quinta-feira, 29 de maio de 2014

Índio quer mais do que apito!

Nunca vi tanto índio no asfalto. Tem mais índio agora que no carnaval! Doravante quero ver como vamos convencer os estrangeiros que não há índios atirando flechas nas ruas das cidades brasileiras. 
Depois de verem estampadas dezenas de fotos de índios enfrentando policiais a cavalo na capital da República vai ser difícil que eles acreditem.
E alguém pode me explicar por que razão a polícia não quis deixar a manifestação dos indígenas se aproximar do estádio Mané Garrincha? Se é para transformar o estádio no alvo principal das manifestações contra-tudo, que vão explodir no mês de junho, não precisava fazer melhor.
Índios de cocar, arco e flecha são emblemáticos. Melhor símbolo da nação tupiniquim explorada e vilipendiada durante 500 anos não há. Depois de cinco séculos, um brasileiro de tanga, de cocar de penas e arco na mão, responde: Essa terra tem dono
Sim, dona Fifa, essa terra tem dono e parece que ele está acordando agora. E os índios locais não vão se contentar com apitos, espelhinhos e outras bugigangas não. Os índios locais querem escolas, hospitais, assistência médica, aposentadoria, transporte urbano que preste, garantia de poder viver em paz e sem violência. Os índios, enfim, querem civilização! Sim, queremos participar do banquete. Não desse simulacro que aqui foi implantado. Não essa transposição, para os trópicos, de maneirismos europeus, cheios de rapapés nos salões, cheios da polidez formal e falsa dos bacharéis cuja função é fazer valer a lei só para os desvalidos, enquanto quem se locupleta com a festa continua limpando as beiçolas engorduradas com guardanapos de linho e a patuléia olha de fora da janela, com fome, doente e maltrapilha.
Os índios locais se cansaram da enganação. Os índios locais não querem mais os antigos senhores, nem os seus feitores que recentemente chegaram ao poder e são ainda piores que os velhos patrões. Não adianta vir com cavalos. Os índios locais vão tomar as rédeas na mão.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

#NãoVaiTerCopa

O roubo, o desvio de dinheiro público praticado por quem devia defendê-lo por obrigação constitucional, não causa mais nenhum espanto. São tantas as notícias, tantas as investigações, tantos os inquéritos e processos e tão poucas as condenações e menos ainda os ressarcimentos aos cofres públicos, que agora o que espanta é um cidadão, investido em qualquer cargo, ser honesto. O roubo é natural. Faz parte!

Por isso a filha do Ricardo Teixeira e neta de João Havelange postou em sua página, sem o menor problema, o texto que diz: "Não vou torcer contra, até porque o tinha que ser gasto, roubado, já foi."  Ela deve saber o que fala, considerando a família de onde provém e considerando que conhece os meandros do futebol de perto, pois faz parte do comitê executivo organizador local (COL) e recebe uma remuneração nada desprezível de 80 mil reais por mês.
Pois bem, dona Joana Havelange, já que o que tinha de ser roubado já foi, que tal ser devolvido aos cofres da nação com multas e correção e os larápios trancafiados exemplarmente nas diversas Papudas que temos por aí. Na falta de Papudas, temos Pedrinhas também.
O roubo de dinheiro público é um crime de lesa-pátria, de alta traição. Para mim deveria ser julgado por um tribunal marcial. Nada menos que isso merece um traidor de seu país e de seu povo. Foro privilegiado deveria ser a Corte Marcial. Afinal quem deve ser privilegiado quando se cometem crimes contra o país, são as instituições e o Erário, não os ladrões. 




Em consequência desses roubos, milhares de crianças brasileiras morrem todos os anos, não recebem uma educação que os insira no século XXi e estão condenadas à eterna pobreza e indigência. Em consequência desses roubos, somos obrigados a suportar uma violência cada vez maior, por falta de uma política séria de segurança. Por causa desses roubos somos obrigados a conviver com esse caos urbano por falta de transporte público, hospitais aos pandarecos, estradas sucateadas, portos, aeroportos e ferrovias idem. Em consequência desses roubos tudo aqui fica muito mais caro e a economia não deslancha, uma vez que o sistema é construído para satisfazer a outros interesses que não os da população. A essa bastam as esmolas das bolsas-isso, bolsas-aquilo.
A Joana Havelange eu respondo: Exatamente por que o que tinha que ser roubado, já foi, é que eu que vou torcer contra. Eu quero que devolvam. Eu quero que sejam punidos. Estou pouco me lixando para quem chegar de fora e não encontrar um "Brasil lindo", porque eu não quero um "Brasil lindo" só para turista ver, dona Joana. 
Eu quero um Brasil lindo para nós, brasileiros, que moramos aqui, que não temos mansões de luxo em Miami como o seu pai. Eu quero um Brasil lindo para que os meus netos tenham orgulho dele, já que não pude dar aos meus filhos essa possibilidade. É por isso que vou torcer contra. 

É por isso, que eu que nasci no ano em o Brasil perdeu a Copa em casa, e esperei tanto tempo para ver o Brasil ganhar em casa, já não quero mais. Quero que a seleção brasileira perca em casa mais uma vez. Dessa vez, a seleção perdendo é o que vai fazer o Brasil ganhar. É por isso, dona Joana Havelange, que para mim #não vai ter copa. Entendeu? Ou preciso desenhar?



terça-feira, 27 de maio de 2014

Mordechai x Frankenberger

Uma família rica de judeus austríacos de nome Frankenberger teve uma empregada de origem alemã, chamada Maria Schiklgruber que engravidou, solteira, aos 42 anos, supostamente do filho de seu patrão. Esse filho, registrado como Alois Schiklgruber (o sobrenome da mãe) mais tarde mudou o nome para o do padastro, Hiedler, e registrou seus filhos com o sobrenome Hitler. Um de seus filhos foi o famigerado Adolf Hitler.
Uma outra família rica de judeus da Prússia de nome Mordechai abandonou o judaísmo e converteu-se ao luteranismo por questões de aceitação social. Herschel Mordechai era filho do rabino de Triers, mas, depois da conversão mudou seu sobrenome para Heinrich Marx. Um de seus filhos foi o famigerado Karl Marx.
É interessante ver que ambos passaram a vida toda cultivando o ressentimento como a fonte da energia e determinação que os movia e, nas ideologias que promoveram ou defenderam, deram a máxima expressão a esse ressentimento. Hitler mandou destruir todos os documentos relacionados com sua família; e o ódio visceral ao judeus, além de incorporar o antissemitismo disseminado na sociedade austríaca e alemã,  tinha muito de ressentimento pessoal, muito provavelmente contra a família Frankenberger.
Marx rompeu com o pai e depois com o sogro, o barão von Westphalen, dilapidou a herança paterna, assim como a herança de sua mulher. Viveu e submeteu a família a toda uma vida de penúria e carência, sobrevivendo precariamente às custas do dinheiro dos amigos, principalmente de um burguês rico, Friedrich Engels, filho de um industrial alemão. 
Apesar de propugnar por uma luta mundial a favor da "libertação das classes oprimidas", submeteu uma empregada de sua família à mais abjeta forma de opressão, a qual engravidou e cujo filho jamais reconheceu ou sustentou. Essa operária, Helen Demuth, era uma criada do seu sogro e quando Marx se casou a pobre camponesa veio como dote de Jenny, sua esposa. Não recebia remuneração, nem nunca foi oficialmente contratada. Dependia da família Marx para se alimentar e dormir. Quem assumiu a paternidade, a pedido de Marx, foi o seu amigo Engels, que também conseguiu que a criança, Henry Friedrich Demuth, fosse adotada por uma família proletária de Londres. Três de seus filhos morreram na infância, devido às péssimas condições de vida e duas de suas filhas cometeram suicídio. 
Não é de se estranhar, que o ressentimento pessoal de Marx contra a riqueza, acabe por impregnar toda a sua teoria.
Esses dois grandes ressentidos foram direta ou indiretamente os promotores ou a fonte de inspiração dos maiores genocídios da história humana.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

É a mãe!

Ninguém fala mais que  a Dilma é a mãe do PAC. Quando esse tal Plano de Aceleração do Crescimento era ainda uma invenção de propaganda demagógica na boca do Lula e apenas uma miragem na cabeça dos bobos que acreditavam nele, a toda hora a gerentona eficiente dona Dilma era associada à sigla.
Agora é silêncio total. Não se fala mais em PAC. Nem podem falar mesmo. Que aceleração? Que crescimento? Dona Dilma conseguiu a façanha de produzir um crescimento à la Sarney, ou seja, uma estagflação, que é o pior dos mundos: uma estagnação com inflação.
E olhando para as obras do PAC, o que vemos? A transposição do rio S. Francisco, que já custou o dobro do valor orçado e nem sinal de ficar pronta; a refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco, mais uma fonte de escândalos que já está custando dez vezes mais que o valor estimado. Vou repetir: DEZ VEZES!!!
Aeroportos novos seriam cerca de 800, depois esse número mirabolante foi reduzido para 270, mas apenas 16 estão em obras (de reforma).
Da ferrovia Norte-Sul, que supostamente ligaria o Pará ao Rio Grande do Sul, só o trecho entre Aguiarnópolis no Maranhão e Palmas, no Tocantins, está concluído. São 400 quilômetros que consumiram mais de 1 bilhão de reais. Deve ser o trecho ferroviário mais caro do planeta! Não vale nem a pena calcular o custo per capita, considerando a exígua população a quem esse trecho serve, para não se ficar roxo de raiva.
O próprio site do governo (http://www.dados.gov.br/dataset/obras-do-pac-programa-de-aceleracao-do-crescimentodisponibiliza dados de dezembro de 2013 (ver abaixo)
que nos permitem calcular que o percentual do PAC já concluido até então era de pífios 5,4%. Mais da metade (56,1%) ainda estavam em fase preparatória; em contratação, 8,3% e em obras, 21,1%. Isso acontecendo no alvorecer do último ano do governo da gerenta.

Diante de tudo isso, é compreensível que a figura da mãe do PAC desapareça para dar lugar a uma outra ficção. Resta saber se o povo vai se deixar enganar mais uma vez.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Cartas marcadas

Teori Zavaski. Esse é o nome do mais recente ministro do Supremo nomeado pela Dilma. Votou a favor dos embargos infringentes e agora manda soltar o doleiro, o ex-diretor da Petrobras e os demais envolvidos que tinham sido presos no decurso da operação Lava-Jato da Polícia Federal. Tudo deverá estar perfeitamente justificado em jurisprudências e argumentações jurídicas tecidas por gente de notório saber.
A realidade porém - aquilo que realmente importa - é que, mais uma vez, o nosso egrégio Supremo Tribunal passa a mensagem para a nação de que o crime compensa, sim, e muito. Essas pessoas tem contatos e muito dinheiro e vão procurar escapar de qualquer consequência. Fugirão, como fugiram o Henrique Pizzolato, o Abdelmassih, o Cacciola e outros. 
Então fica para a nação a sensação de que existem duas classes de cidadãos: os que pagam impostos escorchantes e só tem deveres e os que se beneficiam desses impostos e só tem privilégios.
O mais estranho nesse caso é que o ministro voltou atrás e manteve a prisão de 11 dos investigados, mas deixou o ex-diretor da Petrobras em liberdade. Qual seria a razão da discriminação? Se as prisões são ilegais, devem ser todas relaxadas, mas se são legais devem ser todas mantidas. Simples!
O fato de soltar apenas o ex-diretor da Petrobras não ajuda na credibilidade da justiça. Esse senhor, detentor de muitas e importantes informações de esquemas milionários de desvio de dinheiro público, é um homem-bomba. Um eventual acordo de delação premiada com ele poderia destroçar de vez com grande parte do crime organizado que se encastelou nas entranhas do poder.
Pois foi somente ele o que ficou solto nessa história.
O ministro, com certeza, estará absolutamente bem fundamentado em sua decisão, repito, mas para as pessoas comuns reforça-se a impressão de que tudo isso não passa de um jogo de cartas marcadas.
  

segunda-feira, 19 de maio de 2014

E a polícia, como é que fica?

Falar mal de policiais é um esporte cultivado com carinho pelos esquerdopatas. Associam a atividade policial à repressão dos anos de ditadura e se esquecem que sem polícia fica impossível viver em sociedade. As recentes greves da PM na Bahia e em Pernambuco demonstramn claramente a instalação do caos social na ausência do policiamento urbano.
Se mesmo com a polícia atuando, a violência tem atingido a escala de guerra civil, imagine-se sem ela.
No entanto, nossa sociedade, quando está tudo aparentemente normal, presta pouca atenção a essa classe de servidores públicos. As polícias são usualmente mal remuneradas, mal equipadas, mal treinadas e ainda são o alvo preferencial das reclamações das ONG's de "direitos humanos".
Ninguém se dá conta que um policial é um ser humano e um cidadão como qualquer outro de nós e que se submete à pesada exigência profissional de arriscar a vida para defender a de outros cidadãos.
Enquanto isso, o "sistema" está cheio de salvaguardas e proteções aos bandidos. Não admira que o crime prospere nessas circunstâncias. A começar dos menores infratores que praticamente tem imunidade para assaltar e matar, a ausência de punição e de defesa da sociedade continua também depois da maioridade.

Na noite de sexta-feira, dia16/05,  em Belo Horizonte, mais uma vez um policial for assassinado por um bandido que já tinha sido preso por quatro vezes e era portador de ficha criminal onde constavam roubos, furtos, tráfico de drogas. Essa pessoa, com essa história, representando um risco permanente à sociedade, estava solta, armada e pode tirar a vida do PM André Luiz Lucas Neves, de apenas 27 anos, quando esse policial à paisana e fora de serviço, tentou cumprir seu dever e evitar um assalto.
A Polícia Militar está revoltada, com razão,  e assim também está grande parte da população. Até quando vamos permitir que bandidos sejam soltos e possam tranquilamente continuar sua trajetória criminosa, eliminando, em seu caminho, vidas inocentes e preciosas?
É preciso rever o Código Penal e eliminar as barreiras à punição de criminosos contumazes. É preciso que a lei puna ainda com mais rigor aquele que tira a vida de um agente policial. É preciso que a atividade policial seja mais valorizada, que o policial seja mais bem treinado, possa estudar, aprimorar-se, receba um salário condigno e seja corretamente equipado com o que de mais avançado tecnologicamente houver nessa área. Se quisermos ter paz social é preciso que a polícia seja respeitada e temida pelos bandidos. Não o contrário!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Bolsa-Cumpanhero

Dá pra escolher o assunto. Vamos falar das refinarias de Pasadena, do Japão e Abreu Lima? Vamos falar da Copa das Copas e dos zilhões de reais desperdiçados em estádios de futebol? Vamos falar da transposição do São Francisco que já consumiu quase o dobro do previsto?
Para onde quer que se olhe, o que se vê é uma montanha de dinheiro público indo pro ralo.
Só em Abreu e Lima, a maior obra do PAC, gastou-se 36 bilhões de reais a mais do que o valor orçado. O custo estimado era de 4 bilhões e já ficou em 40!!! O caso Pasadena não é nada, comparado a essa soma monstruosa que desapareceu pura e simplesmente em Pernambuco, por obra e graça do líder mor, Lula da Silva. 
Agora ficamos sabendo que a Petrobras já tinha "captado" 10,5 bilhões de reais para a construção da refinaria do Hugo Chávez, antes mesmo de ter aprovado o estudo de viabilidade econômica. O diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que está preso, já havia firmado com a Jaraguá (também envolvida no episódio desvendado pela Operação Lava-jato da Polícia Federal) contratos de mais de 1 bilhão em novembro de 2009. O estudo de viabilidade só foi apresentado e aprovado pelo Conselho em janeiro de 2010.
Esse mesmo diretor assinou mais de 150 aditivos aumentando o valor dos contratos.
Há mais! Uma outra notícia está passando despercebida! Trata-se da Petrobras Asphalt, constituída em 2010 e fechada em 2013, que fabricaria asfalto como subproduto do petróleo refinado em Pasadena. Nem mesmo os acionistas foram comunicados da criação de mais esse sumidouro de dinheiro. Esse esqueleto ainda está guardado no armário. Deve haver muitos outros. Por quê não haveria? A cumpanherada tem que ganhar o leite das criancinhas, não é?

Dá para entender por que o PT não quer largar o governo. Com esse programa bolsa-cumpanhero eles vão fazer de tudo para não terem que abandonar as deliciosas tetas estatais. Vale até chute na canela e dedo no olho do adversário, para não dizer outra coisa.

terça-feira, 13 de maio de 2014

País Maravilhoso

Dilma foi ao nordeste "inaugurar" a transposição do S.Francisco! A obra, que estava prevista para estar pronta em 2010, vai ficar pronta - se ficar - conforme a última previsão, ou melhor, o último chute, somente em 2015. 
Em um raro acesso de humildade a soberana admitiu que as obras estão atrasadas! Que espanto! Quase nada se faz com atraso aqui! Nada é superfaturado! Nada estoura os valores orçados! 
Dilma, ao mesmo tempo em que admitia essa "falha", justificava-a dizendo que a causa do atraso "é que a obra foi subestimada"! É mesmo? Verdade? Não dá pra acreditar que um país tão organizado, com tanto planejamento, coloque em marcha uma obra faraônica desse porte, sem uma criteriosa e perfeita avaliação de todos os obstáculos, problemas e circunstâncias que possam interferir com o seu cronograma. Não! Jamais o estado brasileiro iria investir bilhões em um projeto dessa magnitude, sem se precaver contra todas as possibilidades negativas, afinal, trata-se de dinheiro público e isso aqui é cuidado sempre com o maior critério.
Mas, já que por razões insondáveis, cometeu-se o pecado de se subestimar a "complexidade da coisa", temos que aceitar as desculpas da soberana. Se não tivesse sido subestimada, a transposição do rio S.Francisco estaria então pronta. Dona Dilma diz textualmente: "Fomos aprendendo durante o processo. Os projetos melhoraram de qualidade e tivemos que refazê-los".
Será que entendi direito? Como os projetos foram melhorando durante a obra (primeiro caso no mundo!), tiveram que refazê-los para manter o padrão anterior?
Continua a sabichona do planalto: "As negociações também avançaram...e as empresas hoje estão mais capacitadas". Agora, entendi corretamente. Quando o poder público abre uma licitação para uma obra qualquer, as empresas que ganham essa licitação não estão plenamente capacitadas, gente! Muito lógico!
Mas à medida que as negociações "avançam" a capacitação das empresas aumenta exponencialmente. Quanto mais avanços nas negociações, mais capacitadas ficam as empresas! Como é que eu não tinha percebido isso antes? Como é que a oposição não enxerga isso? 
Os custos - ela não tocou nesse assunto - também avançaram! Partindo do valor subestimado inicial de 4,6 bilhões, as negociações "avançaram" para um valor de 8,2 bilhões. Houve só um acréscimo de 80%, aumento que deve ter ocorrido também logicamente com a capacitação das empresas. Somos um país maravilhoso! Ninguém vê isso?

sábado, 10 de maio de 2014

Auto-imagem

Apesar do eterno complexo de vira-latas, não exorcizado nem por cinco títulos mundiais, o brasileiro tem uma auto-imagem em geral positiva. Gostamos de nos ver como um povo afável, pacífico, de fácil relacionamento, aberto às novidades, sensual e maroto. Acreditamos ser gentis, cordiais, alegres, brincalhões, talvez um pouco descompromissados mas isso até faz parte da nossa "leveza". Somos ligados à família, aos amigos, somos irreverentes, informais, descontraídos. Alguns estrangeiros chegam a pensar isso de nós também. Esse seria o retrato do "brasileiro médio".
Até que ponto esse retrato corresponde à realidade? Somos afáveis, cordiais, gentis? Então explique-se o linchamento dessa pobre Fabiane no Guarujá, o assassinato do menino Bernardo Boldrini por sua madrasta, o de Isabella Nardoni por seu pai e pela madrasta, o dos pais da Suzane Richthoffen, o da atriz Daniella Perez por sua colega de trabalho e por aí vai. 
Esses são apenas os casos rumorosos, que dão assunto para a mídia. No anonimato, entretanto, temos dados estatísticos assustadores, como o número de homicídios por ano, que já passa de 50 mil e representa 30% de todos os homicídios da América Latina. Em 2012 o número de homicídios no Brasil já representava 11% do total mundial, ou seja, de cada 10 pessoas assassinadas no mundo, uma é brasileira. Como diz Olavo de Carvalho:"A taxa anual de homicídios no Brasil significa, pura e simplesmente, que não há ordem pública, não há lei nem direito, não há Estado, não há administração, há apenas um esquema estatal de dar emprego para vagabundos, sanguessugas, farsantes. O Estado brasileiro é uma instituição de auto-ajuda dos incapazes.
Isso é equivalente a 3 guerras do Iraque por ano. Mata-se mais no Brasil do que na Faixa de Gaza ou na guerra civil da Síria.
Segundo o Escritório para Drogas e Crime da ONU (UNODC), estamos em 12º lugar no mundo em número anual de homicídios para cada 100 mil habitantes.
André Singer toca no mesmo assunto em sua coluna publicada hoje na Folha e conclui admitindo que não entende a razão do fenômeno.
Penso porém que, mesmo que as causas subjacentes à violência sejam várias e de difícil equacionamento, há uma causa comum que, se não produz violência por si só, pelo menos permite que ela se manifeste sem peias. É a ausência do Estado. O Estado brasileiro, privatizado em favor de grupelhos e oligarquias, está ausente da vida da maioria dos cidadãos. A presença do Estado só é percebida quando se trata de nos extorquir impostos ou quando seus funcionários usam a posição e o poder para achacar as pessoas. Quando o cidadão precisa do Estado para tratar da sua saúde, se locomover, educar seus filhos, aposentar-se com dignidade, não o encontra. Esse mesmo Estado é o que está presente nas áreas onde não é necessário: refinarias de petróleo, instituições financeiras, fundos de pensão e estádios de futebol!
Em todos os lugares e em todas as épocas em que o Estado, sob quaçquer forma, se omitiu, instituiu-se a anarquia e a desordem social.
Infelizmente é o que está acontecendo no Brasil. Aqui, quem está substituindo o Estado em áreas cada vez mais amplas é o crime organizado do narcotráfico.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Falastrão Irresponsável

Lula fala qualquer coisa, sem compromisso algum com a coerência. Lula fala qualquer coisa, sem compromisso algum com a verdade. Lula fala qual-quer-coi-sa!!! E não se preocupa com as consequências, com a  contradição, com o respeito aos seus adversários ou às instituições. Não se preocupa nem mesmo com o ridículo.
Lula conta com a falta de memória e com o baixo nível de cidadania do nosso povo, que ainda não aprendeu a exigir dos governantes um mínimo de responsabilidade e de consistência no discurso e nas atitudes. 
A falta de caráter de Lula fica mais clara quando relembramos alguns momentos. Vejam os vídeos abaixo:
                                       ANTES     

                                     DEPOIS


Só mais esse basta!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A transparência do governo Dilma

Em um país sério, ou mesmo no Brasil de alguns anos atrás, seria impensável fazer o que o governo está fazendo no Congresso para impedir a instalação e o funcionamento das CPI's da Petrobras. Diante do absurdo de tanto indício de fraude e de roubalheira, com um ex-diretor dessa empresa trancafiado na cadeia e um outro tendo sido exonerado pela própria presidente, que disse ter sido enganada por ele quando era presidente do conselho da estatal, em outros tempos em hipótese alguma o governo se mexeria tão acintosamente para esconder as coisas.
Só de tentar impedir a instalação da CPI isso já é um forte indicador de culpa. Se a presidenta diz que foi enganada por um relatório "falho", deveria ser ela a primeira a querer a apuração completa dos fatos. Ainda mais sabendo que o caso repetiu-se com o mesmo "modus operandi" na compra de outra refinaria, a de Nansei no Japão.
Houve o mesmo relatório "falho" e fez-se a negociata igualmente prejudicial à Petrobras. Mais um prejuízo bilionário para ser bancado pelos acionistas e pelo povo brasileiro.
Agora está bem claro porque o PT tinha pavor que a Petrobras fosse privatizada. Não era só para usá-la como cabide de empregos, nem para dividir o domínio feudal entre os apoiadores da base aliada. Quanto mais estatais houvesse, mais amplo e propício seria o ambiente para as maracutaias. Para eles seria o máximo se as empresas de telecomunicações ainda constituissem uma grande empresa estatal.
Agora jogam todas as cartas, usam de todos os recursos, descaradamente, para dizer ao povo brasileiro que não podem deixar que a maior empresa do país, patrimônio público, seja investigada. E encontram, claro, um lacaio da pior estirpe, como o Sr. Renan Calheiros, para fazer aquilo que o governo quer e precisa que seja feito no sentido de embolar os trabalhos e não se apurar nada. 
Dizem os cínicos que isso faz parte do jogo. Sim, faz parte do jogo deles. Do jogo em que eles fazem as regras, eles dão falta no adversário e eles mesmos fazem gol de mão. Essa é a transparência do governo Dilma.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Desmantelamento do país

Eu pensava que o processo de desmantelamento do país era 100% de caso pensado, que fazia parte de um plano, algumas vezes explicitado no Forum de S.Paulo. Agora acho que, além de um plano, existe também uma boa porção de incompetência e burrice pura e simples.
Quando se trata de dona Dilma, coitada, percebe-se que se trata de uma mistura de burrice com altas doses de má-fé. No caso dela, o tico e o teco, além de não conversarem um com o outro, ainda jogam contra.
Mas foi no governo Lula que se começou esse processo, primeiro aparelhando as instituições do executivo, as agências reguladoras, os milionários fundos de pensão, as empresas estatais e autarquias como o Banco do Brasil e o BNDES, a Polícia Federal, depois, avançou comprando o voto de deputados no que acabou se tornando o maior escândalo político depois do impeachment de Collor. Simultaneamente passou-se a ameaçar os adversários com a confecção de dossiês falsos atribuindo aos opositores toda sorte de crimes e leviandades que eles mesmos praticavam, ou tinham a intenção de praticar e/ou acobertavam de seus aliados e comparsas. Era a tal máquina de moer reputações denunciada por Romeu Tuma Filho em seu livro recente. 

Lula deu e ainda dá o péssimo exemplo de desrespeito contínuo e repetido às instituições republicanas, quando essas instituições representam um entrave às suas pretensões imperiais. Fez isso recentemente em Portugal ao declarar em alto e bom som que o Supremo Tribunal de seu país não seria um tribunal sério, pois teria feito um julgamento 80% político dos mensaleiros. 
Um ex-Chefe de Estado, faz uma declaração estapafúrdia como essa, em um país estrangeiro, denegrindo seu próprio país sem a menor cerimônia e nada lhe acontece. 
No governo Lula, o desmantelamento das instituições foi de caso pensado, planejado e executado. E, como já disse o Zé Dirceu: o exercício do poder executivo e legislativo tem como objetivo "cuidar do partido".
Já com Dilma é diferente. Ela gosta de mandar e de se impor pela rudeza e pelo grito. Age como uma comandanta cucaracha, talvez para esconder sob os gritos a sua absoluta incapacidade cognitiva. Aí entramos no terreno da incompetência.
Um governo mal intencionado, seguido por um governo estúpido, tinha que dar no que deu. O pior é que o próximo governo vai ter que enfrentar uma situação caótica e dramática; e o PT, já então na oposição, vai voltar a fazer o que sempre fez bem: gritar e tentar bloquear qualquer tentativa de progresso, insuflando a desordem das invasões e as greves de motivação puramente política. Preparemo-nos.

domingo, 4 de maio de 2014

Democracia de menos

Eleições de menos faz mal à democracia. Eleições demais, também faz. No Brasil pós-ditadura vivemos um porre de eleições. De dois e dois anos somos chamados às urnas para decidir quem nos representará em alguma esfera. No entanto, nada muda. Quem nos devia representar e que, na verdade, só representa a si mesmo e aos interesses de seu grupelho, são sempre os mesmos. Há uma eternidade algumas múmias como Sarney, Maluf, por exemplo, só para citar dois casos emblemáticos,  estão na cena política, desempenhando sempre o mesmo papel.
Nesse caso, pergunta-se: se não é para mudar nada, nem ninguém, para quê eleições com tanta frequência? O sujeito mal foi eleito e ainda sequer constituiu seu secretariado ou ministério e já começa a fazer campanha para a eleição seguinte! 
E, como cada campanha consome somas milionárias, começam desde antes de governar a fazer os conchavos que lhes garantirão o fluxo do próximo propinoduto que, além de lhes financiar a próxima campanha, ajuda a lhes garantir também um rendimentozinho extra-oficial e livre de impostos que será depositado nas contas dos paraísos fiscais mundo afora.
E o propósito original e legítimo das eleições vai para as cucuias.
Todos ficam felizes, menos o povo abestalhado, ou seja, nós, que além de elegermos essa corja, ainda lhes pagamos o salário com nossos suados impostos.
Se queremos ter uma democracia digna do nome, e um dos fundamentos dela se chama representatividade, já passou da hora de exigirmos mudança. Não é por termos muitas eleições que nossa democracia será mais perfeita. Precisamos espaçar mais as eleições e precisamos, principalmente, mudar o seu caráter pois o objetivo delas deveria ser produzir um quadro político de melhor qualidade e maior representatividade. 
Para isso, um das condições é mudar o regime saindo desse presidencialismo oligárquico e arcaico, para um moderno parlamentarismo em que os mandatos não tem prazo fixo e o governante só permanece enquanto estiver fazendo um trabalho que satisfaça o povo. Alguém pode argumentar que, no parlamentarismo, se os governantes forem ruins, o número de eleições vai até aumentar.
Em um primeiro momento isso pode ocorrer. Mas a depuração da classe política se faz de modo muito mais rápido e eficaz, porque quem perde o mandato no caso de mau governo, não é só o chefe do governo, mas o parlamento inteiro. A solidariedade com a boa governança é então uma imposição do sistema. 
Acabam-se as manobras de bastidores, quem é situação é situação. Quem é oposição é oposição. No dia em que o governo perder apoio, caem todos e começa-se do zero. Está na hora de o país começar a pensar seriamente nessa possibilidade. Bons exemplos não faltam pelo mundo afora.



sábado, 3 de maio de 2014

Lula não volta

Estou apostando que Lula não se candidatará, nem mesmo se os índices de intenção de voto em Dilma despencarem ainda mais do que já estão despencando.
Lula é esperto e malandro. Não será nessa hora em que, não somente Dilma, mas todo o PT com suas artimanhas e sortilégios, estão absolutamente desgastados perante a opinião poública, que o Molusco com seus nove dedos vai posar de salvador da pátria. Isso deu certo ao final do governo Fernando Henrique, mas FHC era de outro partido e, portanto, bode preferencial para expiar a culpa de todas a mazelas do país.
Lula recebeu das mãos de seu antecessor o governo de um país que andava bem das pernas, com a casa e a economia em ordem, tanto que, espertamente, apesar de reclamar da herança maldita, Lula não mexeu nessa área.
No caso presente, a herança maldita vai ser atribuída a quem? A bagunça que dona Dilma ajudou a plantar no cenário econômico está de tal forma onipresente que o novo governo gastará pelo menos dois anos para reverter a situação. Serão dois anos de ajustes e medidas duras e impopulares, para que o bonde volte aos trilhos.
Lula é quem vai fazer isso? Lula terá a competência e a vontade de fazer esse papel? Tenham a santa paciência. O que Lula quer é palanque para se exibir e mostrar como ele é imprescindível para a política brasileira, como ele é um gênio da raça que reinventa a história do Brasil cada vez que assume o cargo. Lula nunca foi de trabalhar duro. Nunca foi de trabalhar de jeito algum. Portanto podem perder a esperança aqueles que estão no movimento "Volta, Lula." 
Nessas circunstâncias e se for para "pegar rabo de foguete" que não se conte com o apedeuta, que a praia dele é outra, de maré muito mais mansa.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dia do Trabalhador

Emblemática a condução do Zé Genoíno à prisão exatamente no dia do trabalho, ele que foi presidente do Partido dos Trabalhadores... Como dizia Joelmir Beting: "O PT começou como um partido de presos políticos e acabou sendo um partido de políticos presos."
É evidente que a indigência moral da classe política não é privilégio petista. Já se disse isso mil vezes. A questão é que o PT se apresentava à sociedade brasileira como uma alternativa sadia a essa política nojenta, de trocas de favores, de conchavos, de privatização do Estado, de roubalheira pura e simples.
E bastou chegar ao poder para se revelar um partido tão sujo quanto aqueles a quem criticava. Talvez até mais, pois vinha faminto de cargos, mordomias e maracutaias.
A falta de pudor chegou ao ponto de considerar natural e defensável aliar-se a representantes do mais sujo e do mais profundo atraso que há na atividade política brasileira. O que parecia inconcebível, ver Lula elogiando Sarney, tornou-se corriqueiro e quando o PT foi em comitiva beijar a mão do Maluf já não causou mais espanto.  Lula, Dilma, Collor, Sarney, Maluf, Renan, são todos gatos, ou melhor, ratos, do mesmo balaio.
Agora que as coisas estão mais definidas e mais claras, algumas outras começam a fazer sentido. O sindicalismo no Brasil, até quase o final da ditadura militar, nunca foi de esquerda. Eram simples pelegos sem ideologia. Quem juntou-se ao sindicalismo, na formação do PT, e o coloriu de vermelho, foram as comunidades eclesiais de base da Igreja Católica e os intelectuais acadêmicos. Foram esses que emprestaram ao PT a fachada de esquerda e até o discurso marxista. Emprestaram a pele, mas não mudaram o lobo, que continuou sendo o que sempre foi. Outro ponto que faz sentido é a atuação do gen. Golbery escolhendo a dedo o sindicalista Lula da Silva para transformá-lo em líder de uma "oposição confiável" que se fazia necessária na transição para a democracia. Antes, Lula, que seria um líder cooptado e domesticado e controlador das massas operárias, do que uma liderança mais afoita e mais genuinamente esquerdista que poderia forçar demais a mão e errar na dose de oposição consentida. Foi desse caldo que surgiu o PT e que, tão logo começou a abocanhar cargos executivos nas prefeituras, pôs em prática o seu esquema de privatização das instituições em favor do partido e do desvio de verbas sistemático e contumaz. Os puros e ingênuos ainda continuaram por um bom tempo acreditando no discurso, até que os fatos se impuseram com mais força e eles foram obrigados a optar: aderir ou cair fora. Assim sairam ou foram saídos do PT: Luiza Erundina, Plínio de Arruda Sampaio, Hélio Bicudo, Vladimir Palmeira, Fernando Gabeira, Marina Silva e outros. Acho que dessa turma, ainda continua no partido somente o senador Eduardo Suplicy, mas esse é tão lento que nem conta.
O PT já não engana a mai ninguém. Isso ficou absolutamente claro hoje com a situação carregada de significado simbólico que foi o ex-presidente dessa agremiação, José Genoíno, se dirigir para o xilindró em pleno 1º de Maio. E a grande esperança que surge foi explicitada pelas vaias e apupos com que os petistas foram recebidos e impedidos de discursar no evento da CUT e no evento da Força Sindical em São Paulo.

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