segunda-feira, 15 de abril de 2019

A conivência silenciosa

Reproduzo aqui o texto do jornalista Augusto Nunes:


"Todo pretendente a uma vaga no Supremo Tribunal Federal precisa atender a duas exigências estipuladas pela Constituição: 1) deve ser provido de notável saber jurídico e 2) ter reputação ilibada. José Antônio Dias Toffoli virou titular do time da toga e hoje preside a Corte sem atender aos dois requisitos constitucionais.

Em 2009, o saber jurídico do chefe da AGU continuava tão raso que, na imagem perfeita de Nelson Rodrigues, uma formiga poderia atravessá-lo com água pelas canelas. E a reputação era tão ilibada quanto pode sê-lo a de um doutor em métodos eleitorais do PT, com PhD em José Dirceu. Apesar disso — ou por isso mesmo — virou ministro do Supremo.

Nesta semana, amparada em documentos e em mais revelações de Marcelo Odebrecht, a revista Crusoé publicou uma reportagem que deixou a folha de serviços de Toffoli com cara de prontuário. Sabe-se agora que, nas catacumbas que abrigaram bandalheiras de dimensões amazônicas, o ainda chefe da AGU era identificado por Marcelo como o Amigo do Amigo de meu pai. É com tal codinome que Toffoli entra em cena durante a sequência de maracutaias abastecidas por hidrelétricas projetadas para o Rio Madeira."


Diante desse libelo produzido por um dos mais competentes e isentos jornalistas do País, dizer mais o quê?
Agregar o que um reles cidadão pensa do Judiciário: eles deveriam ser os primeiros a exigir explicações, pois a autoridade judicial é delegada pelo Povo sob a pressuposição da probidade, isenção e conhecimento técnico. Faltando qualquer um desses pré-requisitos, falta tudo! E o silêncio do judiciário só pode ser interpretado como CONIVÊNCIA!




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