terça-feira, 1 de novembro de 2016

Apocalipse político

A indignação contra a corrupção vai muito além do aspecto ético ou moral. Essa indignação é uma defesa do bolso de cada um. O ato de um corrupto não é em nada diferente aquele do batedor de carteiras, Aliás é diferente: a corrupção é pior. Enquanto o batedor de carteiras lesa as pessoas uma por uma, o corrupto lesa toda a coletividade, uma nação inteira, ao mesmo tempo. É um mega batedor de carteiras.

É por isso que não entendo as pessoas que querem fazer vista grossa às ações criminosas do PT. Não há ideologia que explique isso. Essas pessoas estão também sendo lesadas do mesmo modo, mas defendem os autores dos crimes. É uma atitude absolutamente irracional e, acima de tudo, estúpida!

Ir contra a corrupção comandada pelo PT não significa automaticamente sequer uma ruptura com a ideologia. Afinal, não há nada mais antissocial do que a corrupção endêmica. É uma negação total dos ideais de igualitarismo. É a prevalência absoluta do individualismo egoísta sobre o coletivismo.

Que alguns militantes defendam o partido, apesar de tudo, é compreensível, embora não desculpável, quando usufruem de algum modo das benesses de pertencer a esse grupo privilegiado, detendo cargos públicos nomeados pelo partido, recebendo incentivos financeiros como os da Lei Rouanet, etc. Fora isso, não há nada que explique ou justifique um cidadão achar bom que um partido monte um esquema de desvio de recursos públicos que vai tirar, de todos, os recursos para a saúde, para a educação, para a segurança pública, para investimento na infra-estrutura, que não fará um planejamento neutro das políticas públicas, que, enfim, destruirá a base da economia em nome de privilegiar interesses do partido acima dos interesses da nação.

O povo demora um pouco, mas aprende. O recado das urnas, nessas eleições municipais está dado. Um índice de abstenção e de votos brancos e nulos que varia de 32 a 41% dependendo da cidade, deve acender o sinal vermelho para os políticos, em especial, os do PT, que só conseguiu eleger um prefeito de capital. O povo está dizendo que se cansou. Até mesmo em Belo Horizonte, que, a meu ver, não fez a melhor escolha, o eleitor acabou por mandar também um recado: o prefeito eleito ganhou com o discurso do não-político.

Aquele que tem ouvidos, ouça. Se alguém há de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá (Apocalipse, capítulo 13!!!)

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