quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz 2015! (ou A Vaca Tossiu)

Tem gente que ia querer ficar em 2014 mesmo, sem se mudar de mala e cuia para 2015. Mas não tem jeito. O deus Chronos, com seu reloginho impecável, ou melhor, sua ampulheta cuja areia não cessa de cair, não dá essa chance a ninguém.
Os gregos já sabiam: o Tempo é um pai que devora os próprios filhos.
Mas esse fluxo eterno, essa mutação constante, nada mais é que a própria vida, a própria essência do existir. Só não muda o que está fora do Tempo, o que não existe.
Filosofias à parte e voltando à vaca fria, aqui estamos às vésperas de mais um ano novo e, dessa vez, com expectativas muito baixas com relação ao país, sua economia e seu desgoverno. Entramos em 2015, com um ministério pífio, montado pela gerenta, sem um pingo de criatividade, sem uma nota de originalidade. Talvez o mais original tenha sido a escolha de Joaquim Levy para a Fazenda, mesmo assim porque isso foi uma traição explícita da presidenta-eleita às promessas da candidata. E só.
George Hilton no ministério do Esporte, o filho do Jader Barbalho (cujo nome não guardei, nem quero guardar) no ministério da Pesca e Aldo Rebelo no Ciência e Tecnologia, são os símbolos, os emblemas da qualidade com que a gerentona quer conduzir sua próxima aventura governamental. Rezemos!

Frases do Ano - 2014

Abaixo, as frases e as caras de 2014:


  • Essa não é só uma frase, mas vale a pena ver todo o conjunto da obra, inaugurando a série, logo no alvorecer de 2014:

  • Dilma Roussef, avisando que o Petrolão vai virar hidrelétrica:
“Estamos enfrentando essa situação com destemor e vamos converter a renovação da Petrobras em energia renovadora para o nosso país.”

  • Dilma informando a todos que o Brasil não existe:
    “O início do Brasil e o fim do Brasil e o meio do Brasil são os municípios, porque não existe, de fato… nem é União, nem é um estado, um estado fisicamente. Existem, fisicamente, os municípios, as cidades e as zonas rurais”.

  • De Rui Falcão, presidente do PT, dando lição de combate à corrupção: 
“Essa tradição de combate à corrupção é nossa e ninguém nos toma. Nós não estamos lutando apenas agora contra a corrupção. Há muitos anos o PT se notabilizou por defender a ética na política e por combater todas as formas de apropriação privada de recursos públicos”.
  • Dilma Roussef prometendo na campanha:
"...que jamais teremos outro apagão, que as represas estavam cheias [menos em São Paulo, por causa dos tucanos] e que as tarifas da eletricidade não só eram baixas como ainda iriam baixar mais. Mais baixos que as tarifas só mesmo os juros fixados pelo Banco Central; que a economia estava ótima e que não tínhamos inflação".
  • Conclusão de Marcos Maia no relatório da CPMI da Petrobras, antes de, alguns dias depois, concluir o contrário:
"Conclui-se que a aquisição de Pasadena ocorreu dentro das condições de mercado da época, e que a empresa conta, hoje, com um bom e lucrativo ativo”.

  • Nestor Cerveró, surdo e mudo, mas enxergando muito bem:

“Nunca ouvi falar de organização criminosa na Petrobras. Não tenho por que ficar preocupado com a delação do Paulo Roberto Costa”.


  • Guido Mantega, o Inefável, em mais uma crise de auto-elogio:

“Meu grande orgulho é ter liderado a economia brasileira na mais grave crise em oitenta anos”.


  • Graça Foster, a testa-de-ferro, em março, nos informando que quem manda na Petrobras é ela:

"É muito importante que se saiba que a Petrobras tem comando. A Petrobras é uma empresa de 85 mil funcionários e tem uma presidente. Sou eu. Eu respondo pela Petrobras. Temos uma diretoria colegiada que trabalha pela busca da melhoria. E o que precisa ser investigado é investigado nessa empresa. Esse é o ponto fundamental. Aqui, tem normas, procedimentos e ela investiga."


  • Dilma, exercendo sua maior especialidade, construir frases memoráveis:

“Então, eu vou concluir dizendo para a maioria e para a minoria, para todos, por que é que eu dei esse exemplo? Eu dei esse exemplo pelo seguinte, eu quero dizer para vocês que o Brasil só vai para frente se o Pará for para frente”.



sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Lula, tire a mão do meu bolso!

Lula diz que o ponto mais importante da reforma política será o financiamento público de campanha. Prestemos atenção! Parafraseando o ex-embaixador Juracy Magalhães, digo que o que é bom para Lula e seu partido, é ruim para o Brasil.
Logo, se Lula acha importantísimo o financiamento público de campanha, convém analisarmos cuidadosamente o que vem a ser isso e onde eles querem chegar. Aliás, me corrijo; onde eles querem chegar já sabemos: é ao pote de ouro, ao saco sem fundo dos dinheiros públicos, ao erário, aos cofres da nação. Isso já está demonstrado pelo fatos passados e presentes. O que ainda não ficou claro é como querem chegar ao ouro de um modo que ainda não é conhecido, nem rastreado pela Polícia Federal.
Claro está que não dá mais para repetir o esquema da Petrobras, nem o das agências de publicidade, pois ambos estão desmascarados. É preciso criar um novo mecanismo.
Essa história do financiamento público de campanha é o novo golpe que querem nos aplicar.
Por que cargas d'água a população brasileira é quem vai ter que pagar a conta das campanhas eleitorais? Já não chegam os fundos partidários? Quem quiser se candidatar que assuma o risco, faça as dívidas e as pague depois.
Se o objetivo é impedir as doações de empresas, sob o pretexto de diminuir a influência do poder econômico na política, que se proíbam essas doações, se for o caso, o que é discutível, mas não transfiram esse ônus para as costas do cidadão.
Além disso, quem garante que as empresas não continuarão "doando" para o caixa dois como já fazem hoje? Certos partidos, ou organizações criminosas como bem disse o Sen. Aécio Neves,  receberão duas "doações": uma, do nosso suado dinheirinho dos impostos, outra do caixa das empresas que, por sua vez, já terão sangrado os cofres públicos como de hábito.
Se é para mudar o modo como as campanhas são financiadas, o que se deveria fazer é acabar de vez com qualquer financiamento público, ou seja, extinguir também o Fundo Partidário. Cada partido que viva e sobreviva com as doações e contribuições de seus afiliados, ou seja, de quem o apoia e acredita nele. Os demais cidadãos nada tem com isso. Portanto, senhor Lula e senhores políticos: Tirem a mão do meu bolso!



quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Nau Sem Rumo (2)

É até difícil de se comentar, esse novo ministério. É uma mexida e uma dança das cadeiras, que no final das contas não muda nada. Há ministro que, penso, até nem sabe qual é o seu ministério, porque tanto fez, como tanto faz. O objetivo da distribuição é satisfazer a gana partidária, as cotas de cada partido. Por isso não interessa quem vai comandar tal ou qual área, se tem ou não competência para isso, se vai promover o desenvolvimento ou o atraso desse ou daquele setor. O que interessa é o quanto de verba o dito ministério movimenta e a qual partido essa verba estará atribuída.
Qual é a mensagem que isso passa? Que apesar dos escândalos, das prisões, das ameaças de investigação e punição aos políticos corruptos, nada de fato mudou ou vai mudar. O loteamento dos ministérios nos informa que o "modus operandi" vai permanecer e talvez os métodos sejam só um pouco mais sofisticados para dificultar ainda mais o desmascaramento.
De plano de governo ninguém fala. Estamos a poucos dias da posse e a nação ainda não foi minimamente informada sobre o que pretende fazer nos próximos 4 anos esse simulacro de gestora. Aposto que nem ela sabe. Não há plano. Será uma navegação às cegas, no escuro, sem bússola e sem mapa. O barco vai singrar à deriva, ao sabor dos acontecimentos, tocado pela correnteza do momento. Aonde chegaremos? Isso é uma bela interrogação e as possibilidades são muitas e variadas, sendo, entretanto, poucos os portos seguros onde atracar. É possível até que encalhe, no meio do caminho, em algum arrecife pedregoso. Tudo pode acontecer. Preparemo-nos para as emoções.

domingo, 21 de dezembro de 2014

O tripé

Para perpetrar o crime continuado de desvio de dinheiro público da Petrobras (e de outras instituições, logo saberemos) é necessário que tenha havido um conluio entre 3 áreas: o agentes do Estado, as empresas e os bancos!
O foco até agora tem sido nas empresas e em segundo lugar nos políticos (que estão protegidos pelo manto do inexplicável e injustificável sigilo judicial). Mas passam de liso, fingindo de mortos, em toda essa operação, as instituições bancárias. Sem elas, essa operação monumental de desvio de 10 bilhões de reais teria sido possível?
A começar, a atividade de doleiros como o Sr. Youssef, é possível de ser exercida sem alguma participação bancária? Como é que o doleiro conseguia sacar, em dinheiro vivo, 600 mil reais para cobrir o corpo do seu "entregador", Rafael Ângulo, de notas que iriam parar debaixo da cama de um deputado, sem despertar a mínima suspeita? Afinal os bancos têm ou não têm que avisar o Banco Central quando houver saque em espécie acima de 100 mil reais?
Não é concebível que os bancos sejam inocentes nessa história. E agora, ainda resistem em entregar à justiça, os valores bloqueados sob ordem do juiz Sérgio Moro. O que os bancos precisam é de investigação neles! A começar pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica, além é claro do BNDES. Esse caso do Petrolão e seus devivados tem que ser encerrado em pratos perfeitamente limpos. Tal como no caso de pestes, se faz necessária uma limpeza e higienização completa do ambiente, também nesse caso as instituições brasileiras tem que ser investigadas profundamente e limpas, senão de dois em dois anos continuaremos a nos defrontar com escândalos semelhantes e a sangria dos cofres públicos continuará a travar o desenvolvimento do país.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Larapiocracia

Tenho visto, ouvido e lido umas opiniões de gente que até se diz oposição ao governo petista, mas que, siceramente, parecem ajudar a fazer o jogo sujo dessa camarilha que se instalou no poder.
O que se apoderou da coisa pública no Brasil não foi um partido político ou uma coligação. Foi uma organização criminosa. E como tal tem agido. O que estamos vendo de escândalos na Petrobras, também acontece na Eletrobras, na "nossa" Caixa e no Banco do Brasil. Em todo lugar onde houver possibilidade de pilhagem, podemos ter a certeza, pilhagem terá havido.
E aí fica o nosso Judiciário soltando uns bandidos e anistiando outros em nome de tecnicalidades e firulas que não mudam a realidade que está cada vez mais horrorosa. Não bastasse o ministro Zavaski ter mandado soltar o indiciado, agora réu, Renato Duque, o poder Judiciário acabou de anular o processo contra o Sombra, provável mandante do assassinato de Celso Daniel, e em outra ponta, o mesmo Judiciário mandou diplomar Maluf para exercer mais um mandato![
E a oposição fica cheia de dedos em exercer um direito legal de questionar a lisura do pleito, mesmo diante de tantas evidências de crimes eleitorais como tivemos às enxurradas. E outras pessoas se arrepiam de medinho quando algumas centenas de indignados saem às ruas pedindo ajuda das Forças Armadas. Como se vivêssemos em plena democracia! Como se, essa suposta democracia em que vivemos, já não estivesse podre por dentro, corrompida no mais alto grau pela compra pura e simples dos votos dos ditos representantes do povo.
Não há democracia sem oposição. Não há democracia representativa sem representação! Portanto, o regime que vigora no Brasil, pode ser tudo, menos uma democracia. Na verdade, aqui vivemos uma larapiocracia. Vivemos sob o jugo, o comando, de uma organização criminosa.
Do mesmo modo que, em uma típica favela carioca, o narcotráfico comanda e impõe suas leis, no país como um todo, é uma Camorra, travestida de partido, que nos comanda e impõe também as suas regras.
E ainda há gente cheia de escrúpulos para fazer um simples pedido de impeachment ou de anulação das eleições fraudadas. Haja!

domingo, 14 de dezembro de 2014

Petrobras sem Graça

Graça Foster deveria nos fazer o favor, a nós brasileiros e à empresa que preside, de pedir demissão irrevogável imediatamente. Seu nome já está irremediavelmente envolvido nessa história nojenta e sua queda é apenas uma questão de tempo. Portanto, deveria preservar ao menos um pouco de dignidade e resguardar o valor de mercado - ou o que resta dele - da empresa que um dia foi a maior do país.
Se a presidenta não tem a coragem de tomar a decisão de afastá-la, a própria Graça Foster deveria se antecipar e resolver esse assunto.
A presidenta, apresentada aos brasileiros há alguns anos como uma gerentona eficiente e durona, está mostrando que de durona só tem a cara feia. E eficiência é só um daqueles mitos nos quais o PT finge acreditar.
A sargentona não consegue demitir sua subordinada. Por quê não consegue? perguntamos nós.
Será que é porque tem medo de perder o controle sobre o que "pode" e o que "não pode" ser dito e admitido pela Petrobras, que documentos "podem" ou "não podem" vir à tona? Dona Graça Foster só está ainda lá para  "segurar" o que for possível?
É só uma testa-de-ferro?
Que a presidenta da Petrobras não demonstra o menor interesse em apurar a roubalheira na sua empresa, isso está claro. Não precisava nem mesmo da declaração da Sra. Venina Velosa. Ora, se uma alta executiva demonstra tão pouco interesse em uma questão vital como essa, das duas, uma: ou é absolutamente incompetente para o cargo (e deve sair) ou é conivente (e deve sair).
Pelo mesmo raciocínio, se a chefe dela, dona Dilma,  não se dispõe a tomar as medidas cabíveis diante de uma situação escabrosa como essa, também é incompetente ou conivente. Em ambos os casos deve deixar seu cargo também pelo bem do país.
A situação está insustentável para Graça Foster. Dona Graça Foster parece ser daquelas pessoas que afundam junto com o navio do chefe, até porque não tem outra opção: ou afunda com o barco ou afunda sozinha. Mas para Dilma, prolongar essa agonia é só tornar a situação insustentável também para si. Portanto, se não toma atitude é porque não pode. E nesse caso o impeachment é inevitável. Com Graça ou sem Graça na Petrobras.





E o porto cubano?

Diante de tudo que já se sabe sobre a Petrobrás e as montanhas de dinheiro desviado, não é saudável que as instituições brasileiras não funcionem a ponto de exigir a quebra do sigilo dessa operação de "financiamento" do porto de Mariel em Cuba!
Diante de todo esse escândalo, não se pode permitir ao executivo ações sigilosas, a não ser aquelas estritamente vinculadas à segurança nacional, o que não é o caso de um financiamento a outro país.
Ao contrário, o empréstimo de dinheiro a qualquer nação tem que ser autorizado e fiscalizado pelo Senado da República. É o que está dito na Constituição.
Portanto, já passa da hora de essa operação com Cuba ser esclarecida à nação. O Congresso e o Ministério Público tem que se posicionar a respeito e exigir essa transparência, que já é tardia.
Há um sentimento, entre muita gente do nosso país, de que nessa história hão de se descobrir mais roubos. Afinal o dinheiro foi entregue pelo BNDES a uma empreiteira, aquele tipo de empresa que vive de fazer "negócios" com o governo, como se pode concluir sem sombra de dúvida na Operação Lava Jato. A Odebrecht ainda não apareceu na investigação, mas alguém seria capaz de pôr a mão no fogo por eles? Para mim, a Odebrecht está sendo blindada por causa de sua relação com o cabeça da organização, o "capo de tutti capi". Por enquanto! Quando cair um, cairá também o outro.





sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O chefe da gangue

Quando o preço do petróleo estava alto a Petrobras fez prejuízo, sob  comando de dona Dilma ,porque importava petróleo caro e tinha que vender combustível sem reajustar os preços.
Agora que o preço do petróleo caiu a situação melhorou, certo? Errado!
Extrair óleo do pré-sal é caro e hoje essa extração responde por mais de 20% da produção interna da estatal. O pré-sal, que seria  salvação da pátria nos dizeres de Lula e Dilma, o pré-sal, que seria a solução para a educação e para a sáude, agora é o problema. Dizem os especialistas que com o preço abaixo de 80 dolares por barril a extração no pré-sal se inviabiliza economicamente. O preço atual já está em 60 dólares! E tudo indica que continuará baixo porque a oferta está maior que a procura. Os países ricos estão crescendo pouco ou estagnados e a oferta aumentou com a produção do óleo de xisto dos Estados Unidos e do México. Os xeques da Arábia Saudita  - que produz petróleo à flor da terra, pelo custo mais barato do mundo - estão abrindo sorrisos de uma orelha à outra.

De qualquer ângulo que se olhe, a Petrobras está lascada! Há apenas 4 anos a empresa fez a maior capitalização do mundo. Recebeu 120 bilhões de reais com a emissão de novas ações! Onde foi parar essa dinheirama? A dívida da estatal hoje supera em 3 vezes a sua geração de caixa, ou seja, não há como pagar a dívida sem outra capitalização!
O seu valor de mercado está inferior ao valor patrimonial. Hoje compra-se, teoricamente, a Petrobras por um valor abaixo do que vale seu patrimônio e seus ativos.
A empresa-símbolo do Brasil e orgulho dos brasileiros está morrendo de hemorragia. Foi sangrada pelo PT e seus aliados até a morte. O que fizeram com a Petrobras foi um crime que não houve "nunca-ante-nesse-país" algum igual. Não vai dar para passar em branco, sem apurar até o fim quais foram os criminosos e quem chefiava essa gangue toda.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A questão é quando

Hoje o Ministério Público Federal apresenta denúncia contra 36 pessoas envolvidas nos episódios da roubalheira da Petrobras e, segundo o Procurador-Geral da República, "isso é apenas o começo"!
Claro que sim, até porque nenhum político ainda foi denunciado e sabe-se que o mar de lama não acontece em nenhuma estatal sem a participação dos nossos ínclitos representantes.
E, no regime presidencialista imperial que temos no Brasil, nenhum acordo, conchavo, ou conluio - seja qual for o  nome se queira dar a essa organização criminosa - subsiste sem a participação, colaboração, assentimento e aprovação da Presidência da República.
Portanto, meu caro Watson, é elementar. A ilação é óbvia. A questão agora é de tempo para se demonstrar a participação ou, na melhor das hipóteses, a omissão da "doutora" Dilma como presidenta, como ministra e como conselheira da Petrobras e do seu chefe e mentor, o Exu de Garanhuns. Repetindo: a questão agora já não é mais "se", é "quando", pois não há possibilidade lógica de que todo esse esquema de desvio dessa dinheirama, toda a logística de encobrimento e de transferências internacionais de fortunas, pudesse ser realizada sem que cabeças coroadas e ocupando posições-chave na República estivessem cientes e participando do esquema. Não é crível, nem possível.
Portanto, por dedução lógica, não é preciso ser um Sherlock Holmes para se chegar ao "capo de tutti i capi" dessa organização sinistra que se instalou no estado brasileiro. A questão é quando!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O argumento cínico do PT

O PT, sempre que se referia à Petrobras, tratava-a como uma empresa intocável. Diziam que os tucanos quiseram privatizar a Petrobras, como se isso fosse um crime de lesa-majestade, de alta traição à patria!!! Até na recente campanha, Dilma chegou a mencionar a mesma coisa em tom de acusação.
Que caras de pau! Tudo o que eles sempre quiseram era pôr as mãos, com nove ou com dez dedos, na montanha de dinheiro que a Petrobras (antigamente a maior empresa do Brasil) movimentava.
E se lambuzaram nos últimos 12 anos. Encheram os cofres e as contas da Suíça de dólares roubados, surrupiados... do povo brasileiro! Já nem dá para acompanhar mais o quanto foi roubado. A cada dia aparece mais uma delação com mais uma lista de nomes e de cifras assombrosas.
A Petrobras já caiu para a quarta posição dentre as maiores empresas brasileiras. Ficam à frente, a Ambev, o Banco Itaú e o Bradesco. Suas ações atingiram o valor mais baixo dos últimos dez anos!
Agora entendemos o medo que eles sempre demonstraram de a Petrobras ser privatizada. Isso acabaria com uma galinha-dos-ovos-de-ouro. E eles queriam mais. Queriam que a telefonia também continuasse estatal. Nós ficaríamos com os telefones caríssimos e sem funcionar; e "eles", os privilegiados, com mais tetas à disposição, não só para dar empregos aos afiliados, mas para desviar mais "recursos" para o partido e seus cúmplices.
E ainda, apesar de tudo o que está exposto, continuam com a mesma arrogância, como se não tivessem feito nada de mais. E alguns ainda argumentam: " os outros também fazem, ou fizeram".
Não dá para discutir com base nesse argumento cínico. Se outros fizeram o mesmo, cadeia neles também! E cadeia no PT junto com eles!

sábado, 6 de dezembro de 2014

Quando a política falha.

Quando os políticos abdicam de seu papel insitucional, acabam por serem suplantados por outros atores. Essa grita que uma parte da sociedade brasileira está a fazer, pedindo por intervenção militar, não pode ser simplesmente descartada com desdém, como coisa de malucos direitistas e sem consequências práticas.
Hoje haverá uma manifestação, no MASP, dos reservistas das Força Armadas pedindo intervenção militar com todas as letras. Essa voz e essa vontade, embora manifestada até agora apenas por grupos pequenos, é entretanto endossada por parcelas cada vez mais crescentes da população. Por quê?
Porque estão descrentes de que os caminhos institucionais possam resolver esse estado de calamidade moral e econômica a que chegamos. Não acreditam que, mesmo com todas as investigações, o poder Judiciário vá punir os ladrões dos cofres públicos, o que é constantemente reforçado pelas atitudes do próprio Judiciário. Menos ainda acreditam em um Congresso maculado pela presença de tantos corruptos e venais como temos visto. Portanto, ao descrerem nas instituições democráticas, apelam para o que consideram ser uma última instância: as Forças Armadas. A culpa da antitude antidemocrática não é desse povo que pede a intervenção militar, nem de uma suposta direita hidrófoba e golpista por natureza. A culpa é dos próprios políticos que levaram o povo a essa descrença. Aliás quem pede a intervenção militar nem mesmo cogita de querer a implantação de uma ditadura. Querem que os militares para livrem o país dessa praga. Querem segurança para andarem nas ruas. Querem poder se locomover em transporte público decente. Querem hospitais e escolas funcionando. Querem ordem e, mesmo que não saibam, querem progresso, pois só com progresso podemos extinguir nossas mazelas e usufruirmos todos das riquezas nacionais. Esse povo que hoje clama por intervenção militar está cansado de esperar, está pedindo socorro. Essa é a voz a que, infelizmente, os políticos estão surdos, como se viu na semana passada, quando o Congresso demonstrou ao país que os deputados tem preço. O problema é que depois de desencadeada, uma eventual reação militar adquire vida e dinâmica próprias e onde terminará ninguém sabe.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A careta do congresso

Democracias não são bens perenes. Não existem por si só. A democracia moderna, como o próprio nome indica, surgiu muito recentemente e nada nos garante que essa forma de governo prevalecerá no futuro. Ao contrário da democracia, todas as outras formas possíveis de governo e que são autoritárias, é que prevaleceram na história humana até os dias de hoje. 
A democracia é frágil e para existir e florescer tem que ser protegida e cultivada.
Aqui no Brasil então nem se fale. Nos 115 anos de república, os períodos que podemos chamar plenamente democráticos foram apenas dois, perfazendo um total de 50 anos, a maioria deles interrompidos por golpes e contragolpes a torto e à direita.
Pois essa mesma democracia é quem está cada vez mais correndo riscos no Brasil. Com a decisão de ontem, o Congresso mostrou ao país uma careta, mostrou que não tem respeito pelas próprias leis que promulga, mostrou que está de joelhos diante de um executivo que tudo compra e tudo paga. 
Para quê serve um Congresso desses? perguntam-se muitos brasileiros. E é aí que entra o risco. Se se conclui que o Congresso não serve para nada, a próxima conclusão será que basta o poder executivo, já que o legislativo não cumpre seu papel e o judiciário é o poder mais desconhecido e no qual a população menos confia.
Se é para o Congresso aceitar passivamente tudo o que o Executivo manda, realmente fica difícil justificar a sua existência e os enormes gastos que caem nas costas do contribuinte. E o que fez o Congresso mais uma vez?
Retirou o povo das galerias e votou o que o governo queria, ou seja, acabou de vez com a lei da responsabilidade fiscal. O recado que o Congresso nos deu é que a lei só vale para o executivo, enquanto o executivo quiser que valha.
Os senhores congressistas não sabem mas estão arriscando metaforicamente suas cabeças, como os nobres, dançando minueto nos salões de Versailles, enquanto a plebe já avançava sobre a Bastilha.




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