quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Um país sem esperança

Pra variar, ficamos no meio do caminho. O pacote anticrime, do ministro Sérgio Moro, foi desfigurado pelos ínclitos deputados e senadores, como seria de se esperar, visto ser o Congresso Nacional nada mais que um covil de ladrões.
Esperava-se, no entanto, que o presidente vetasse os penduricalhos estranhos, como a figura do Juiz de Garantias, introduzidos no texto original, de modo a manter o pacote o mais próximo possível daquele produzido pelo ministro da Justiça.
Eis que Bolsonaro, um traidor, saca de sua caneta Bic, vagabunda e populista, e resvala pelo texto, deixando intacto o pior de todos os jabutis.

 Alegria no Congresso, alegria no PT e na esquerda! Quem diria que o PT estaria aplaudindo algum ato do Bolsonaro!
É assim, infelizmente, a política podre que se faz no Brasil. São uns protegendo os outros e vice-versa. 

Na hora em que o calo aperta, todos colaboram, não importa a cor da camisa, não importa a ideologia. Aliás, não se pode falar em ideologia em relação a organizações criminosas e o que existe na política brasileira, com raras e honrosas exceções, são organizações criminosas. Umas de maior, outras de menor porte, algumas familiares, outras quase individuais, mas o todo funciona assim: cada um surrupia onde pode e, no momento em que são ameaçados, unem-se informalmente em busca de se proteção.

O que Bolsonaro está fazendo é tão somente blindar seus filhos larápios e, sabe-se lá se são só os filhos. Acabou com o COAF, uniu-se a Dias Tóffoli que bloqueou o processo do filho Flávio e agora sanciona essa lei sem vetar o pior de todas as excrescências nela alojadas.

Será que estamos condenados ao subdesenvolvimento e à corrupção eternamente?Parece que esse país não tem jeito. Até eu, que sou incorrigível otimista, estou perdendo as esperanças.

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