segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Brinquedinhos presidenciais

 Bolsonaro na presidência é uma bomba atômica ambulante para o país. Pode nos levar à destruição em questão de segundos. Basta abrir a boca e vomitar uma de suas besteiras inconsequentes. 

Tal qual uma criança, Bolsonaro não mede as consequências dos seus atos. Faz o que quer e pronto! Danem-se os que não gostam.

Só que presidir um país requer um equilíbrio psicológico que ele não tem. Tal como no caso do governo Dilma, fica muito claro que o sistema presidencialista não funciona. Você elege um cidadão acreditando em algumas promessas e depois que ele assume, joga tudo pro alto e os eleitores tem que aguentá-lo por 4 anos, com todos os riscos imanentes. 

A demonstração de inconsequência chegou ao ápice agora no caso da Petrobras. Pior que isso, o energúmeno ainda avisou que vai ter mais. Imediatamente caíram os preços de todas as autarquias, pois ele pode intervir em qualquer uma e o Brasil ainda tem mais de 600 empresas estatais à sua disposição. E não há nenhum mecanismo de freios e contra-pesos a nos proteger contra a insanidade presidencial. Estamos descendo ladeira abaixo desembestados.

Aí publicam que o governo vai fazer isso e aquilo para atrair investimentos do exterior! Seria de rir, se não fosse de chorar! Qual investidor sério vai botar seu rico dinheirinho nessa bagunça? Nesse pantanal jurídico de leis e regulamentos, em que tudo e mais alguma coisa pode parar num tribunal e ser decidido cada hora de um jeito diferente? Nem a Suprema Corte sabe o que quer! De 2 em 2 anos firma uma nova jurisprudência sobre o que havia peremptoriamente decido pouco tempo atrás.

Esqueçam essa balela de investimento! O Brasil não consegue nem comprar vacina! O presidente destratou a China, destratou a Índia, fez pouco caso do nosso melhor Instituto e depois, teve que enfiar o rabo entre as pernas e mudar o discurso. Mas não mudou totalmente, não. Como uma criança mimada teve recaídas.

O brinquedinho dele agora é mandar nas estatais, nas autarquias. Mostrar um poder que teve que se encolher diante do STF. Para a sanha do Supremo, o reizinho deixou mais um aliado cair e nada fez para ajudá-lo. E vão brincando de esconde-esconde, de um lado a Suprema Corte e de outro o Supremo presidente. Ambos se merecem.


domingo, 7 de fevereiro de 2021

Ordenações Afonsinas

 O primeiro código de leis a vigorar no Brasil foram as Ordenações Afonsinas, vigente até 1514, sendo substituído pelas Ordenações Manuelinas de 1521 a 1595 e depois pelas Ordenações Filipinas, de 1603 até a Constituição do Império de 1824.

As Ordenações Afonsinas eram divididas em 5 livros. No Primeiro deles, examinando apenas os títulos das matérias, encontramos disposições para: o Regedor, Governador da Casa da Justiça, Chanceler Mor, Vedores da Fazenda, Desembargadores do Paço, Corregedores, Juízes, Ouvidores, Procuradores, Escrivãos, Meirinhos, Meirinhos das Cadeias, Escrivão dos feitos d'el Rey, Porteiro da Chancelaria, Porteiro da Rolação, Porteiro dante o Corregedor da Corte, Pregoeiro da Corte, Porteiro dante os Ouvidores Nossos, Porteiro dante o Ouvidor da Rainha, Juízes Ordinários, Vereadores, Almotacês, Procurador do Concelho (sic), Alcaide Pequeno das Cidades, Carcereiros da Corte, Carcereiros da Cadeia do Corregedor, Tabeliães, Escrivães, Inquiridores, Contador das Custas, Conde-Estabre, Marechal, Almirante, Capitão-Mor, Alferes-Mor, Mordomo-Mor, Camareiro-Mor, Meirinho-Mor, Aposentador-Mor, Alcaides-Mores dos Castelos, Cavaleiros, Retos, Adais, Almocadens, Monteiro-Mor, Anadal-Mor, Besteiros, Almoxarifes, Porteiro das Correições... e por aí vão.

Dá para entender o Estado brasileiro: um monstro que vive somente para alimentar a si. A primeira e exclusiva função do Estado é manter-se. Não faz mais nada. O Estado, esse Leviatã, apenas devora o que pode, daquilo que a pobre nação produz.

Desde as Ordenações Afonsinas, nas quais não há uma palavra sobre direitos dos cidadãos, apenas funções arrecadadoras e punitivas, até os dias de hoje, o que mudou foi só o tamanho do Estado, que só fez crescer.

A nação já não aguenta mais sustentar esse monstro, mas os nossos agentes públicos não movem uma palha no sentido de nos aliviar, a nós, cidadãos, desse peso inútil. Não fazem porque não lhes interessa. Só não pensam que, se o parasita matar seu hospedeiro, ele morre junto.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Estelionatário

Bolsonaro foi o grande vitorioso no Congresso. Quem teve seu apoio na Câmara e no Senado foi eleito. Agora, o que fazer com esse capital? Não terá mais desculpa se não implementar as reformas, se não privatizar a maioria das mais de 600 estatais, enfim, se não cumprir as promessas de campanha.
Ele ganhou no Congresso, mas, como consequência está perdendo no sentimento do eleitor. Sua popularidade nunca esteve tão baixa, mas, eu me arrisco a dizer vai ter saudade da popularidade de agora. Agora, apesar da pandemia ou talvez por causa dela,  as últimas máscaras caíram. Está claro, para quem quiser ver, que Bolsonaro foi um embuste, um estelionato eleitoral. E o eleitor não perdoa estelionatário. O que Bolsonaro conseguiu com essa vitória foi uma sobrevida, um respirador mecânico, mas esse mesmo Congresso, que lhe entubou agora, pode tirar os tubos a qualquer momento, na hora que bem entender, ou for mais conveniente. Na pior hipótese (para nós, eleitores), cobraremos o estelionato em 2022.

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