domingo, 28 de abril de 2019

Suprema palhaçada

Não li, não vi, não verei e nem lerei uma linha dessa palhaçada que foi a tal entrevista com o presidiário. O que um criminoso contumaz, condenado já em dois processos e indiciado em outros tantos, terá de importante a dizer para a nação? Absolutamente nada!

Um cidadão que se desvia da Lei não tem nada a ensinar a ninguém; ao contrário, tem é que ser ensinado, se for possível, e é para isso que o Estado dispõe dos meios punitivos. Uma das funções do aprisionamento é, ou deveria ser, a reeducação do preso. É o que dizem os exegetas do Direito e é o que consta no primeiro artigo da Lei de Execução Penal:
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado...
(LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984.)
Diante disso, a entrevista com um ex-presidente condenado por corrupção, crime, ao meu ver, agravado pelo fato de ter sido praticado quando o atual detento exercia a função mais elevada da República, é um achincalhe, um tapa na cara de toda a nação. Eu me sinto pessoalmente ofendido com essa entrevista.

Ocupar o honroso cargo de Chefe de Estado e, ao invés de respeitá-lo e dar o exemplo, assumir o comando de uma organização criminosa contra esse mesmo Estado é um agravante tal, que nenhum órgão de imprensa, que se respeitasse, deveria se dar o trabalho de o fazer.

Mesmo sem ter lido ou  visto, posso imaginar o monte de mentiras e desfaçatez que esse presidiário deve ter desfilado. Deram-lhe um palanque, de graça, com  a anuência de seu ex-menino de recados, atualmente exercendo a presidência da Suprema Corte. Com esse palanque gratuito, o ex-sindicalista só precisou reincarnar a figura nefasta de demagogo, mentiroso contumaz e enganador de otários, que é a única coisa que sempre fez na vida.

 A que ponto de degradação chegamos!



quarta-feira, 17 de abril de 2019

Supremo lixo

Nunca antes na história desse país, houve um tribunal tão desmoralizado! Esse Supremo Tribunal Federal vai entrar pra história como o mais desrespeitado e achincalhado de todos os tempos. E por culpa dele mesmo. Por culpa de alguns de seus membros que não preenchem as mínimas condições de ali estarem: seja pela sua falta de decoro, seja por suspeitas diversas, seja pela simples e pura ignorância jurídica. E por culpa dos demais que não reagiram e nem reagem a essa situação calamitosa. Seja por espírito de corpo, seja por qual motivo for, ao não reagirem como magistrados que deveriam ser, não contribuem para restaurar a honorabilidade do tribunal ao qual pertencem.

Dias Toffoli e Gilmar Mendes estão brincando de Nero e vão acabar ateando fogo na Corte, quiçá na República. Estão enterrando o STF para salvar as próprias peles. Se os demais não reagirem, vão se queimar todos juntos.
Quando forem enterrados na vala comum do  lixo da história não se fará diferença entre eles. 

segunda-feira, 15 de abril de 2019

A conivência silenciosa

Reproduzo aqui o texto do jornalista Augusto Nunes:


"Todo pretendente a uma vaga no Supremo Tribunal Federal precisa atender a duas exigências estipuladas pela Constituição: 1) deve ser provido de notável saber jurídico e 2) ter reputação ilibada. José Antônio Dias Toffoli virou titular do time da toga e hoje preside a Corte sem atender aos dois requisitos constitucionais.

Em 2009, o saber jurídico do chefe da AGU continuava tão raso que, na imagem perfeita de Nelson Rodrigues, uma formiga poderia atravessá-lo com água pelas canelas. E a reputação era tão ilibada quanto pode sê-lo a de um doutor em métodos eleitorais do PT, com PhD em José Dirceu. Apesar disso — ou por isso mesmo — virou ministro do Supremo.

Nesta semana, amparada em documentos e em mais revelações de Marcelo Odebrecht, a revista Crusoé publicou uma reportagem que deixou a folha de serviços de Toffoli com cara de prontuário. Sabe-se agora que, nas catacumbas que abrigaram bandalheiras de dimensões amazônicas, o ainda chefe da AGU era identificado por Marcelo como o Amigo do Amigo de meu pai. É com tal codinome que Toffoli entra em cena durante a sequência de maracutaias abastecidas por hidrelétricas projetadas para o Rio Madeira."


Diante desse libelo produzido por um dos mais competentes e isentos jornalistas do País, dizer mais o quê?
Agregar o que um reles cidadão pensa do Judiciário: eles deveriam ser os primeiros a exigir explicações, pois a autoridade judicial é delegada pelo Povo sob a pressuposição da probidade, isenção e conhecimento técnico. Faltando qualquer um desses pré-requisitos, falta tudo! E o silêncio do judiciário só pode ser interpretado como CONIVÊNCIA!




terça-feira, 2 de abril de 2019

Ofensa pessoal

O brasileiro é um povo despeitado. Tem despeito e inveja do sucesso de quem quer que seja. Ainda mais se o vitorioso for da mesma origem, da mesma cepa. Isso é inaceitável! Onde já se viu?

Tom Jobim já dizia que para o brasileiro médio: o sucesso [do outro] é uma ofensa pessoal. 
O sucesso do estrangeiro, do diferente, daquele de outra origem, outra escola, outra formação, outros recursos, é o único sucesso que o brasileiro pode aceitar. Por que é um sucesso que não o compromete, não pode ser comparado.

Mas o sucesso do amigo de infância, ou do vizinho, é intolerável. Esse sucesso grita na cara: você é incompetente! Seu amigo teve as mesmas oportunidades e os mesmos obstáculos e conseguiu. Você, seu bosta, ficou aí parado ou andou pra trás.

Somos um povo incapaz de reconhecer que o sucesso do outro foi baseado em muito trabalho, muito esforço e dedicação. E que o nosso eventual insucesso é consequência da indolência, do comodismo e da pura e simples preguiça. Preferimos atribuir o sucesso do outro à sorte ou mesmo a atitudes moralmente escusas.

É por isso que não avançamos como civilização. Até, ao contrário, me parece que estamos regredindo. As pessoas estão cada vez mais individualistas, egoístas, mal-educadas, quando não grosseiras ou mesmo agressivas!

O sucesso, ao invés de emular, de estimular pelo exemplo, nos derrota. É ofensa pessoal!

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