sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Revolucionário sou eu!

Lula tem o direito de se defender e defender seus filhos, como todo mundo. Exercendo essa defesa ele pode falar o que quiser, o que lhe der na telha, até mesmo as mentiras mais deslavadas, como lhe garante a Constituição. Isso não quer dizer, entretanto, que a sociedade brasileira tenha que engolir as lorotas.
Lula foi muito eficaz em inventar o mito de si mesmo. Isso será assunto para futuros sociólogos, despidos da paixão ideológica, destrincharem. Até gente que se considera inteligente "comprou" essa narrativa como se fosse verdade. O petismo, a militância religiosa do PT, se encarregou de reafirmar esse mito e combater os que dele descriam ou criticavam, caracterizando-os como burgueses preconceituosos que não admitiriam uma pessoa vinda "de baixo" chegar ao poder. Como se o fato de "vir de baixo" conferisse uma aura de santidade ao indivíduo. Assim, deixamos a narrativa mitológica transformar um reles sindicalista, pelegão dos mais espertos, nesse santo político que até pouco tempo muita pouca gente ousava criticar.
Isso só pode ser explicado pela nossa má consciência. Somos um país de excluídos, temos uma enorme população que vive à  margem: à margem da saúde, à margem da educação, e, consequentemente, à margem do mercado de trabalho. Os nossos intelectuais sentem esse peso. Reconhecem a realidade e sentem culpa. Especialmente por desfrutarem das benesses que o dinheiro e a cultura proporcionam e não fazerem muito para mudar as coisas. Mas fazem tudo para mudar o peso de suas consciências. Isso significa apoiar incondicionalmente um partido que promete resgatar essa população excluída. Mesmo que esse partido esteja mentido e só queira usar essa massa para se perpetuar no poder. Fingem que ignoram essa parte. Fingem que acreditam.
Caso contrário seria exigido deles, os intelectuais, que arregaçassem as mangas e assumissem uma luta política real para que as coisas mudem nesse país. Isso os tiraria do conforto da revolta teórica, dos discursos acadêmicos regados a Foulcault e vinhos franceses.
Revolucionários são aqueles que lutam contra uma burocracia infernal e corrupta para tentar produzir alguma coisa que sustente famílias, que gere prosperidade e proporcione meios às pessoas para realmente mudarem de vida. Esses anônimos revolucionários estão por aí em toda parte. Com micro, pequenas e médias pequenas empresas enfrentando o diabo para sustentar uma carga tributária escorchante e injusta e ainda conseguir manter a empresa de pé. Revolucionários são os que pagam ISS, IR, Contribuição Social, PIS, COFINS, FGTS, ICMS, IPI, abono de férias, multa por rescisão de contrato de trabalho, e outras gracinhas institucionais. Revolucionários são os professores das escolas publicas enfrentando, sem reconhecimento, o descaso absoluto das autoridades e os traficantes de droga dos bairros. São os profissionais da saúde cuja remuneração aviltante não os impede de tratar o ser humano que os procura com respeito e dignidade.
Esses, que vestem a camisa vermelha e batem no peito cantando glórias às suas supostas "virtudes" e chamando os demais de burgues, não tem nada de revolucionário. Ao contrário, hoje sabemos qual era o verdadeiro interesse desses esquerdistas. Mesmo que Lula insista em tentar preservar o que ainda resta do mito, o país inteiro já sabe qual era o seu verdadeiro interesse quando atravessou as portas do sindicato, do partido e depois do Planalto.
Revolucionário, Lula, sou eu que nunca mamei nas tetas do Estado. O resto é conversa fiada.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Tutela do trabalhador

O lulismo foi a maior praga política que já apareceu no Brasil, depois do getulismo. Desse último, restou esse sistema paternalista atrasado que privilegia supostos direitos e o compadrio ao invés da eficiência e do mérito. Está tudo sacramentado nessa excrescência anacrônica que é a CLT e da qual levaremos ainda muto tempo para nos livrar. Enquanto isso vai o país andando um passo para frente e dois para trás.
Dirão os raivosos sindicalistas que a CLT é intocável porque protege direitos do trabalhador. Essa é uma das grandes balelas na qual a oligarquia sindical faz o povão acreditar. O que preserva direitos do trabalhador é a existência, em primeiro lugar, do trabalho! Em seguida, a eficiência com que esse trabalho é feito, o que significa produtividade e, portanto, possibilita aumentos reais de salário.  Fora disso o resto é conversa fiada!
A produtividade brasileira é das mais baixas no mundo. Isso, aliado a uma estúpida burocracia e a uma carga tributária anormal, faz com que o que se produz aqui seja duas ou três vezes mais caro do que o que se produz em países mais competitivos. Nesses países, o mesmo trabalhador que produz o bem, pode comprá-lo com muito menos horas de trabalho que no Brasil. 
Exemplos: um iphone 6, que custa no Brasil por volta de 3400 reais, requer 170 horas de trabalho de uma pessoa que ganhe 4400 reais líquidos por mês. Um trabalhador americano, que ganhe 10 dólares por hora (um salário relativamente baixo para os padrões de lá) precisa de apenas 55 horas de trabalho para adquirir o mesmo aparelho, que custa cerca de 550 dólares.
Uma das explicações para essa diferença de salário e de custo dos bens é a tal lei que "protege" os direitos dos trabalhadores. Nos EUA não existe essa "proteção". Lá os trabalhadores estão à mercê da própria sorte (e da própria competência) e não há um Estado tutor e regulador a "protegê-los". Deve ser por isso que tanta gente burla até a lei de imigração para tentar trabalhar lá, inclusive muitos brasileiros. Essa gente deve ser masoquista e gostar de sofrer, senão como explicar que abandonam um Estado com uma CLT tão protetora para ir parar nesse país capitalista impiedoso?

Está ficando cada vez mais claro para o povo brasileiro que essa conversa toda é apenas uma lorota. A derrubada da CLT só não interessa aos pelegos sindicalistas e ao governo populista que vive parasitando esse mesmo sindicalismo. Esses caras, uma vez chegados ao poder dentro sindicato, nunca mais saem e fazem o mesmo que Lula sempre fez. Deixam de trabalhar e vão, pelo resto de suas vidas, usufruir do dinheiro dos pobres trabalhadores que eles dizem representar e defender.
O que fazem em defesa desses trabalhadores? Nada! Amaior parte dos trabalhadores brasileiros nunca sequer viu a cara, ou sabe o nome, do sindicalista que os "representa". E são obrigados por lei, sejam sindicalizados ou não, gostem ou não, queiram ou não, a "doar" um dia de seu trabalho por ano a um sindicato, que não os representa e que nada fará por eles.
Já passamos da hora de acabarmos com esse paternalismo corrupto e corruptor. Está na hora de nos tornarmos um povo adulto, responsável por si mesmo, que decide o seu destino em todas as áreas, públicas ou privadas, sem precisar de tutores, nem guias.





segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Escombros

Caia ou não caia, de imediato, essa presidenta que não governa, uma coisa é certa: esse modelo político acabou. Chega! O corporativismo, o fisiologismo, a privatização do Estado, tudo isso levou o Brasil à falência e agora o ciclo se fecha. Acabou. Game over.
Pelo menos o PT, ainda que involuntariamente, fez esse benefício ao país: mergulhou tão fundo e tão afoitamente no modelo que condenava, quando ainda era oposição, que fez o próprio modelo se esgotar. Gastou o que podia e o que não podia com benefícios exclusivos, privilegiando determinados grupos econômicos, para se beneficiar do dinheiro que esses agentes movimentavam e desviavam dos cofres públicos.
A história de terror do BNDES ainda está para ser contada, mas já se sabe hoje que o maior volume das pedaladas foi feito para manter o Bolsa-empresário. Nada, nada, foram 50 bilhões de subsídios doados pelo BNDES às empresas, portanto não foi o Bolsa-Família que provocou o rombo.
O pior para nós é que não há solução simples, nem de curto prazo. O imbroglio
é tal que qualquer solução é de difícil implementação. Aumentar os impostos não será facilmente deglutível pela população. Cortar gastos é coisa que governo nenhum consegue fazer, nem mesmo quando é competente.
A inflação, apesar da recessão, persiste em subir para a casa dos dois dígitos sem dar trégua. A taxa de juros foi aumentada para reduzir o crescimento econômico e diminuir a inflação. O crescimento econômico já está negativo e a taxa de juros não pode mais ser elevada, senão provoca mais... inflação! Além de provocar mais déficit.
O real desvalorizado, junto com a taxa exorbitante de juros, deveria estimular investimentos externos, mas esses investimentos não vêm porque ninguém confia nesse governo.
O governo nem fica, nem cai e o destino do país que se dane. A luta entre Dilma e Eduardo Cunha dá empate técnico e, por isso mesmo não nos leva a lugar algum.
Todos esses sinais já deveriam ter deixado bem claro que a festa acabou. Não há dinheiro, não haverá dinheiro e a recuperação econômica será lenta. Está na hora de esses atores saírem do palco e deixar espaço para outra gente, com outros valores, como outro modelo de governança. Esses atores ainda são desconhecidos por nós, mas existem. Estão se formando, se preparando e já está passando da hora de assumirem o papel político que é dado a toda juventude que se preocupa com o seu país. Esses jovens promotores do Ministério Público, por exemplo, são dessa casta, dessa geração.
É uma turma que está hoje entre os 30 e os 40 anos, bem formada, inteligente e não cooptada pelo lamaçal da política tradicional. É gente que foi criada com outros valores, que respeita a diversidade, que se preocupa com o meio ambiente, com o direito do outro, com a submissão de todos à lei. É uma classe que pode dar um "reset" nessa nossa famigerada república e reinstaurá-la em bases verdadeiramente democráticas, onde o direito de todos e o interesse público sejam prevalentes, onde não haja espaço político para Malufs, Renans, Cunhas, Barbalhos, Collors, Lulas e Dilmas.
Uma república assim pode nascer desses escombros políticos, mas para isso esses escombros tem que ser varridos do mapa. Compete a nós varrê-los.


sábado, 17 de outubro de 2015

Anarquia

Nem em 1964, um dos piores momentos políticos da nossa história, o Brasil passou por uma situação semelhante. Temos uma presidente, que acabou de tomar posse e já não governa, um congresso destrambelhado e sem comando que não sabe se tira a presidente ou se a deixa governar, um poder Judiciário constitucionalmente apolítico, que a toda hora intervém na política, ditando normas ou mudando-as ao sabor dos interesses de um lado ou de outro, os partidos governistas (PT e PMDB) fazem oposição ao governo que apoiam.
Ou seja, apesar de haver quem diga que as instituições estão fortalecidas e funcionando, isso é conversa para boi dormir. Não há nada no país que esteja, institucionalmente, funcionando como deveria.
O que há é um estado caótico na política e na economia. Não há liderança em nenhuma das duas áreas e, portanto, o país não anda para lado nenhum. As maiores empresas do país, públicas e privadas, estão envolvidas em um mar de lama de corrupção, consequentemente qualquer liderança empresarial é vista com descrédito. Uma das lideranças empresariais, por exemplo, o Sr. Johanpeter Gerdau (isso é uma constatação, não uma acusação) fazia parte do Conselho de Administração da Petrobras quando esse Conselho aprovou a compra da usina de Pasadena. Não houve voto seu contrário à transação. Então cabe a pergunta: se isso ocorresse em um empresa do grupo Gerdau, o Sr. Johanpeter teria aprovado essa compra? Se a resposta for sim, chegamos à conclusão de que o sucesso do grupo Gerdau se deu por acaso e não por conta de uma gestão competente. Se a resposta for não, pode-se concluir que o cuidado e a eficiência do Sr. Gerdau na gestão de suas empresas privadas são negligenciados quando se trata de gerir uma empresa pública. Nenhuma das alternativas, fala a favor de uma liderança empresarial desse tipo. Não cabe aqui mencionar sequer uma hipotética liderança de um Odebrecht ou um Mendes ou um Ricardo Pessoa, porque seria o absurdo do cinismo.
Na área política já vimos que nem a oposição-situação, nem a oposição-oposição assumem seu papel. Quando se trata de combater o ajuste econômico o PT é mais oposição que a oposição. Quando se trata de promover o impeachment da presidente baseado em mais que evidências de malversação e desrespeito ás leis, o PSDB se esconde e quem tem que liderar o processo é um respeitável cidadão, que entretanto não exerce cargo político algum, como é o caso do Dr. Hélio Bicudo.
"Não há vácuo na política", diz um velho ditado. Quando esse vácuo começa a se estabelecer, logo ele é ocupado pela primeira liderança, boa ou má, patriótica ou interesseira, que apareça. Isso é um perigo. Já vimos as consequências nefastas em outros países, da Alemanha ao Oriente Médio.
Estamos em um momento crítico e não sabemos resolvê-lo. A anarquia já está instalada. O caos econômico só vai piorar se não houver uma solução política rápida. Até quando esse país aguentará sem que haja uma explosão social? Parece que os políticos querem saber qual é esse limite.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Usurpação

É patética a posição de dona Dilma! Escorraçada por toda a nação, incluindo uma boa parte de quem votou nela, agarra-se à chicana e aos golpes mais baixos para poder ficar mais tempo no desgoverno do país. Essa apelação ao STF, que por sua vez contaminado de dilmite aguda, concedeu liminares interferindo diretamente em um processo legítimo de outro poder, mostra que não há barreiras ou limites ao que essa gente faz para não largar o osso. Que honra, que dignidade que nada! O negócio é continuar agarrado ao "pudê".
Primeiro foi o "toma-lá dá-cá" com o PMDB para ver ser conseguia barrar o processo. Agora quando percebeu que a coisa ia, apesar de tudo, tiveram que recorrer às barras das togas. São 11 pessoas jamais eleitas pelo povo que irão decidir se os mais de 500 representantes eleitos por esse mesmo povo podem ou não votar a destituição ou a manutenção do mandato de outro eleito?
Cassar a decisão do Congresso, ou pior, impedí-lo de decidir é cassar a voz do povo. Se o Congresso for impedido pelo Supremo de exercer suas prerrogativas é melhor então que seja fechado e que o Supremo passe a legislar em seu lugar.

Quanto mais o tempo passa, mais ficamos parecidos com a Venezuela. Lá há um arremedo de poder Judiciário, o Tribunal Supremo de Justicia, que em 1999 veio a substituir a Suprema Corte de Justicia, pois essa não atendia aos interesses do chavismo. Aqui as coisas funcionam de modo mais sutil, mas ao fim e ao cabo o objetivo é o mesmo: a perpetuação no poder sem contestação.
As coisas estão tomando o rumo determinado pelo Foro de S.Paulo e a sociedade brasileira assiste a tudo de boca aberta e sem saber o que fazer. E enquanto os atores políticos exibem suas performances e se engalfinham em briga de cachorros grandes, o país segue à deriva, com a inflação e o desemprego galopando, a moeda derretendo e a produção de riquezas andando para trás, para não falar da carência de segurança, de saúde, de educação...







quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Regra de Ouro

Ao invés de 7 de setembro, o dia 7 de outubro de 2015 é que pode ser considerado o verdadeiro Dia da Independência do Brasil. Em 1822 o que houve foi uma separação geopolítica do império português atendendo a interesses dinásticos da Casa de Bragança. O povo, a nação, nada teve a ver com aquilo. De lá para cá viemos reproduzindo as mazelas burocráticas da (má) administração pública portuguesa, estabelecendo um Estado de privilégios, ao invés de um Estado de Direito e de direitos.
Deriva daí esse gigantismo de um Estado ineficiente, esse fisiologismo, esse cartorialismo, esse patrimonialismo e outros males que já deveriam ter desaparecido na vida pública de um país que se quer moderno, mas que foram erigidos pelo petismo em virtudes políticas.
O dia 7 de outubro marcou a real independência dos poderes: o poder Judiciário que rejeitou a chicana do governo e o poder legislativo, através do seu Tribunal de Contas, que fez valer a letra da lei e rejeitou as contas fajutas de um governo fajuto. 
Com essas ações a independência dos poderes concedeu a independência à nação. É assim que deve funcionar uma democracia republicana, com seu sistema de pesos e contra-pesos a equilibrar a balança do poder em favor do poder maior que é a soberania do povo. A hipertrofia do poder executivo é um mal que tem que ser combatido no Brasil, se quisermos construir uma nação próspera, moderna, eficiente. E o primeiro combate reside na fiscalização de seus atos e na punição rápida e eficaz das transgressões.
O TCU até agora era um ilustre desconhecido da nação. Ninguém sabia o que fazia, nem para que servia. Agora sabemos. Agora todos sabem. E sabem que, qualquer governo que doravante não respeitar a Lei, está sujeito a cair, não importa de qual partido seja.
Já era tempo de fazer com que a nossa classe política temesse a lei que eles mesmos fazem. Já era tempo de fazer com que o governo respeite o bolso do cidadão.
O cidadão comum pode fazer tudo o que a lei não proíbe, mas o servidor público só pode fazer o que a lei permite. Essa é a regra de ouro, que o PT faz questão de ignorar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

UTC, TCU e o diabo

Letras por letras, para Dilma é muito mais agradável a companhia da UTC que a do TCU. Mas foi TCU na testa que ela levou agora. Com a prepotência típica de um partido ditatorial, que se julgava dono do povo brasileiro e que não devia satisfações a ninguém, dona Dilma e seus sequazes fizeram o que quiseram com as contas públicas, como se não houvesse um dia seguinte. 
Como eles mesmos diziam: a gente faz o diabo para ganhar a eleição! Fizeram! Só que o dia seguinte chegou e a cobrança veio, não apenas para nós, pobres coitados pagadores de impostos. A cobrança está chegando para eles também, senhores de cutelo e baraço, manipuladores da pobreza e da ignorância do povo.
Felizmente tivemos duas boas notícias essa semana. A cidadania brasileira está sendo reforçada com duas decisões históricas: a do TSE que resolveu prosseguir com as investigações sobre as doações de campanha da Dilma, conforme confessou Ricardo Pessoa, dono da UTC; e a do TCU que rejeitou por unanimidade as contas do governo Dilma, no ano em que ela fez o diabo para ser reeleita.

É aí que a UTC e o TCU se encontram, tendo o diabo no meio. Esse diabo é muito bem simbolizado pela CUT (para continuar nas 3 letras), cujo presidente ameaçou se entrincheirar com armas na mão para "defender" o mandato da sua chefa...e de Lula, como se Lula tivesse algum mandato. Mas nem o diabo vai conseguir segurar essa. O TCU fez prevalecer a decência e a responsabilidade que devem reger as contas públicas em um país que se preze. Talvez estejamos começando um novo caminho agora. Depois da Lei de Responsabilidade Fiscal, esse ato do TCU é o mais importante no terreno da administração pública. Ele revigora a disposição daqueles, que querem um país desenvolvido, de quem nem tudo está perdido. Acho que começamos a sair do fundo do poço. Vamos ver agora como os deputados, nossos representantes, darão continuidade. Se honram ou não a incumbência que receberam do voto popular.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Urucubaca

Definitivamente, há algumas caveiras de burro enterradas no Planalto. Ou então aquela história do Carlos Heitor Cony é verdadeira: enquanto não acharem o cadáver da Dana de Teffé, o Brasil não vai dar certo (Ver aqui).
Isso só pode ser ação de forças sobrenaturais. Não é possível! O Brasil é um país que se especializou em perder os bondes da história!

Acabamos de perder mais um: enquanto ficamos afundados nesse pantanal do Mercosul, abraçados ao Paraguai, Bolívia, Argentina e Venezuela, o mundo segue em frente, e os Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália, Chile, Peru e outros países asiáticos acabam de concluir o Tratado Transpacífico, acordo comercial que movimentará 40% da economia mundial!!!

E, nós, do lado de cá, com a economia em frangalhos, ficamos a chupar os dedos. A Argentina é que vai resolver os nossos problemas? Ou será a Venezuela que dara o empurrão na nossa economia? É preciso ser mais que idiota para conduzir uma política externa como esse governo tem conduzido. É preciso ter a intenção, sim, de conduzir o país deliberadamente para o atraso. Acho que a esquerda só se dará por satisfeita quando o Brasil virar uma Venezuela, ou talvez uma Cuba, ou quem sabe, melhor ainda, uma Coréia do Norte.
Quando não é o Mercosul, onde escolhemos a dedo os piores parceiros (deixando de fora, Chile e Peru, as economias que mais crescem na América do Sul), voltamo-nos sorridentes para fazer acordos com países... da África subsaariana!
Os interlocutores para a nossa política externa são também escolhidos a dedo? Um exemplo: Hifikepunye Pohamba.
Isso não é palavrão. Esse é o nome do "amigo" do Lula e ex-presidente da Namíbia, alvo do lobby realizado pelo Molusco em favor da Odebrecht.

Aqui, nesses trópicos, as coisas são todas ao inverso do que são em outras plagas. Deve ser efeito do calor. Aqui, jabuti sobe em árvore! Jacaré senta-se em cadeiras. O urubu de baixo, borra no de cima! Banqueiro vota em partido que se diz de esquerda e empresários doam dinheiro para eleição de líder sindical.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Nove digitais

Desorientada, sem saber o que fazer, Dilma entrega o governo a Lula. Após a nova posse o que aconteceu? Aquilo que acontece toda vez que Lula comanda: perdem-se todos os escrúpulos!
Lula e sua máfia, que não quer largar a mamata de maneira alguma, está apelando para qualquer coisa. Agora atacam de frente o ministro Nardes do TCU e querem que ele, o relator, deixe a relatoria e não participe da sessão em que será votado o acórdão de rejeição das contas do governo.
Não há limites para eles. Quanto mais acuados ficam, mais demonstram que não respeitam as instituições, nem a democracia, e que, se for necessário, suspeito eu, chegarão mesmo ao golpe e à ditadura. O cenário já está preparado por Lula.
O comunista do PCdoB, Aldo Rebelo, já é o ministro da Defesa, superior hierárquico, portanto, das Forças Armadas, sobre as quais poderá e deverá exercer alguma espécie de controle. Na Casa Civil, um ex-sindicalista e pessoa de confiança do Lula faria a coordenação política. O Congresso já está dominado e cooptado pelas propinas e, quem for contra, terá a suspeição lançada contra si, seja baseada em fatos concretos ou não. Então, como explicar que a denúncia contra Eduardo Cunha esteja na mídia todos os dias e não se fale mais nada sobre a denúncia contra Renan Calheiros? Como explicar por quê, de repente, apareceram denúncias contra o ministro Nardes e contra o próprio presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz? Será mera coincidência, que exatamente quando o TCU se pronuncia contra o governo, surjam denúncias contra seus integrantes? Lembremo-nos de que no julgamento do mensalão, o ministro Gilmar Mendes foi procurado por Lula, que tentou chantageá-lo, com uma história sobre viagens à Alemanha, segundo declaração do próprio ministro.
Esse é o "modus operandi" dessa gente, que se diz de esquerda, seja no Brasil, na Venezuela, na Argentina ou em qualquer outro lugar. Os dossiês falsos são sua especialidade para a intimidação. E quando são acusados dos crimes que eles realmente cometem, botam a boca no trombone a clamar: golpe! Os bracinhos levantados de Dirceu e do André Vargas estão aí de prova.
A intimidação contra Renan parece ter funcionado. O homem se transformou de repente em dócil "linha auxiliar" do governo. O Procurador Janot também já foi "domesticado" com sua recondução ao cargo. O atual Supremo ainda não foi posto à prova no petrolão, mas há dúvidas sobre a isenção de Dias Tóffoli, Rosa Weber e Barroso. Quanto ao ministro Lewandowski não há dúvidas, seja pela defesa que fez dos petistas no mensalão, seja pelo encontro secreto que manteve em Portugal com a presidente, todos nós já sabemos qual será a sua posição. O ministro Zavaski parece estar se comportando com isenção, até agora. Na estratégia lulista, entretanto, o inimigo da vez é o TCU. O ataque será pesado. Afinal, nada menos que 3 ministros de Estado se pronunciaram orquestradamente contra o relator. A solução é o povo acordar e se manifestar de imediato. Temos que tornar pública a nossa indignação contra esse golpe e nosso apoio ao TCU em sua sessão da próxima quarta-feira. Ou fazemos isso, ou lamentaremos depois, quando o Brasil se tornar uma Venezuela.



domingo, 4 de outubro de 2015

Plano Renan-Levy

Há muitas coisas que não consigo entender no comportamento da chamada esquerda no Brasil. Mas a que menos entendo, porque desafia a lógica, são esses "protestos a favor" de agora.
Esa turma do PT e do PCdoB vai às ruas protestar contra o ajuste fiscal e a favor de Dilma! Agem como se o governo não fosse o governo dela. Como se o ministro Joaquim Levy tivesse dado um golpe e assumido a presidência da República! Dilma então seria uma prisioneira dentro do palácio do Planalto, uma figura decorativa, uma chefe de Estado sem poder. Na verdade, ela é quase isso mesmo, só que, quem assumiu o poder não foi o ministro Levy, foi o patrão dela, o chefe da chefa, o capo. E o nome dele, obviamente, sequer é mencionado nos "protestos", até porque ele é que é o verdadeiro pai e mentor desses "protestos".
Ainda por cima, inventaram um nome para o plano de ajuste, chamando-o de plano Renan-Levy! Não entendi por que o nome de Renan foi parar lá, ou o que é que ele tem  ver com o ajuste da economia. Mas como é fácil xingar o Renan, porque ninguém irá defendê-lo, uma vez que é um canalha político publicamente reconhecido, talvez por isso tenham tido a idéia de batizar o tal ajuste com o nome dele.
Não há  a menor coerência lógica e ninguém se importa com isso. Atacam o plano de ajuste como se tivesse sido elaborado por um governo oposto ao governo do PT. A lógica exigiria que defendessem o plano, assim como defendem a responsável última por ele, mas quem é que vai falar de lógica com a esquerda brasileira?
Um mínimo de coerência lógica já exigiria que deixassem de ser esquerda, diante de tudo o que fizeram no nosso país, para não falar do que fizeram em todos os outros onde chegaram ao poder. Portanto, dane-se a lógica. A demagogia, a mentira, a desfaçatez, a enganação tem que continuar para que tentem ainda manter o que lhes resta de apoio popular.

sábado, 3 de outubro de 2015

O intocável

Lula é o intocável da República. Está acima da lei. É o que se depreende de toda essa investigação sobre o petrolão. Foi ele quem nomeou Dilma para o Conselho de Administração da Petrobras. Foi ele quem nomeou Dutra e Gabrielli para a presidência da empresa expoliada. Foi ele quem indicou e nomeou Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento. Foi seu partido o grande beneficiado pelo desvio de recursos. Foi seu ministro chefe da Casa Civil, atual preso na Lava Jato, quem montou o esquema de compra de parlamentares, conforme já demonstrado e sentenciado no julgamento do mensalão. Não se entende, portanto, como é que esse cidadão ainda não foi sequer investigado. O que é que o protege? Por que a oposição não grita? Por que todas as vezes em que as investigações e as denúncias chegam perto de seu nome, as pessoas começam a pisar em ovos?
Temos agora um novo exemplo: o ministro Zavascki "autorizou" a PF a interrogar Lula como "informante". Em primeiro lugar, não consta que Lula exerça nenhum cargo que lhe conceda o privilégio de foro especial, por que então a necessidade de se pedir autorização a um ministro do Supremo? E por que não pode ser investigado, mas apenas ser interrogado como tetemunha - como quer o Procurador Geral - ou como informante, como determinou o ministro Teori.
Se o Molusco não pode ser investigado, é óbvio que mesmo tendo praticado uma enormidade de crimes contra a nação, não será jamais indiciado, muito menos se tornará réu ou será julgado pelo que fez ou pelo que se omitiu de fazer.
Se isso não acontecer, se perdermos a oportunidade histórica de acabar com a impunidade para uma determinada classe de pessoas, vamos continuar ainda por muitos anos, ou séculos, condenados a ser uma sub-nação constituída de sub-cidadãos atrasados e incompetentes.

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