quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Por que Aécio perdeu?

Depois do PT, quem mais perdeu cacife político, nessas eleições, chama-se Aécio Neves.
Há 2 anos era candidato a presidente e teve uma votação expressiva, de quase 50% dos votos válidos. O que aconteceu de lá para cá?
Ora, se analisarmos bem, já em 2014, as nuvens políticas desenhavam o esboço da situação atual.  Minas Gerais, o seu estado de origem, não o apoiou. Isso diz tudo. A candidata Dilma, visivelmente muito menos preparada do que ele, sem articulação, incapaz de produzir uma frase com sentido completo, era para ter levado uma lavagem em Minas Gerais. Mas o que se viu foi ela saindo vencedora no estado. Pelamordedeus!

A partir daí, Aécio continuou sendo o mesmo Aécio, sem extrair dessa derrota nenhuma lição política. Sendo presidente do PSDB, o maior partido de oposição ao governo do PT, durante todo o processo de impeachment da incompetente, por incrível que pareça, não se ouviu sua voz. 
O senador Anastasia, seu maior aliado, foi o relator do processo; e onde estava Aécio durante todo aquele tempo? Vimos e ouvimos, o senador Magno Malta, o senador Caiado, o senador Medeiros, e até o senador Cristóvam Buarque, mas a voz de Aécio não se fez ouvir nesse processo.
Nas manifestações de rua, aconteceu o mesmo. Sobre a Lava Jato o mesmo silêncio. Sobre Eduardo Cunha, idem, sobre Renan, Fernando Collor e Sarney, a mesma ausência.  Recentemente, no quiproquó da PF fazendo busca e apreensão no Senado e o Renan atacando o poder Judiciário e chamando o juiz de juizeco, alguém pode dizer qual foi a posição de Aécio?

Será que ele pensa que, no tempo das redes sociais, a política ainda é feita no pé de ouvido, como no tempo de seu avô? Quem não fizer política ouvindo a voz do povo, dialogando com os movimentos sociais, estará condenado ao ostracismo. 
Vejam o exemplo do deputado Onyx Lorenzoni. Está participando de todos os processos, viajando, dando palestras, participando de audiências públicas, conversando com as pessoas, com os líderes dos movimentos, com a força tarefa da Lava Jato, procurando entender o momento e, como parlamentar, ajudar a encaminhar soluções. 
É assim que se deve comportar um político nos dias de hoje, se quiser ter legitimidade e representatividade em seu mandato.
Se é pra ficar escondido em Brasília, ou nas fazendas de Cláudio, é melhor então abandonar a política, porque a política já o abandonou.

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