terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Totalitarismo em vertigem

O filmeco de Petra Costa, Democracia em Vertigem, foi indicado ao Oscar e, por isso, provoca orgasmos intelectuais em toda a esquerda no país, apesar de Oscar ser uma coisa imperialista e capitalista.
Mas, como ficou demonstrado nas relações com a Odebrecht, a esquerda gosta, sim, do capitalismo, quando é o capitalismo-a-favor.
 Não vi e não vou ver a porcaria porque já sei do que se trata. O cardápio da esquerda não muda. Quando a democracia a alija do poder, o que ela faz é dizer que a democracia acabou; ponto!

Democráticos, para eles, são o regime de Maduro na Venezuela se perpetuando no poder. Isso é democracia! Democrático é o regime cubano, o da Coréia do Norte e - com alguma concessão - a babaquice francesa.
Os Estados Unidos, a partir da eleição do Trump, para essa gente delirante e de mau-caráter, não é mais um país democrático!

Pena que não haja mais exemplos de democracia no mundo! São só três ou quatro. 
Sob essa perspectiva, realmente a democracia está vertiginosamente desaparecendo no mundo. E, tomara que essa "democracia" desapareça mesmo. Não serão filmecos como esse que reverterão o quadro.

A esquerda já teve o seu momento histórico, chegou ao poder e teve a oportunidade de colocar em prática tudo que havia pregado até então. Marx não tem do que reclamar: regimes marxistas estiveram no poder em toda parte. Em todo o Leste europeu, incluindo obviamente o império soviético e variando no espectro, desde o mais fechado como o regime albanês, até o menos fechado regime iugoslavo, ou quase rebelde, como na Hungria. 
Na Ásia, países tão diversos quanto: Afeganistão, Mongólia, China, Vietnã, Camboja e Coreia do Norte em algum momento caíram nessa armadilha. Até mesmo na sempre combalida África, houve regimes marxistas em Moçambique, Angola, Congo, Etiópia e Somália, fora alguns "simpatizantes".
Na América Latina já tivemos 3 casos de infecção: a Nicarágua, Cuba e a Venezuela.

Pois hoje só restaram a China (comunismo que faria Marx pirar),  a Coreia do Norte, Vietnã, Cuba e Venezuela. À exceção da China, todos os demais com a economia em frangalhos.

Em outras palavras, essa "democracia" deles é que está em vertiginoso declínio. Mas isso o filme não mostra.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Fanatismo

O funeral do general Soleimani matou mais gente que o ataque americano! Foram 7 iranianos mortos no ataque e mais de 50 pisoteados no seu funeral. 
E depois disso, um míssil disparado de terra atingiu o avião da Ukraine Airlaines e matou mais 176 pessoas. Entre elas havia 82 iranianos.
Isso mostra que os iranianos são mais perigosos para seus compatriotas que o grande Satã.

Uma coisa já devia ter ficado clara para a humanidade: religião e poder político são misturas fatais. O poder político, por si só, já é um problema. Não se inventou ainda um método suficiente para controlá-lo e, nas mãos de um ser humano desequilibrado, esse poder sempre causou muitos estragos e muito sofrimento.

Quando, além do poder político, essa pessoa ou grupo detém também o poder religioso, aí o estrago se potencializa em uma escala gigantesca. A história tem nos mostrado isso. A Inquisição é um exemplo clássico, mas as recentes assunções do Islã à política, são exemplos vivos e terríveis do mal que uma religião pode fazer.

A crença religiosa, qualquer que seja, tem como componente principal a irracionalidade. Não há religião racional. Não pode haver. A palavra crença, automaticamente, exclui a racionalidade, cuja característica é descrer, é questionar, é duvidar.

Quem questiona e duvida (o ser racional) não pode ser religioso. A autoridade religiosa exije submissão. Por acaso, ou talvez nem tão por acaso, a palavra Islã significa submissão. O crente se submete a Deus e pronto. Não pergunta, não duvida, não questiona. Para que essa submissão ocorra, é necessário que as leis religiosas tenham origem divina, ou então não teriam essa validade absoluta. As religiões mais fanáticas consideram seus livros sagrados como inspirados ou ditados pelo próprio Deus.

A partir daí, tudo se justifica: o maior absolutismo, os maiores absurdos, os maiores crimes. E, quem duvida ou não aceita essa imposição é execrado, é um infiel, um excomungado. Daí os grupos religiosos, com poder nas mãos, serem mais intolerantes e seus seguidores, mais fanáticos. O Islã é o exemplo atual. O Islã está em guerra permanente contra os "infiéis". E o "ocidente" tem sido demasiado tolerante e leniente com os muçulmanos dentro de suas próprias fronteiras.




domingo, 5 de janeiro de 2020

E agora, Macron?

Tenho a impressão que a decisão de Trump em ordenar a morte do general iraniano teve um propósito político interno. As eleições estão aí e Trump, apesar da alta popularidade, sofre um processo de impeachment.
Esse ato de agressão, aparentemente inócuo e desnecessário, contra o Irã, não passa de uma provocação. Não foi uma ação anti-terrorista, como a Casa Branca, quer fazer crer, mesmo porque o terrorismo não cessa com a morte de Soleimani, ao contrário, exacerba-se.
Então, qual seria o real motivo para que Donald Trump crie essa tremenda provocação e aumente em muitos graus a tensão no Oriente Médio? Ele está praticamente pedindo um ação violenta por parte do Irã. E haverá! O Irã não vai deixar de retaliar.
Então, quem ganha o quê com isso? Para os americanos e, em menor grau, para os europeus o risco aumenta e muito! 
Acontece que os americanos  tem a tradição de se enrolarem na própria bandeira e se alinharem com o líder de plantão - qualquer que seja ele - em períodos de risco e perigo. É isso que está nos planos de Trump. Ao criar um conflito externo, contra um inimigo fácil de ser provocado e com uma imagem bem estabelecida de vilão, ele monta uma estratégia eleitoral dificilmente superável pelos democratas e os coloca contra a parede.
Quem se atreveria a criticar um governo em ofensiva contra um inimigo externo? Isso seria visto como anti-patriotismo, um crime imperdoável para a opinião pública americana.
Do ponto de vista internacional, a França e Alemanha vão pedir calma e talvez condenar discretamente a ação dos Estados Unidos, mas sem maiores consequências. O Iraque já está alinhado com seu antigo arqui-inimigo e assim vai continuar. Israel vai fingir de morto e o Irã vai ter que deixar cair a máscara e assumir integralmente seu papel de financiador do terrorismo internacional. O tal tratado de pseudo-contenção do programa nuclear iraniano já foi pro brejo.
Melhor assim, afinal, até as pedras sabem que o Irã jamais deixou de avançar em seu objetivo de se tornar uma potência nuclear, com tratado ou sem tratado.
Agora, as coisas ficam mais explícitas e mais claras. Todo o mundo vai ter que escolher seu lado. Não vai dar mais para ficar em cima do muro, ouviu Macron?

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