sábado, 23 de dezembro de 2017

Reféns de Gilmar Mendes

Gilmar Mendes está desafiando a nação e o próprio poder do qual faz parte. Esse esquece, ou finge esquecer, que todo governo democrático está baseado no consentimento dos governados. É isso que está na Constituição, quando se diz que "todo poder emana do povo". Em suma, é o povo que detém o poder constitucional permanentemente e o exerce através dos seus representantes, até quando quiser ser representado.

Se e quando, o povo concluir que os representantes já não correspondem à sua confiança, acaba-se o governo e tem que se constituir outro. No regime parlamentarista isso fica bem claro, com o voto de desconfiança e a destituição de todo governo que já não represente a vontade popular.

No regime presidencialista é mais difícil aferir essa vontade no intervalo entre as eleições. Mas essa dificuldade não muda a realidade das coisas. Gilmar Mendes está se colocando frontalmente contra a vontade da maioria dos brasileiros. Como dizia antes, ele se esquece que está lá, nessa função, pura e simplesmente pela vontade do povo. Não é direito adquirido, nem direito divino.

Ao perpetrar esse festival de arbitrariedades, travestidas em atos legais, Gilmar Mendes está provocando que alguém, que tenha coragem cívica para tanto, peça o seu impedimento.

A nação não pode ser refém de um ministro do Supremo. A nação não pode ser refém de ninguém!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O vampirismo de Lula

O que deve fazer um país com uma entidade deletéria, mas com influência sobre grande parte dos cidadãos e que prega a dissolução do Estado tal como concebido pela sociedade e o extermínio das instituições, em benefício de um projeto pessoal de poder?

Imagine-se um Hitler, ou um Stalin, diante de seus respectivos povos, pregando o que pregaram, mas de antemão esses povos sabendo a qual desastre essa pregação os levaria. O que deveriam fazer? Deixá-los livremente continuar seus planos diabólicos e chorar depois do leite derramado?

Apesar de não ser uma figura comparável a Hitler ou Stálin, o que Lula está fazendo é, guardadas as devidas proporções, a mesma coisa. Ele já demonstrou que não respeita as leis do seu país. Ele acha, ou quer nos fazer crer, que seria uma pessoa excepcional por causa  da sua origem e por isso mesmo estaria acima das leis e das convenções. O que vale para os demais não pode valer para ele, senão é preconceito.

Na verdade, Lula é apenas mais um ladrão que se enfiou na política e a usa para seu benefício próprio. Nem sequer do partido Lula está a serviço. Ao contrário, é o partido que o serve e do partido ele se serve.

Quando isso acabar (e um dia acabará) é que os autênticos e honestos (ainda acredito que haja) partidários da esquerda vão se dar conta do mal que Lula e seu grupo fizeram para o próprio PT. O lulismo destruiu o PT destruindo-lhe a alma. Como é que  depois de tudo o que já veio à tona, até mesmo depois de condenado por corrupção, Lula ainda tem a coragem de subir em um caminhão e dizer as coisas que disse, no Rio, sobre a Petrobras, sobre a Lava Jato e sobre o próprio e sofrido estado do Rio de Janeiro?

Devia ter pudor e vergonha de pisar lá. Devia ter pudor e vergonha de aparecer em público até mesmo em eventos do PT. Devia fazer como Mercadante, que sumiu depois do que se revelou sobre ele. Mas, Lula é esperto demais para isso. A estratégia dele é se manter na mídia, falando pelos cotovelos, lançando-se cada vez mais candidato, para emparedar a decisão dos juízes que irão julgar sua participação nas próximas eleições.

Se a Justiça ceder, Lula será candidato para se blindar. Se a Justiça funcionar, pelo menos, Lula, mais uma vez, posará de vítima (seu papel preferido) das classes dominantes. E azar do seu partido, azar da esquerda que confiou nele. A Lula só importam seus próprios e personalíssimos interesses.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Golpe no foro

O que se podia esperar de Dias Tóffoli? Nada diferente do que se viu ontem na sessão plenária do Supremo.  Dias Tóffoli está apenas sendo o lacaio que sempre foi.
O pedido de vistas a essa altura do julgamento foi golpe no próprio Supremo! Foi uma ação de obstrução ao processo e um golpe na decisão já tomada de reduzir o foro privilegiado aos crimes relacionados ao mandato parlamentar.

Mas o papel de Dias Tóffoli nesse golpe, me parece ser apenas o de menino de recados. Foi escalado para dar a cara a tapa, enquanto os verdadeiros artífices do golpe ficam à sorrelfa (para usar um antiquado termo, bem ao gosto dos homens da capa preta). Esse golpe foi articulado no Planalto, dias antes da sessão. Lá estiveram  Aécio, Gilmar Mendes e o próprio Dias Tóffoli, a convite do vampiro-mor, mas tudo foi apenas uma coincidência, é claro!

A intenção do golpe é que, enquanto dura o pedido de vistas e o resultado final da votação não pode ser proclamado, a Câmara articule a salvação de Temer e dos demais ex-presidentes, indo na direção contrária à decisão do STF. Segurar o processo para que não possa ter aplicação imediata é a moeda com que Temer paga aos parlamentares o favor que lhe fazem, concedendo-lhe o foro especial para depois que sair da presidência. Isso agrada muitíssimo também a um outro ex-presidente, não é? Vamos ver então como votará o PT, paladino da moralidade dos outros, nessa matéria.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Eles contra nós

Nós, brasileiros, estamos exauridos, enojados, cansados dessa atividade pútrida a que dão o nome de política. E, pior, estamos sem esperança, sem expectativas sobre o que ocorrerá daqui pra frente. A classe política foi nos encurralando em um beco sem saída, quando só o que fizeram foi tramar, contra nós, uma escapatória, para eles continuarem impunes e exercendo os seus podres poderes.

A população brasileira está descrente de que as eleições de 2018 irão resolver nossos problemas. Na verdade, a população está descrente de que eleições, quaisquer que sejam, resolvam os nossos problemas. Isso equivale a dizer que a população brasileira já não mais acredita no regime democrático representativo, porque representativo é que esse sistema não é. Portanto, eleições realizadas dentro do mesmo processo viciado irão fatalmente  conduzir ao mesmo resultado desastroso. Está aí a bastante provável reeleição de Renan Calheiros para mais 8 anos de foro privilegiado a demonstrar que o sistema não funciona a nosso favor. Está aí a possível candidatura de Aécio a deputado federal, com boas possibilidades de ser eleito simplesmente por causa do sistema proporcional, com votos dados ao partido e a outros candidatos, os chamados "puxadores de voto". Está aí a candidatura Lula, apesar da condenação - um acinte às leis e à decência - que pode até não ganhar, mas vai provocar agitação e polarização contra a candidatura Bolsonaro. 

Será ótimo para Lula que Bolsonaro se torne seu principal adversário. Bater nele é fácil e assim as mazelas e os crimes de Lula saem do foco da discussão. Afinal, pode-se recriar o mito da candidatura do "bem" contra o "mal", do "progressista" contra o "retrógrado", do "tolerante" contra o "homofóbico", etc, etc.

 É por isso que não sai a reforma política. É por isso que não sai o voto distrital. Do jeito que está, está muito bom para eles.

Agora, já não bastam remendos. O Brasil precisa de uma refundação, que tem que ser feita sem a participação dos bandidos e das organizações criminosas que usurparam o poder. Como é que se faz isso é que é o problema. É por isso que tanta gente hoje clama por uma intervenção militar. É porque sabe que, dentro da classe política tradicional, não se encontra a solução. E sabe ainda que a classe política tradicional vai continuar manobrando pela impunidade e pela continuidade da roubalheira. Sabe que os nossos problemas de segurança, saúde  e educação, desigualdade e desemprego, vão continuar sendo os mesmos, ou - mais provavelmente - vão piorar. O Rio de Janeiro e sua ALERJ estão a nos mostrar aonde chegaremos.

Cada vez fica mais claro que a solução não passa pela repetição do que já não deu certo. Alguma coisa terá que ser feita, fora do sistema atual. Não estou vendo outra saída que não seja a intervenção militar, a não ser a intervenção divina, mas essa está mais difícil.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

República de bananas

No país da piada pronta, hoje comemoramos a proclamação da República. Que República? Sabendo ou não o que fazia, o marechal Deodoro, caquético e doente, a proclamou, mas entre essa proclamação e a realidade vai uma distância enorme.

O fato é que a república, ainda hoje, é um regime que está longe de existir no Brasil.

O regime republicano, por definição, exige que todos os cidadãos, a ele submetidos, sejam iguais perante a Lei. Mas aqui, somos um país de privilégios, cada casta lutando para preservar os seus e conquistar outros mais, pouco se importando com "o resto".

E "o resto" são todos aqueles que não tem condições de conseguir para si, ou para seu grupo, privilégios equivalentes aos dos demais. Ou seja, se alguma parte desse "resto", por algum motivo, consegue chegar ao topo da pirâmide, tudo o que fazem é estender esses privilégios também para si.

Foi o que e viu quando a camarilha do PT chegou ao poder. Em qualquer esfera em que atuaram, desde as primeiras prefeituras conquistadas até a chegada triunfal à presidência da República, o que e viu foi essa camarilha buscar para si os privilégios dos quais seus antecessores ( e adversários) sempre usufruíram. Foi nesse momento que o PT deixou de meter medo no restante da classe política e no empresariado corrupto enganchado há séculos no poder.

Nesse momento, se viu que o discurso deles era só discurso e que tudo o que eles queriam era também uma fatia do bolo, então todo mundo relaxou. Afinal, o bolo dá para todos. O bolo é infinito. Quando acaba, pensam eles, é só recorrer à patuleia e extorquir mais impostos.

Assim também pensava a corte francesa em Versailles, obviamente antes de todo mundo ser levado a apresentar o pescocinho à guilhotina.

E o PT chegou com fome! Tal qual um bando de mendigos invadindo uma loja de doces, o PT se lambuzou todo. Comeu com a boca aberta, destroçou as vitrines, quebrou as taças, jogou farelos para todo lado. Foi por isso que - felizmente para nós - deram com os burros n'água. Foi com tanta sede ao pote, que o pote caiu e quebrou. E, na queda, está arrastando todos os demais.

O maior problema que temos agora é que os demais, que estão sendo arrastados, são profissionais. Eles sabem como fazer as coisas. Não é à toa que tem mantido esses privilégios intocados há séculos. E estão fazendo tudo o que podem para continuar a mantê-los assim. O caso Aécio é o maior exemplo de como a oligarquia reage às ameaças a um de seus membros.

O que temos que fazer, nós, a patuleia, o povo ignaro, é tomar as rédeas do poder e transformar esse país definitivamente na república longamente esperada, ao invés de nos conformarmos em continuar a ser apenas os bananas.

sábado, 11 de novembro de 2017

A morte de um partido

O PSDB morreu. Acabou. O partido foi assassinado pelo seu próprio presidente, Aécio Neves.

Ao tomar a decisão de afastar da presidência interina o senador Tasso Jereissati, Aécio agiu como um chefe mafioso. Tomou posse do partido e automaticamente expulsou da agremiação todo o grupo que lhe faz oposição.

Se o Brasil não fosse o país que é, um senador, pego em gravação pedindo dinheiro a um empreiteiro, já estaria automaticamente fora, não só do partido, mas da política. Entretanto, ao tomar de assalto o comando do partido, o que Aécio está fazendo é entronizar, na agremiação, a gangue que o apoia (a ele Aécio). Nesse caso, em quê o PSDB seria diferente do PMDB?
Vai ficar lá, apoiando o moribundo governo Temer em troca de cargos, exatamente como faz o PMDB. E tentando melar a Lava Jato, exatamente como faz o PMDB.

O PSDB errou, vem errando e muito, mas até então o erro era a eterna indefinição de que lado o partido está. Agora que esse lado ficou claro, o partido não tem mais razão de existir. Para fazer esse papel sujo e fisiológico já há outro partido, que faz até melhor: o PMDB. Não há necessidade, no espectro político, de um PMDB do B.

Os tucanos perdem de longe não só para o PMDB, mas principalmente para o PT. Para começar não tem militância, muito menos fiéis religiosamente ligados ao partido. Não tem também comunicação com o povão. Seus líderes são gente refinada, de salões, com mestrado e doutorado, não sobem em carroceria de caminhão. E quando tentam ser mais "do povo" viram piada inesquecível, como Fernando Henrique, por exemplo, comendo buchada de bode.

O que ainda dava algum crédito ao partido era aparentemente não estar envolvido na corrupção da Petrobras. Isso valeu até que o presidente do partido foi desmascarado. Isso foi um golpe mortal, mas agora esse mesmo presidente aplica-lhe o golpe de misericórdia.

Em 2018, o PT sairá aleijado, mas ainda vivo. Mas o PSDB pode encomendar desde já o caixão.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Ministério da Transparência!!!

Nesse país-da-piada-pronta, existe um "troço", na estrutura de governo, a que se chama Ministério da Transparência. Quá, quá, quá!...
Depois de rir bastante, temos que começar a chorar ao nos depararmos com a triste realidade desse "troço".

Entre suas atividades recentes, diz reportagem da Folha, se incluem a proteção mafiosa a empresas indiciadas pela Lava Jato. Um exemplo transparente de conluio contra o cidadão é o da Engevix. Por 2 anos, o processo administrativo que impediria negócios com o Estado, ficou parado no TCU, por determinação do Ministério da Transparência sob a alegação que a empresa teria proposto um acordo de leniência. E, durante esse tempo, nada aconteceu. Não houve acordo algum, nada foi confessado e o único beneficiado até agora foi a Engevix.

O pior da história e ponto fulcral da piada é que o Ministério da Transparência se recusa a informar quais são as empresas beneficiadas por suspensões idênticas. Alega sigilo!

Por respeito ao cidadão brasileiro, que nessa altura, já virou motivo de chacota internacional, esse ministério deveria ser extinto, ou, na impossibilidade, devido aos comprometimentos do governo Temer com o toma-lá-dá-cá, seu nome deveria ser mudado para Ministério da Opacidade, ou da Ocultação, ou, mais definidor ainda, Ministério do Por-Baixo-dos-Panos.

sábado, 28 de outubro de 2017

Barraco no quintal de dona Cármen

Já estava passando da hora! Até que enfim, alguém peitou Gilmar Mendes. E não foi um joão-ninguém qualquer, foi um de seus colegas, de sua altura, da mesma instituição. O ministro Barroso lavou a nossa alma. Disse o que muita gente desejava dizer àquele poço de prepotência e vaidade, que, infelizmente, ocupa uma das cadeiras da mais alta Corte do país.

Gilmar Mendes é um dos responsáveis pelo crescente descrédito que atinge um dos poderes da República.

A classe política, o legislativo e o executivo já estão desacreditados há muito tempo. O que ainda se salva, em parte, é o poder judiciário, que, entretanto, vem descambando para o mesmo abismo. Se isso permanecer assim, estará estabelecido o desmanche total das instituições do Estado brasileiro.

As instituições - e tudo o que existe no mundo político - não existem simplesmente porque isso esteja escrito, preto no branco, no livrinho da Constituição! As instituições existem porque se acredita nelas e se quer que elas existam e, principalmente, que elas cumpram as suas funções.
Portanto, pela vontade da maioria, expressa de uma maneira ou de outra, elas podem passar a não existir mais. Mas, como não há vácuo no poder, alguma outra coisa virá para substituí-las.

Parece que uma epidemia de insensatez atacou os ocupantes do alto escalão da República. No afã de se salvarem e salvarem os amigos, estão todos flertando com o perigo, pouco se importando com a nação. Seria bom que refletissem um pouco e, pessoas como Gilmar Mendes, parassem de provocar avalanches ao pé da cordilheira.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Turismo na favela

O Rio é uma região conflagrada. Visitar certos sítios lá é como ir a Aleppo durante a ocupação do Estado islâmico. É uma atitude de risco! Tem gente que vai. Jornalistas vão. Mas, de vez em quando, um acaba sendo morto.
No caso dos jornalistas, isso é um risco da profissão. No caso dos turistas é simplesmente uma escolha, mal feita e mal assessorada por "agências" de turismo, só interessadas no ganho e que estão pouco se lixando para o seu cliente.
Nada justifica o que aconteceu a essa turista espanhola, mas, sinceramente, favela é lugar de fazer turismo? Ainda mais favela dominada pelo tráfico, como quase todas são!?

Favela é o símbolo do descaso do Estado pelos deserdados. É um local de degradação urbana. Não é lugar para se tirar fotinha e postar no Instagram pros amigos. "Vejam, que legal! Eu estive numa favela no Rio de Janeiro! Vejam como é que os miseráveis brasileiros vivem!"

A miséria representada por uma favela é uma condição que não deveria existir, se o estado, em países como o Brasil, cumprisse minimamente a sua função. Os seres humanos, que ali são confinados para sobreviver sob o domínio de traficantes de drogas,  tem os seus direitos diuturnamente desrespeitados. Não há nada de bonito ali. Tudo ali é uma denúncia. 

E esses pobres coitados ainda tem que expor a sua miséria, a sua pobreza e a sua degradação, como animais exóticos, para as fotografias dos gringos, que chegam do primeiro mundo a passeio pelos becos sujos e vielas, como se visitassem um grande jardim zoológico! Para quê? 

Acaba acontecendo uma tragédia como essa, desnecessária, mas previsível. É mais um caso de distorção e inversão de valores. Com isso, talvez, por um tempo, os turistas prefiram mesmo ir ao jardim zoológico, ou ao Pão-de-açúcar. Mas só por um tempo. Depois tudo volta ao "normal".


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Empurrão para o abismo

A mídia a toda hora reafirma que "as instituições estão funcionando". Funcionando como, cara-pálida? Alguém pode me explicar como é que um poder Judiciário, diante de todas as aberrações vistas e ouvidas, fitas gravadas, mochilas de dinheiro, resolve abrir mão de suas prerrogativas e ainda se diz que "as instituições estão funcionando"?

Onde é que fica o tal sistema de freios e contrapesos? Qual é o freio que o STF exerceu? Qual é o contrapeso ao poder absoluto que conferiu ao Senado? O Senado hoje pode tudo. Podem roubar à vontade, podem criar e manter, como tem criado e mantido, organizações criminosas em permanente ação contra o país inteiro.

Hoje quem está no poder é Renan Calheiros, Fernando Collor, Jáder Barbalho, Romero Jucá e, obviamente, Michel Temer e sua turma.
Já, por sua vez, a Câmara consegue ser ainda pior que o Senado. Tem um quarto de seus membros sendo investigados. E o restante que, ainda não está, não é muito diferente, como raras e notórias exceções.

E o executivo?? Dá até medo de falar! O executivo é apenas uma extensão da Câmara, ou vice-versa. Michel Temer pontifica sobre os dois e sabe fazer muito bem esse jogo, principalmente agora que tem a chave do cofre.

E isso significa que as instituições estão funcionando? Na verdade, estão, mas estão funcionando como organizações mafiosas, tomando conta de tudo, controlando territórios tal como traficantes de drogas. Não tem nada funcionando para o benefício do país.

Cada vez mais toda essa classe política, incluindo-se aí o Supremo, está nos demonstrando que não há saída institucional. Ninguém vai cortar na própria carne. E se não há saída institucional, o que vai acontecer? Outra saída possível está fora das instituições, mas essa pode nos salvar ou nos levar para a beira do abismo. O problema é que estamos sendo empurrados nessa direção pela irresponsabilidade dos membros dessas famigeradas "instituições".

Senado de merda

Ninguém se surpreendeu com o resultado de ontem, no Senado. Aliás, surpresa seria se o resultado tivesse sido diferente. O que se pode esperar de nossas casas legislativas? Legislar em causa própria é só o que eles fazem.
Com mais de 40 senadores suspeitos de envolvimento em crimes, o que espanta é que não haja na República nenhum mecanismo para impedir que esses suspeitos participem de decisões que interessam diretamente a eles.
Quem poderia e deveria ter feito esse papel é o Supremo, que vergonhosamente abriu mão de sua responsabilidade e transferiu para as raposas a decisão sobre o galinheiro.
Para quem teve estômago para assistir à sessão de ontem, o discurso inflamado e pseudo-indignado de Romero Jucá, senador por Roraima, ficou como um símbolo da desfaçatez, da falta de vergonha e de decoro público. Do mesmo modo, o discurso moralista de Humberto Costa do PT, ficou ridículo. Deviam ter votado a favor do afastamento e Aécio, mas sem discurso, porque tudo o que acusam Aécio de ter feito, foi também feito pelo seu líder e demiurgo. Portanto, a indignação seletiva não "cola".
Isso mostra que o PSDB é um partido muito mais "maneiro" que o PT. O PSDB não briga com ninguém, age nos bastidores, tal como o PMDB do qual é um filhote. É por isso que está sempre em cima do muro e é por isso que o desencanto da população com a política atingiu níveis récordes.
Não há partidos, nem ideologia, na política brasileira. O que há são grupos de pessoas, em alguns casos, verdadeiras quadrilhas, que se ajuntam para defender interesses próprios que nada tem a  ver com o povo que deveriam representar.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Justiça de merda

O que é Abdel Massih? Médico ele não é. Nunca foi. Médicos são seres humanos, sujeitos a erros como todos nós, mas médicos são o oposto desse cafajeste de jaleco branco, esse charlatão e criminoso que conseguiu enganar a tanta gente.
Abdel Massih é uma aberração da natureza, um psicopata que deveria estar afastado do convívio com a sociedade há muito tempo.
Mas Abdel Massih é rico. Ficou rico às custas de uma grande fraude profissional e agora, como outros criminosos, usa o dinheiro espúrio para pagar grandes advogados, que conseguem, para ele, o que centenas de milhares de brasileiros pobres jamais conseguirão.
Abdel Massih pôde fugir do Brasil porque foi libertado por um "habeas corpus" concedido pelo ministro Gilmar Mendes. E agora, o Supremo Tribunal Federal, aquele mesmo tribunalzinho que se curvou aos interesses do Aécio, lhe concedeu o direito à prisão domiciliar, ou seja, um simulacro de cadeia. Em casa, poderá gozar de todo o conforto que lhe proporcionar a riqueza conquistada em cima do sofrimento de meia centena de mulheres.
É tudo uma grande palhaçada. Como é que um condenado a 181 anos de prisão, cumpre 4 ou 5 e depois vai pra casa, livre, leve e solto?
Os doutos juristas podem vir com os argumentos que quiserem, mas não convencem ninguém.
O fato é que, nem que esse monstro vivesse até apodrecer atrás das grades, nem assim, o sofrimento que causou e ainda causa às suas 48 vítimas, seria reparado. Não há reparação para isso.
Mas a justiça brasileira mostra, mais uma vez, que é uma justiça de merda. 

domingo, 15 de outubro de 2017

República em frangalhos

Como Alice no País das Maravilhas, estamos em queda permanente, sem chegarmos nunca ao fundo do poço.  Quando pensamos que o pior já passou, algo nos mostra que ainda não, ainda há mais descida pela frente e ninguém sabe onde vamos parar.

Os analistas políticos estão sem ter mais o que dizer. A República chegou a um estado de baixeza inimaginável, inconcebível. Os 3 poderes estão podres, como qualquer um pode perceber. Não há em quem se possa confiar.

Líderes, nem pensar. Os que poderiam exercer esse papel estão enlameados até os cabelos e a única coisa que pensam e fazem é como irão se livrar de uma cobrança da justiça. E das altas cortes nãose pode esperar também nada de bom. A única justiça que está funcionando nesse momento no Brasil é a da primeira instância em Curitiba, no Rio e no Distrito Federal. São 3 juízes que estão mudando o Brasil!

Imaginemos então se as demais instâncias do Judiciário fossem tão íntegras e sérias como esses 3 juízes. O Brasil estaria salvo da quadrilha que se aboletou no poder. Infelizmente, o que se vê e o que se constatou na semana passada, foi o contrário. O que se viu foi um Supremo Tribunal dobrar-se aos interesses da quadrilha. O que se viu foi a presidente da Corte gaguejar, titubear, enunciar uma sentença que nem ela mesma entendeu.

A República brasileira está acabada. É preciso um corte e uma refundação, sem a presença deletéria de todos esses que a destruíram. Como que isso será feito é, por enquanto, a grande incógnita.

sábado, 14 de outubro de 2017

Horário de verão (2)

Tem gente que adora o horário de verão. Deve ter. Eu não conheço ninguém, mas deve ter. Em compensação, há muito mais gente que detesta essa mudança estúpida no ritmo biológico das pessoas.

O horário comercial, com intervalo de almoço, ao qual nos adaptamos, já é por si só uma violência contra a natureza. Foi implantado, por interesse das empresas, na era da Revolução Industrial, para as quais era importante uniformizar os horários de trabalho, e daí por diante fomos obrigados a ter fome e sono nos horários predeterminados. O horário escolar, como consequência, seguiu o mesmo padrão, para obviamente coincidir com o horário dos pais das crianças.
Antes disso, as pessoas paravam o trabalho para comer quando sentiam cansaço ou fome, não o contrário.

O horário de verão é ainda uma agressão maior ao ciclo circadiano, que é o relógio biológico de todos os seres vivos. De repente, temos que fazer tudo uma hora mais cedo. Deitar-se sem ter sono, acordar capengando, almoçar sem estar com fome, etc., etc. Não há dúvida alguma que isso faz um estrago no organismo, aumenta a secreção de cortisol e, consequentemente, a pressão sanguínea, a irritabilidade, o número de acidentes no trânsito e o número de acidentes de trabalho.
O custo disso ninguém computa e mesmo a propalada economia de energia já se verificou que praticamente inexiste.

Esse horário esdrúxulo, portanto, não traz benefício algum. Então, no balanço geral o que há é prejuízo certo. Tanto é assim, que o governo Temer disse que vai fazer uma enquete sobre a continuidade desse famigerado horário de verão. Esperemos que o bom senso prevaleça a partir do próximo ano.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Os bancos recebem o troco

Durante décadas, os bancos, especialmente no Brasil, ignoraram seus clientes. Como sempre mamaram nas tetas dos juros da dívida pública, os clientes do chamado "varejo" eram apenas tolerados por causa da obrigação legal.

Se não fosse isso, não passariam da porta. As empresas privadas de médio e pequeno porte  também nunca receberam tratamento melhor.
E tome juros estratosféricos por um cheque especial e por um empréstimo pessoal ou corporativo. Enquanto isso, os aplicadores (chamados investidores) sempre foram pessimamente remunerados, recebendo por seu dinheiro parado na instituição, taxas 7 a 10 vezes menores que os juros cobrados dos tomadores de empréstimo.

Com o plano real, que interrompeu um ciclo hiperinflacionário, os bancos, até então acostumados a ganhar 40, 50% ao ano de juros reais, para não terem seus lucros diminuídos, passaram a cobrar as taxas de manutenção que incidem sobre qualquer espirro que o cliente dê na agência.

E os famosos consultores de investimento, cuja função é direcionar o dinheiro dos depositantes para as aplicações mais rentáveis...para o banco, também assumiram o papel de vendedores ambulantes de quinquilharias, pegando os incautos com os títulos de capitalização, apólices de seguro, etc.

Pois, finalmente, chegou a hora da verdade. As corretoras independentes e as moedas digitais vieram para ficar e isso decreta o fim da instituição medieval chamada banco. É apenas uma questão de tempo. Quem não respeita o cliente, mais cedo ou mais tarde, fecha as portas. Essa é uma lei tão inexorável como a da oferta e da procura, ou a lei da gravidade.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A Cesare o que é de Cesare

Cesare Battisti não é um problema nosso. É um problema da República Italiana, que o julgou e condenou à prisão perpétua por assassinato e terrorismo.
Cesare Battisti só se tornou um problema brasileiro por causa de Lula e seu falso esquerdismo, jogando para a platéia de intelectualóides e militantes. Fazendo uma gracinha a esse público com a mão esquerda, enquanto, escondido, enfiava dólares do grande capital no próprio bolso com a direita.
Pois, Cesare não deixou de ser Cesare e aprontou mais uma: tentou fugir para a Bolívia evadindo divisas. Por que Bolívia? Porque ele se sente mais seguro no eterno governo de Evo Morales, do que num governo que já não é mais do PT.
Agora, preso, aguarda uma decisão do Temer, pois a do STF já foi dada, apesar de ter sido uma nas exdrúxulas decisões da nossa vergonhosa Suprema Corte: para os que não se lembram, o STF decidiu que Battisti deveria ser extraditado, mas... a última palavra seria a do presidente da República, que no último dia do mandato, decidiu a extradição não ocorreria.
Isso foi, no mínimo, uma ofensa ao estado italiano. Vamos ver agora o que Temer vai fazer.
Deveria, até por esperteza, entregar logo esse bandido ao governo de seu país natal. Cesare não é um problema do Brasil.
A Cesare o que é de Cesare e a Roma o que é de Roma.

domingo, 1 de outubro de 2017

Pesquisas elegem o zumbi da seita satânica

Essas pesquisas podem dizer o que disserem. Nada altera o fato de que Lula é um morto-vivo político, que só continua incensado dentro daquela seita da que falou o Palocci. E ele conhece bem a seita, pois já foi um de seus cardeais.
A Folha, se quiser manter alguma credibilidade, deveria parar de divulgar coisas como essa. Depois, quando vier o fiasco, começam a explicações furadas.
Não há como acreditar, em uma altura dessas, depois de tudo o que foi revelado, que Lula mantenha 35% das intenções de voto em todo o território nacional! Claro, que se a pesquisa foi realizada na porta do sindicato de S. Bernardo, esse resultado está até pouco.
O Data-folha informa que foram entrevistadas 2.771 pessoas. Isso representa 0,002% do eleitorado que votou nas ultimas eleições, portanto as manchetes que Lula lidera as intenções de voto ão absolutamente tendenciosas.
Ou isso, ou os eleitores brasileiros são umas toupeiras que merecem ter passado por tudo o que passamos e ainda querem mais.
Vamos ver. Estou apostando que a Folha vai errar mais que os institutos de pesquisa americanos que davam como certa a vitória da Hillary.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Tiro pela culatra

Podia ter passado sem esse vexame! As provas, os testemunhos, os documentos e até mesmo a falta deles, tudo isso grita que o apartamento foi "doado" a Lula pela Odebrecht. Quem diz isso e apresenta documentos são os ex-comparsas, Marcelo Odebrecht, Palocci, Costamarques.

Os autos já tinham ficado por 6 meses aguardando esses benditos recibos de um aluguel que nunca houve e nunca foi pago. Podiam ter continuado assim.

A falecida continuaria a levar a culpa pela falta dos recibos. Foi ela quem assinou o contrato de locação, foi ela quem pagou, foi ela quem guardou os comprovantes. Agora morreu, sem dizer a ninguém onde estavam esses papéis, isso não configura culpa do pobre do marido, agora viúvo.

Mas, foi dar uma de gostosão. "Se o senhor quiser, eu posso mostrar os recibos" foi a fala do poderoso chefão. Assim, condescendente: "eu posso mostrar..."; "se o senhor quiser". Ora, juiz não quer nada. Quem tem que querer alguma coisa é a parte acusatória e, principalmente, a defesa.

Ao perceber que o principal ponto da defesa - a alegação que o imóvel estava alugado - era manco das duas pernas, a defesa resolveu agir e... piorou as coisas!

Apresentar documento falso nos autos é imperdoável. O réu não é obrigado a se incriminar, portanto podia ter ficado quieto, mas foi agir como Joesley e acabou entregando mais provas contra si. A prepotência e a vaidade são os vícios que o diabo mais gosta. São as armas do diabo. Quando disparam, o tiro acaba sempre saindo pela culatra.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

As data errada

Depois de tanta dificuldade para entrar em contato com dona Marisa, no além, e pedir a ela para dizer onde estavam os recibos, alguns deles estavam com a data errada!
É muito azar! Coitado do Lula! Já demorou esse tempo todo para apresentar as provas da sua inocência! Você pensa que é fácil entrar em contato assim com o uma pessoa no além? Achar uma pessoa lá, não é brincadeira. Tem muito mais gente nesse além, do que aqui na Terra. Se aqui, já somos 7 bilhões, imagina lá! Imagina quantas pessoas já morreram desde Adão e Eva e passaram pro lado de lá! É muita gente, e só não vira um problema de superlotação porque, com a reencarnação, muita gente volta pro aquém. É a sorte!

Mas achar alguém lá, sem CEP, nem endereço, nem nada, não é uma tarefa das mais fáceis.
Pois, apesar dessa dificuldade, com a ajuda de alguns amigos de cá e de lá, dona Marisa acabou por ser localizada e os recibos finalmente foram encontrados em um baú no sitio...


Só que, ninguém sabe explicar por quê, alguns recibos estavam com datas que não existem no calendário gregoriano, como por exemplo, 31 de junho! Deve ter sido a pressa... Mas não houve razão para pressa, cada recibo deve ter sido impresso e assinado em datas diferentes, distantes um mês umas das outras!

Pois fica mais esse mistério, mais uma pergunta sem resposta, no acervo histórico do ex-presidente. E agora, Luiz?

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Cadê os recibo, Marisa!

Agora complicou! Finalmente, Lula entregou os recibos de aluguel do apartamento ao juiz Sérgio Moro.
Desde dezembro de 2016 poderia ter apresentado essas "provas" de sua inocência, mas preferiu esperar por quase 10 meses para fazê-lo. Por quê?

Não se sabe o motivo da demora, mas o fato é que a apresentação, apesar de tardia, de tais documentos joga por terra a afirmação do locador de que só teria passado a receber os aluguéis a partir de 2015, quando o Bumlai foi preso.

Recibos emitidos por computador podem ser forjados, resta conferir a assinatura da dona Marisa no Contrato e, mais importante, que se demonstrem as transferências desses valores, nas respectivas datas e os recebimentos na conta do locador. Bom, Lula vai dizer que não tem cópia dessas transferências, porque tudo foi pago em dinheiro vivo!

Entretanto, se for demonstrado que os recibos são falsos e que a assinatura de dona Marisa naquele Contrato foi psicografada,  o caso toma uma proporção bem pior para o réu e para o seu advogado, pois além de tudo se adiciona o crime de estelionato e falsidade ideológica.

Por outro lado, se os tais recibos forem verdadeiros, quem está numa fria é o locatário do imóvel que declarou em juízo não ter recebido esses valores.

Uma pergunta porém vai ficar sem resposta: por que demorou tanto tempo para esses recibos aparecerem? Essa vai para a coleção de coisas estranhas e perguntas sem resposta, que só acontecem na vida do Lula.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Os banco

Lula tinha razão! Estudar pra quê? De que adianta o sujeito queimar as pestanas, virar noite sobre livros, se depois o sucesso vai depender somente do caráter, ou melhor, da falta dele?
Ter jogo de cintura e saber com quem se relacionar é que é importante nesse paiseco de terceiro-mundo em que vivemos. Pelo menos, era assim até pouco tempo.
 Senão, como explicar que pessoas como Joesley e Wesley Batista tenham chegado ao alto da pirâmide econômica? Os ditos cujos não sabem nem falar e negociam com bilhões! São uns gênios!

Eis alguns trechos da mais recente gravação que veio à luz. Dessa vez, que fala é Wesley, nas tratativas para burlar o sistema financeiro, fazendo uso de informações privilegiadas.

"Ô, Carlão, então, cê já falou com o BTG? Por que, então, vamos fazer esses 700 do Original e os 500… ou não, peraí. Tô pensando aqui. Cê já falou com quis bancos pra fazer aí?”

“Rafa, os limite que nós temo nos banco de NDF, se nós quisé voltar a usar, é coisa que tem que aprovar ou é coisa que tá pré-aprovada nos banco?"

"...você viu mais com relação a limite pra fazer NDF nos outros banco"

Pois é. O Brasil passou a ser governado e controlado por gente assim. Essa gente é que estava definindo o que é prioritário para o país. Essa gente é que estava preparando o país para o futuro. Nem precisava que fossem corruptos, e são, para que o Brasil fosse levado para a sarjeta da história. É estarrecedor!

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Horário de verão

Tem gente que adora o horário de verão. Deve ter. Eu não conheço ninguém, mas deve ter. Em compensação, há muito mais gente que detesta essa mudança estúpida no ritmo biológico das pessoas.

O horário comercial, com intervalo de almoço, ao qual nos adaptamos, já é por si só uma violência contra a natureza. Foi implantado, por interesse das empresas, na era da Revolução Industrial, para as quais era importante uniformizar os horários de trabalho, e daí por diante fomos obrigados a ter fome e sono nos horários predeterminados. O horário escolar, como consequência, seguiu o mesmo padrão, para obviamente coincidir com o horário dos pais das crianças.
Antes disso, as pessoas paravam o trabalho para comer quando sentiam cansaço ou fome, não o contrário.

O horário de verão é ainda uma agressão maior ao ciclo circadiano, que é o relógio biológico de todos os seres vivos. De repente, temos que fazer tudo uma hora mais cedo. Deitar-se sem ter sono, acordar capengando, almoçar sem estar com fome, etc., etc. Não há dúvida alguma que isso faz um estrago no organismo, aumenta a secreção de cortisol e, consequentemente, a pressão sanguínea, a irritabilidade, o número de acidentes no trânsito e o número de acidentes de trabalho.
O custo disso ninguém computa e mesmo a propalada economia de energia já se verificou que praticamente inexiste.

Esse horário esdrúxulo, portanto, não traz benefício algum. Então, no balanço geral o que há é prejuízo certo. Tanto é assim, que o governo Temer disse que vai fazer uma enquete sobre a continuidade desse famigerado horário de verão. Esperemos que o bom senso prevaleça a partir do próximo ano.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Lula lá...drão!

A Folha traz matéria hoje dizendo que o nordeste identifica Lula com o "rouba mas faz". Quem diria? Que ironia do destino, Lula acabar com o mesmo epíteto do seu ex-arqui-adversário Paulo Maluf!

Esse título, aliás, começou com outro paulista, Ademar de Barros, que governou S.Paulo por um total de 18 anos (de 1938 a 41 como interventor e como governador por 2 mandatos, de 47 a 51 e de 63 a 66). Ademar adotou informalmente o "rouba, mas faz" e o famoso cofre, que teria cerca de 15 milhões de dólares em valores atuais e que estava em poder de sua ex-secretária e amante, Ana Capriglione, foi roubado pela organização esquerdista VAR-Palmares em uma ação coordenada por Dilma Rousseff. Ela nunca explicou onde foi parar esse dinheiro!

Como os extremos se tocam, Ademar foi sucedido na política paulista, por Paulo Salim Maluf, a quem nunca incomodou o estereótipo do político ladrão. E Maluf sempre foi um alvo fácil nos discursos de Lula, quando ainda paladino da moralidade pública. Depois, foi o que vimos: Lula indo à casa de Maluf lhe beijar a mão.  Uma imagem vale mais que mil palavras. Essa foto disse tudo a respeito de Lula. A respeito de Maluf não é preciso dizer mais nada.

Pois agora, vem essa que pode ser considerada a pancada final na imagem e na biografia do ex-pobre nordestino: a marca do "rouba, mas faz". Na verdade, o que o sofrido povo do nordeste, que ainda estaria disposto a votar em Lula, quer mesmo é só o "fazer", mas se não tiver outro jeito, acaba aceitando que venha junto o "roubar". Tristes trópicos!

sábado, 16 de setembro de 2017

Balanço das flechadas

Janot foi o Procurador-Geral da República que mais incomodou a turma do andar de cima. Por isso, foi também o Procurador mais criticado de toda a história da PGR.
O costume, antes dele, era o engavetamento. Os processos contra os poderosos não andavam e o que se viu foi chegarmos a esse ponto.

Se cometeu erros - e deve tê-los cometido, pois é um ser humano - isso é de menor importância diante do fato que fez estremecer todos os poderes da República que até então se julgavam blindados e imunes a investigações. A medida da eficiência de sua gestão se dá pela repulsa que gerou em quase todas as agremiações políticas, em outras palavras, pela inimizade que criou com as organizações criminosas. Até mesmo a grande imprensa, acabou por se deixar levar por essa "narrativa" de que Janot estaria errando demais, sendo apressado, etc, blá, blá, blá...

A petista Folha, por exemplo, hoje estampa a manchete dizendo que
"Denúncia de Janot contra Temer tem como base fatos ainda em apuração". Ora, a denúncia demorou foi demais para ser feita, ou existe alguma sã consciência nesse país que acredita na inocência de Michel Temer? Nem Temer, nem Dilma, nem Lula, nem Jucá, nem Geddel, nem Moreira Franco, nem Padilha, nem Renan, nem Collor, nem Aécio, nem Serra, nem vários outros personagens deletérios da nossa política são inocentes. 

O difícil no caso da classe política brasileira não é propriamente encontrar culpados dos mais variados crimes envolvendo dinheiro público.

Ao invés de criticar Janot, uma manobra diversionista que visa apenas desviar a atenção do que realmente importa, que é a culpabilidade desse povo todo, deveríamos estar prestando homenagens a ele, da mesma maneira que deveremos sempre prestar homenagens ao juiz Sérgio Moro, outro que também é criticado por "açodamento" quando se trata de fazer a Justiça funcionar.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Tá ruim, Gilmar Mendes?

O ministro Gilmar Mendes sempre se mostrou destemperado, porém recentemente esse destempero tem chegado às raias da inconveniência. Definitivamente, não é o que se espera de um componente do mais alto Tribunal do país, ficar atacando, sem nenhum respeito, e de maneira bastante grosseira o Procurador-Geral da República.

O Procurador-Geral pode até ter cometidos erros, mas não é assim que se devam corrigí-los, não mediante ataques públicos pela mídia. E, se porventura, o Procurador exorbitou, prevaricou, ou cometeu algum crime por ação ou omissão, há canais institucionais para se fazer a correção de rumo e a devida cobrança.

Não consta que o ministro do STF seja o corregedor da Procuradoria. Então, o que transparece aí é que Janot tenha pisado no calo do ministro e este, infantilmente, tem reagido dessa forma destemperada.

Cabe a nós, da planície, perguntar: o que fez Janot que tanto irritou o ministro Gilmar Mendes? Terá sido a denúncia contra Temer? Gilmar Mendes está com raivinha porque o Procurador cumpriu seu dever? Teria sido mais conveniente ao ministro, que Janot simplesmente tivesse protelado esse assunto, deixando-o mofar na gaveta, como era hábito no Brasil quando se tratava de processos contra os poderosos?

As flechas de Janot podem ainda não ter atingido Temer, mas já atingiram, em cheio, algumas partes extremamente sensíveis do ministro do Supremo. O que não sabemos ainda é que partes são essas? Por quê essa sensibilidade toda? Será que, com a divulgação das fitas faltantes de Joesley, ficaremos sabendo?

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A Orcrim está perdendo a guerra

A guerra está dura, mas ontem a República venceu uma batalha importante. O Supremo Tribunal em peso, com a notória e esperada exceção de Gilmar Mendes, se posicionou em defesa das instituições do Estado Brasileiro. Como disse a ministra Cármen Lúcia: as pessoas passam, mas as instituições ficam. 

Por mais óbvio que isso deva ser, no Brasil é preciso que se enfatize que as instituições são maiores e mais importantes que as pessoas, que os cargos não pertencem aos seus ocupantes, que o Estado é propriedade de toda a nação e não apenas de uns poucos, que a coisa pública não é coisa sem dono. Em outras palavras, a República ainda precisa ser proclamada todos os dias.

Mas, ontem foi um dia especial. Ontem, vimos um ex-presidente sentado no banco dos réus, morrendo de medo do que lhe vai acontecer. Esse ex-presidente já foi um intocável na nação. Podia tudo e nada o atingia, julgava-se acima da Lei, mas agora está tomando consciência que as coisas aqui mudaram, devagar e às vezes sem a gente perceber claramente, mas mudaram. O maior avanço, sem dúvida, é ficar estabelecido que em uma República não pode haver intocáveis. Todos, sem exceção, tem de estar submetidos à Lei.

Ver a cara do Exu, sôfrego, bebendo água como um camelo desidratado, bufando e quase perdendo a compostura diante de um sereno juiz Sérgio Moro, nos mostrou que a guerra contra a Organização Criminosa que se aboletou no poder, pode ser uma guerra difícil, dura e demorada, mas quem a está vencendo somos nós, os cidadãos.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O deus Lula e seu profeta

Lula sempre foi um deus para a esquerda babona brasileira. O problema é que quando Lula deu a guinada para o centro, o que lhe permitiu a primeira eleição à presidência, Palocci passou a ser o seu profeta.

Era Palocci quem traduzia para o "mercado" as intenções do governo na área econômica. Palocci, além de profeta, era o avalista de Lula. Deu certo até certo ponto. A saída de Palocci do governo Lula, minado pelo caso do caseiro Francenildo, foi o começo do fim dessa aventura, que hoje sabemos, foi mais que uma aventura, foi uma organização criminosa se apoderando do Estado.

O deus, perdeu o seu profeta, enlameado naquilo que viria a ser a marca dos governos petistas: corrupção deslavada e sem limites. Alguns dizem que foi a saída do Zé, que precipitou tudo, mas penso que a saída de Palocci foi muito pior, porque, a partir daí, não houve mais nenhum contraponto, dentro do governo, às doideiras esquerdistas. a partir daí, começou a despontar a falsa doutora em Economia fodona, a gerentona pseudo-eficiente, que viemos a conhecer bem melhor depois, para nosso azar.

Lula, que de economia não entende nada e nem quer entender, deixou as coisas correrem soltas e dona Dilma cada vez mais poderosa e mandona. Foi aí que o caldo começou a entornar. E foi aí que Lula teve a brilhante idéia de, não só deixá-la ciscar à vontade na área econômica, mas de promovê-la a sua sucessora, no lugar do Palocci que seria o seu sucessor, se o plano original tivesse dado certo.

Devemos pôr as mãos para os céus, em agradecimento, por ter dado tudo errado, para nós, mas principalmente para eles. Se tivesse dado certo o plano inicial de Lula/Palocci, seríamos hoje uma gigantesca Venezuela.

domingo, 10 de setembro de 2017

Perguntas

Há, no ar, duas perguntas que não querem calar. A primeira se refere á declaração tonitroante do Zé Dirceu se vangloriando de não ter delatado e que preferiria morrer a entregar seus companheiros à Justiça. 
Muito legal essa declaração varonil, embora se saiba que "morrer" aí é apenas uma força de expressão, posto que o Estado brasileiro não admite a pena de morte.

O que Dirceu não disse, mas ficou dito, por implicação lógica, é que: 

1) ele teria coisas a delatar; A pergunta então, que se segue, é: o que o Zé poderia ter delatado?

2) essas coisas, que ele não delatou e nem delataria mesmo que fosse morto, são obviamente atividades ilegais de seus companheiros. Se fossem atividades legítimas não haveria sequer o que delatar; 

3) ao criticar Palocci, Dirceu não disse que Palocci inventou fatos, disse que ele delatou fatos e que isso, a delação, é uma atitude vergonhosa e que Palocci nunca foi comprometido com a "causa". 

Portanto, de forma indireta, Dirceu sacramentou tudo o que Palocci disse. E, mostrou, que o compromisso dele é com a "causa", jamais com a nação brasileira.

A outra pergunta é: de onde veio esse dinheiro encontrado nas malas do Geddel? Não se pergunta qual foi a origem da propina, pois isso já sabemos, é dinheiro público desviado da merenda escolar, da saúde, de medicamentos, de aposentadorias, da Caixa Econômica, etc., etc.  Mas o que intriga é como esse dinheiro foi retirado de algum banco ou caixa eletrônico e transportado, em notas de 100 e de 50 reais, para aquele apartamento.

As retiradas em espécie, nas agências bancárias, acima de determinado valor, tem que ser avisadas com antecedência e há limites, normalmente até 50 mil reais semanais, por questões de segurança. E, saques em espécie acima de 10 mil reais, tem que ser reportados ao Banco Central. Nos caixas eletrônicos os limites máximos para saque são de 2 mil reais por dia.

Para abastecer aquele apartamento com quase 52 milhões, ao ritmo de 10 mil reais por dia, 5 dias por semana, desconsiderando os feriados bancários, Geddel levaria 1040 semanas, ou seja, 20 anos. 

É inexequível. Então, ou ele recebeu produtos de vários assaltos a bancos e carros-fortes, ou há algum banco conivente nessa história que lhe foi liberando esses valores, acima dos limites e sem informar ao Banco Central, como exige a Lei. Ou o banco informou ao Banco Central, que não tomou nenhuma providência. Em resumo: não é possível acumular tal quantia em dinheiro vivo, sem a cumplicidade de alguma organização. A pergunta então é: quem auxiliou Geddel nessa atividade criminosa? A mídia não fala nada. Não está também interessada em saber?



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Língua plesa solta

Com língua presa e tudo, Palófi, soltou a franga e arrasou!!!

Na verdade, não disse nada de mais, nada que já não tivesse sido dito por outros criminosos "arrependidos", como Marcelo e Emílio Odebrecht, Léo Pinheiro, Delcídio, Funaro, João Santana, Mônica Moura e outros.

A diferença é que quem reconta a história agora é o Palocci, um político da alta cúpula do PT, originário das entranhas do partido, e que participou de tudo o que o PT fez no âmbito nacional desde 1998. Participou de todas as campanhas do Lula e da Dilma. Foi ministro duas vezes ambos os governos petistas. Portanto, além do Molusco, Palocci deve ser a pessoa que mais sabe das "traquinagens" perpetradas pelos petistas no poder.

Além disso, Palocci tem uma conversa fácil, não titubeia, não faz rodeios, está decidido e vai contando tudo o que sabe. Depois dessa, qualquer possibilidade política que porventura restasse ao Exu de Garanhuns cai por terra. Acabou.

Agora, somente os empedernidos, os loucos de pedra, ou os que estão na mesma situação criminosa do chefe, é que ainda terão uma palavra em sua defesa.

Na próxima semana, Lula deveria sair de seu depoimento ao juiz Sérgio Moro, direto para a cadeia de Curitiba. Seria uma maneira de dizer ao povo brasileiro que a missão da Lava Jato está chegando ao seu final, um final feliz para nós, e que, agora, podemos nos voltar para recuperar o país dos estragos que essa gente lhe causou.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Quadrilha

Geddel é amigo do Joesley, que é amigo do Temer, que era amigo (e vice) da Dilma, que é amiga do Lula, que é, ou era, amigo do Palocci, que não é mais amigo de ninguém.

Joesley foi para os Estados Unidos, Temer comprou todo mundo,
Teori morreu de desastre, Dilma ficou falando sozinha,
Gleisi, casada com Paulo Bernardo, foram ambos parar em Curitiba
E Lula, denunciado por Palocci, perdeu os álibis e a voz.
E o STF, que ainda não tinha entrado na história, ficou indignado e só, nada mais fez ou fará.

Assim é o poema trans-drummondiano pós-moderno A Quadrilha.

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(*) Relembrando o poema original:

QUADRILHA


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Carlos Drummond de Andrade

Bandidos e bandidos.

Há menos de uma semana, estava ponderando sobre a desnecessidade das instituições bancárias diante das novas tecnologias. Qual não foi a surpresa verificar que a política brasileira já se adiantou a isso. Mesmo usando uma "tecnologia" quase tão antiga quanto a mais antiga das profissões, a classe política brasileira já mostrou sobejamente poder dispensar os serviços bancários.

Pra quê banco? deve ter ponderado Geddel Vieira Lima com suas malas e caixas de dinheiro vivo. Hoje em dia, nem nos bancos suíços se pode mais confiar! Melhor providenciar um Fort Knox particular e secreto.
Dá trabalho transportar toda aquelas malas pra lá e para cá, abarrotadas de notas de cem, mas, ao final, deve valer a pena.

Uma coisa interessante é que não se tem nenhuma notícia de alguém transportando uma mala dessas, ou mesmo uma reles mochila com 500 mil, ter sido assaltado. Será que há um pacto entre eles? Bandido não rouba bandido? 

Hoje não se pode sair com um simples celular; e esses caras, transportando milhões em malas e mochilas pelas ruas, jamais foram abordados por um assaltante! Ou é muita sorte, ou existe mesmo esse pacto, ou a bandidagem comum, reles, vil, filiada ao tráfico, simplesmente tem medo deles! Inclino-me pela última hipótese. Desse povo há que ter medo, eles são ultra-profissionais e não estão aí para brincadeiras, não.

Essa máfia, essa organização criminos, que tomou conta do Brasil, é para ser temida. São capazes de qualquer coisa e estão renitentes em suas posições. Não vão largar o osso fácil, a não ser que os cidadãos se unam verdadeiramente contra eles. Afinal, para alguma coisa, deverá servir essa tal de democracia, o governo do povo, pelo povo e para o povo.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Pra Quê Banco?

Tem gente que vai rir do que eu vou dizer, mas uma pergunta que ninguém faz é: para quê precisamos de bancos?
A respostas mais imediatas são: "para guardar dinheiro"; "para tomar empréstimos quando for preciso" e outras desse mesmo diapasão.

Mas na verdade, não precisamos de bancos para nada. Houve época em que o dinheiro era físico, o vil metal, por isso, por questão de segurança, guardá-lo em um banco poderia ser uma justificativa. E, nem assim, todas as pessoas faziam isso. Havia muita gente que guardava suas moedas, literalmente, debaixo do colchão.

Os bancos foram se introduzindo em nossas vidas, como agentes imprescindíveis quando, na verdade, são apenas intermediários entre nós e o nosso dinheiro e ainda cobram por isso! E vendem de tudo. Quero dizer, vendem o que lhes interessa vender, é claro, como os seguros que você não precisa e os tais títulos de capitalização onde só eles ganham.

Felizmente as coisas estão mudando. Aos poucos, o dinheiro foi se tornando cada vez mais virtual. De moeda em metal precioso, virou papel, depois virou cheque (uma outra forma de papel-moeda). Com a generalização do uso dos cartões de crédito e de débito, o cheque entrou definitivamente em vias de extinção e o dinheiro agora é apenas um registro eletrônico, guardado em um servidor...do banco. 

O banco então passou a ser apenas o administrador de um grande servidor de rede, que contabiliza os movimentos financeiros equivalentes aos bits que entram e os bits que saem das contas dos clientes.
O nosso dinheiro não está no banco. O dinheiro está na nuvem!

Aí vem a grande sacada! Se o dinheiro é expresso apenas por uma informação eletrônica, qualquer pessoa pode armazená-la onde quiser. O dono do dinheiro pode voltar a guardá-lo no colchão! Essa é a moeda virtual, a cripto-moeda, um valor codificado e criptografado que qualquer pessoa pode guardar onde quiser, para o qual não há fronteiras geográficas e nem bancos centrais controladores, nem taxas a serem pagas, nem custos administrativos, nem nada. Ou seja, os bancos estão com os dias contados.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Reforma política

O oligarca mineiro, Antônio Carlos de Andrada, produziu a seguinte frase lapidar: "Façamos a Revolução, antes que o povo a faça". Essa frase explica muito bem o espírito que move a política no Brasil: a dissociação completa entre o que fazem os supostos representantes e o que querem os representados. 

Ou seja, a democracia representativa é uma ficção entre nós. A classe política brasileira, com raríssimas e honrosas exceções, só olha para o próprio umbigo e defende apenas os próprios interesses, que nada tem a ver com os interesses da nação. Não é à toa que ninguém se lembra sequer em quem votou para deputado nas últimas eleições! Vota-se por obrigação, sabendo que o eleito, seja quem for, será mais um a usurpar o mandato popular em benefício próprio e de sua família e amigos.

Essa coisa chamada Reforma Pol´tica de agora é mais um exemplo dessa dissociação. Em primeiro lugar, POR QUÊ A PRESSA?  Diante de tantos problemas e de outras reformas muito mais importantes para a nação, como a reforma da Previdência e a reforma Tributária, os nobres deputados e senadores só falam e discutem sobre a reforma política! E que reforma! O espírito do velho oligarca deve estar feliz: vamos mudar para que fique tudo como está. É isso a síntese da presente reforma. Os nobres representantes do povo estão preocupadíssimos em garantir o financiamento para suas próprias campanhas e que o caciquismo continue vigente, garantido pelo tal distritão.

Agora, fale-se em voto distrital ou em parlamentarismo, com mandatos sem prazo fixo, disso ninguém quer saber. A burla à vontade popular começa obviamente na forma com que limitam a nossa escolha. O sistema atual já é uma porcaria tal, que só pôde gerar isso que está aí. Pois, os políticos querem porque querem piorar ainda mais esse sistema.

Essa dissociação entre os representantes e o povo um dia terá que acabar. É ela a razão dos espasmos políticos que temos a cada 20 anos, das 8 Constituições (*), e dos voos de galinha do desenvolvimento econômico.

Não há país, por mais rico que seja, que aguenta. O mais impressionante aqui é ver como o povo aceita tudo isso e se conforma.

(*) Constituições de 1823, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988.

domingo, 20 de agosto de 2017

Gilmar Mendes de novo!

O ministro Gilmar Mendes envergonha a classe jurídica desse país, há muito tempo. Porém no recente episódio em que concedeu "habeas corpus", em tempo récorde de 24 horas, ao chefe da máfia dos transportes do Rio, ele se superou. Foram dois habeas corpus à mesma pessoa, ambos em tempo récorde.

O chefe mafioso, Jacob Barata Filho, que foi solto pelo ministro, tinha tido prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, porque se preparava para fugir do país com documentos sigilosos. Mas o grande Gilmar, que foi padrinho de casamento da filha do chefão (apenas uma coincidência), além de não se considerar impedido, foi rápido e rasteiro.

O Supremo fica todo em cheque, até porque seus colegas, mesmo que não concordem com as atitudes do ministro, permanecem em silêncio obsequioso. Essa falta de reação só pode ser explicada, ou pelo corporativismo, ou por conivência, ou por covardia. Nenhuma das explicações engrandece a instituição.

Aliás, historicamente, o Supremo Tribunal Federal sempre falhou com a população, quando mais precisávamos dele. Durante os 15 anos da ditadura de Vargas e, principalmente, durante o Estado Novo, o Supremo conviveu pacificamente com os maiores desmandos e  arbitrariedades do Executivo, sem dar um pio. O mesmo se repetiu durante a ditadura militar instaurada em 64. Pessoas foram arbitrariamente presas, torturadas e mortas e não se ouviu uma voz dos senhores ministros em protesto.

Conclui-se que os ministros do Supremo são muito valentes quando não se defrontam com um poder que os ameace.  Quando é preciso que a voz dos magistrados se levante, como se levantaram as vozes de Ulysses Guimarães, de Mário Covas, de Teotônio Vilela, nessa hora o Supremo Tribunal se esconde e passa de fininho pela história.

Mesmo assim, com essa história pusilânime, não faz bem ao país que qualquer ministro dessa Corte seja visto com suspeição pela população. Merecemos um Supremo tribunal melhor.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Milionária quer dar pro Lula!

Milionária quer dar pro Lula! Ricaça entediada faz gracinha com o dinheiro do vovô. Assim deveriam ser as manchetes da notícia em que uma herdeira milionária, uma tal de Roberta Luchsinger, informa que vai doar 500 mil reais ao Lula. Ela está com peninha de o juiz Sérgio Moro ter bloqueado os 9 milhões da Previdência privada do líder sindical.
A madame pode dar para quem quiser o dinheiro de seu avô. Aliás ela nem sabe quanto custou ganhar esse dinheiro. Por ter nascido em berço esplêndido e fazer parte da elite, parece que essa senhora nunca precisou trabalhar. Pode, portanto, se dar ao luxo de esbanjar à vontade. 

Reconhecido seu direito de fazer o que quiser com seu dinheiro, entretanto, essa notícia levanta uma série de questões. Se a madame queria tanto assim ajudar o nordestino retirante, ela podia simplesmente ter feito uma transferência bancária para ele. Uma TED resolveria o problema sem alarde. Por que então veio à mídia expor um assunto particular como esse? 
Afinal, essa exposição, indesejada por todos nós, levou até à decisão judicial de embargar a doação até que a dita senhora pague uma dívida de 63 mil reais que está em aberto com uma empresa de decoração.
Tivesse feito a doação sem trombetear, o pobre desvalido do Lula já teria posto a mão na bufunfa e a ricaça entediada não teria que enfrentar essa exposição pública de um assunto pessoal. Mas, como estamos vivendo tempos muito estranhos, tudo isso pode ser considerado normal.

 Voltando à questão levantada pela doação em público, o que se pode concluir é que essa senhora tem alguma outra intenção, além da filantropia. Será candidata  a alguma coisa em 2018 pelo PT? Tudo é possível. Esperemos e veremos.

sábado, 12 de agosto de 2017

Saco sem fundo

O nobres deputados perguntaram a você e aos demais 100 milhões de eleitores, entre os quais me incluo,  se queremos financiar as campanhas de suas excelências?
Não perguntaram, mesmo porque já sabem que a resposta será um grande, vibrante e sonoro NÃO!

Ninguém é obrigado a ser candidato a nada, portanto, cada um que cuide de financiar a própria campanha. Que arrume seus doadores, amigos, parentes e que-tais, que queiram bancar a aventura política. Faça rifas, barraquinhas, venda sanduíche na praia, faça até mesmo programas eróticos, aliás, a prostituição já faz parte da vida política de muitos deles. Qualquer coisa vale, menos receber dinheiro de empresas (que a lei não permite mais) ou botar a mão no nosso bolso.

Sendo tão criativos, os nobres parlamentares hão de encontrar meios de fazer suas campanhas, ou então, desistam da vida pública. Em grande número de casos, seria um benefício que fariam ao país.

Além disso, as campanhas eleitorais ficarão muito mais baratas, mais condizentes com os propósitos elevados de uma verdadeira democracia. E, se alguém argumentar que, assim, candidatos com poucos recursos financeiros seriam alijados da política, é fácil demonstrar que não. As redes sociais estão aí, de graça ou quase, para divulgar a idéias de quem quer que seja. Cria-se uma página no Facebook, no Google+, no Instagram, divulga-se um vídeo no YouTube, mande-se mensagens por email, whatsapp, etc.

Não há desculpa! O Fundão que querem fazer descer pela nossa goela só é mais uma janela para os mesmos de sempre continuarem a enfiar a mão no nosso bolso. Saiamos de novo às ruas! Temos que dizer um basta agora, antes que sejamos roubados mais uma vez.


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Me engana que eu gosto

Uma tática muito usada pela esquerda, para enganar trouxas, é reescrever a história. Se algum fato, alguma foto, ou uma declaração, se tornam inconvenientes diante do quadro político do momento, então mude-se a foto, a declaração e até mesmo o fato.

Stálin levou essa atitude ao estado da arte, mas não foi só ele quem fez isso. Seu arqui-inimigo Trotski também lançou mão do estratagema quando ainda tinha poder na URSS.

Como normalmente nas ditaduras comunistas eles controlam a informação e os meios de comunicação, já deitaram e rolaram refazendo a história a seu bel prazer. No entanto, nem é necessário que tenham o controle sobre os meios de comunicação. Aqui no Brasil, por exemplo, o PT tentou (e penso que ainda não desistiu) controlar a imprensa. Felizmente para nós, não teve sucesso e a derrocada da legenda como um todo, acabou por nos salvar dessa desgraça.
Entretanto, mesmo sem esse controle, o PT fez de tudo para criar uma "realidade particular", ao menos, para vendê-la aos seus adeptos e, claro, àquela parte da população, carente e ignorante, que se deixa enganar por bolsas disso e daquilo. Não à toa, seu guru apregoava aos quatro ventos, que "Nunca antes na história desse país..." aconteceu isso, aconteceu aquilo. O isso e o aquilo eram sempre alguma "maravilha" que o PT teria inventado, maravilha essa inédita desde Pedro Álvares Cabral.

E agora, diante de toda a derrocada econômica patrocinada por um misto de má-fé e burrice de todos os 2 governos petistas, eles posam de críticos da economia, vociferam contra o desemprego, a inflação (mesmo estando em queda) e a recessão, como se tivessem chegado agora de Marte e encontrado esse estado caótico no país. E ainda pretendem não ter nada a ver com o governo Temer, que foi escolhido e benzido por eles durante 2 mandatos!

A quem eles pretendem enganar? Infelizmente, ainda há muita gente querendo ser enganada, pedindo para ser enganada, implorando para ser enganada.





quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Procurando o quê na casa do Temer?

Foi no mínimo deselegante e comprometedora a posição da nova Procuradora-Geral da República ao aceitar se encontrar secretamente com Temer na calada da noite.  Diz ela que foi para discutir questões da posse!

Seja por que motivo for, ainda mais um motivo simples como esse, a senhora Procuradora deveria ter se dado ao respeito! Encontrar-se às 10 horas na noite no palácio do Jaburu, residência do presidente,  fora da agenda oficial, para tratar de assunto oficial?

A senhora Procuradora dá motivos para a gente pensar o que quiser. Fazer as ilações que quiser fazer. Não há razão alguma para esse encontro fora de hora e fora da agenda! Ainda mais com uma pessoa, seja ou não presidente,  suspeita de ter cometido crimes. Há uma denúncia aberta contra ele, que não prosperou porque a câmara o protegeu, mas a denúncia não foi eliminada, portanto o senhor Michel Miguel Elias Temer Lulia é, sim, suspeito de ter cometido uma série de crimes comuns.

A indicação de Raquel Dodge já era vista com certa desconfiança, exatamente por ser indicada pelo próprio suspeito e não ter sido o primeiro nome da lista tríplice! A desconfiança poderia ter ficado por aí, mas, a Procuradora fez questão de aumentá-las exatamente por esse comportamento esdrúxulo.

Nesses tempos, em que a confiança nas instituições e no próprio regime democrático se encontram, talvez, no nível mais baixo de nossa história, precisamos urgentemente de líderes, de reservas morais, para ajudar a nos tirar desse atoleiro. O que não precisamos e dispensamos por inconvenientes são agentes públicos que, antes mesmo de começar a exercer suas funções, já estão se colocando na mesma vala comum em que estão todos os demais. Isso só faz aumentar o descrédito na vida pública, com consequências nefastas para a nação.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Privada brasileira

Engraçado com funcionam as privatizações no Brasil. Privatiza, privatiza, mas tudo continua sendo bancado com o dinheiro público! Querem exemplos? O recente fiasco do aeroporto de Viracopos  é um exemplo "interessante". O consórcio, que ganhou a concessão e que agora a está devolvendo, é formado pelas empresas UTC, Triunfo, Egis e ...tchan, tchan, tchan!...Infraero! A devolução acontece quando esse consórcio está devendo 2,16 bilhões diretamente ao BNDES e não aguenta pagar. 
Está devendo ainda, outros 423 milhões ao BNDES, mas através de repasse dos bancos Itaú, Bradesco, Haitong e...Banco do Brasil, é claro!

Capitalismo assim é fácil! Na hora do lucro, as boladas são divididas entre os "capitalistas" e os "representantes do povo". Na hora do preju, quem paga somos nós, os otários de sempre.

Exemplos de privatização à brasileira não faltam: a icônica Telemar, por exemplo. A privatização da telefonia foi sempre citada como paradigma das coisas que funcionam quando deixam de ser administradas pelo estado. Entretanto, mesmo nesses casos, encontramos as garras estatais fincadas em algo que o estado brasileiro parece incapaz de largar: a atividade empresarial. No caso da Telemar, o BNDES ainda é sócio com quase 5%.

Outro exemplo da sombra estatal influenciando e deturpando decisões que deveriam ser privadas é o caso da Vale. Para se livrar do fantasma do estado a Vale está recorrendo a uma manobra saneadora de modo a pulverizar o controle acionário da empresa. Isso ocorre 20 anos depois de sua suposta privatização!

Há duas explicações para esse fenômeno: 1) o capital público (estado) não quer largar o osso; 2) O capital privado quer um capitalismo sem riscos.

No primeiro caso, é fácil concluir porque não interessa aos que detém o poder político desfazer-se de "patrimônio público". É que de público esse patrimônio não tem nada, uma vez que está privatizado aos interesses dessa oligarquia. Essa vaca leiteira já lhes rendeu e ainda rende, muitas vantagens indevidas, e é isso o que o político médio brasileiro quer: usufruir de vantagens indevidas. Está aí a Lava Jato para desnudar e confirmar todo esse velho esquema.

No segundo caso, interessa aos empresários que são amigos do rei, a manutenção do status quo das estatais. Quando são públicas, estão privatizadas aos interesses deles, como foi o caso da Petrobras. Quando se tornam privadas (à brasileira) é sempre bom ter um sócio graúdo para pagar as contas, como está sendo o caso do aeroporto de Viracopos.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Que país é esse!?

Anteontem assistimos ao pior espetáculo da história do parlamento brasileiro. Vimos um Congresso, não só subserviente ao poder executivo, mas pura e simplesmente comprado. Não que o resultado da votação, se tivesse sido diferente, iria mudar muita coisa. A questão não é se Temer, herança maldita do PT, é melhor ou pior que Rodrigo Maia, ou quem quer que esse mesmo Congresso viesse a eleger indiretamente.

Temer não é melhor, nem pior que a média dos congressistas brasileiros, ele é simplesmente igual. Assustadoramente igual!

O Congresso que vimos anteontem foi um ajuntamento de nulidades. O PT com seu discurso fora de hora, vociferando contra a crise econômica e o desemprego como se não tivesse nada a ver com isso, chegou a ser patético. Aliás, o PT quer ver o Temer fora da presidência, não porque discorde do programa de governo. mas porque o PT quer vingança. Afinal, Temer foi capaz de deixar cair o governo petista sem esboçar nada em sua defesa. O PT, conforme o exemplo stalinista, jamais perdoará Michel Temer! Mas isso não tem nada a ver conosco, cidadãos brasileiros, lutando para sobreviver nesse caos.

Como dizia, o Congresso que vimos anteontem foi apenas um ajuntamento de nulidades. Nenhum discurso digno de nota. Nenhuma inteligência sobressaindo-se dentre os bovinos. Deu vergonha! deu vergonha de saber que esses são os representantes da nação! E, é lógico, tivemos algumas pérolas para a posteridade. Em primeiro lugar, o deputado tatuado foi flagrado mandando a seguinte mensagem pelo Whatsapp:"Mostra a tua bunda! Afinal não são as tuas profissões que a destacam como mulher. Vai lá, põe aí, garota."
Outro deputado, um tal de Júlio Lopes, declamou: "somos a elite legislativa desse país";e ainda, "Lula é uma das maiores biografias desse país".

A bancada do PSDB deu um show de tucanagem: ficou em cima do muro até na hora de votar. Foram 22 votos a favor de Temer, 21 contra e 4 ausências. Aliás, o PSDB de Minas deu um vexame maior ainda. Deu 6 votos a favor de Temer e nenhum contra.

A gente se pergunta: de onde será que saíram essas pessoas, esses congressistas? E quem foi que votou neles? É assustador imaginar a resposta.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Filme de terror

Já está até cansativo de tanta repetição. A cada vez que cai mais um corrupto, ouvimos mais ou menos a mesma história: aparelhamento do Estado pelo PT, formação de quadrilha com os próceres dos maiores partidos do país, liderados pelo PT, desvios monumentais de verbas públicas em proporções épicas, intimidação de testemunhas e obstrução de justiça, continuidade delitiva até mesmo depois de presos, confiança absoluta na impunidade, e por aí vão os delitos se sobrepondo.

Os atores desse filme de terror também são quase sempre os mesmos, mudando às vezes, os personagens e os papéis, mas lá estão, sempre, as mesmas caras conhecidas: Palocci, Mantega, Geddel, Jucá, esses são os do segundo escalão. 

De vez em quando aparece também a carantonha de um chefe: um Lula escapando pela escuridão e se escondendo atrás de uma lápide, uma Dilma se fazendo de songa-monga, um Michel Temer fingindo que é apenas o mordomo do filme, mas mostrando os dentes com manchas de sangue.

Há também um personagem secundário, ou terciário, mas cuja presença é sempre sentida, ou intuída, nos bastidores da cena principal. É uma verdadeira Entidade! Seu nome: Gilberto Carvalho, o seminarista!

Desde o caso Celso Daniel, a sombra fugidia de Gilberto Carvalho se faz notar nas entrelinhas de todos os escândalos. O sabujo está sempre lá, discreto, mas fazendo diligentemente o trabalho que lhe mandam fazer. Agora, mais uma vez, a digitais do seminarista aparecem em uma operação escusa, a tentativa de Bendine de intimidar e fazer calar o motorista Sebastião Ferreira, que lhe prestou serviços ao tempo do Banco do Brasil. Bendine tentou fazer contato com o motorista através de Gilberto Carvalho, segundo o juiz Sérgio Moro, para convencê-lo a não depor perante o Ministério Público. Diz o juiz em seu despacho: "...são provas, em cognição sumária, de um vergonhoso episódio, no qual o então presidente do Banco do Brasil teria pressionado testemunha, pessoa simples, motorista que prestava serviços a ele e à instituição financeira, para não falar a verdade, obstruindo assim a Justiça. "

Bendine tentou fazer, com o motorista, o mesmo que fez Palocci com o caseiro. O "modus operandi" da quadrilha é sempre o mesmo. 
E esse filme de terror não acaba. Ficamos, nós, cidadãos, presos dentro dessa sessão de cinema interminável, porque os atores e os personagens não querem sair de cena. Mas terão que sair. Cedo ou tarde, alguém, em algum momento, vai desligar o projetor e nos veremos livres desses monstros, que, despidos de suas máscaras horrendas, terão que enfrentar a realidade nas prisões de Curitiba, Rio, Distrito Federal e outras mais.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Corrupto honesto

É como se fosse um vício, uma dependência química! O corrupto não pára de agir como tal, nem mesmo perante os riscos iminentes. Veja-se o caso Bendine. Nas vésperas de assumir a presidência da Petrobras, pediu propina à Odebrecht, para blindar a empreiteira contra as investigações da Lava Jato dentro da estatal. E, segundo Marcelo Odebrecht, a propina foi paga quando ele, Marcelo, já estava preso!

Eles não aprendem nada e não esquecem nada. Não desistem de suas atividades criminosas, ou confiando na impunidade, ou porque não conseguem resistir mesmo. Aldemir Bendine chegou até à sofisticação de recolher Imposto de Renda sobre a propina! Isso é que é corrupto honesto, pagador de impostos, cidadão consciente de seus deveres e responsabilidades! O Brasil é mesmo insuperável no quesito piada pronta.

Aldemir Bendine, Eduardo Cunha, Sérgio Cabral e Geddel Vieira Lima, são nomes que entrarão para a história da corrupção, cada um por um motivo diferente, mas todos pelo surrealismo de suas atitudes. 

A Psiquiatria e a Psicanálise tem que se debruçar sobre esses casos, para tentar entender o que se passa no cérebro dessas pessoas. Não parece ser só uma questão de dinheiro. O corrupto-dependente não consegue ver passar uma "oportunidade" sem fazer nada, mesmo que o risco seja alto e o valor seja baixo. Geddel, por exemplo, perdeu o cargo de ministro por conta de um apartamento na  praia. Ora, para um corrupto velho-de-guerra como ele, acostumado a amealhar milhares de reais ao longo de toda uma vida de "trabalho", a liberação da construção de um prediozinho no qual Geddel tinha um apartamentinho, não seria motivo para correr risco. Mas, ele não resistiu. Isso é compulsivo!

O mesmo se pode dizer de Eduarco Cunha e Sérgio Cabral, cujas digitais estão impressas em todas as áreas por onde passaram e tiveram algum poder ou influência. Cunha surrupiava até o fundo de aposentadoria dos funcionários da companhia de água e esgotos do Rio (Cedae). Cabral ganhava comissão até sobre os aumentos das passagens de ônibus.

Nas mãos de gente assim, é que está colocado o destino da nação. Aterrorizante, mas verdadeiro. Eles tomaram mesmo o poder. A dúvida é se conseguiremos expulsá-los de lá.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Histeria esperta

O que é Gleisi Hoffmann? Essa mulher está em estado permanente de surto psicótico! O mundo em que sua mente habita, não tem nada a ver com o mundo real das pessoas comuns.

Até para os correligionários petistas -que já são meio alucinados por permanecerem petistas depois de tudo o que foi revelado sobre seus líderes - deve ser difícil conversar com ela.

Por exemplo, recentemente defendeu o governo de Maduro, na Venezuela - até aí nada de mais, considerando-se de quem veio a afirmação - mas chegou ao ponto de "condenar o ataque à Corte Suprema", quando, na verdade, foi um bando de capachos do Maduro, chamados de Corte Suprema, que deu um golpe abolindo o parlamento venezuelano.

Depois, integrou, ou liderou, aquele grupo de senhoras histéricas e mal-educadas que invadiram a mesa do Senado da República e conspurcaram o ambiente comendo "quentinhas" e mastigando de boca aberta à vista das tevês de todo o mundo.

Gleisi, ou é mesmo amalucada, sem contato com a realidade, ou é apenas uma palhaça oportunista que, diante da iminente denúncia por corrupção, faz esse "show" todo para desviar a atenção do ponto principal, que é ela e seu marido terem desviado dinheiro público do FGTS e dos empréstimos consignados aos aposentados. A segunda hipótese é mais verossímil, até porque Gleisi apenas repete (elevando-o exponencialmente) o comportamento, o "modus operandi" do PT, que sempre que confrontado com seus "malfeitos" esbraveja, grita e acusa os seus acusadores de perseguição política.

Gleisi consegue elevar essa histeria, muito bem calculada, ao estado da arte. A única coisa de que ela se esquece é que não há mais espectadores dispostos a ouví-la, muito menos aplaudir esse espetáculo circense.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Sobrou pra nós!

A gente já sabia. O governo  do PT fez e aconteceu, principalmente o segundo governo Lula e o governo Dilma. Altamente irresponsáveis, só pensavam nas próximas eleições e nos seus índices de popularidade junto à massa analfabeta politicamente. Gastaram o que podiam e o que não podiam. Empenharam, na sua sanha de poder, o futuro de toda uma geração.

O mito da elevação de pobres à classe média, não durou uma década. A reversão à miséria, piorada com o desemprego, está aí à vista de todos, só que, outra vez, a situação calamitosa vem sendo usada pelo mesmo PT para buscar mais uma vitória nas urnas por "defender os pobres e os trabalhadores".
É um discurso que ainda "cola" para a parcela mais ignorante do povo, mas só para essa parcela.

O resultado é que o pagamento da conta, como sempre, sobrou para nós, os "contribuintes". E, conversa vai, conversa vem, o Congresso continua  a irresponsabilidade, só olhando para o próprio umbigo e, devagarinho, como quem não quer nada, vão apresentando a conta para nós.  Tocar nos privilégios das castas, nem pensar! Portanto, o tal equilíbrio fiscal, que de equilíbrio nunca teve nada, só se mantém à custa de mais impostos sobre a população.

Nunca, em época alguma, em governo algum, houve redução de gastos públicos no Brasil. Isso porque quem está lá, refestelado nas mamas generosas do Estado-Mãe, não abre mão e quer continuar recebendo as benesses, seja um simples auxílio do Bolsa-Família, seja uma mordomia de deputado, seja um salário de marajá do serviço público. A discussão irracional e o adiamento da reforma da previdência é um exemplo clássico! 

Assim não vamos resolver essa questão agora e temos que nos defrontar com ela daqui a 5 ou 10 anos em situação pior. Isso condena o Brasil a viver aos solavancos e espasmos. Nossos períodos de crescimento econômico são voos de galinha. Logo aterrizamos com estardalhaço, nos esborrachando no chão, levantando poeria, sem ter ideia do que foi que nos fez cair. O que nos faz cair sempre é uma mistura de preguiça com burrice.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Esse discurso não "cola" mais.

Blá-blá-blá!... E Lula continua vomitando asneiras. O boquirroto-mor da República não pára de falar. Fala qualquer coisa, independente de o que ele fala ter correspondência na realidade.

Pede ao povo para voltar a ter autoestima. Como? Se foi o governo do PT que provocou uma das maiores calamidades da história recente do país: 14 milhões de desempregados! Dá para ter autoestima sem emprego e sem salário? Vendo a família passar fome? Vivendo de favores? Que autoestima, cara-pálida?

Eu me pergunto para quem Lula faz esse discurso? Para os desempregados é que não é. Para a "nova classe média" que regrediu a posições piores das que estava antes do lulismo, também não é. Para os "coxinhas" tampouco. Para os ricos? Ah, os ricos, ou estão se lixando pro Lula, ou estão tentando se livrar da enrascada em que se meteram com Lula.

Então esse discurso fajuto só tem um endereço: a militância! É uma maneira de tentar livrar a cara diante da militância.
Ao invés de explicar o triplex, o sítio, a relação espúria com empreiteiras, a institucionalização da corrupção como método de governo, Lula quer fazer engatar o discurso de vítima e de líder carismático.

Só que não "cola"! Não "cola" mais. Nem mesmo a militância mais aguerrida está sentindo confiança em continuar a defender o indefensável. Quem permanece ao lado de Lula são somente aqueles que têm mais a perder se o abandonarem. Quem fica ao lado dele é uma Gleisi Hoffman, que é um caso perdido, um Lindbergh Farias, um safado oportunista, e os quadros do partido, mais por obrigação talvez, do que por vontade própria.

Digam as pesquisas o que disserem. Eu até gostaria de ver Lula candidatando-se em 2018, para encerrar de vez qualquer veleidade política desse enganador.

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