quinta-feira, 30 de junho de 2016

O que vamos fazer com o Brasil?

O que vamos fazer com o Brasil? Essa pergunta reflete a nossa perplexidade diante de um país que pensávamos que tínhamos e que descobrimos que não temos mais, ou melhor, nunca tivemos.

O Brasil oficial sempre foi um país de mentira. Isso todos nós sabemos. Já sabíamos e aceitamos, fingindo e fazendo parte do jogo. Escondíamos de nós mesmos as mazelas, para torcer febrilmente por um Brasil Grande nas Copas do mundo, nas Olímpíadas, na Fórmula 1. Carregávamos um certo orgulho de sermos um país pacíifico e cordial, de sermos alegres, expansivos, informais, calorosos, amigáveis. As mazelas, que era impossível esconder, eram culpa dos outros, dos colonizadores, dos exploradores, dos imperialistas.

As máscaras agora foram brutalmente arrancadas. Não somos nada disso e temos que admitir a verdade porque não há como escondê-la mais. A começar pelo sistema político: um caos e uma vergonha! Ninguém se salva. Gente de todos os partidos, líderes políticos, pessoas que assumiram os cargos mais importantes, estão todos emaranhados na mesma teia de corrupção. Aí fica a pergunta: vamos trocar quem por quem? O Congresso nos dá nojo ou vergonha e, às vezes, as duas coisas juntas. Mas quem elegeu esse Congresso? Ele é a nossa cara! 

Todos os defeitos que se escancaram no Congresso são retrato do nosso povo. O Congresso nos reflete, como um espelho. Temos que admitir que somos um país de malandros, de mentirosos caras-de-pau, de espertinhos, de contraventores e criminosos em vários graus, de corruptos e corruptores, de oportunistas, de pessoas violentas, de gente ignorante, de gente que despreza a educação, que tem horror à cultura, que não gosta de trabalhar, que não gosta de pensar, de comodistas, acomodados, de ladrões,  de machistas, misóginos, homofóbicos, racistas, enfim, a escória da escória das gentes.

É preciso que desçamos ao fundo do poço para passar esse país a limpo, se é que tem jeito. É preciso que paremos de nos iludir e tenhamos a coragem de nos confrontar a nós mesmos e encarar toda a sujeira, para podermos limpá-la. O que está acontecendo hoje no Rio é uma imagem condensada do que está acontecendo em todo o país. O caos do Rio, a violência do Rio, o desarranjo do Rio, são males do Brasil. Chegamos ao fundo do poço, como povo e como nação. Teremos a capacidade de nos reconstruir?

A vida é muito curta para morar no Rio

Reproduzo abaixo o texto de Mariliz Pereira Jorge publicado hoje na Folha. A verdade pode doer, mas não deixa de ser verdade.

A vida é muito curta para morar no Rio

30/06/2016 

Eu era a paulista mais carioca que meus amigos conheciam. Tinha a tal alma, roupas coloridas, conta na barraca do Leandro, no Posto 12, mesa cativa no Jobi, chamava os garçons pelo nome, tomava cerveja na calçada, banho de mar à noite no verão. Estava com uma mala sempre pronta, e a poltrona 8F no avião religiosamente reservada para ver lá de cima a cidade chegando.

A vida é muito curta para não morar no Rio, diziam. Eu ria, mas voltava feliz para o meu caos organizado em São Paulo, às segundas pela manhã. Até que uma proposta de trabalho me trouxe de mala e mudança. Depois do primeiro mês, a lua de mel com a cidade acabou e eu me perguntava: como as pessoas moram aqui?

Demorou, mas não sou mais solitária nesse questionamento. Vejo amigos e conhecidos compartilhando em redes sociais uma pesquisa feita pela ONG Rio Como Vamos, que mostra que 56% da população tem vontade de ir embora da cidade. Em 2011 esse percentual era de 27%.

O que faz os moradores quererem fazer as malas é o aumento da violência. Roubos na rua assustam mais as classes mais altas, enquanto as balas perdidas são o terror na vida da população menos favorecida. Mas os problemas do Rio vão muito além disso, e é um espanto que apenas tiro, porrada e bomba tenham acendido o alerta de que a Cidade Maravilhosa é uma farsa. Uma paisagem espetacular, recheada de problemas escandalosos.

Essa visão de que o Rio é o melhor lugar do mundo para se viver é um tanto provinciana e romântica, além de cega, de uma maioria que mora e trabalha na zona sul –e parte da zona oeste– e só de vez em quando tem o doce cotidiano chacoalhado pela violência que atravessa o túnel Rebouças. Gente que vive numa bolha, que eventualmente estoura num assalto com morte.

Vida que segue. A gente se deslumbra com a belezura da geografia e aprende a conviver com malandragem generalizada, falta de pontualidade, incompetência disfarçada de informalidade, hostilidade travestida de espontaneidade, infâncias miseráveis, pobreza, falta de tudo.

O Rio é só uma cidade decadente que vive de um glamour passado, num presente melancólico. E parte da sua população sempre foi conivente com tudo que nos fez descambar para essa triste realidade. Como fechar os olhos para uma parte gigante da cidade que apenas sobrevive?

Praias, lagoas e baía não ficaram poluídas da noite para o dia. Ainda assim, as areias estão sempre cheias, mesmo nos dias em que o mar não está nem para peixe nem para gente. O negócio é mergulhar no cocô para se refrescar, tomar uma cervejinha e tirar foto do pôr do sol. Com sorte, daqui uns anos ainda reste o pôr do sol.

Chamar favela de comunidade não muda o fato de que centenas de milhares de pessoas continuam vivendo sem saneamento, sem saúde, sem educação, reféns ora do tráfico ora da milícia. Mas é bonito subir o morro, ir ao sambinha, postar foto na "comunidade" e fazer de conta que ela está integrada. Não está. Fica bonito na letra de música, na poesia, mas é apenas gente esquecida –e tolerada– em troca de status de cartão postal.

Mas tudo bem, a gente dá uma maquiada, ergue muros nas linhas Amarela e Vermelha para que os turistas não vejam o lado mais feio, miserável e perigoso da cidade –além de evitar que balas atravessem a pista e matem os desavisados. De quebra, nós mesmo esquecemos que existe o lado mais feio, miserável e perigoso por onde só passamos a caminho do aeroporto.

O coro de "nunca pensei que diria isso, mas penso em ir embora do Rio", tomou o lugar de posts babaovistas com legenda "Rio, eu amo eu cuido", "Eu moro onde as pessoas passam as férias". Férias é somente o que uma pessoa com juízo faria aqui. Vem, passa o dia na praia, torce para não ser vítima de um arrastão, passeia pelos pontos turísticos, toma um chopp aguado, come um bolinho no Braca, vai no ensaio da escola de samba, se o tráfico não estiver em pé de guerra, pega o avião a vai embora.

Para quem mora aqui, o jeito é torcer. O que nem sempre é suficiente. Para muita gente a vida tem sido muito curta para morar no Rio. Juan, um ano e dois meses. Giselle, 34. José Josenildo, 31. Foram mortos nas últimas semanas. Bala perdida. Tentativa de assalto. Emboscada. Não há paisagem que valha a pena morrer tão cedo.

Obviamente, criminalidade, pobreza, corrupção e falta de toda a sorte de serviços básicos são problemas em maior ou menor grau em todas as capitais brasileiras, mas nenhuma se vende como Cidade Maravilhosa. E antes que algum ofendido venha me mandar embora, só tenho uma coisa a dizer: é o que eu mais quero. Eu e os 56% dos moradores do Rio.

Debaixo da toga

A nação suspeita, há muito tempo, que vários ministros do Supremo usam a estrela do PT por baixo da toga. E, de vez em quando, essas suspeitas são corroboradas por atitudes, no mínimo, duvidosas desses ministros.

O ministro Lewandowski, não bastasse sua atuação francamente pró PT no julgamento do mensalão, ainda se prestou a manter encontro secreto com Dilma em Portugal, um despropósito total, para dizer pouco. O ministro Marco Aurélio, que até então só era um chato de galocha, depois que sua filha foi nomeada pela ex-presidente para um cargo vitalício com salário monumental, virou petista de carteirinha desde a infância. Foi ele quem inventou a figura do impeachment de vice.

O ministro Barroso não procura nem tentar disfarçar. Sua atuação no episódio da eleição da comissão do impeachment, que foi anulada, deixou de modo cabal e explicíto o viés ideológico, quando omitiu dolosamente a parte do texto que não lhe interessava, ao ler um trecho do Regimento Interno da Câmara. E o ministro Dias Tóffoli, ex-advogado do PT, continua a exercer essa função sob a toga negra, sempre que precisam dele.

Sua decisão de mandar soltar um sujeito que desviou e roubou dinheiro de aposentados, dando a esse bandido a possibilidade de atuar na ocultação dos valores roubados, foi uma decisão que ainda pertence ao país que está acabando e que queremos ver morto e enterrado. 

É preciso repudiar com veemência atitudes como essa que não cabem mais no Brasil de hoje. Ainda somos um país atrasado, ainda temos muito a fazer para merecermos o título de país civilizado, mas um passo importante foi dado nessa direção desde 2013. Não há como retroceder.


terça-feira, 28 de junho de 2016

BREXIT

Por que é que a saída do Reino Unido da União Européia será o caos? Não concordo com essa tese. A história britânica mostra que eles nunca se sentiram muito confortáveis com relação à Europa em geral. 

Sendo uma ilha, conseguiram manter-se sempre a certa distância do que acontecia no continente. Primeiro foi a Espanha que tentou de todas as maneiras dominar e comandar os britânicos, até que a famosa esquadra de Filipe II, a Invencivel Armada, composta de 130 embarcações,  não conseguiu superar as ações de Sir Francis Drake, um corsário, e naufragou em uma tempestade quando tentava invadir a Ilha.

Foi nesse momento, sob o reinado da outra Elizabeth, que a Inglaterra (e depois o Reino Unido) tomou as rédeas do próprio destino, o que a tornou, mais tarde, um império maior que a própria Espanha.

Desde a união das coroas sob James Stuart (I da Inglaterra e IV da Escócia) até 1973, os britânicos viveram "fora" da Europa. Após a II Guerra, o império, que se desmanchava, criou a Commonwealth, a primeira grande comunidade de nações, que passou a existir sem nenhum vínculo especial com a Europa.

O sonho de uma união europeia foi um sonho muito mais francês que britânico. Isso era, inclusive, o grande plano de Napoleão: unir a Europa, mas deixar os britânicos de fora, contra os quais decretou o Bloqueio Naval, causa indireta da independência do Brasil, como consequência da fuga da família real portuguesa para cá.

Em resumo: a Inglaterra sempre olhou para o Continente com muita desconfiança.  A União Europeía não conseguiu nesses 43 anos, mudar esse estado de espírito. A saída era natural nesse caso, em especial, quando, para os britânicos, o ônus de participar de uma união tão desigual estava se mostrando maior que os bônus. Um exemplo: o sistema de saúde britânico, público e universal e um motivo de orgulho para a nação, estava perdendo recursos para subsidiar o sistema de saúde europeu, leia-se, para subsidiar o sistema de saúde dos gregos. O mesmo se pode dizer das aposentadorias. O Welfare State foi simplesmente demolido. E a imigração, à qual os ingleses já estavam acostumados, dadas as suas relações com a Commomwealth, se tornaram, de repente, um fardo, pois uma coisa é aceitar imigrantes da India ou da Jamaica, que estão culturalmente adaptados aos padrões britânicos. Outra coisa é ter que receber, à força, imigrantes cuja cultura nada tem a ver com a cultura local e ainda podem ser uma ameaça, como ocorreu na França, Bélgica e Holanda. Isso pode parecer egoísta e anti-humanitário, mas essa questão da segurança afeta a todos. Ser humanitário pode ser bonito no papel, mas, quando seu filho pode ser explodido por uma bomba, a coisa muda de figura.

O fato é que a União Européia não conseguiu convencer os britânicos que era melhor ficar. E eles exerceram seu direito de escolha. Respeitemos!

PS- Para o Brasil isso pode ser uma vantagem. É o momento de procuramos acordos comerciais com o Reino Unido.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

País dos privilégios

O Brasil não é um país em que seus cidadãos tenham direitos, é um país onde alguns cidadãos tem privilégios! Portanto é um país onda há cidadãos de primeira, segunda e até de terceira classe.

Cada grupo, cada corporação, luta para abocanhar alguma vantagem para si, para seus membros, exclusivamente. E que se danem os outros.
É assim com a classe dos funcionários públicos, cujos privilégios de estabilidade e aposentadoria integral, são negados aos demais trabalhadores. É assim com as filhas adultas solteiras dos militares, que recebem pensão vitalícia. É assim com alguns setores econômicos bafejados por subsídios e renúncias fiscais, enquanto outros, se fossem somente deixados à própria sorte já se considerariam beneficiados. O pior, para eles,  é que o Estado vê nesses outros setores, tão somente a galinha dos ovos de ouro da qual querem sugar o máximo possível.

São castas e privilégios de tudo quanto é tipo. Tudo isso culmina com o foro especial concedido a certos políticos, uma excrescência imoral e ilegítima. Por mais argumentos que usem no sentido de nos querer demonstrar que o foro especial por prerrogativa de função é necessário e não se configura em um privilégio, não conseguem. A existência desse foro, para crimes comuns, configura uma aberração insuportável em uma república, onde os cidadãos, por definição, têm que ser iguais perante a Lei.
Por causa dessa excrescência, um senador, ou um presidente da República pode, por exemplo,  matar alguém; e só será julgado, se o for e quando o for, pelo Supremo Tribunal Federal. 

No Brasil calcula-se que existem 22 mil pessoas, no presente momento, que estão protegidas sob a capa dessa excrescência jurídica. Os que defendem o foro especial hão de argumentar que isso não é proteção. Não é uma ova! Por que então a Dilma mandou o Bessias levar a tal nomeação para o Lula assinar, "em caso de necessidade"? O outro nome disso é salvo-conduto. E é isso que o foro privilegiado é: um salvo-conduto para a impunidade.

Outros países que adotam esse tipo de privilégio são: Portugal, Espanha, Argentina e Colômbia. São paises que não configuram propriamente uma boa companhia, do ponto de vista institucional. E já que estamos passando o país a limpo, seria muito oportuno acabar de vez com essa anomalia, para dizer o mínimo. É preciso que os políticos tenham medo do povo. Só assim irão representá-lo bem.

domingo, 26 de junho de 2016

Eduardos e Josés

Uma estatística dos nomes  envolvidos na Lava Jato, vai mostrar que prevalecem os nomes Eduardo e José. Não se sabe por quê. 
José foi um nome muito comum no Brasil. Isso explica uma parte. Mas Eduardo não é tão comum assim, entretanto, sobram Eduardos nessa investigação.
Só pra lembrar uns poucos, Eduardo Cunha é o mais óbvio. Mas tem o Henrique Eduardo Alves, o Eduardo Campos, o José Eduardo Cardozo, que satisfaz aos dois critérios, o Eduardo Paes, prefeito do Rio, pego em gravação com Lula, confrontando a Lava Jato. Há também os quase desconhecidos Eduardo Braga, ex-governador do Amazonas e atualmente senador pelo mesmo Estado e Eduardo da Fonte que é deputado federal.
Os Josés encabeçam a lista, a partir do mais famoso deles, o Zé Dirceu. E aí vem José Carlos Bumlai, José Janene, José Afonso Hamm, José Olímpio Moraes, José Otávio  Germano, José Mentor, José Linhares Ponte, Alexandre José dos Santos, José Sergio Gabrielli e outros Zés.
O que quer dizer isso? Nada. Apenas uma curiosidade estatística. Fiquem tranquilos os demais Zés e os demais Eduardos. É preciso muito mais do que um nome para fazer parte dessa "ilustre" tropa. É preciso, antes de mais nada, de falta de caráter.

domingo, 19 de junho de 2016

Tomás Turbando

O advogado da Anta foi extremamente didático na semana passada. Ao invocar a autoridade  de um suposto jurista de renome, Tomás Turbando, como testemunha de defesa da dita cuja, fechou com chave de ouro um governo inepto, corrupto e, acima de tudo, ridículo.
Não há mais nada a dizer. Aliás, essa Anta nunca teve nada a dizer ao país. O que ela fez durante esses 6 malfadados anos pode ser descrito pelo nome do "famoso" jurista mencionado por seu amarra-cachorro.
E eles são especialistas em atos falhos. A toda hora, o verdadeiro pensamento de um petista, escondido sob a camada de uma tese altamente louvável e altruísta, se revela no ato falho. 
Tomás Turbando! É isso o que o José Eduardo Cardoso está fazendo na comissão do impeachment. Só isso!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

País do Faz-de-conta

O foro privilegiado é uma excrescência jurídica. Não se justifica sob nenhum ângulo e é ainda um resquício do regime militar. Está na hora de se acabar com ele.

Em uma república democrática todos devem ser iguais perante a Lei, não importa quem seja, não importa que cargo ocupe. E, os partidos que se dizem de esquerda, que tanto pregam o igualitarismo, deveriam se voltar contra essa absurda manutenção da maior desigualdade de todas, aquela que nega igual distribuição de justiça.

O símbolo da Justiça é uma mulher de olhos vendados, justamente para demonstrar que, na hora de julgar, não deve haver distinção, nem discriminação, entre as pessoas. Portanto, senhores deputados, está na hora de pararmos de ser um país do faz-de-conta, infantil e  profundamente desigual, para sermos um país moderno e podermos usar toda essa riqueza potencial em recursos naturais e humanos, que temos, em benefício da nação.

Temos que abandonar de vez esse sistema de oligarquias e privilégios. É óbvio que as oligarquias vão resistir, mas não dá mais. O país não aguenta e isso está demonstrado por essa crise. Temos que nos livrar dessa gente. Colocar na cadeia os Lulas e os Sarneys. E colocá-los por muitos anos, até mofarem. Temos que retirar desses criminosos a possibilidade de se elegerem novamente. Assim evitaremos casos como o de Collor, com todo o custo que isso representa para a nação.

Atravessamos o ponto em que não há retorno. Só podemos andar para frente, ou então, será o caos.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Libera o processo do Lula, Teori!

Petroleiros estão em greve...contra o governo Temer! Quando a Petrobras estava sendo saqueada não se viu movimento algum de petroleiros em defesa dela.

Agora estão protestando contra um governo que mal começou, aliás, que ainda não começou, pois, para nossa infelicidade ainda há um ritual a ser cumprido e teremos que esperar até agosto para virar definitivamente essa "página infeliz da nossa história".

Nada foi feito ainda na Petrobras, exceto a troca de comando, mas os petroleiros acham que têm motivos suficientes para protestar.
É obvio que esses grevistas são a testa de ferro de Lula e Dilma! Não estão protestando a favor da Petrobras, estão protestando contra o encerramento da roubalheira.

Lula continua ativo. Continua insuflando nos subterrâneos a sua claque sindicalista. Se pudesse, poria fogo no país. É por isso, por atentar contra o funcionamento das instituições, além dos vários outros crimes que cometeu, que precisa ser preso! O que Teori está fazendo que não libera seu processo para o juiz Moro?
Não há justificativa nenhuma, para esse processo permanecer no Supremo! Enquanto não for submetido ao mesmo tratamento de seus comparsas, vai se sentir no direito de ainda tripudiar sobre as desgraças a que seu governo e a de seu poste nos submeteu.

Chega de firulas processuais. O homem é criminoso! As evidências são abundantes, além da lógica racional a apontá-lo como autor e beneficiários de todos esses crimes. Se os petroleiros em greve tivessem a mínima honestidade intelectual, estariam vociferando contra esse sujeito e essa sujeita, e não contra um governo que está tentando acertar.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Se é público é de ninguém

Lula, por incrível que pareça, ainda em liberdade, esteve ontem à frente do lançamento da campanha "Se é público, é de todos". Essa campanha visa resgatar o moral dos funcionários das estatais.

Nada mais falso e mais fora de hora. Aqui cabem algumas afirmações e perguntas, que, por óbvio, ficarão sem resposta.
Primeiro: Dane-se o moral dos funcionários! O que precisa ser resgatado é a moralidade no trato com a coisa pública.
Segundo: Quem é que está pagando essa campanha? São as próprias estatais? Com o meu, o seu, o nosso dinheiro?
Terceiro: Lula foi o mentor e o beneficiário de todo esse processo que culminou com a degradação as empresas públicas. Ele, portanto, deveria ser a última pessoa a tocar nesse assunto.
Quarto: No Brasil, todos sabem, o que é público não tem dono. Basta lembrar o vandalismo com os antigos orelhões, ou olhar para as latas de lixo amassadas, pichadas, despedaçadas, nas calçadas dos bairros mais nobres. É só ver a quantidade de veículos estacionados nas calçadas de Copacabana. Os bares que avançam pelo passeio como uma extensão da propriedade privada.

Só uma profunda mudança cultural, que levará gerações para ocorrer, pode alterar esse comportamento. Essa campanha, portanto, é apenas mais um factóide, já que não restam muitos outros à figura sorumbática do Exu de Garanhuns. E ele precisa, desesperadamente, de ter alguma "causa" nesse momento, para usar como escudo contra sua provável próxima prisão.

Para ele, é tudo uma questão de tempo: basta o ministro Teori devolver os autos de seu processo para Curitiba. Aliás, qual é o motivo desses autos ainda estarem no Supremo, na gaveta do ministro Zavaski, se o Lula não tem foro privilegiado? Essa é a pergunta que não quer calar nesse momento.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Vá assombrar outro

Mas essa mulher enche o saco, hein? Desculpem, mas não há outra forma de dizer isso. Êta, morrinha! Já está com uma mordomia danada, mas não satisfeita, quer ter um avião da FAB à sua disposição, para viajar quando quiser e para onde quiser.
Isso é mais um exemplo de desprezo petista pelo dinheiro público. Não há compromissos oficiais para quem está afastada do cargo. Ponto. Ela devia ficar quieta no Alvorada e já estaria de bom tamanho o "staff" de empregados e assessores à sua disposição.
Seu advogado (que, a propósito, está sendo pago por quem?) fez carta ao governo dizendo que ela viajaria em aviões de carreira e o risco daí decorrente seria de responsabilidade do governo. Balela!
Não viaja em aviões de carreira! Ou ela vai ser louca de se expor ao escárnio público? Pode até ser louca, mas não rasga dinheiro! Vai viajar, sim, com o dinheiro do PT, que aliás tem muito, considerando o tanto que roubou.

O pior de tudo é que Dima insiste em querer voltar. A pergunta é: para quê? Teve 6 anos ininterruptos para fazer todas as besteiras que fez, com toda prepotência e sem ouvir ninguém. Agora quer mais 2 anos, para quê exatamente? Para afundar ainda mais o país na recessão? Para encher os ministérios de gente incompetente e venal?
Alguém vai dizer que o ministério do Temer não é lá também grande coisa. Em grande parte pode até não ser uma maravilha, e de fato não é, mas há uma diferença fundamental, não só no ministério como nos demais escalões.
A primeira é: se alguém fala bobagem, cai. A segunda: não demora para cair. A terceira: é inegável o nível de seriedade e competência, por exemplo, das pessoas escolhidas para a presidir a Petrobras, o ministério da Fazenda e o Banco Central. Só para ficar entre esses três.
Ainda mais, Temer se mostra antenado e sensível às críticas, sendo capaz de voltar atrás e se corrigir, muito ao contrário daquela senhora, que deve ter algum problema psicológico grave, pois é incapaz de admitir que errou, apesar da evidência ululante dos fatos.

Ficamos livres dela e ela devia se dar por feliz por ter ficado livre de nós e por tão pouco.
Ou talvez, tudo isso seja apenas marola, jogo de aparências, para fugir à responsabilidade de ser chamada a explicar o inexplicável. Ela deve isso ao Brasil e o Brasil tem de lhe cobrar isso: sentadinha no banco do réus a explicar Pasadena, Belo Monte, Abreu e Lima, porto de Mariel em Cuba, dinheiro para Angola.

domingo, 5 de junho de 2016

Desimposto

A Suíça, ou Confederção Helvética,  sempre esteve à frente nas revoluções culturais e políticas. Enquanto a Europa inteira era quase toda dividida em reinos e impérios absolutistas, duas exceções se destacavam: a Inglaterra, com sua Carta Magna e  seu primeiro esboço de um Parlamento, e a Confederação Helvética, que já era uma república federativa e democrática em 1291.
A Suíça é um país neutro e, por causa disso, não faz parte da União Europeia, e tem um sistema de democracia direta que é unico no mundo.

Agora, dá mais um passo à frente. O povo vai decidir em plebiscito se quer adotar um programa de Renda Básica (que nada tem a ver com o que prega o Eduardo Suplicy) em que o Estado pagará, a cada cidadão, o equivalente a 9.000 reais por mês por adulto e 2.100 reais mensais para cada criança. Sem que tenha que fazer coisa alguma, em vez de o cidadão pagar, receberá um imposto do Estado.

A idéia por trás dessa proposta é sensacional. O ser humano, desde sempre, vem desenvolvendo a tecnologia para facilitar o seu trabalho. Da roda e  das ferramentas primitivas, até os robôs e a internet, passando pelos teares mecânicos e as máquinas a vapor da Revolução Industrial, tudo, enfim, visa aliviar a carga de trabalho das pessoas.

Entretanto, o que se viu foi que, ao produzir mais em menos tempo, a carga horária teve que diminuir, mas o conceito social não mudou. Explico melhor: a carga de trabalho, nas indústrias, no início do século XX, era de 16 horas por dia, mas foi nesse mesmo momento que vimos pela primeira vez o fenômeno do desemprego em massa. A sociedade aceitou uma redução até as atuais 8 horas por dia, ou 40/44 horas semanais, mas isso ainda é muito, pelo que se observa. 
Para diminuir o desemprego, alguns países, como a França, reduziram a carga horária ainda mais. Mas com a  continuidade da evolução tecnológica, as máquinas (antes dominarem o Homem, como crêem alguns cientistas e escritores de ficção) o substituirão no trabalho. 

Os suíços estão sainda na frente na mudança conceitual. Já que as máquinas podem fazer o trabalho humano, que se liberem as pessoas para fazer outras coisas: arte, lazer, cultura e "trabalho" intelectual para os que quiserem. 

Abolindo o trabalho humano, a sua subsistência será garantida pelo Estado, por meio dessa renda distribuída a partir da riqueza nacional gerada pelas máquinas, o que eles estão chamando de "riqueza digital". É claro que, nesse estágio, alguém ainda terá que tomar as decisões nas empresas e no governo, mas isso não vai requerer tempo integral das pessoas. Uma vez por ano vão para um referendo e decidem, como já estão fazedno há alguns séculos em sua democracia direta.

sábado, 4 de junho de 2016

Carta fora do baralho

Dilma já é carta fora do baralho, como ela mesma reconheceu em raro momento de lucidez e honestidade. Essa história toda de que alguns senadores podem mudar seu voto é tudo balela e manobra política para pressionar o Temer a fazer o que eles querem. Dane-se o Brasil, políticos só pensam nos próprios interesses.

Ninguém dá mais nem um tostão furado pelo futuro político da mais atroz figura que já passou pela política no Brasil. O problema, que temos que enfrentar, será essa barganha toda durante o período em que o Temer vai depender do Congresso e em especial do Senado.

Uma vez selado o impeachment e como ele pretende encerrar sua carreira política e não disputará reeleição, poderá fazer o que mais interessa ao país, sem que ninguém mais tenha poder de pressioná-lo. Ou seja, esse período de transição é um atraso de vida para o país. Esse é mais um motivo para adotarmos logo o parlamentarismo. 

O presidencialismo, já ficou demonstrado, é um sistema que não funciona no Brasil. Foi assim desde o primeiro presidente, Deodoro da Fonseca, que acabou por renunciar. A República Velha foi apenas uma crise continuada: Afonso Pena morreu no exercício do mandato, em plena agitação política, que continuou no governo de seu sucessor Nilo Peçanha. Durante o governo de Hermes da Fonseca ocorreu a famosa Revolta da Chibata. Para controlá-la, o presidente teve que mandar bombardear os portos do Rio de Janeiro e governou sob estado de sítio. Venceslau Brás enfrentou a Revolta dos Sargentos. No governo de Epitácio Pessoa eclodiu o Movimento Tenentista (com a Revolta do Forte de Copacabana em 1922). Artur Bernardes, em seguida, continuou enfrentando o tenentismo e a Revolução de 1924, quando mandou bombardear S.Paulo. Governou sob estado de sítio. Depois veio a Revolução de 30 e  ditadura Vargas, entremeada de crises como a Revolução Constitucionalista de 32, a Intentona Comunista em 35, o golpe do Estado Novo em 37 e o Levante Integralista em 38. Depois o trauma do suicídio de Getúlio em 54, com golpes e contragolpes, a renúncia de Jânio, o parlamentarismo forçado, a deposição de Jango e a ditadura militar em 64, com um golpe interno em 68.

Depois da redemocratização a situação não melhorou. Dos 5 vice-presidentes, só 2 não assumiram: Marco Maciel (vice de FHC) e José Alencar (vice de Lula). É um índice muito alto: 60%!!!
Está na hora de escolhermos um regime melhor, que permita superação mais suave das crises e dê, ao país, mais estabilidade institucional. Mas não se vê ainda nenhum movimento político expressivo nessa direção.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Congresso inconsequente

Ninguém entendeu nada, ou melhor, entendemos perfeitamente! O governo apresenta à nação um deficit, nas contas públicas, de 170 bilhões (gerado pela incompetência e má-fé do governo antecessor, verdade, mas isso não diminui a responsabilidade do governo atual)  e que será saneado a duras penas, provavelmente com um aumento da carga tributária mais adiante, na semana seguinte, apoia aprovação de aumento de mais de 16% para os funcionários públicos!

Esse aumento causará despesas de quase 60 bilhões até 2019! O país não tem dinheiro para investir em nada, sequer para pagar os gastos correntes, a previdência está quebrada, o sistema de saúde abandonado, o desemprego atingindo mais de 11 milhões de pessoas, e o funcionalismo, que não corre o risco de perder o emprego, que terá aposentaria integral, ainda recebe essa benesse!? Em uma hora dessas?!

O funcionário público deve ser bem remunerado, sim. Funcionários públicos de alta qualidade são necessários à boa gestão do país. Mas as condições de trabalho tem que ser equivalentes, no serviço publico e no privado. A estabilidade, por exemplo, é necessária na função pública, para evitar retaliações politicas, por exemplo, mas nada justifica as outras benesses, a não ser o corporativismo classista. E tudo isso vindo na hora mais errada possível!

Como é que se vai falar em arrocho, como é que se vai pedir sacrifícios à nação, com mais essa conta nos sendo apresentada. Como é que se vai pedir a compreensão e a colaboração das pessoas, quando, ao invés de darem o exemplo de austeridade, acabam por confirmar aquilo que todos detestam e já estão cansados de saber: que os agentes públicos estão pouco se lixando para nós, os pagadores de impostos.

Assim não dá. O tempo dessas coisas ficou para trás. Não dá para ficarem insistindo na manutenção desses privilégios e "status quo". Será que  a classe política não vai compreender que não existe mais espaço para isso? Será que vai ter que correr sangue para que eles entendam? Será que teremos de nos transformar em uma Venezuela e tirar esse governo e esse congresso de lá a tapas? Espero que não, mas que eles estão se arriscando estão.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

O futuro agora

Vamos ter que ir nos acostumando. O futuro finalmente chegou. Aquele futuro que, nós, que temos mais de 30, quando crianças, imaginávamos e assistíamos nos desenhos animados dos Jetsons está agora batendo às nossas portas.

Já temos a realidade aumentada e a Microsoft anuncia, para breve, a realidade misturada (Realidade Virtual Completamente Imersiva, FIVR), onde iremos interagir fisicamente com objetos (e até pessoas) virtuais.
É diferente dos óculos de realidade virtual já existentes e que, praticamente, só servem para jogos.

Pelo que a MS já divulgou será um aparelho de vestir que transformará a realidade ao nosso redor. Por exemplo, você pode escanear um objeto em 3D e enviar essa imagem para outra pessoa pela internet. Ao baixar a imagem, com esse aparelho (e software respectivo, o Windows Holográfico), o receptor poderá "manusear" esse objeto virtual com suas próprias suas mãos, sentir-lhe o peso, a textura, a temperatura, etc., tal qual o faria com o objeto real.
Muito doido? É cabuloso, como diriam uns "amigos".

Bom, a  partir daí é só deixar a imaginação correr solta, que tudo será possível. 
Outro exemplo: uma empresa tem um funcionário na China e outro no Canadá. 
Ela pode promover o encontro virtual-real desses dois funcionários de tal modo que possam trabalhar lado a lado, sentar-se à mesma mesa de reunião, etc. Ao se cumprimentarem, cada um sentirá o contato da mão do outro como em um cumprimento real.

Alguém já deve estar pensando besteira, mas será, sim, possível, o namoro virtual-real. Maridos em viagem, ou que trabalham em plataformas de petróleo, por exemplo, podem dormir com suas mulheres virtual-realmente todos os dias se quiserem. Isto é, se elas e eles quiserem. 
O melhor é que cada um dos parceiros pode dar um melhorada no outro. Seu marido pode ficar parecido com o Brad Pitt e sua mulher ficar igualzinha à Angelina Jolie (menos magra, claro!). Ou quem sabe, igual à Marcela Temer!

Temos que ter cuidado, porém. A coisa pode ser viciante. Se as pessoas já andam grudadas no celular, imagine-se na hora em que tiverem à disposição a tal vestimenta VR holográfica. Matrix vai ser brincadeira de crianças perto disso.

Simplesmente ridículos!

Meu Deus! Eu pensava que não iria mais falar da Anta do Planalto, mas não tem jeito. Ela insiste em fazer papel de tal modo ridículo, que não pode passar em brancas nuvens.

Agora são dois ridículos juntos, ela e o ex-senador Eduardo Suplicy. O pobre-coitado vinha há 3 anos pedindo uma audiência com Sua Majestade, a Anta. Escreveu mais de 20 cartas para ela! ...Cartas!

Em vão. Dilma negou a audiência a ele durante esses 3 anos. Somente agora, no ostracismo, resolveu conceder-lhe o benefício.
Como a principal característica das pessoas ridículas é jamais ter noção do ridículo, Eduardo Suplicy foi se entrevistar com ela, nessa altura do campeonato. O objetivo era pedir à Anta que implantasse a tal Renda Básica da Cidadania, mais uma estrovenga a se juntar às bolsas-isso, bolsas-aquilo, que não vai resolver os problemas do país. Ao contrário, nessa situação de deficit fiscal, adotar mais um penduricalho populista desses, só ajuda a aumentar o rombo.

Mas o Suplicy tem idéia fixa e só pensa nessa tal Renda Básica. É o seu projeto de vida e a coisa mais relevante que ele produziu em 40 anos de vida pública. Nem o PT o ouve. Agora só a Dilma.

Pois, ela o recebeu, finalmente, e ele ficou felicíssimo, porque ela lhe prometeu que vai implantar o projeto! Suplicy se deu por satisfeito por não ter desistido e disse à Dilma que está atuando no Senado para ajudá-la. Que ótimo!

Não sei qual dos dois está mais pirado, mas alguém tem que dizer a eles que o mundo em que eles vivem e sonham, já era! Acabou!
E é bom que os parentes da Anta tfiquem atentos. Seu distúrbio psicológico é grave e um final trágico-melodramático não é improvável.

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