sábado, 20 de maio de 2017

Democracia representativa?

Fica muito claro, nas falas do Aécio, como ele atuava nos bastidores para aprovar a anistia do caixa 2, a lei do abuso de autoridade e para combater o projeto de lei de iniciativa popular das 10 medidas contra a corrupção.
E pensar que esse sujeito quase foi eleito presidente! E pensar que esse sujeito foi líder da "oposição" ao governo do PT!

Agora fica tudo muito claro. Quando a gente reclamava da oposição light que o PSDB fazia ao governo do Lula e da Dilma, estávamos era fazendo (mais uma vez) o papel de bobos. Agora sabemos que não havia, nunca houve, oposição nenhuma. A briga deles era para saber quem ficava com a maior parte do butim.

E aí vem a pergunta: esses caras foram eleitos para quê mesmo? Qual é a legitimidade de alguém que, eleito para defender uma ideia, um programa, na verdade estava enganando os eleitores o tempo todo? Que representatividade tem essa nossa classe política? Que democracia é essa sob a qual vivemos?

Para ser assim, é melhor uma ditadura descarada; ao menos se sabe quem é o inimigo e não se espera do ditador nenhuma representatividade. Esse disfarce de democracia representativa é o que de pior pode acontecer na política, porque não é representativa, nem democracia e só pode conduzir ao caos, à anarquia; isso depois de dilapidar os recursos de um país inteiro.

É por isso que as nossas estradas, ferrovias e portos estão caindo aos pedaços. É por isso que não há hospitais, nem postos de saúde decentes, nem medicamentos, nem material hospitalar; nem escolas, nem um sistema de educação eficaz. É por isso que não há segurança nas ruas, que o tráfico prolifera comandando verdadeiras cidades. Estamos sob o domínio do crime organizado em todos os níveis.

E não adianta clamar por novas eleições! Para eleger quem? Não temos um sistema de "recall" em que pudéssemos destituir os políticos do cargo ao verificarmos o desvio de função! Isso seria uma solução: após um período de, por exemplo, 2 anos de mandato, os políticos deveriam ser submetidos a uma nova avaliação popular. Se não atingissem um nível minimo de aprovação, perderiam automaticamente o cargo.

Outro fator moderador dos apetites seria a perda de mandato definitiva para quem aceitasse qualquer cargo no executivo. Afinal, o sujeito foi eleito para o poder legislativo. Ao aceitar cargo em outro poder, terá reunciado automaticamente ao mandato. Simples assim. Tão simples, que não parece factível em um país como o nosso.

Há algumas décadas, fomos à ruas pedir o fim da ditadura militar e o retorno dos civis ao poder. Se soubéssemos no que ia dar, será que teríamos feito aquilo?


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