domingo, 29 de novembro de 2015

Elite

O Exu de Garanhuns fez toda sua vida política, quando no palanque, atacando as elites. Fora do palanque o discurso era outro.
Mas, no palanque, para consumo geral da patuleia, "a zelite" é que não deixavam o país se desenvolver, a personificação do atraso, da reação, do fisiologismo, do patrimonialismo, do racismo, da exclusão social, da homofobia, etc.
Até que eu concordo com ele. Há realmente uma "elite" brasileira que é tudo isso e algo mais. Resta saber quem são os representantes dessa "elite". Para o Exu são todos os que não votaram, não votam ou não votarão nele e, ultimamente, toda a classe média brasileira, que bateu panelas, que esperneou contra a corrupção, que foi às ruas pedir o impeachment do poste.
Acontece que quando se vai ver quem é que é fisiológico, patrimonialista, usurpador dos bens públicos, a gente acha as digitais de toda a cumpanherada do PT e de alguns de seus amigos bilionários. São realmente representantes da elite atrasada, que dilapida o patrimônio público, que rouba o futuro da nação, que só se importa com seus lucros e o resto da país que se dane. Essa é pior casta que o país conseguiu produzir. E não deixa de ser uma elite.

Quem vai dizer que banqueiros, senadores, deputados federais, altos empresários, advogados de alto coturno, pecuaristas, publicitários, ministros de Estado, diretores de estatais, diretores de bancos públicos e de órgãos de fomento não constituem uma elite?

A lista de pessoas pertencentes a esse "status" social é enorme. Aqui vão só alguns exemplos para refrescar a memória: Kátia Rabelo, banqueira; Marcos Valério, publicitário; André Esteves, banqueiro; Marcelo Odebrecht, empresário; José Carlos Bumlai, pecuarista; Ricardo Pessoa, empresário; Nestor Cerveró, ex-dirigente da Petrobras; Paulo Roberto Costa, ex-dirigente da Petrobras; Delcídio Amaral, senador; Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados; Renan Calheiros, presidente do Senado; Humberto Costa, senador; José Dirceu, ex-deputado, presidente do PT; José Genoíno, ex-presidente do PT; Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS; Pedro Corrêa, ex-deputado; Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente do Conselho da Camargo Corrêa: José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS; Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras; Fernando Collor, senador; Gleisi Hoffman, senadora; Edison Lobão, ex-ministro; Shinko Nakandakari, Operador da Galvão Engenharia; Romero Jucá, senador; Roseana Sarney, ex-governadora; Sérgio Cabral, ex-governador; Luiz Argôlo, ex-deputado; Antonio Palocci, ex-ministro;João Vaccari, tesoureiro do PT e uma infinidades de outros nomes.
O que essas pessoas tem em comum, além de pertencerem à elite social do país?   Toda elas estão indiciadas, sendo investigadas, sendo processadas ou já condenadas no Mensalão e na Lava Jato. Praticavam suas atividades criminosas sob as bençãos e o beneplácito dos governos do PT. Simples assim. Esse é o retrato macabro da elite que envergonha esse país. A outra elite, a elite cultural e artística que tantas vezes, no passado, veio a público fazer protesto contra isso e aquilo, está calada, muda. Não se ouve um pio, com poucas exceções como a de Ferreira Gullar, Fábio Júnior e Lobão.
Não se ouve a voz de Gil, Caetano, Fernanda Montenegro, a protestar contra a roubalheira, contra o escárnio, como disse a ministra Cármen Lúcia.
As vozes de Veríssimo, Luiz Carlos Barreto, Fernando Moraes, Chico Buarque e Paulo Betti ainda se ouvem, a favor do PT e de tudo o que esses criminosos fizeram contra a nação.


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Better Call Saul

Quem assistiu à brilhante série "Breaking Bad" não se esquece do advogado de bandidos, Saul Goodman. O excelente ator, Bob Odenkirk, encarnou um personagem sensacional. Goodman é um advogado picareta de uma cidadezinha do interior americano, que faz publicidade de si mesmo com o mote: Better Call Saul e que se especializa em "defender" a alta cúpula do crime organizado local. Mais ou menos como aqui.
Na série, o problema é que Goodman vai se envolvendo ou sendo envolvido cada vez mais profundamente na própria atividade criminosa de seus clientes, deixando de ser um advogado para ser um cúmplice.
Foi o que ocorreu com o Dr. Edson Ribeiro, a essa altura ex-advogado de Nestor Cerveró. Pelo que ouvimos na gravação, ele já havia se tornado cúmplice de Delcídio no plano de fuga e nas atividades de obstrução da  justiça. E foi essa a conclusão do ministro Teori Zavascki ao mandar a Interpol incluir o seu nome no alerta vermelho. Está para ser preso a qualquer momento em Miami, para onde teria fugido.
Tanto para Saul Goodman, quanto para sua esmaecida cópia tupiniquim, a história não acaba bem. Felizmente para todos nós, os demais cidadãos honrados, que são os que pagam os impostos para sustentar esses mafiosos.
Delcídio Amaral, Edson Ribeiro, André Esteves, é melhor chamar o Kakay!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Organização criminosa

A situação é muito pior que qualquer um de nós possa ter imaginado. Estamos cercados de bandidos por todos os lados! Essa gravação da conversa entre Delcídio Amaral, o advogado Edson Ribeiro e o filho de Cerveró é uma revelação estarrecedora do nível a que chegou a atividade política no país. É um raio-x das entranhas podres dessa República de quinta categoria.

Nessa gravação ouvimos um senador da República traçando um plano de fuga de um criminoso preso pela Justiça, como se fosse ele, senador, um capanga de alguma quadrilha obedecendo às ordens do chefe! Ofereceu dinheiro para o cara ficar calado! Possivelmente mais cedo ou mais tarde, ordenaria também a "queima" desse "arquivo". O aúdio está aí, publicado na internet, para quem quiser ouvir. 
Isso faria parte de um plano para a fuga de Cerveró para a Espanha, país do qual tem a cidadania. Dentre todas as coisas inacreditáveis que disse, o sen. Delcídio ameaça ir ao Senado fazer um discurso político alegando até tortura, para que o "habeas corpus" fosse concedido pelo Supremo ao Cerveró.  Disse já ter "conversado" com Teori e Tóffoli e estava à procura de alguém que pudesse "conversar" com o ministro Gilmar Mendes. O nome de Renan Calheiros é sugerido para tal função.
Comentam a estratégia de anular todas as delações, processo que estaria com o ministro Facchin e que seria um "aliado" deles nessa empreitada. Nesse caso acabaria a Lava Jato e nem haveria a necessidade de Cerveró fugir. O maior problema que temiam seria a vaidade excessiva do advogado Kakay, um empecilho a essa solução uma vez que a ideia não teria partido dele. Não temiam mais nada. Agiam e planejavam agir como se a República fosse o quintal da casa deles.

As entranhas agora estão expostas. O PT em uma nota vergonhosa tenta se distanciar do crime, como se tudo fosse obra de mentes alucinadas, agindo por conta própria e sem a participação do partido que detém o recorde de ter o maior número de filiados presos. O governo engole em seco. O senador preso era líder desse governo e agia no sentido de impedir uma delação que tem o potencial de detonar a própria presidente da República. 

O que haverá agora? Como é que a República vai reagir diante dessa ameaça? Havia uma quadrilha em ação, isso é indiscutível, mas será que eram só esses, que foram presos, a totalidade dos membros da organização criminosa? O senador agia por conta própria, ou era apenas um pau-mandado de alguém em instância superior a quem não interessaria a delação premiada de Cerveró? Ou seja, a quadrilha foi desmantelada ou continua agindo por meio de outros membros que ainda não foram detidos? A essas perguntas o poder Judiciário e a PF tem o dever de responder à nação boquiaberta.



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Vai dar 13 na cabeça!

E Lula segue em frente, deixando todos cairem ao seu lado, sem se importar com ninguém. São amigos, correligionários, "cumpanhêros", capangas, paus-mandados, compadres, cupinchas, puxa-sacos, parceiros de negócios, sócios, quadrilheiros, capos.
Todos caindo, um a um. Começou com Marcos Valério, que se disse abandonado, depois Delúbio, culminando com Genoíno e Zé Dirceu, que Lula nem deve mais conhecer. Tudo isso ainda no primeiro mandato. Depois, veio Paulo Roberto Costa, o "Paulinho", Marcelo Odebrecht, Ricardo Pessoa e agora, aproximando-se perigosamente da marca do pênalti, José Carlos Bumlai.
Como vai reagir Lula à prisão de seu amigo, que tinha passe livre no Planalto e agora tem "passe preso" em Curitiba?
Imagino que vai reagir como sempre reagiu: tirando o corpo fora. Que se queimem os laranjas, os testas-de-ferro, é para isso que eles servem: para proteger o "capo".

A Lula só interessa o projeto pessoal, que conseguiu habilmente confundir com o projeto de seu partido. Os demais atores, ou servem a esse objetivo ou não servem para nada e portanto são simplesmente descartados, como mamuchos de laranja chupada. Azar o deles. Misturaram-se com o Exu porque quiseram e tiveram vantagens também nessa associação. Quem se alia ao capeta, sabendo que é o capeta, depois não pode reclamar se o capeta agir como tal.
Acabou-se a era Lula, acabou o PT. Isso não tem mais remédio. Está claro e é obviamente contundente que essa gente criou um esquema criminoso para roubar a nação. Só falta agora o gran finale, a cereja do bolo, aquela prisão emblemática, que vai coroar toda essa operação Lava Jato e colocá-la nos livros da História do Brasil: a condução do capo à cadeia, para responder pelos seus crimes perante a 13ª (número significativo) Vara de Curitiba.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Vive la France!

Não dá para negociar com o terror. Não dá para negociar com quem, simplesmente, quer a sua destruição. Esse é, agora, o drama da relação do Ocidente com os grupos terroristas islâmicos. Para haver negociação, os dois lados tem que querer e os dois lados tem que ter algo a perder se não o fizerem.
O que tem a perder o estado islâmico, se o que eles querem é exposição na mídia por causa do terror que podem produzir? Se um grupo terrorista aceita a negociação, ele automaticamente deixa de existir como grupo terrorista. Foi, por exemplo, o que aconteceu com o IRA.
O estado islâmico não tem a nada a perder em hipótese alguma. Quem tem, muito, a perder é o Ocidente. 
Já estamos em vias de perder a nossa privacidade, por causa das leis anti-terror que estão para ser implantadas por todo o mundo. Já estamos perdendo mobilidade em virtude do controle de fronteiras, que vai se tornando cada vez mais rigoroso. Ou seja, o sonho ocidental de "liberté, egalité, fraternité" está ruindo por água abaixo. 
Talvez até por ser o país que produziu e encarnou esse lema, seja a França um dos alvos principais do terror. Eles, o EI, não suportam a idéia de liberdade, assim como suportam menos ainda a de fraternidade e nem querem saber de igualdade, pois consideram-se moralmente superiores aos "degenerados, adúlteros e viciados" ocidentais, como dizem.
O que está em jogo (e que sempre esteve, embora, no passado, isso fosse manifesto de outro modo) é o choque entre visões de mundo inconciliáveis. O ocidente, profano, agnóstico, perturba as mentes religiosas fanáticas. Mesmo no seio da civilização ocidental pode se identificar esse fundamentalismo religioso retrógrado, que está crescendo por todo lado, e cujo objetivo é abolir tudo o que a humanidade conquistou de progresso nos costumes e nas liberdades individuais desde os últimos 3 séculos.
O fundamentalista não se contenta em adotar para sua vida pessoal uma atitude reacionária. Ele quer impô-la aos demais, mesmo que vivam distantes, do outro lado do mundo. A simples existência de quem não acredita e não segue essa cartilha é uma ameaça ao fundamentalismo. Por isso, tem que ser destruída. Pura e simplesmente. O mais preocupante é que esse fundamentalismo tem crescido e o Ocidente, em nome da tolerância e de um pseudo muti-culturalismo, não tem reagido adequadamente. O Ocidente carrega a culpa do colonialismo e por isso tem pudores na reação.
Mas chegou a hora de deixar os pudores de lado e tratar de defender não somente as vidas dos cidadãos, trata-se de defender os valores nos quais acreditamos e pelos quais tantos já sacrificaram a própria vida. Viva a Liberdade! Vive la France!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Tragédia (2)

É ilusório imaginar que o homem possa dominar e controlar a natureza, se ele não foi ainda capaz de controlar e enxergar a sua própria natureza. (Carl Gustav Jung)

A Samarco é a responsável pelo desastre que ocorreu. Ponto. Isso não está em discussão, nem a empresa está se furtando em assumir sua responsabilidade. Está cuidando das famílias desabrigadas providenciando alojamento em casas alugadas, hotéis e pousadas, está levando água e alimentos para as cidades atingidas, cuidou do retorno escolar para as crianças a partir de 16/11, enfim, a empresa não está inerte diante dessa calamidade. E isso não é nada de mais, é tão somente a sua obrigação.
Quanto à reparação financeira às pessoas e ao meio ambiente, isso é também obviamente uma obrigação da Samarco e de suas controladoras e não há nada que indique que elas se furtarão a isso. Portanto, além de lamentar as perdas irreparáveis de vidas humanas e patrimônio histórico, nessa área não há muito mais a ser feito.
Há porém um trabalho hercúleo de recuperação ambiental que levará anos para ser concluído e que tem que ser iniciado o mais rápido possível. E há ainda uma pergunta que fica no ar e para a qual ainda não se tem uma resposta: qual foi a causa desse acidente? Por que essas 2 barragens se romperam? Qual é o risco de outras barragens terem o mesmo destino? Só em Minas há mais de 700 barragens de rejeito em uso e alguma resposta precisa ser dada à sociedade sobre a segurança e o grau de risco a que estamos sendo expostos, sem nosso conhecimento e até mesmo contra a nossa vontade.

Quem tem que dar essa resposta são as autoridades que supostamente fazem esse controle e essa fiscalização. Não adianta, depois do acidente, virem a público dizer que vão aplicar multas milionárias. Essas multas não resolvem o problema e esse dinheiro sequer chegará às famílias atingidas. Ficará engordando os cofres públicos para serem objeto de outras cobiças. Agora, depois de passada a consternação inicial, algumas informações começam a surgir: o Sistema Estadual de Meio Ambiente informa que uma das barragens que se rompeu (Santarém) estava com a licença vencida desde 2013, mas que não havia irregularidade porque "o requerimento de renovação das licenças foi feito pela mineradora dentro do prazo". 

Esse é o Brasil! Exige-se a licença de operação, mas se o ato burocrático de preencher uma papelada foi feito na data prevista, dane-se. Pode se continuar operando sem a licença! A lei não exige que uma licença renovada tenha que estar em vigor na data da expiração da licença anterior! Ver Deliberação Normativa Copam 193/2014. Mas o "requerimento" tem que ser feito. E, se não tiver o carimbo, o "requerimento" não vale. É uma brincadeira de mau gosto!

A barragem remanescente, a de Germano, está também com a licença vencida desde julho de 2013, mas tudo está dentro da lei!
Aí cabe a pergunta: estariam essas barragens apresentando riscos detectáveis e que não foram detectados por negligência? Houve negligência da empresa. É possível. Houve negligência do Estado? Com certeza. A função de fiscalização é função indelegável do Estado. Essas barragens deveriam ter sido fiscalizadas e aprovadas ou reprovadas há 2 anos. Se o "requerimento" foi feito a tempo, o que fizeram os órgãos de meio ambiente durante todo esse tempo que não puderam concluir pela renovação ou não da licença? Tudo vem indicando que esse desastre ecológico e humano é apenas mais um reflexo do país que construímos. Se Jung estivesse vivo diria que o simbolismo dessa lama destruindo tudo não foi por acaso.
Chegou na hora certa, encaixando-se perfeitamente no conceito que chamou de princípio da sincronicidade.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Recall de políticos

Dilma já não governava, quando governava. Agora que já não governa, não governa mesmo! Essa frase, dita no idioma dilmês clássico, resume os cinco anos dílmicos e nos ameaça com mais três.
Há quase um ano estamos sofrendo "diuturnamente e noturnamente" com a falta absoluta de governo. Antes, no primeiro mandato, ainda dava para fingir. Dona Dilma mandava e desmandava, fingindo que governava, mas na verdade criava as condições para o atual desgoverno.
Agora, que a vaca tossiu e foi pro brejo, não dá nem para fingir.
E o país? É a grande pergunta. Vamos ficar pelos próximos tres anos nessa penúria? Não há mecanismos de resolver essa situação? A democracia não pode ser vítima de si mesma. Quando se chega a esse impasse, há de ter mecanismos democráticos que façam respeitar a vontade do povo, que já não é a mesma do ano em que a dita-cuja foi eleita, se é que foi legitimamente eleita, conforme nos dirão brevemente os membros do TSE.
O regime parlamentarista tem uma solução mais fácil para esse tipo de situação: o governo cai e elege-se outro. Mas essa solução não está prevista no presidencialismo. Não há voto de desconfiança, apesar de todo mundo desconfiar de todo mundo. 
Entretanto, sendo presidencialista o regime, isso não significa que somos obrigados a aguentar um governo desastroso por quatro anos. O mecanismo do impeachmente deve ser acionado o quanto antes e necessitamos de estabelecer na Constituição um mecanismo mais fácil de mudança de governo: por exemplo, quando se perde a maioria parlamentar. Claro que para isso ser eficaz há ter que o instituto da fidelidade partidária e o número de partidos representados nos Congresso deveria ser um número decente e os partidos deveriam ser programáticos, etc., etc.
Mas também não dá para ficar esperando pela situação ideal para mudarmos. Temos que resolver o presente imbroglio, o mais rápido possível, para que o país possa andar e fazermos uma grande reforma política que nos permita sair de atoleiros com menos dor e mais eficiência. Candidatos, no presidencialismo, não vêm com garantia de satisfação ou seu voto de volta, mas deveriam vir para que a democracia fosse respeitada.
Se o candidato engana o eleitor, o princípio básico da democracia, que é o respeito pela vontade popular, está fraudado. Essa seria a única maneira de os políticos respeitarem o povo que os elege, o recall.

domingo, 8 de novembro de 2015

Tragédia

Não dá para não comentar sobre a tragédia que se abateu sobre Minas, cujas cenas por muito tempo ficarão gravadas na nossa memória. É uma tragédia humana e ambiental como poucas vezes vista no Brasil. Foi um mar de lama se arrastando pelo belíssimo cerrado mineiro, arrasando vilas, casas, igrejas antigas, fazendas e a própria natureza.
Uma pergunta que surge de imediato é: Qual foi a causa? Houve culpa ou negligência? Ou foi um fato inevitável, como um terremoto ou tsunami? Poderia ter sido previsto? Poderia ter sido evitado?
A todas essas perguntas ainda é cedo para responder. Entretando já se vê pelas redes sociais algumas pessoas responsabilizando "o lucro e a ganância" pelo que aconteceu. Isso é típico de uma mentalidade anti-capitalista, que vê no desenvolvimento econômico e na geração de riqueza um caráter intrínsecamente maléfico.
A responsabilidade pelo fato e pelas indenizações cabíveis, inegavelmente são e serão atribuidas á mineradora que, pelo que se sabe, não está se omitindo em dar assistência imediata às vítimas, nem procurando afastar essa responsabilidade no futuro. Exatamente por ter gerado riqueza é que essa mineradora terá condições de prestar socorro e indenizar a quem for necessário.
Se não tivesse tido lucro, apesar das dificulades de fazê-lo no Brasil, não teria agora de onde tirar os recursos para amenizar a tragédia. Não foi o capitalismo o problema. O capitalismo certamente será a solução.
Quanto às causas desse acidente ainda terá que se esperar pelas análises técnicas. 
Barragens de rejeito, nas minerações, são um investimento de alto custo, mas absolutamente necessários para que elas possam funcionar sem maiores danos ambientais. Como o nome está dizendo, são as barragens que seguram os rejeitos da atividade mineradora. O minério extraído tem uma quantidade relativamente grande de material não aproveitável, chamado estéril. Esse material está na natureza junto com o minério  e dele é separado no processo de beneficiamento. Depois disso, o minério segue beneficiado para outros processos e o estéril tem que ser descartado. Isso é feito na barragem de rejeitos, exatamente para não contaminar o meio ambiente.
Essas barragens estão por aí, espalhadas pelo Brasil afora onde quer que haja atividade mineradora. Daqui a pouco vamos ouvir gente dizendo que temos que parar com toda a atividade mineral no país por causa dos riscos para as demais comunidades. Não é razoável.
O que é razoável é, depois de estabelecidas as causas, tratarmos de criar mecanismos de prevenção de outros acidentes como esse. Devemos buscar a ajuda da tecnologia para verificarmos se há outra maneira de tratar esse estéril. Em algumas minerações já existe a possibilidade de devolver o estéril, depois de tratado e seco, para a cava da mina. O processo é denominado "paste fill" ou "back fill". As barragens ainda seriam necessárias, mas de tamanho bem mais reduzido, o suficiente para abrigar um volume muitíssimo menor de rejeito, pois guardariam apenas o estéril gerado, antes de ser reprocessado e reinserido de volta na mina.
Como eu disse, o capitalismo e o desenvolvimento técnico e econômico não são parte do problema, mas da solução; e a tragédia brasileira é uma parte de seu povo e seu sistema político não reconhecer isso e querer que o atraso seja o objetivo a ser alcançado.
Por pior que tenha sido esse rio de lama descendo pela mata, por mais vidas que ceife, por mais danos ambientais que tenha causado, com certeza o mar de lama da política corrupta tem causado danos muito maiores e produzido mais mortes e desesperança no país.
Não queremos e não merecemos nem um, nem outro.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sua Casa, Minha Vida...mansa

O programa "Minha casa, minha vida" deve ter sido inspirado nos sonhos da família do Exu em possuir ao menos um imóvel. Eles nunca são donos de nada!
Lula morou durante quase 10 anos, de graça, em uma casa de seu amigo Roberto Teixeira.
Denunciado à direção do PT, em 1997,  pelo ex-amigo e também membro do partido,  Paulo de Tarso Venceslau, Lula teve que se defender da acusação de tráfico de influência nas prefeituras do PT a uma Comissão Especial, constituída por Hélio Bicudo, José Eduardo Cardozo e André Singer.
Já nessa época, a comissão recomendou a abertura de um processo ético-disciplinar contra Roberto Teixeira: "Efetivamente o próprio Roberto Teixeira avalia que, em alguma medida, a sua conduta fugiu dos rígidos padrões éticos que o Partido dos Trabalhadores espera ser seguido por qualquer dos seus militantes". 
Nem uma palavra sobre Lula, mas, apesar dessa omissão, era ainda uma época de inocência, em que muitos dos militantes continuavam crendo na aura de idoneidade e seriedade que a propaganda do partido fazia divulgar. O que ninguém sabia é que as sementes do Mal já estavam, de há muito, lá dentro, no centro, no Diretório, no próprio símbolo desse partido. A prova disso está na decisão da direção do PT que inocentou Teixeira e expulsou Venceslau, o denunciante.
Continuando a saga imobiliária, em 1998 a Folha noticiou que Lula adquirira um apartamento de cobertura de 186 m² em São Bernardo. Foi para lá que ele se mudou, deixando a casa cedida pelo amigo. A compra desse imóvel também foi alvo dessa mesma investigação no partido e, em plena campanha à presidência, Lula teve que explicar à imprensa, o motivo de um depósito de 36 mil reais feito por Teixeira em sua conta. Disse que teria sido o pagamento por um carro vendido a ele. Então, tá!
O apreço da família Lula da Silva pelos imóveis dos outros não se limita ao seu apoio ao MST ou ao MSTS ou que tais, eles também gostam muito de morar de graça! Em imóveis caros, claro!
O sítio em Atibaia, utilizado por Lula para receber políticos e fazer conchavos, não pertence a ele. Pertence aos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar que, por coincidência, são sócios de Fábio Luis da Silva, o Lulinha, que mora também de favor em um apartamento de Suassuna, avaliado em 6 milhões.
Outro filho de Lula, Luís Cláudio, recentemente investigado pela PF, também mora de graça em um apartamento em região nobre de S.Paulo e que pertence a ...Roberto Teixeira!
As coincidências são enormes e os nomes se repetem, assim como as relações nebulosas relacionadas com atividades suspeitas, quando não francamente criminosas. Que azar tem esses petistas! Todos os seus amigos, muito ricos, por sinal, acabam se envolvendo de um modo ou de outro com a corrupção!


domingo, 1 de novembro de 2015

Petismo: o melhor negócio do mundo

Ser petista é o melhor negócio do mundo! Vejam bem, antes de participarem do governo, Lula, Dirceu, Palocci, Erenice Guerra, Pimentel e outros de menor coturno eram pobres ou remediados, como se dizia antigamente. De Lula todos sabemos a origem nordestina, retirante, pobre como Jó quando chegou a S.Paulo. Sua história já foi contada e cantada em verso e prosa; e até em filme, a segunda mais cara produção brasileira até hoje, devidadamente patrocinada pelas empreiteiras Odebrecht, Camargo Corrêa e OAS, empresas que até então nunca tinham colocado um tostão na cinematografia nacional.
Pois bem, o ex-pobre retirante se deu muito bem na vida. Só depois que deixou o governo faturpu 27 milhões de reais em palestras. Sua empresa, chamada de Instituto, movimentou 52 milhões de 2011 a 2015, segundo o Coaf (órgão do governo, subordinado ao Ministério da Fazenda).
O Palocci não fica atrás. Não era pobretão, mas ficou mutilmilionário depois que saiu do governo. Movimentou 216 milhões de 2008 a 2015. Erenice Guerra, outra sumidade finaneira, faturou 26 milhões. Pimentel é mais modesto, só faturou 3,1 milhões, coitado!
E o Dirceu faturou consultorias mesmo estando na Papuda, o que prova que a capacidade gerencial dessa gente, depois que faz um curso de pós-graduação no PT, supera qualquer MBA que exista por aí.
Não há melhor negócio do que esse de dar consultorias e palestras! Mas não pode ser qualquer um. Que Harvard, que Stanford, que nada! Tem que ser graduado naquele partido, o maior formador de milionários do mundo.
Deve ser por isso que eles adotam o lema de combate à pobreza. Isso é a prova irrefutável que eles dizem a verdade!

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