalo de corrupção do mundo. Que não fique pedra sobre pedra, o Brasil merece essa faxina.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A volta do que não foi

Rui Falcão, presidente do PT, disse em um ato de "defesa do mandato" da Dilma: 
“Não se esqueçam, companheiros e companheiras, que gritamos ‘Fora Collor’ e gritamos ‘Fora FHC’. E o ex-presidente Collor saiu da Presidência num processo legal, dentro da democracia, e é isso que eles pretendem fazer agora: expelir a Dilma dentro de um processo democrático.”
Que espanto! Se isso é defesa, coitada da Dilma, se fosse um ataque. Mas como na política ninguém dá ponto sem nó resta-nos procurar entender o significado oculto dessa fala.
A primeira conclusão é que Dilma agora está sozinha. Já foi abandonada pelo partido adotivo. O que ela tem a fazer agora é juntar os tarequinhos, fazer a trouxa, botar combustível na vassoura e cair fora.
A segunda, é que, uma vez descartado o volume-morto chamado Dilma, o PT vai tentar se livrar dessa herança maldita para ver se emplaca algum candidato em 2018, possivelmente com a volta do Exu de Garanhuns.
Rui Falcão não tem autonomia para falar para o partido dessa forma. Se o fez, foi com o aval, ou sob o mando da entidade-mor. Essa entidade já fez outras marolas, até atacou o PT, a corrupção do PT, a ganância por cargos, o distanciamento dos ideais, etc., etc., como se ele não tivesse mesmo nada a ver com isso.
Mas essa é a estratégia de Lula. É sempre a mesma. Não há a menor preocupação com a coerência ou a ética. Como bom sindicalista, Lula cuida de si e os outros que se danem. Desdiz hoje o que jurou ontem. Abraça quem dizia detestar. Despreza hoje quem abraçava ontem. Abandona os "cumpanhero" à sua própria sorte.Tudo depende da direção dos ventos do momento. Agora o importante é se descolar de Dilma para garantir a si uma sobrevida política. Isso porque o Exu crê que, mais uma vez, escapará incólume da Lava Jato, como escapou do mensalão e do caso Rosemary.
Será que a mágica dará certo de novo? De qualquer modo, ele pode até não reconhecer, mas é um morto-vivo político, um cadáver insepulto que ainda se arrasta pela cena política procurando manter o protagonismo, sem perceber que a fila andou. É um zumbi, um "walking dead".
Se ainda for candidato, será como reprise, na sessão da tarde, daqueles filmes de terror classe B, que além de não meterem medo em ninguém, chegam a ser tristemente ridículos.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Até quando, Dilma

Quousque tamdem abutere, Catilina, patientia nostra. Não é preciso se benzerem, não é "aula" de latim! É apenas a citação da frase famosa de abertura do primeiro dos quatro discursos que Cícero fez perante o Senado e o povo romano contra Lúcio Sérgio Catilina, que conspirava contra a República. Esses discursos ficaram conhecidos como "Catilinárias". E a tradução é: "Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?".

E continua: "Ó tempos! Ó costumes! O Senado tem conhecimento destes fatos, o cônsul tem-nos diante dos olhos; todavia, este homem continua vivo! Vivo?! Mais ainda, até no Senado ele aparece, toma parte no conselho de Estado, aponta-nos e marca-nos, com o olhar, um a um, para a chacina... Oh deuses imortais! Em que país do mundo estamos nós, afinal? Que governo é o nosso? Em que cidade vivemos nós?

Parece que Marco Túlio Cícero escreveu isso para nós, para os dias de hoje, nessa terra brasilis. O cálculo da roubalheira descoberta na operação Lava Jato já chega a espantosos 52 bilhões conforme disse o presidente do COAF. E é uma conta por alto, estimada, devido ao fato de que muitas "operações" não puderam ser claramente detectadas. Afinal, eram profissionais os que operavam essas contas. Isso é quase dez vezes o que o Brasil cresceu em 2014 e representa quase a metade do valor de mercado atual da Petrobras. É dinheiro para "dar com o pau".

E esses senhores, tal como Collor ontem, vão pro Senado cuspir na nossa cara. Usam das prerrogativas do estado de direito e da democracia para escarnecer desse mesmo estado de direito e dessa mesma democracia.
A outra, a tresloucada, ainda quer se comparar a Tiradentes e sai atirando no delator (antes tão amigo) que, exatamente por ser delator, está dizendo a verdade. Está afimando e nos informando daquilo que já sabemos: que houve dinheiro sujo, roubado da Petrobras, a financiar a campanha e que, portanto, pela lei essa eleição teria que ser anulada. Ou isso vale, ou não vale, e então fica liberado para todos o uso de dinheiro ilícito em qualquer campanha. Fica liberado o vale tudo.

Temos um cipoal de leis nesse país e elas não valem quase nada. São feitas para valer apenas "para o andar de baixo". É por isso que a sociedade brasileira não acredita ainda que os larápios da Petrobras irão para trás das grades. Irão alguns, os peixes menos graúdos, mas a cúpula política, essa vem se mantendo a cavaleiro de qualquer problema.

E a presidenta ainda nos desafia: "Eu não vou cair. Venham tentar". Pois saiba, presidenta, que a paciência do povo é muito grande, mas um dia chega ao limite. Catilina abusou, desafiou, escarneceu, mas um dia caiu. Até quando, Dilma, terás a petulância de abusar da nossa paciência?

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Virar a página

Estamos saturados de tanta lama, tanta corrupção, tantas mentiras oficiais, pedadalas fiscais, rombos aqui e acolá, dinheiro em contas secretas no exterior, propinas pagando campanhas. O Brasil nunca esteve tão por baixo.
Qualquer um que viaje ao exterior se sente envergonhado. Estamos cabisbaixos. Nosso complexo agora é pior que o "complexo de vira-latas" de Nélson Rodrigues.

Precisamos urgentamente virar essa página. Mas isso não será possível com essa senhora e esse partido aboletados no Planalto. Para virarmos a página é preciso defenestrar o PT e cessar o mandato dessa Pomba-Gira. Não há outra maneira. Não vai dar para ficarmos mais 3 anos e meio nessa ladainha sem solução.

Está claro que houve dinheiro público desviado para financiar a campanha. Isso está sendo denunciado, individualizada e concomitantemente, por cinco testemunhas diversas, que conviveram intimamente com as entranhas do poder. As provas de que o dinheiro teve esse destino também estão lá, nas contas bancárias daqui e do exterior. Se tudo isso não são indícios e provas suficientes para se iniciar um processo de impeachment com afastamento imediato da presidente, o que dizer das contas que o TCU rejeitou? Se isso não é improbidade administrativa, o que mais seria?

O que mais seria preciso para que um presidente fosse responsabilizado pelos crimes que o beneficiam? Lula escapou do mensalão por inépcia da oposição. Agora não será possível que a oposição vá deixar essa sangria continuar paralizando o país. A não ser que a oposição queira cair junto também.

Seria uma ironia se, porventura, quem acabar salvando o país do fisiologismo petista venha a ser um líder do fisiologismo peemedebista, o deputado Eduardo Cunha.
Mas é isso que está acontecendo. Seja por quais motivos forem, Eduardo Cunha é quem está fazendo o papel de oposição.

O PSDB fez sua convenção nesse final de semana. Alguns discursos mais inflamados foram pronunciados, mas a palavra impeachment foi evitada, como se fosse um palavrão. Não entendo por que o PSDB tem tanto medo de assumir essa responsabilidade. Sendo o maior partido de oposição tem naturalmente o papel de liderança nessa área, mas sempre se recusa a assumir abertamente essa função. 

Assim fica difícil e abre caminho para outras lideranças mais radicais que fatalmente irão surgir à medida que a situação se torna mais e mais insustentável. Não assumir esse papel é uma traição ao país que quer e precisa se ver livre dessa organização tenebrosa que ainda se apega ao poder. O PSDB não pode se furtar a nos ajudar a virar a página!





quinta-feira, 2 de julho de 2015

Habeas corpus preventivo

O filme Minority Report trata desse absurdo. Em um mundo futuro os policiais tem com saber se uma pessoa cometerá um assassinato. Então eles capturam essa pessoa antes que ela cometa o crime. O dilema porém é como julgá-la se o crime que ela cometeria foi evitado?
Evidentemente não há, no mundo, nenhum sistema jurídico que puna alguém preventivamente, antes que essa pessoa tenha cometido algum crime. Seria o absurdo dos absurdos.
A contrapartida desse absurdo é, no meu ponto de vista, o instituto do habeas corpus preventivo. É mais ou menos a mesma coisa do Minority Report, com sinal trocado.
É uma excrescência jurídica e um tapa na cara das pessoas cumpridoras das leis.
Só teria cabimento, esse habeas corpus preventivo,  em uma ditadura, regime em que as pessoas podem ser presas sem terem cometido um crime e sem o devido processo legal. Mas em qualquer ditadura, um habeas corpus, preventivo ou não, vale tanto quanto um zero à esquerda, ou seja, nada. 
Em uma democracia isso não se justifica, pois só se prende alguém quando há culpa formada ou evidências fortes de crime, cumulativas com ações do réu para obstruir a justiça, destruir provas ou representar um risco para as pessoas.
Esse caso agora do Zé Dirceu chega a ser uma chacota, pois ele já está condenado a 7 anos e 11 meses pelo mesmo tipo de crime a que supostamente seria preso novamente. Está condenado, mas cumpre prisão domiciliar, um privilégio só concedido a poucos eleitos nesse país de masmorras medievais para os demais cidadãos. E tudo indica que, mesmo preso, continuou a atividade criminosa, pois depósitos em sua conta foram identificados, mesmo no período em que ele já estava na Papuda. Só de 2010 a 2013, recebeu 30 milhões. Portanto é um criminoso contumaz, reincidente e que, constatada a continuidade de sua atuação, tem é que perder o privilégio da prisão domicilar e ir aguardar na Papuda o desfecho de um novo julgamento.
Vamos ver o que decide a justiça.

A popularidade da Mulher sapiens

A Pomba-Gira do Planalto fez uma coisa muito difícil, quase impossível de se conseguir: atingiu um índice de popularidade de 9%! Só 9% da população brasileira considera seu governo bom ou ótimo! É um récorde dos récordes!
Em termos estatísticos isso é o mesmo que unanimidade. Praticamente todo o país considera seu governo ruim ou péssimo, quando muito regular. Seja contra ou a favor é muito difícil para qualquer figura publica conseguir esses números. E são apenas 6 meses de mandato!
Daqui a pouco a popularidade cai para 5 ou 3%. Como é que uma pessoa nessas condições pode comandar o governo de algum país?
Aí fica evidenciado o principal problema do sistema presidencialista: o mandato fixo. Quando o povo descobre que errou não tem como simplesmente fazer um "recall", como acontece naturalmente no sistema parlamentarista.
Não foi à toa que o parlamentarismo foi inventado na Inglaterra. Os ingleses são práticos e não mudam aquilo que funciona. O sistema presidencialista foi uma invenção americana e que só funciona, mais ou menos bem, lá. E mesmo assim, o presidente americano, chamado o homem mais poderoso do mundo, é controlado com mão de ferro pelo Congresso.
No Brasil, o presidencialismo nunca funcionou bem. Desde a República, vivemos de sobressalto em sobressalto, com crises mais ou menos graves e interrupções dramáticas no rocesso democrático.
Felizmente não se vê no horizonte nenhuma ameaça à democracia, mas os representantes do povo tem uma obrigação com a nação: a de retirar do poder, pela via Constitucional, essa senhora que não tem a mínima condição de conduzir esse governo por mais 3 anos e meio. O país não aguenta!

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