terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Viva Momo!

"Dormia a velha pátria-mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
em tenebrosas transações"
"Palmas pra ala dos barões famintos
pro bloco dos napoleões retintos
pros pigmeus do bulevar"

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Faxineira de bloco carnavalesco

Recentemente a "Folha" trouxe uma reportagem sobre a tortura e o assassinato do jornalista Vladimir Herzog e a farsa do suicídio que a ditadura militar tentou impingir à nação. Na mesma semana, a "presidenta" Dilma visitou Cuba e se recusou a falar sobre as violações aos direitos humanos pelo regime castrista, mas não se recusou a falar de Guantánamo.
Mesmo não esperando muito desse regime petista, eu esperava mais da "presidenta". Afinal, apesar de pertencer a um partido com viés stalinista e, portanto, deturpador da realidade histórica, ela própria sobreviveu a essa experiência durante o regime militar. Pelo que consta em seu histórico oficial, Dilma foi barbaramente torturada nos porões do regime. Se assim foi, e não há motivos para duvidarmos que assim tenha sido, a pessoa e cidadã Dilma Rousseff deveria demonstrar no mínimo um pouco de compaixão e solidariedade para com os dissidentes e opositores do regime cubano que estão apodrecendo nas masmorras da ilha. Não importa a ideologia, oposição política não é crime, é um direito; e desrespeito aos direitos fundamentais do ser humano, sim, esse é um crime que não pode ter prescrição e com o qual não se pode ter tolerância de nenhuma espécie. Mesmo que os opositores dos Castro sejam porventura criminosos não poderiam ser tratados assim e o Brasil tem a obrigação moral de elevar sua voz contra essas violações de direitos humanos onde quer que ocorram, inclusive em Guantánamo.
Só que, visitando uma ilha-prisão em que o direito de ir e vir não é respeitado e cujas celas estão abarrotadas de prisioneiros políticos sofrendo as piores degradações, não cabe à presidenta, ex-presa política, escolher falar de Guantánamo e sequer mencionar a situação dos próprios cubanos.
Quanto à Guantánamo, prisão altamente questionável, mas que, ao contrário de Cuba, pelo menos recebe visitas da ONU e das entidades de direitos humanos, o fórum adequado para se discutir os problemas dessa prisão não é bem a ilha castrista, mas o plenário da ONU e principalmente a Casa Branca, que brevemente será visitada pela "presidenta".
Qualquer coisa diferente disso é, além de bravata sem sentido, uma demonstração de imenso cinismo e desrespeito pelo sofrimento alheio. Se for esse o caminho escolhido pelo governo Dilma para lutar pelos direitos humanos, não terá havido mudança alguma em relação ao governo Lula e estaremos simplesmente consolidando nossa posição "esquerdista" no mundo, exatamente quando o "esquerdismo" deixou de ter sentido.
A grande questão, para mal do Brasil, é que o governo Dilma não é um governo de fato, é um governo de factóides; a começar pelo falso doutorado, passando pela foto da Dilma/Bengell e pelos dossiês falsificados de sua equipe de campanha. Tudo é falso, desde a imagem da gerentona eficaz, até a de faxineira de bloco carnavalesco. O governo Dilma se parece mesmo é com sua paródia, por Gustavo Mendes no Canal da Dilma.

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