quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Um bandido presidindo o Senado

Renan Calheiros teve que pôr as mangas de fora! Ao perceber a guilhotina se aproximando do seu pescoço, passou à contraofensiva contanto para isso com a conivência de capangas e outros bandidos tão enredados quanto ele nas teias da roubalheira e do crime organizado! 
A Câmara já o ajudou bastante, votando de madrugada um projeto desses. O país se esfacelando e, ao invés de votarem as medidas que podem nos colocar de novo no rumo correto, não! Votam de madrugada uma lei absurda como essa invertendo os papéis e, transformando os juízes em réus. Seria inacreditável se não fosse no Brasil. 
O povo brasileiro tem que ir às ruas mais uma vez e deixar claro pra esse grupo de meliantes que basta! 
A culpa de termos chegado a esse ponto é do próprio judiciário! O primeiro processo contra Renan já tem mais de 10 anos! Além disso, há outros 11 processos tramitando lá e não andam. Esse facínora já devia ter sido afastado da presidência do Senado, como se fez com o Cunha.
Vamos ver se agora, depois do susto, o STF cumpre seu dever!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O Senhor dos Anéis

A Joalheria H. Stern apresentou documentos à Polícia Federal que comprovam a compra, pelo ex-governador do Rio e sua mulher, de nada menos que R$ 1.931.828,00 em anéis, colares e outras jóias. Eram atendidos em domicílio e costumavam pagar com dinheiro vivo!
A PF apreendeu também, em sua casa, mais de 300 anéis, além de braceletes, colares e pedras preciosas. Taças de R$ 2.700 reais! Vasos de cristal Baccarat de 16 mil e quinhentos!
Um tesouro das mil e uma noites! Um verdadeiro tesouro de pirata, ou melhor, do pirata.
Recentemente foi atribuida a ele a origem daquelas notas de 100 e 50 reais que apareceram no mar aos borbotões. Dizem que era dinheiro que estava em sua lancha, apreendida pela Polícia Federal, e que foi jogado ao mar para esconder provas.

Por incrível que pareça, isso acaba sendo perfeitamente verossímil, considerando que Cabral recebia propina em dinheiro vivo.

A estimativa de sua "arrecadação" chega a inacreditáveis 224 milhões de reais. Enquanto isso o Estado, que governou por quase 8 anos, está falido! Não há dinheiro para pagar o salário de funcionários! Os hospitais públicos estão em estado de calamidade. Será que não sentem vergonha?

Roubar dinheiro público não é só um crime. São vários crimes cometidos em cascata e conjuntamente! Sérgio Cabral é diretamente responsável por, sabe-se lá, quantas vidas perdidas na ex-cidade maravilhosa e no Estado, responsável pelo sofrimento de milhares de pessoas. E é a consciência disso que está fomentando a indignação crescente, que já vai se transformando em ódio generalizado contra a classe política. Michel Temer menosprezou o episódio do tráfico de influência, dizendo: "No Brasil qualquer fatozinho vira crise!"  
Eles ainda não entenderam direito. O povo está tomando o comando que lhe é de direito, Sr. Temer! O povo não quer esperar pelas próximas eleições para ser enganado de novo e ter que esperar mais 4 anos para fazer outra tentativa. O povo quer que os políticos, nossos empregados, façam o que o queremos agora! Já! 

domingo, 27 de novembro de 2016

Os anéis e os dedos

Eles não aprendem nada e não esquecem nada! É assim com essa classe política brasileira. Depois de tudo o que o pais passou nos ultimos 2 anos, no meio de uma recessão econômica e de uma crise institucional que não acaba, depois de tantos escândalos revelados e tanta gente presa, julgada e condenada, ainda vemos expoentes do governo, ministros como Geddel e Padilha, criarem uma nova crise por causa de um interesse particular!

Nessa altura do campeonato, nem que fosse por medo, ou por cautela, deveriam ter um pouco mais de compostura!

Um governo frágil, contestado, como o do Temer, sujeito ainda a ser deslegitimado pelo TSE até o final do ano, tudo o que não precisa é de mais turbulência! E o então ministro (agora ex) Geddel, diante de tudo isso, só está pensando em fazer tráfico de influência para resolver um problema particular? E o presidente, que deveria estar concentrado em resolver os nós econômicos e institucionais em que estamos metidos, acha tempo para, no seu dizer, "arbitrar conflitos" de natureza estritamente privada? 

Convenhamos! Isso é brincar com fogo! É tripudiar sobre a paciência do povo! Esse partido, o PMDB, esses políticos, estão agindo como a aristocracia francesa diante da Revolução iminente. O povo faminto batendo às portas de Versalhes e a nobreza dando festas e ignorando solenemente a realidade. Ou como a monarquia brasileira, às vésperas da proclamação da República, bebendo e dançando no Baile da Ilha Fiscal, como se o seu mundo não estivesse desabando! Em ambos os casos, deu no que deu. 

Parece que é uma fatalidade, que as oligarquias não percebam quando seu tempo acaba. Isso se chama cegueira psicológica e é um mecanismo de defesa, uma recusa em aceitar o inevitável, uma vez que não estão dispostas a mudar e a mudança é a única atitude aceitável em face de novos tempos. Só existem duas instituições tradicionais, que foram inteligentes o suficiente para conseguir se adaptar aos novos ares, abrindo mão dos acessórios para conservar o principal: a Igreja Católica e a Monarquia Britânica. 

O resto acabou, foi destruído, se desfez como pó, diante das mudanças.  A classe política brasileira se enquadra entre esse resto. O país está se desmanchando e eles continuam preocupados em salvar os anéis. Vão acabar perdendo os anéis e os dedos.

sábado, 26 de novembro de 2016

A preocupação do Diabo

Belzebu deve estar preocupado. Chegou ao inferno um grande concorrente, que pode destroná-lo em nome de uma Revolución pela igualdade nas plagas inferiores.
Afinal, experiência para isso não lhe falta. Desde Sierra Maestra, lá se vão quase 60 anos que aquela peste chamada Fidel Castro se instalou na pobre ilha caribenha e nunca mais saiu do trono.

Fidel teve 60 anos para realizar o sonho comunista, com apoio de uma potência mundial, com o poder total nas mãos e sem oposição. Nem mesmo dentro de seu partido, ela foi permitida. Tal como Stálin, Fidel promoveu expurgos no governo e no partido comunista cubano e chegou até a ajudar, com informações, o exército boliviano a encontrar e matar seu ex-compaheiro Che Guevara, que, diga-se de passagem não era melhor nem diferente de Castro.

Ironicamente, essa é a ética socialista: cada um por si! É a mesma que o PT aplica aqui no Brasil. Se alguém cair, que caia sozinho, o partido fingirá que não conhece. Foi assim com Dirceu, está sendo assim com Vaccari e Palocci.

Pois, Fidel teve 60 anos com total poder, recursos e liberdade de promover o bem estar da população cubana. E o que produziu? Uma ilha desesperadamente pobre, ansiando por uma oportunidade de crescer e se desenvolver, invejando os seus vizinhos ricos.

Está mais do que demonstrado que o socialismo só produz miséria e que o capitalismo, com todos os seus defeitos, é o sistema que mais produziu riqueza e desenvolvimento social e que mais distribuiu essa riqueza e esse desenvolvimento, até mesmo para povos que originalmente estariam fora do seu alcance. Ou alguém vai dizer que o conforto e a qualidade de vida trazidos, por exemplo, pelo uso de antibióticos ou pelo telefone celular nos rincões brasileiros, não seria um mérito colateral do capitalismo desenvolvido nos países "imperalistas"?

Pois o diabo que se cuide. A turma, que está se formando lá, é da pesada: Hitler, Stálin, Franco, Mao, Pol Pot, Che e, agora, Fidel!




Não ao Golpe!

Agora, sim, podemos dizer que está em curso no Brasil uma tentativa de golpe nas instituições! Essa movimentação de parlamentares pela madrugada adentro tentando emplacar uma anistia aos seus próprios crimes e com o aval silencioso do Planalto, não é outra coisa senão golpe! 

Já tentaram de várias maneiras barrar as investigações da Lava Jato e operações afins, até agora sem sucesso. Mas eles não desistem e, com essa inserção descarada de uma anistia no projeto das 10 Medidas contra a Corrupção, o perigo aumenta. Se o povo não tivesse ficado atento, isso já teria passado e, como disse o Diogo Mainardi, são bandidos, eleitos com dinheiro roubado, querendo aprovar uma lei para legalizar esse roubo!

Seremos um país de idiotas e concordarmos com isso. Temos que ir para a ruas e, mais do que nunca, fazer ouvir a nossa voz pacificamente. Mais uma vez pacificamente, mas não se sabe até quando, porque, se mesmo assim, eles ousarem aprovar essa ignomínia, há grande possibilidade de o povo invadir as casas legislativas do Congresso e promover uma nova queda da Bastilha. 

Não é o que se deve desejar para o Brasil. O caos político é a pior coisa que pode acontecer a um país. Nunca se sabe qual vai ser a solução, nem a que custo, nem onde se pode chegar, mas não é o povo brasileiro que está buscando o caos. Quem está flertando com o perigo e conduzindo a nação a esse caos é a classe política, que não entendeu, ou não quer entender que os tempos mudaram, que não vai dar mais para continuarem com as velhas práticas, que o povo se cansou disso e quer mudanças reais. Não só no Brasil. Dá para se perceber o cansaço com a velha ordem no mundo todo. A eleição do Trump nos Estados Unidos é um recado que se segue ao anterior movimento "Ocupy Wall Street" que foi tratado como apenas um fenômeno folclórico, passageiro e sem importância. Deu no que deu.

O Brasil já teve experiências traumáticas quando os que deveriam representar o povo, lhe dão as costas. O povo sai à procura de quem o defenda e, geralmente encontra resposta nas Forças Armadas. Mais uma vez, uma parcela da população - que não é tão pequena quanto a mídia quer fazer crer - já pede abertamente a intervanção militar. O exército, o grande mudo no cenário político nacional, tem os ouvidos bem abertos e, quando, e se, resolver falar, o barulho pode ser ensurdecedor.

Dia 04, vamos todos às ruas, dar o nosso recado, deixar a nossa voz se elevar por toda a nação em proteção à Lava Jato e contra o crime organizado na vida pública!



quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O peru do Obama

Tem gente que vai ficar triste! A partir do próximo ano não haverá mais peru do Obama no "thanksgiving". Se os americanos tiverem sorte, o peru do Trump pode até substituir o do Obama, mas sem o mesmo carisma, sem a mesma força, sem o mesmo "appeal". E o risco é o peru do Trump ser só uma coisa espalhafatosa, com muito alarde e pouca ação.

O próprio Trump é uma coisa espalhafatosa. Parece que quanto mais cabelo tem do lado de fora da cabeça, menos pensamentos tem dentro. E o sistema eleitoral americano está datado e dá margem a fraudes eleitorais imensas. Já deveria ter sido reformado há muito tempo.

O mal dos impérios é que eles não percebem quando a seu auge já passou e insistem em não mudar, quando a manutenção do "status quo" é a principal causa de sua queda. Enquanto jovens, apresentam uma pujança renovadora que, com o passar do tempo, vai sendo carcomida pelo conservadorismo dos que lucram com a manutenção do status. Isso os impede de se renovar e nesse universo, quem não se renova, morre.

A ascensão do Trump, a meu ver, se assemelha a um último esforço reacionário para impedir a mudança. Na verdade é uma nostalgia do passado, quando o império estava no seu ápice. Mas, sendo inevitável, com Trump ou sem Trump, tudo indica que a hora é das novas potências asiáticas. 

Se os Estados Unidos se retirarem, como Trump promete, do tratado comercial do Pacífico, estará aberto o caminho para a China liderar de vez o continente, o último passo antes de liderar o mundo. Vamos aprender mandarim rápido!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Um país em desmanche

O Brasil está se desmanchando em frente aos nossos olhos! É a falência do Rio, é o estado de calamidade financeira do Rio Grande do Sul, são os demais estados que daqui a pouco vão engrossar a fila da mendicância, é o próprio governo federal que sequer consegue aprovar um plano de emergência, é o Congresso que funciona como um covil de bandidos e que, diante de todo esse caos só age para tentar se safar, é o STF que não cumpre seu papel de fazer justiça e trancafiar os criminosos com foro privilegiado.

É claro que sempre há gente que vai dizer que está tudo normal e que as instituições estão funcionando! Uma ova! Qual instituição está funcionando regularmente e cumprindo seu papel? A maior parte delas está infestada de gente que, ou é corrupta, ou não quer saber de nada que não seja o seu mesquinho interesse individual. É desalentador e, ao mesmo tempo, era absolutamente previsível! O crime organizado planejou isso e colocou em prática o seu plano, que era e ainda é o de infiltra-se cada vez mais nas instituições do Estado e de lá controlar as coisas a seu favor. 

É o que faz o crime organizado em qualquer lugar do mundo. O que não estava previsto e só acontece aqui, é que o crime organizado encontrou um forte aliado já alojado dentro da estrutura de poder e que com ele se aliou. Muito fácil para as duas partes.

É irônico saber que o PCC e o Comando Vermelho se originaram dentro das prisões, na época da ditadura militar, pelo contato dos presos políticos com os presos comuns do tráfico, do crime, até então, desorganizado. Os traficantes aprenderam táticas e estratégias com os "guerrilheiros" e se organizaram a partir daí, surgindo depois na cena urbana como PCC e Comando Vermelho, que, entretanto, em função do seu "ramo de negócios" permaneceram na clandestinidade, embora apoiando e recebendo apoio de alguns agentes políticos. 

Do lado, o da estrutura formal do Estado, outra ponta do crime organizado (as empreiteiras) que também já atuava manipulando agentes públicos, de repente, se viu no paraíso. Não era mais questão de corromper indivíduos. A corrupção passou a ser um fenômeno de linha de montagem, de produção em massa, gerenciável, planejável. Dava até para calcular a taxa de investimento versus o retorno, o "pay back". E com risco zero, até que surgiu um Juiz, com letra maiúscula. Esse homem, esse herói nacional, fez um benefício ao país maior do que qualquer pessoa tenha feito desde que Cabral, o primeiro, chegou aqui.

O país está se desmanchando, ou pelo menos, aquilo que nos parecia ser o país, mas que era só fachada. Mas há uma ponta de esperança, se os inimigos da pátria não conseguirem fazer tudo virar uma pizza mais uma vez. É agora o momento mais perigoso. Podemos ganhar ou perder tudo o que foi feito até agora para extirpar esse câncer. É agora que temos que ficar atentos e nos mobilizar ainda mais nas ruas e nas redes para que a vontade do povo prevaleça.



domingo, 20 de novembro de 2016

A ira do povo

O povo invadiu a Casa do Povo, na semana passada; A grande imprensa, capitaneada pela Folha, trouxe vários artigos, em que se destacavam o "pedido de intervenção militar"! 

Para começar não foi bem assim. Os manifestantes gritaram palavras de apoio ao juiz Sérgio Moro e às 10 medidas contra a corrupção, cantaram o hino nacional, repetiram que a cor da nossa bandeira "jamais será vermelha". 
Eu não vi, mas se houve pedido de intervenção militar, ele foi discreto. Entretanto, isso é que é a manchete de todos os artigos, que comentam, e condenam obviamente, a  tal manifestação. Por quê o espanto?

Ninguém devia se espantar se um grupo de cidadãos, cansados de ser espoliados ano após ano por bandidos encastelados no poder, quando sente uma esperança de que as coisas vão mudar e percebe que essa esperança pode ser frustrada pelos mesmos bandidos, resolve então agir por conta própria e pedir auxílio. Pedir auxílio a quem mais senão aos militares? 

Ao Ministério Público que está sendo também ameaçado? Aos juízes de primeira instância que serão as vítimas, caso passem essas leis espúrias? Ao executivo que não apoia oficialmente, mas assiste feliz a esse espetáculo deprimente de auto-anistia? Ao Supremo, que não se move e permite que continue ameaçando as instituições um personagem tão daninho quanto Renan Calheiros? A quem o povo vai pedir auxílio? Aos bispos da CNBB?

Só resta ao povo, amotinar-se nas ruas, nas praças, invadir o Congresso e dar voz de prisão aos bandidos que ali se refugiam, ou pedir o auxílio da única esperança que lhe resta: o Exército Brasileiro! O povo, ao contrário do que dizem os "inteligentes", confia nas Forças Armadas. Considera-as leais, honestas e patrióticas. Nunca se decepcionou com elas! 

Não estou defendendo a ditadura militar, nem nenhuma outra, mas fazendo, pura e simplesmente, uma constatação. Na hora em que tudo falha, o povo apela às Forças Armadas. Foi assim em 64. O povo saiu às ruas pedindo a intervenção militar.  Isso não quer dizer que o povo prefira a ditadura. Isso quer dizer que a classe política falhou em oferecer soluções à nação. 
Ainda é tempo de esses políticos reverem suas posições e se submeterem à Justiça, aqueles que devem. Se insistirem em salvar a si próprios às custas de manobras espúrias, a ira do povo pode se extravazar e aí, como um dique rompido, não haverá quem controle.

Chilique do Garotinho

Viralizou na internet o chilique do Garotinho. Ao ser colocado na ambulância com destino a Bangu, se debatia e esperneava, fazendo uma birra digna de criança mimada. E sua filha, histericamente, gritava o tempo todo, como se ele estivesse sendo levado para um forno crematório e não para um presídio que até recentemente era administrado pela sua família.

Essas pessoas se espantam. Não acreditam no que está acontecendo. Afinal, que país é esse, que prende políticos que até ontem eram donos de seus feudos eleitorais, senhores de baraço e cutelo.

Compreendo que seja difícil para essas pessoas aceitar que o braço da Lei os atinja, porque estavam muito mal acostumadas. Desde o primeiro Cabral, a impunidade para os do "andar superior" sempre foi a regra. Nunca houve realmente cidadania neste país, pois isso pressupõe a igualdade perante a Lei. Essa igualdade está escrita na nossa Constituição, mas até então foi letra morta. Os nossos presídios ainda são a confirmação desse fato. Estão cheios de pobres e pretos e muito poucos criminosos de colarinho branco.

Esses, entretanto, são os piores. Eles são responsáveis por centenas, milhares de mortes por abandono, por falta de hospitais e de tratamento, por carência alimentar, por pestes como a dengue e chikungunya. Eles são responsáveis por roubar o futuro de várias gerações ao impedir que tivessem acesso à educação. São os responsáveis  pelo sofrimento de milhares de famílias, pela pobreza crônica, pela ignorância, pelo atraso tecnológico, pelo subdesenvolvimento, pela violência urbana permanente, pela ameaça do narcotráfico, pela falta de infraestrutura, pelas mortes nas estradas, pelo horror do transporte urbano, pelos viadutos que caem, pelas ciclovias que desabam. 

São verdadeiros genocidas, traidores da pátria. Deviam ser condenados à pena de morte e fuzilados em praça pública! não menos que isso. Claro, que nossa Constituição não permite. Somos um país de bonzinhos. Somos os bonzinhos que só pensamos em cada um pra si e o resto que se dane. É essa "bondade" que nos fez chegar onde chegamos.
Já que condenados à morte não serão, pelo menos que mofam nas cadeias, nos presídios que nunca mereceram a atenção deles quando governavam.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

De Paris para Bangu

Paris é uma festa, dizia Hemingway. O Rio também! Todos alegres, cariocamente de bem com a vida, comendo e bebendo "à tripa forra", naquela outra Cidade Maravilhosa, Paris! Dispostos até a fazer uma dança índia em volta da mesa com os guardanapos nas cabeças. Que beleza! Que farra! Que festa! Com o dinheiro público então, "isso não tem preço"!

Rio de Janeiro, o que fizeram contigo seus eleitores? Desde os tempos de Brizola que seus eleitores fazem questão de escolher o pior dos piores para governar esse Estado-Cidade! O pacto do Brizola com o narcotráfico, em troca de apoio eleitoral, entregou o poder no Estado para o crime organizado. Esse poder nunca mais voltou às mãos legítimas. A ponto de, na véspera de grandes eventos, o poder nominal ter que selar acordos com o tráfico, para que os eventos transcorram "em ordem". Foi assim na Conferência do Clima, na visita do Papa, na Copa e nos Jogos Olímpicos. O narcotráfico, que é quem manda mesmo, fez com que a violência e a criminalidade urbana cessassem durante esses períodos.

E os políticos que se sucederam a Brizola nada mais fizeram do que encenar a mesma pantomima. Fingem que governam,  esbaldam-se no governo e tudo fica cada vez pior para o cidadão comum. Dado o exemplo de cima, constatado que no Rio é cada um por si, o que fazem os demais cidadãos? Tratam-se de se virar como podem. Apelam para a velha malandragem carioca e a única lei, que realmente vale para todos, é a Lei de Gérson, que impera nas relações sociais. É o mais esperto passando a perna nos demais. É o desrespeito pelas mais comezinhas convenções sociais. É a terra da contravenção. É um retrato amplificado do Brasil! Infelizmente! 
Se não mudarmos agora, o país todo vai seguir o mesmo rumo do Rio, vai acabar todo na falência econômica, financeira, moral e social.

sábado, 12 de novembro de 2016

Desde que o mundo é mundo

Já se disse que a civilização se move por espasmos de contrações e relaxamento. O movimento é pendular, sístole e diástole, ora mais liberal, ora mais conservador, ora mais à direita, ora mais à esquerda. Não se acha um ponto de equilbrio.´
O momento agora ainda é de diástole, distensão, mas já se observam os sinais da sístole que virá em seguida. A distensão permitiu a formação da União Europeia, a dissipação do medo da Guerra Fria, a globalização. O movimento de sístole, entretanto, já se anuncia pelo Brexit, pela ascensão do Trump nos Estados Unidos e por outros sinais menos evidentes.

Não adianta reclamar. Esses movimentos se alternam desde que o mundo é mundo. À grande sístole que foi a Idade Média, seguiu-se a diástole do Renascimento. Em seguida, a sístole da Contra-Reforma e da Inquisição foi sucedida pela diástole do Iluminismo. E por aí viemos dar no século XX, que começou com uma grande sístole e terminou nessa diástole cujo fim estamos espreitando.

O que virá? Não sabemos, mas podemos intuir que será um movimento contrário ao que vimos até agora. Provavelmente os nacionalismos voltarão a imperar em lugar da globalização. A desconfiança em relação ao vizinho prevalecerá em lugar da abertura e da convivência. Esse movimento pendular significa que fomos demasiado em direção à abertura e agora o movimento de recuo pode nos impulsionar demasiado na direção oposta.

É o que os orientais chamam de forças Yin e Yang. Cedo ou tarde, porém, uma nova distensão vai ocorrer, mas por agora não adianta espernear. Desde que o mundo é mundo esses ciclos se alternam em uma pulsação viva e inelutável. 

A perfeição

Se há um animal que simbolize a perfeição, não será o cisne, apesar de toda a sua beleza e majestade, não será o leão, apesar da força e da coragem, nem a águia, símbolo da perspicácia, nem a coruja, símbolo da sabedoria, nem o cão, símbolo da fidelidade. O animal que pode representar a perfeição é, nada mais nada menos que a nossa velha conhecida, a barata!
Argh!, ugh!, ui! já escuto das mulheres, quase histéricas apenas à menção do nome desse inseto caseiro.

Mas é verdade. Recentemente descobriram como era uma barata de 300 milhões de anos! Nós nem existíamos como espécie. Não havia sequer vertebrados voadores, como as aves. Essas surgiram 50 milhões de anos depois dessa barata jurássica!  E a nossa velha conhecida já estava lá, toda lampeira, e  -o mais espantoso!- exatamente igual a uma barata de hoje! A barata já nasceu pronta! Todos esses anos de pressão evolutiva não a modificaram em nada! A barata jurássica já era moderna, muito antes de Mário de Andrade e Tarsila do Amaral!

Isso quer dizer que, apesar das mudanças nas placas tectônicas, das eras glaciais, dos vulcões e terremotos, da catástrofe meteórica que dizimou os dinossauros, a barata sobreviveu sem precisar se modificar em nada. Geneticamente construída de umatal forma, que foi capaz de adaptar-se a todas as mudanças, sem precisar alterar nada no seu padrão. Qual ser vivo apresenta tais características de perfeição? 

Segundo Tomás de Aquino, a imutabilidade é um atributo divino, porque é um atributo da perfeição. A perfeição não muda, porque se mudar deixa imediatamente de ser perfeita. Por isso, Deus não muda. Agora podemos acrescentar, sem ofensa aos religiosos,  nem as baratas!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

E agora, Tio Sam?

A vitória do Donald, na terra do Mickey, não é (só) uma piada. Essa vitória transmite um recado que está sendo dado não só pelo americano médio, mas pelo europeu médio, pelo brasileiro médio, etc., às classes até então dirigentes da política. É o recado do "cansei".
Cansei de pagar impostos e não ter retorno proporcional. Cansei das crises econômicas, provocadas por grandes corporações que, quando lucram, lucram privadamente e quando têm prejuízo, dividem esse prejuízo com toda a população. Cansei das promessas vazias. Cansei do jogo de cartas marcadas. Cansei das mentiras. Cansei de ser feito de trouxa.

Esse recado está muito claro a toda a classe política. O Brexit foi um pouco disso. A ascensão de radicais, como Marie Le Pen na França, é outro caso.  Na Grécia, o partido neo-nazista já é o segundo maior do país. Aqui no Brasil vimos a mesma coisa, pelo índice de abstenção récorde nas últimas eleições. O não-político está ganhando em toda parte. Seja João Dória, ou o bispo Crivella, ou Alexandre Kalil; ou seja Trump. Já que alguém têm que ser eleito, eleja-se um não-político, ou alguém que não faça parte dessa geléia geral que se vê por aí.
Esse desencanto com a classe política, por culpa dela mesma, é muito perigoso, porque o desencanto não é só com a classe política. O desencanto é com a democracia!
Afinal, perguntam-se os eleitores, de que vale votar em alguém, se nada muda? Se os que conduzem as questões principais do mundo não perguntam nada aos eleitores e fazem seu jogo, sua briga de cachorro grande, indiferente à sorte das pessoas?

A crise de 2008 deixou isso bem claro. Um país, a Islândia, tomou a decisão correta: deixa quebrar! O governo não vai salvar banco nenhum! Deixa quebrar! E, coincidência ou não, a  Islândia saiu rapidamente fortalecida da crise, enquanto resto da Europa ainda patina. Os Estados Unidos, do Lehman Brothers, também ainda patinam e os cidadãos deram o troco aos políticos dessa vez. As pessoas querem menos mimimi, menos interferência do Estado na vida delas. As pessoas não querem que o Estado decida se gays podem ou não se casar, se uma mãe pode ou não abortar um feto anencéfalo, se um pai pode ou não dar uma palmada no filho, se um adulto consciente pode ou não usar drogas. As pessoas querem é que o Estado lhes garanta a segurança, justiça, condições de trabalho e escola para os filhos e que consigam pagar suas contas no final do mês. As pessoas querem viver as suas vidas em paz. Só isso! Será que é pedir muito?

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Partidos são imunes à lei?

Essa é uma pergunta que muitos brasileiros se fazem. Temos visto na Lava Jato vários agentes políticos serem condenados, cumprirem penas, pagarem multas, terem que devolver dinheiro roubado dos cofres públicos, mas nada até agora aconteceu com  os partidos.
O PP, o PT e o PMDB fizeram parte da quadrilha, foram beneficiários do crime organizado, incharam seus caixas com dinheiro desviado dos cofres públicos , o que lhes coloca em posição vantajosamente desleal em relação aos partidos que obedeceram a lei.
No nosso ordenamento jurídico, entretanto, as razões para cancelamento do 
registro de um partido são só quatro:

I – recebimento de recursos financeiros de procedência estrangeira;
II – subordinação a entidade ou governo estrangeiro;
III – falta de prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – manter organização paramilitar.


Não há nada que fale sobre o recebimento ilegal de propinas, de dinheiro desviado dos cofres públicos ou de estabelecimento de caixa dois. A nossa legislação é "boazinha" com os partidos. Assim, não espanta que alguns dos mais importantes tenham se transformado em organizações criminosas. Criar um partido político, entre outras vantagens, tem aquela de tornar possível fazer ilegalidades legalmente. 

Na atual legislação os partidos quase que se tornam personagens inimputáveis, são imunes à lei. Uma das coisas que temos que corrigir no país é essa aberração.
A esquerdopatia vai chiar quando uma proposta dessas atingir o PT. Vão dizer que isso é antidemocrático, como sempre, se esquecendo, de propósito, que burlar as regras, que deveriam valer para todos, é o ato mais antidemocrático de todos.
Em um regime verdadeiramente democrático não há imunidades. Todos estão igualmente sujeitos à lei.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Por que Aécio perdeu?

Depois do PT, quem mais perdeu cacife político, nessas eleições, chama-se Aécio Neves.
Há 2 anos era candidato a presidente e teve uma votação expressiva, de quase 50% dos votos válidos. O que aconteceu de lá para cá?
Ora, se analisarmos bem, já em 2014, as nuvens políticas desenhavam o esboço da situação atual.  Minas Gerais, o seu estado de origem, não o apoiou. Isso diz tudo. A candidata Dilma, visivelmente muito menos preparada do que ele, sem articulação, incapaz de produzir uma frase com sentido completo, era para ter levado uma lavagem em Minas Gerais. Mas o que se viu foi ela saindo vencedora no estado. Pelamordedeus!

A partir daí, Aécio continuou sendo o mesmo Aécio, sem extrair dessa derrota nenhuma lição política. Sendo presidente do PSDB, o maior partido de oposição ao governo do PT, durante todo o processo de impeachment da incompetente, por incrível que pareça, não se ouviu sua voz. 
O senador Anastasia, seu maior aliado, foi o relator do processo; e onde estava Aécio durante todo aquele tempo? Vimos e ouvimos, o senador Magno Malta, o senador Caiado, o senador Medeiros, e até o senador Cristóvam Buarque, mas a voz de Aécio não se fez ouvir nesse processo.
Nas manifestações de rua, aconteceu o mesmo. Sobre a Lava Jato o mesmo silêncio. Sobre Eduardo Cunha, idem, sobre Renan, Fernando Collor e Sarney, a mesma ausência.  Recentemente, no quiproquó da PF fazendo busca e apreensão no Senado e o Renan atacando o poder Judiciário e chamando o juiz de juizeco, alguém pode dizer qual foi a posição de Aécio?

Será que ele pensa que, no tempo das redes sociais, a política ainda é feita no pé de ouvido, como no tempo de seu avô? Quem não fizer política ouvindo a voz do povo, dialogando com os movimentos sociais, estará condenado ao ostracismo. 
Vejam o exemplo do deputado Onyx Lorenzoni. Está participando de todos os processos, viajando, dando palestras, participando de audiências públicas, conversando com as pessoas, com os líderes dos movimentos, com a força tarefa da Lava Jato, procurando entender o momento e, como parlamentar, ajudar a encaminhar soluções. 
É assim que se deve comportar um político nos dias de hoje, se quiser ter legitimidade e representatividade em seu mandato.
Se é pra ficar escondido em Brasília, ou nas fazendas de Cláudio, é melhor então abandonar a política, porque a política já o abandonou.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Apocalipse político

A indignação contra a corrupção vai muito além do aspecto ético ou moral. Essa indignação é uma defesa do bolso de cada um. O ato de um corrupto não é em nada diferente aquele do batedor de carteiras, Aliás é diferente: a corrupção é pior. Enquanto o batedor de carteiras lesa as pessoas uma por uma, o corrupto lesa toda a coletividade, uma nação inteira, ao mesmo tempo. É um mega batedor de carteiras.

É por isso que não entendo as pessoas que querem fazer vista grossa às ações criminosas do PT. Não há ideologia que explique isso. Essas pessoas estão também sendo lesadas do mesmo modo, mas defendem os autores dos crimes. É uma atitude absolutamente irracional e, acima de tudo, estúpida!

Ir contra a corrupção comandada pelo PT não significa automaticamente sequer uma ruptura com a ideologia. Afinal, não há nada mais antissocial do que a corrupção endêmica. É uma negação total dos ideais de igualitarismo. É a prevalência absoluta do individualismo egoísta sobre o coletivismo.

Que alguns militantes defendam o partido, apesar de tudo, é compreensível, embora não desculpável, quando usufruem de algum modo das benesses de pertencer a esse grupo privilegiado, detendo cargos públicos nomeados pelo partido, recebendo incentivos financeiros como os da Lei Rouanet, etc. Fora isso, não há nada que explique ou justifique um cidadão achar bom que um partido monte um esquema de desvio de recursos públicos que vai tirar, de todos, os recursos para a saúde, para a educação, para a segurança pública, para investimento na infra-estrutura, que não fará um planejamento neutro das políticas públicas, que, enfim, destruirá a base da economia em nome de privilegiar interesses do partido acima dos interesses da nação.

O povo demora um pouco, mas aprende. O recado das urnas, nessas eleições municipais está dado. Um índice de abstenção e de votos brancos e nulos que varia de 32 a 41% dependendo da cidade, deve acender o sinal vermelho para os políticos, em especial, os do PT, que só conseguiu eleger um prefeito de capital. O povo está dizendo que se cansou. Até mesmo em Belo Horizonte, que, a meu ver, não fez a melhor escolha, o eleitor acabou por mandar também um recado: o prefeito eleito ganhou com o discurso do não-político.

Aquele que tem ouvidos, ouça. Se alguém há de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá (Apocalipse, capítulo 13!!!)

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