domingo, 30 de agosto de 2015

Elite branca

OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa, Mendes Júnior, UTC, Construcap, MRV, Racional Engenharia, ARG, Carioca Engenharia, Método Engenharia, Barbosa Mello, Extec, Constran, CR Almeida, WTorre, Direcional, Via Engenharia, ..., e por aí vai. São todas empreiteiras brasileiras, todas elas com faturamento anual superior a 1 bilhão de reais, destacando-se a Odebrecht que sozinha fatura mais de 10 bilhões. Querem melhores exemplos de "elite branca" do que esses?
Todas elas envolvidas com casos escabrosos de propina identificados pela operação Lava Jato.

Pergunta ociosa aos administradores: será que essas empresas não tem "governança corporativa"? Não aplicam métodos modernos de gestão? Não tem códigos de conduta?

A definição de governança corporativa é, segundo a Wikipedia:
Governança corporativa é uma área de estudo com múltiplas abordagens. Uma das principais preocupações é garantir a aderência dos principais atores a códigos de conduta pré-acordados, através de mecanismos que tentam reduzir oueliminar os conflitos de interesse e as quebras do dever fiduciário.

Traduzindo: ao adotar a Governança Corporativa, a empresa pretende fazer com que seus empregados obedeçam aos códigos de conduta, sejam confiáveis e não roubem da própria empresa.
Só que, no caso dessas empresas listadas acima, existem dois pesos e duas medidas. As regras da Governança Corporativa dessas empresas só valiam (ou valem) para dentro. É como se o acionista dissesse: roubar do povo brasileiro podemos, mas não roubem de mim, não! É a demonstração absoluta da hipocrisia, desfaçatez, cinismo, egoismo e falta de patriotismo, que grassa entre uma "elite" brasileira, a elite branca e burguesa, tão amiga do PT e vice-versa.

Essa "elite" que domina um certo cenário econômico do país é formada por empresas que vicejam somente à sombra do protecionismo, da reserva de mercado, que não se interessam em inovar, em evoluir, uma vez que não necessitam. Não há competição, pois não há concorrência. Elas formam um cartel ou um clube. No Brasil, ou fora dele, essas empresas conseguem os milionários contratos superfaturados exatamente onde o ambiente político favorece os privilégios e a corrupção. São ditaduras africanas ou latino-americanas aduladas pelo PT e agora entendemos por quê. Não há nenhuma razão ideológica, a razão é monetária mesmo. O motivo é enriquecer cada vez mais, como diz Ferreira Gullar, aqueles que dizem lutar pelos pobres.

Se perdermos essa oportunidade histórica de reverter de vez essa relação incestuosa entre empreas e Estado, podemos desistir de vez do Brasil.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Licença para mentir

É espantoso que se chegue a esse ponto:  termos que dizer em alto em bom som que, além de incompetente e burra, a presidente da República é uma mentirosa! E mentirosa contumaz. Não é a primeira vez que mente de modo descarado para o povo brasileiro. Mentiu quando disse que, como presidente do Conselho da Petrobras não leu direito, mas aprovou, as cláusulas do termo de compra da usina de Pasadena (só por isso já haveria motivo de interdição judicial dessa senhora).
Mentiu quando veio à televisão anunciar ao povo uma redução de 18% na conta de luz, sabendo que isso era insustentável. Mentiu quando prometeu a construção de 800 aeroportos no país.
Mentiu na campanha eleitoral quando, todas as vezes em que teve a oportunidade, quis atribuir ao adversário a intenção de adotar as ações que já estavam planejadas pelo seu governo no sentido de tentar melhorar um pouco a bagunça econômica que ela mesma provocara.
Mentiu de novo agora quando ao conceder essa patética entrevista à "Folha de S.Paulo", disse que não sabia que a crise estava instalada e que a ficha só lhe caiu depois da eleição. Nesse caso, como em Pasadena, ela confessa uma incompetência para encobrir a má-fé.
Em economia, já dizia o Bob Campos, é mais fácil fazer previsões sobre o passado, do que sobre o futuro. Entretanto, essa foi uma das crises mais anunciadas de que se tem noticia. Todo mundo sabia, só ela não. A funcionária do Santander foi até demitida quando em julho de 2014 escreveu um texto aos investidores alertando-os para o problema. O governo reagiu com indignação! Exigiram a cabeça da moça! Lula vociferou, com aquela sua elegância já conhecida: "Efa mofa não entende porra nenhuma de Brasil...Pode mandar embora e dar o bonus dela pra mim, que eu fei como é que eu falo."
Pois é, e agora José? Basta fazer cara de santa e mentir mais uma vez e fica tudo bem? 
Quem vai exercer uma função tão nobre como a presidência da República deveria ter uma aulas de etiqueta mínima necessária para poder concorrer ao cargo. Afinal será o Chefe de Estado, o representante de toda uma nação. Não fica bem, uma pessoa na função de presidente, mentir no exercício de sua função. Isso é falta de decoro. Deveria ser uma razão para impeachment, como é nos Estados Unidos. Nixon perdeu o cargo porque mentiu e Bill Clinton quase perde o dele pelo mesmo motivo.
Aqui, ao contrário, a licença para mentir vem até acompanhada de "habeas corpus".

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Gota D'àgua

"Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa,e qualquer desatenção, não faça, não; pode ser a gota d'água."


Amanhã o Procurador-Geral vai ser sabatinado pelos senadores da República para ser reconduzido ao cargo. Será aprovado, principalmente depois que Renan Calheiros mudou, de novo, de lado e passou a apoiar a sua recondução. Janot vem desempenhando seu papel mais ou menos corretamente, entretanto há uma pergunta que não quer calar. Por que o Procurador não denunciou Renan Calheiros? Se denunciou até o senador Anastasia, o mais improvável de ter tido qualquer coisa com o Petrolão? Se denunciou Eduardo Cunha, tão delatado quanto Renan? 
E porque nenhum membro do Executivo foi indiciado? É crível que um esquema como esse funcionaria só com a participação de deputados e senadores? É crível que o Executivo, que é quem nomeia os diretores da Petrobras, tenha siso ludibriado pelos deputados e senadores?
Que deputados e senadores da base aliada tenham se aproveitado da lambança instituída pelo PT na estatal é óbvio. Mas daí serem eles os mentores e líderes da roubalheira, nas barbas do governo e ninguém no poder Executivo ter nada a ver com isso é um conto da carochinha. É conversa mole para boi dormir.
Então por que Janot evita denunciar alguém do Executivo?
No que depende do juiz Sérgio Moro está indo todo mundo pro xilindró, não importa qual seja o partido ou a corporação a que pertence o meliante. Quando porém a "coisa" chega na Procuradoria Geral da República começa um baile de sombras, das quais só vemos os vultos e os resultado finais, que não são agradáveis. Assim vamos mal.
Será que ainda não está evidente para todo mundo que a festa acabou? Será que não está claro que perderam o jogo? O povo não aguenta mais, o povo não quer mais viver esse estelionato político permanente. O povo, o poder soberano, não aceita mais esse jogo de comadres. O povo tem paciência, mas um dia essa paciência acaba. Um dia o povo invade a Bastilha e derruba tudo o que estiver pela frente. Aí não vai adiantar gritar contra a violência, contra os excessos, contra o Terror. Foi assim que a monarquia francesa caiu. Foi assim que a cabeça do rei e da rainha foram parar num cesto de palha. Foi por não acreditarem que o povo, um dia , se levantaria contra eles. A paciência do povo é como um copo d'àgua, que, gota a gota demora a encher, mas um dia entorna.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Não vai dar certo

Nos tempos pré-históricos da minha infância havia um desenho animado de uma hiena e um leão. O leão, chamado Lippy, era de um otimismo fora da realidade. A hiena, chamada Hardy (algo, mais ou menos como "Dureza"), era super-pessimista e diante de tudo que acontecia dizia sempre: "Isso não vai dar certo!".
Deveria haver uma Hiena no governo, ao lado da Anta, para cochichar-lhe no ouvido, todas as vezes em que a Anta produzisse uma idéia: "Isso não vai dar certo".

É impossível alguma coisa dar certo nesse governo! Nunca se viu tantos incompetentes juntos! Como é que vai dar certo alguma coisa gestada por essa gente do PT, que parece que pensa com qualquer órgão do corpo, menos com o cérebro? O que de bom e de útil para o país podem produzir um Edinho Silva, um Aloízio Mercadante, um Miguel Rossetto, um Jaques Wagner? Sinceramente...
O PT consegue provocar uma confusão dos diabos contra si mesmo a partir do nada. Não é preciso oposição, que aliás não faz estragos no PT, como o PT faz em si mesmo.
Quando aparece alguém com vontade e competência para ajudar, se não for originário dos quadros da "esquerda", o PT trata de sabotar essa pessoa. Fez isso com o Temer, que não aguentou e deixou a articulação política; e está fazendo isso com Joaquim Levy, que já deveria ter pedido o boné e abandonado o barco há muito tempo. Só não o faz, provavelmente por muito patriotismo e muita responsabilidade, mas não sei por quanto tempo vai aguentar-se no cargo.

Não vai dar certo! Não pode jamais dar certo um governo com essa gente. O Brasil descobriu isso um pouco tarde, mas acho que aprendeu de modo indelével. Jamais nos esqueceremos do PT!

domingo, 23 de agosto de 2015

Brincando com fogo

Não foi por falta de aviso. Foi por burrice, incompetência e arrogância que a gerenta nos levou a essa situação econômica. Em novembro de 2013, Delfim Netto, conselheiro do governo, já advertia: 
"Violações da ordem fiscal vão se acumulando, sem consequências aparentes no curto prazo. Mas a história e a análise teórica ensinam que, em algum momento, provavelmente em tempo superior ao mandato do poder incumbente, elas geram uma "emergência" que explode num desequilíbrio fiscal, inflacionário e cambial simultâneo, que reduz a pó a economia nacional. Todo brasileiro com mais de 20 anos já assistiu em branco e preto a tragédias como essa... Se isso [a tempestade] ocorrer, teremos uma rápida elevação da taxa de juros no mundo, uma mudança dos fluxos de capitais, um ajuste instantâneo e profundo da nossa taxa de câmbio, uma redução do crédito bancário, uma queda dramática da renda real dos trabalhadores e a volta - em legítima defesa - de taxas de juros reais aos absurdos níveis com que vivemos durante tantos anos, acompanhados por um aumento do desemprego."
A previsão catastrófica não foi só a de Delfim. Com exceção daqueles que resolveram abdicar de sua inteligência por causa do fanatismo partidário-ideológico, todas as pessoas com um nível razoável de informação sabiam para onde caminhávamos.
O que houve até agora? Desequilíbrio fiscal, inflacionário e cambial ao mesmo tempo. Redução a pó da economia nacional. Redução de crédito bancário. Redução de renda. Aumento do desemprego.
Estamos no fundo do poço? Ainda não. Isso significa que pode piorar? Vai piorar ainda mais. As razões para isso são: junto com a crise econômica atravessamos uma crise política como poucas vezes se viu na história desse país. Vivemos ainda uma crise moral sem precedentes pois aqueles que deveriam exercer a função de líderes, preferiram se render à corrupção e à roubalheira.
Estamos no meio de várias crises e sem ter em quem confiar para sair delas, pois a credibilidade da classe empresarial e da classe política foram solapadas pelos seus próprios agentes.
É por isso que a sociedade tenta se agarrar à Polícia Federal, ao juiz Sérgio Moro, ao Ministério Público, como tábuas de salvação. Mas infelizmente nenhuma dessas instituições pode exercer o papel de guia, de salvador da pátria.
Esse é um momento perigoso! Em momentos assim, se surgir a  figura de um ditador, por mais maluco que seja, poderá ser levado pela população ao poder.
Convém lembrar que uma parcela cada vez mais crescente do povo volta os olhos para os quartéis, na expectativa que os militares assumam esse papel. Os militares da ativa estão calados, apesar de os da reserva já estarem murmurando o desconforto que sentem, por quanto tempo permanecerão assim é uma questão sem resposta.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Poupe a nação!

A semana passou com o Planalto cantando vitória e a mídia ecoando o alívio da presidente com a denúncia de Eduardo Cunha e  apoio que ela teria tido de empresários e tribunais, além da cooptação do Renan.
Espremendo porém todos os fatos, o que temos? A semana começou sob o impacto das manifestações do dia 16. Tentaram esvaziar esse impacto com a numerologia: foram tantas ou quantas pessoas! Na verdades e foram 1 milhão ou 700 mil pessoas no país é uma conta, além de imprecisa, desimportante, pois o que interessa de fato é que as praças e as ruas estavam cheias de gente, apinhadas de gente, vestida de verde-amarelo a pedir, pura e simplesmente, a saída da presidente!
A semana chega ao final com outros dois fatos marcantes: a saída de Michel Temer da articulaçao política e o encaminhamento, pelo ministro Gilmar Mendes, das contas da campanha da petista para a Procuradoria Geral da República, com indícios de graves irregularidades e recebimento de dinheiro desviado da Petrobras.
Pode ser por aí, que comece o processo de defenestração da Dilma. A saída de Michel Temer do processo de articulação política é apenas um sinal sutil de que a situação da presidenta não anda nada boa.
Ela, entretanto, ainda se aferra ao cargo com unhas  e dentes. A pergunta que se faz a essa altura do campeonato é: para quê? Para quê essa senhora insiste em sentar-se naquela cadeira? Se não tem nenhum plano de governo, não sabe o que fará na semana seguinte. Não sabe como conduzir a crise econômica. Não sabe como conduzir a crise política. E agora, sem a ajuda do Temer, quem é que vai fazer a articulação? Ela mesma? Com aquela habilidade elefantina em loja de louças? Ou voltará a ser o Aloísio Mercadante, que não consegue articular nem com seu próprio partido?
Francamente, dona Dilma, tenha piedade e renuncie logo. Poupará a todos um desgaste desnecessário. O país lhe agradeceria, penhorado.

Vontade do Povo

A era PT acabou. Desfez-se o sonho, ou melhor, a mentira; e a realidade bruta, crua e nua, se impôe. Todos os brasileiros estão sentindo o sufoco da inflação trotante e que, rapidamente, vai se tornando galopante, a corroer os salários. Quase todos estão enojados com a corrupção que esse partido institucionalizou no país. Já está até cansativo acompanhar a Lava Jato. Já nem sabemos se o roubo foi de milhões, bilhões, zilhões...
Mais uma vez, no último final de semana, o povo foi às ruas para gritar "Fora, Dilma!",  "Fora Lula!" e "Fora, PT!". Exatamente essas foram as palavras de ordem das multidões! O país, o povo desse país não quer mais esse governo. Ponto final!

Democracia é satisfazer a vontade desse mesmo povo. Infelizmente não vivemos em um regime parlamentarista, mas está na hora de levar essa discussão a sério. No parlamentarismo o governo já teria caído, junto com o parlamento. 
É obvio que isso não interessa áqueles que se aproveitam dos mandatos para satisfazer a seus interesses pessoais, pois no regime parlamentar não há mandatos fixos. O governo pode cair a qualquer momento e a qualquer momento novas eleições podem ser convocadas. Basta a vontade popular. Portanto apesar dessa gritaria de que a legitimidade do mandato da Anta tem que ser preservada, isso é uma balela e mais uma mentira. O que tem que ser preservado, numa democracia, é a vontade popular.

E o povo brasileiro está dizendo "Basta!" já há alguns meses. Os detentores do poder estão fingindo que não escutam. Estão colocando a paz social em risco, pois se a voz do povo não se fizer ouvir por bem, acabará por se fazer ouvir por mal. Até agora os líderes tem conclamado, e o povo tem atendido, o apelo de fazer as manifestações pacificamente.  Mas o caldeirão está se enchendo e uma hora vai entornar. Isso não é desejável porque a violência desanda e não se sabe onde vai parar, nem quais as consequências daí advirão.

Outro grande problema é que, se não se consegue uma solução em curto prazo, a classe política, que é quem deveria dar conta de resolver esse problema político, cai mais em descrédito. O povo está perdendo as esperanças de que a oposição e a classe politica em geral possam resolver esse problema. Mas fora da política qual seria a solução, senão uma ditadura? Não é por mais, nem por menos, que muita gente anda clamando por uma ação das Forças Armadas. Quem pede que as Forças Armadas intervenham é quem não acredita mais nos políticos.
Sem uma resposta adequada dos políticos, esse movimento pedindo a intervenção militar só vai crescer, até que alguma coisa de fato aconteça. Não há vácuo na política e muito menos no poder. É preciso que um líder, um estadista, conduza essa transição pós-PT.
Esse líder já está aí. Só não sabemos quem é. Na hora H ele aparece. Torçamos para que apareça um estadista, um homem de bem, de caudilhos e canalhas estamos cheios.


Já caiu!

"Não vou mexer nos direitos dos trabalhadores, nem que a vaca tussa". Mexeu! "Não vou aumentar os juros!" Aumentou! "A inflação está sob controle!" A inflação explodiu! "Ajuste fiscal só interessa aos banqueiros e aos amigos dos banqueiros!" Nomeou alto funcionário do Bradesco como ministro da Fazenda! "Eles vão privatizar a Petrobras!" Está privatizando a Petrobras aos pedaços. "Não vou sair do governo!". Já saiu.

Essa é a anta que pensa que ainda é presidente do Brasil. De tudo o que fala, a maior parte não faz sentido e a outra parte é exatamente o contrário do que acontece na realidade.
A Petrobras sempre foi um símbolo ideológico manipulado pela esquerda, como se fosse sua propriedade. Essa esquerda, que mistura um falso nacionalismo com um discurso burro anticapitalista, sempre usou a Petrobras, até então um orgulho do Brasil,  como um símbolo da "resistência nacional ao imperialismo ianque". Usou e  abusou, sabe-se agora. Quebrou a ex-maior empresa do país. E agora, a versão feminina de Lula mandou retalhar a Petrobras e vender os pedaços, como carne no açougue. E, obviamente, está vendendo só as jóias da coroa, as melhores partes, pois ninguém é bobo de botar dinheiro em empresa falida ou com pouca margem de lucro.

A Petrobras então está se desfazendo de ativos importantes para fazer caixa. Isso ocorre depois de ter feito a maior capitalização da história do mundo, ainda no mandato do Exu Nove-Dedos!  
Piorando a situação, a BR distribuidora foi posta à venda em no pior momento para se fazer isso. Quem a comprar vai fazê-lo na bacia das almas, com o preço vilipendiado e, depois da tempestade, o que sobrará da empresa-símbolo? Será só o símbolo da derrocada de uma falsa ideologia, que, no fundo, no fundo, só queria chegar ao poder para usufruir das benesses que, pensavam, os outros usufruiam. E por conta disso destruiu a economia do país e a sua empresa-símbolo.
A Petrobras será privatizada aos pedaços e sem que a palvara privatização seja mencionada, pois o petismo é mestre no uso de eufemismos para camuflar a realidade. Só que os eufemismos petistas não enganam a mais ninguém. A era deles acabou e só eles não perceberam isso, como dona Dilma já caiu, mas pensa que ainda é presidente.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Nem anéis, nem dedos

A ainda presidente Dilma está jogando as suas últimas cartadas e, fiel ao seu estilo e ao estilo de seu partido, não revela o menor escrúpulo. Vale tudo para permanecer sentada naquela cadeira, como um dois de paus, pois governar já não governa mesmo,  coisa que, aliás, quando quis fazer, nos trouxe a esse buraco em que estamos.
Mas deixar o poder? Jamais, isso não faz parte da cartilha petista. Não querem deixá-lo por várias razões e não somente pelas razões óbvias de não quererem largar a têta.
O problema deles agora nem é esse. O problema é que, ao sairem do governo, sabem que a avalanche de denúncias contra o que fizeram na administração pública não vai deixar pedra sobre pedra. Por isso a ordem para a madama é ir se agüentando como puder, segurando daqui e dali, adiando o desfecho inevitável até que possa ser vislumbrada uma solução de compromisso que poupe o Molusco. A tentativa agora é salvar a pele dele, já que nada mais pode ser salvo, nem os anéis, nem os dedos (os nove que ainda restam).
Por isso, Dilma nem vai e nem vem. Já mandou o ajuste fiscal às favas. Hoje ao conceder mais benesses ao setor automobilístico, que mensagem passou? A de que a agenda de Joaquim Levy já era. Que ajuste fiscal que nada! Isso vai ficar para o sucessor, se quiser e seja ele quem for. Como ratos em navio que está naufragando, cada um vai procurando a sua tábua de salvação, um pedaço de pau que lhe sirva de jangada para não afundar junto com a nau. Apesar da dieta que diz estar fazendo, Dilma nunca jantou tanto desde que assumiu o mandato.  Foi janta com Janot e alguns ministros do Supremo, com Renan Calheiros, com Lewandowski em Portugal, às escondidas. E agora resolve soltar mais um pacote de "bondades". Uma incoerência para quem está sem dinheiro e querendo aumentar os impostos. Uma incoerência para quem está mantendo uma taxa de juros de 14,25% ao ano para reprimir a demanda e, dizem, conter a inflação. Com isso a governanta mostra que não há o menor planejamento, nem agenda, nem metas, nem nada. Vai tudo ao sabor do vento, dos rompantes, dos palpites e do improviso.
Dilma só age em função de prorrogar a agonia de seu mandato. Esse pacote é para "comprar" o apoio da Fiesp, nada mais, nada menos. Já cooptou Renan, sabe-se lá como e com que moeda. Já entronizou Janot em novo mandato com a missão explícita de bombardear Eduardo Cunha, no qual ela e Lula vêem o maior risco. Movimentos para cá e pra lá só no sentido de salvar o que não pode mais ser salvo. Enquanto isso o país que se dane! Vão acabar saindo, mas querem quebrar tudo primeiro. Esse é o legado do PT.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Política em 3 tempos

Primeiro tempo:

Não tenho bola de cristal, mas algo me diz que na hora em que a coisa apertar e ele se vir sem saída, fugirá do país. E não vai fugir assim simplesmente correndo do pau, não. Vai mandar seus amarra-cachorros ainda dizerem que "diante das ameaças da extrema direita" à sua integridade e à sua liberdade, foi obrigado a optar por essa decisão". E sumirá, fugindo para Cuba ou para Venezuela, onde tem amigos que o protegerão de um eventual pedido de repatriação.
Seria um desfecho bem chocho para a Lava Jato, pois o "capo" tem que pagar pelos seus delitos ou a justiça se desmoraliza. Que o Exu Nove-Dedos será preso se ficar por aqui, eu não tenho dúvidas, a questão é quando?



Tempos passados:


Houve um político no Brasil que ficou famoso por usar no plenário da Câmara e fora dele, uma "espetaculosa" capa preta. E, debaixo dela, portava sempre uma sub-metralhadora alemã da Segunda Guerra, a que chamava de "Lurdinha".
O nome dessa figura temida e folclórica era Tenório Cavalcanti. Morava em uma fortaleza na baixada fluminense. Só perdeu o poder quando a ditadura militar confiscou suas as armas e cassou os seus direitos políticos.
Foi filiado à UDN, combateu Getúlio Vargas, mas acabou tendo uma briga memorável com outro udenista, o ACM. Tenório acusou um aliado de ACM de roubar o Banco do Brasil; ACM reagiu e chamou Tenório de ladrão, que imediatamente sacou de um revólver e em plena sessão apontou a arma para Antonio Carlos, dizendo que ia matá-lo. ACM entrou em pânico e teve uma incontinência urinária.
Sob os risos dos deputados, Tenório então guardou o revólver no coldre, dizendo: "Deixa pra lá. Eu não atiro em maricas!"

Tempos de Reprises

Uau! Em agosto estamos assistindo a reprises políticas, uma atrás da outra! Primeiro a reedição da prisão do Zé, chegando de camburão na sede da PF em Curitiba, só que dessa vez sem o bracinho levantado e com direito a foguetes.
A outra reprise é a palhaçada protagonizada por Collor, amiguinho do PT, que reagiu, como era de se esperar, da tribuna do Senado, às acusações que pesam contra si, chamando o Procurador Geral de República de nada mais, nada menos, que "filho da puta".
É assim que ele "se defende". È um filhinho-do-papai, mimadinho, que fica nervoso quando contrariado, mas é um perigo. A reincidência no crime nos comprova isso, além de apresentar todos os sinais de sociopatia.
Entretanto, o Senado não pode permitir que um membro de sua grei possa impunemente dizer um palavrão desse nível, do alto de sua tribuna! Se isso não for quebra de decoro, nada mais o será. Fica tudo liberado então.


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O exército deles

Diante dessa ameaça da CUT, feita em alto e bom som de dentro do palácio do Planalto, diante da presidente da República, falar o quê? O presidente da CUT deixou claro que se prosperar o impeachment eles se entricheirarão nas ruas, com armas nas mãos, e serão um "exército" a defender Dilma e Lula.
Aliás quem convocou esse "exército" foi o próprio Lula, há alguns meses. E quem os convidou para esse evento de apoio a si mesma, não foi ninguém menos que a própria ocupante do cargo.
Nem João Goulart em 64 teve a coragem de fazer algo semelhante. Ao invés de convidá-los ao Planalto, Goulart foi ao encontro dos sargentos sublevados de então. E esse foi o pretexto para o Exército, o verdadeiro, sair às ruas e depô-lo.
Pois agora, não se ouve um pio. Nem o Ministério Público se manifesta. Nem a OAB protesta, nem a imprensa noticia. Mas o vídeo da fala está aí para quem quiser ver e ouvir. Vejam abaixo:



Esperemos que a bravata seja só bravata, pois em uma democracia a luta tem que  se limitar aos contornos da lei. É verdade que esse pessoal se acostumou a romper os limites legais, com suas ocupações, suas invasões, seus black-blocs e a sociedade foi tolerante com eles. Tolerante até demais, mas agora chega! Agora a sociedade quer (e tem o direito de querer) que Dilma seja investigada, que Lula seja investigado e, se houver indícios ou provas que os incriminem não será a CUT que vai impedir a nação de julgá-los e condená-los.
É bom que eles se lembrem que o Brasil tem um Exército e um só.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O imponderável

É ingenuidade pensar que o governo, com sua máquina monumental, vai ficar parado esperando para ver como vai se desenrolar a crise. No início do ano, Dilma estava catatônica, sem saber o que fazer.
À medida que a crise foi se aprofundando, os comparsas viram que deixar Dilma sozinha significaria que iriam todos juntos pro buraco. Então, começaram a se mover. Quanto mais se sentem ameaçados de serem pegos pela Lava Jato ou pela pressão popular, mais rápido se unem e tentam buscar uma saída.
Houve um momento em que até o Lula torcia para a derrocada de Dilma. Queria se descolar da sua pupila para disputar as eleições de 2018 sem ter que carregar esse volume morto. Mas, ao ver cada vez mais próxima a possibilidade do impeachment e as investigações da Lava Jato chegando perigosamente perto de suas relações com as empreiteiras, o Molusco deu uma guinada e passou a "colaborar" com Dilma para achar essa tal saída.

Se conseguirão eu não sei. Mas sei que estão jogando todo o peso da máquina para trabalhar a seu favor. Estão atuando pesadamente no TCU, no Ministério Público, na cooptação do Procurador-Geral da República, negociando a sua recondução ao cargo e por todos os outros meios de pressão. Parece que Renan, que nunca esteve do lado de cá, já passou de novo para o lado de lá. Na história de Renan isso não é novidade. Já foi aliado do Collor, inimigo do Collor, aliado de novo do Collor.
Dependendo de que direção o vento sopra e de quanto se vai lucrar, vários outros "representantes do povo" estão dispostos a mudar de lado. O Exu de Garanhuns sabe disso e é nisso que ele se apoia para traçar uma estratégia para a Anta, que agora não esperneia mais e faz o que lhe mandam fazer.

O que pode perverter toda essa estratégia são dois fatores: o principal é o povo da rua, a voz do povo, a voz rouca do povo nas ruas. E não poderá ser só no dia 16 de agosto. Temos que fazer várias manifestações até que o mundo político, os representantes,  resolvam escutar o que os representados querem que seja feito. O segundo fator é , como dizia Nélson Rodrigues, o Imponderável de Almeida.
Agosto é o mês preferido do Imponderável e quando ele aparece tudo pode acontecer. Já estamos vendo a sombra dele nos documentos que revelam a relação incestuosa do Molusco com a OAS.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dilma dialoga

Dilma,  a sábia, vai se reunir com representantes da UNE e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra nesta semana para reforçar o "diálogo" com a sociedade.
É inacreditável! Ela não dá "uma dentro". Desde quando conversar com quem te apoia é diálogo?! Não chega a ser nem monólogo, pois essa mulher sapiens, quando abre a boca, não consegue produzir uma frase que faça sentido na língua portuguesa. 
Além de ser uma toupeira, falta-lhe um mínimo de assessoria. Alguém deveria lhe dizer que, se alguma chance lhe resta de não se fritar nos tribunais, seria a de ir a público, reconhecer os erros, pedir desculpas e sair de fininho de cena pedindo ao povo para esquecê-la.
Mas, não. Ela resolve radicalizar ainda mais. Vai "conversar" com o MTRST. É demais.
Das duas, uma. Ou ela não tem mesmo a noção do que faz, ou resolveu piorar ainda mais a situação para justificar uma renúncia "honrosa". Aliás, quem falou em renúncia, sem ser perguntado a respeito, foi o líder do governo na Câmara, José Guimarães. Disse ele:  “A presidente vai liderar um amplo diálogo com as bancadas, com os partidos, com os empresários, com os movimentos sociais. Vai percorrer o país e não há chance de renunciar”.
Amplo diálogo? Liderado por Dilma? Já sabemos, diálogo com as bancadas e os partidos é o velho "toma-lá, dá-cá"; com os movimentos sociais é o "toma-lá, toma-lá" e com os empresários é o "dá-cá, dá-cá". Esse é o diálogo petista, que só usa essa palavra quando está contra a parede e, mesmo assim, como se viu na televisão na semana passada, insiste em demonizar todos aqueles que não concordam com suas idéias "progressistas".
Como sinal do "diálogo" chamou Renan Calheiros para jantar no palácio da Alvorada. Já que não consegue cooptar Eduardo Cunha, quem sabe o Renan seja mais dócil? Para não ser comida pelo jacaré, Dilma faz amizade com o crocodilo. Que estrategista!

sábado, 8 de agosto de 2015

Fadas madrinhas

Imagine a seguinte situação. Você é um cidadão brasileiro, pacato, cumpridor dos seus deveres, trabalha, paga sua contas e seus impostos. De repente, do nada, aparece uma fada madrinha, amiga de seu irmão e começa a depositar todo mês 30 mil reais da sua conta. Ótimo, não?
Mas você não desconfiaria de nada? Não ia procurar saber o motivo de tanta bondade? Mesmo que não fosse 30, mas, digamos, 3 mil reais. Todo mês? A troco de nada?
Outra questão, você iria declarar essa "receita"? Pagaria imposto de renda? E seria declarada sob qual título? Receita Extraordinária decorrente da bondade alheia? Doações mensais permanentes?
Pois foi isso o que aconteceu com o irmão do Zé Dirceu, Luiz Eduado de Oliveira e Silva, segundo ele mesmo confessou ao juiz Sérgio Moro. De repente, passou a receber 30 mil reais todo mês, pagos pelo lobista Pascowitch, amigo de seu irmão, e ele nunca soube ou procurou saber a origem do dinheiro, nem o motivo desses pagamentos serem feitos.
É muita cara-de-pau, um marmanjão desses, um homem velho e calejado, querendo posar de virgem vestal na frente de um juiz! É um tapa da cara de todos os brasileiros que levantam cedo e vão pegar no batente para pagar os impostos que sustentam essa turma que nunca fez nada, que nunca trabalhou!
O que fez Dirceu na vida além de politicagem e conchavos? O que ele produziu de bom e útil para o seu país, tendo ocupado os cargos que ocupou? Quando ministro da Casa Civil a única coisa que sabemos que ele fez foi criar e costurar essa quadrilha, essa organização criminosa para assaltar os cofres públicos.
No Brasil deveríamos ter pena de prisão perpétua e aplicar uma pena dessas na figura abjeta do Zé. Ele deveria ser jogado na cela e lá mofar até o fim dos seus dias, junto com seu comparsa que ainda está solto. Não por muito tempo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Intelequituais

É triste perceber que os ídolos da nossa juventude (toda juventude tem ídolos) envelheceram. Aliás, eu me corrijo, envelheceram não, passaram do ponto, ficaram obsoletos. 
Envelhecer é bonito, é agregar sabedoria, é tornar-se uma pessoa melhor, mais tolerante, mais paciente  e até mesmo mais otimista, pois sabe que o que nos parece trágico quando somos joves, pode se tornar patético ou ridículo quando ficamos mais velhos.
Os nossos ídolos passaram do ponto. Um exemplo é a figura patética do Fidel, ainda liderando, junto com o irmão, uma das ditaduras mais longevas do planeta. A figura do Che, que estampava camisetas rebeldes, já vai se tornando um símbolo esquecido, empoeirado, como daqui a pouco a foice e o martelo já não dirão mais nada aos joves de vinte e poucos anos.
Junto com esses emblemas de um passado que passou, acabou, restam figuras como a do Veríssimo, Luiz Carlos Barreto, Fernando Moraes e José de Abreu. Alguém aí de menos de trinta sabe quem é, ou melhor, quem foi Luiz Carlos Barreto?
Já na minha juventude se dizia que "não se pode confiar em ninguém com mais de trinta anos". É claro! As coisas mudam rápido em quando não se atualiza fica-se obsoleto muito cedo. Obsoleto e ultrapassado!
Foi o que ocorreu com esses senhores, chamados de "intelequituais" pela imprensa. Queria eu saber quem é que confere esse título a alguém? Com certeza não é a Academia de Ciências de Estocolmo.

Voltando ao assunto, a constatação dessa obsolescência fica mais clara quando se confrontam as opiniões desses "sábios" sobre a prisão do chefe Zé Dirceu. Disse o Barretão: "José Dirceu não é um bandido. Ele lutou e arriscou a vida dele pela democracia, conduziu um partido ao poder e estabeleceu um projeto"
E emendou Fernando Moraes: "Na verdade, não é nem o Dirceu nem a Dilma que querem, mas o Lula. O problema é 2018. Eu acho que ele acabou sendo vitimado por isso". Completando a série mais um zumbi falou, dessa vez o Veríssimo: "pelo que o José Dirceu significa, mesmo que sua prisão não fosse politica, seria política"

É vergonhoso para um país ter intelectuais dessa estirpe. O que estão dizendo é que pessoas como Dirceu estão acima da lei e que, pelo fato de que um dia teriam lutado contra uma ditadura militar (embora a favor de outra ditadura), agora podem fazer o que quiserem. Estão imunes! Fora do alcance da lei!

Esses chamados intelectuais deviam é aproveitar a ocasião e ajudar a melhorar os nossos padrões éticos, estabelecendo que pessoas como José Dirceu teriam que ser os primeiros dar os exemplos de conduta ética e política correta.
E ainda o Barretão, useiro e vezeiro de dinheiro público fácil e barato via Lei Rouanet, finge se esquecer que Dirceu não lutou por democracia alguma.
E o Fernando Moraes, um caso perdido de deformação ideológica, insiste em inventar um grupo fictício, "eles", que teria interesse em trancafiar Lula por causa de uma simples disputa de poder em 2018. É pensar pequeno demais. Tudo se resume a uma disputa eleitoral. No Brasil não podem existir cidadãos éticos e corajosos como o juiz Sérgio Moro, não. Na visão tacanha e reducionista desse pretenso escritor, as pessoas só podem pensar no próprio umbigo. Talvez ele esteja contaminado por algum vírus transmitido pela convivência estreita com os ditadores da ilha caribenha.
Outro que está contaminado, mas é pelo vírus da Dilma, é o Veríssimo. Como a gente vai deixar a meta aberta e quando atingí-la a gente vai duplicar, o Verissimo pensa que qualquer prisão do Zé é política, mesmo que não seja. Então tá, então.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O chefe do chefe

Espero que o juiz Sérgio Moro não pare por aí. A prisão do chefe do esquema do Petrolão, por si, não resolve nada, porque é evidente que esse chefe tem um chefe.
Se o esquema do petrolão continuava em atividade, mesmo após a condenação do Zé no caso do mensalão, é evidente que alguém em posição superior lhe dava cobertura. Os diretores da Petrobras não iriam continuar a desviar e a pagar Zé Dirceu, mesmo depois de condenado, se não houvesse uma ordem de cima, uma ordem à qual não ousariam desobedecer.
Então trata-se de saber quem lhe dava essa cobertura. Pela lógica, durante algum tempo, o chefe do chefe foi o Molusco de Nove Dedos, o Exu de Garanhuns. Depois foi substituído pela chefa, ou melhor, a chefa entrou de intermediária pois ela mesma também tem um chefe, que paira até agora impune e intocado.
Se o processo de limpeza da Lava Jato não chegar até o "capo dei tutti i capi', o Grande Chefe, o Sumo Pontífice do PT, não terá valido de nada, pois não se mata cobra com pancada no rabo. Mata-se a cobra com uma pancada bem dada na cabeça para que ela não mais se mova.

O mensalão errou a cabeça da cobra, daí vimos que coisa ainda pior continuou a nos assombrar. A Lava Jato não pode cometer o mesmo erro.
O Brasil não pode perder essa oportunidade histórica de passar tudo isso a limpo, sem deixar nada debaixo do tapete, nem esqueleto dentro do armário.
Por isso o juiz Sérgio Moro deve providenciar mais espaço na prisão da PF em Curitiba para trancafiar por lá o verdadeiro chefe da quadrilha.

domingo, 2 de agosto de 2015

Síndrome ideológica

Tem gente que não muda! Acostuma-se tanto com o cachimbo que fica com a boca torta e não aprende. Agora Marina Silva com aquele ar de recém chegada do paraíso, reaparece na mídia deitando falação sobre o momento nebuloso em que vivemos. É contra o impeachment da Dilma porque, diz ela, só admite essa hipótese se houver provas materiais de algum "malfeito" da presidAnta.
Isso é simplesmente o óbvio, não é? A nação não precisa de um guia iluminado para nos dizer isso.

Ao mesmo tempo, na mesma entrevista, sem titubear, diz que Eduardo Cunha deve sair da presidência da Câmara! Quantos pesos e quantas medidas Marina Silva usa para elaborar seus raciocínios?
Longe de mim defender Eduardo Cunha. Se estiver envolvido na Lava Jato que seja investigado e punido. O mesmo porém se aplica à presidente, ou não? Por que teria ela uma imunidade especial? Se a presença do acusado no cargo é indesejável por atrapalhar as investigações, no poder Executivo isso se dá com muito mais intensidade do que no poder Legislativo.

Para Marina ser coerente deveria ser a favor do afastamento da Pomba-Gira antes de mais nada. Mas, para quem viveu tantos anos cercada de "cumpanheros", pedir coerência é um pouco demais. A convivência diária nesse ambiente ideológico deturpa as funções cerebrais, elimina a capacidade de crítica e de análise. É como se fosse um Alzheimer político. A pessoa desaparece e só resta o "pensamento do grupo".
Há vários exemplos de gente culta e inteligente que foi acometida dessa síndrome. Marina Silva é apenas uma delas.

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