quarta-feira, 30 de março de 2016

Caê acha feio o que não é espelho

Caetano Veloso e outros artistas e intelectuais de esquerda - se é que é possível ser intelectual e de esquerda ao mesmo tempo - deitaram falação, nessa semana, sobre o processo de impedimento da Madame Satânica. Claro que todos eles "protestam a favor" de Madame e contra os que são contra. Ou seja, é o avesso do avesso do avesso.

Caê deitou falação com toda aquela sua conhecida baianice e maneira barroca e alegórica, elaborada com o propósito de ninguém entender nada, ou melhor, com o propósito de realmente não dizer nada. Ainda assim, dá para interpretar alguma coisa.

Caetano considerou as manifestações do dia 13, como "não suficientemente diferentes da 'Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade' de 64". Caê!!! Que que é isso, mano véio?
Alguma coisa aconteceu com o seu coração, quando cruzou a Ipiranga com a Avenida S.João, Caê! E quando chegou na Paulista, acho que você nada entendeu. Não viu que ali estava uma juventude diferente daquela do seu difícil começo.  Estava ali uma juventude que não se deixou levar por gurus de espécie alguma e não se deixa enganar pelo mito de uma esquerda decrépita, que só se esqueceu de cair e cujo maior representante é aquele morto-vivo lá de Cuba.

Caetano provavelmente não gostou das manifestações porque não viu ali o seu rosto, nem o de Gil, nem o de Chico. Chamou de mau gosto o que viu porque, como ele mesmo explica, Narciso acha feio o que não é espelho e a mente apavora o que não é mesmo velho, não é, Caê? Nada do que não era antes, quando não somos mutantes.

Pois é, tudo o que agora quer esse povo que foi às ruas no dia 13 é novidade para essa geração ultrapassada. Esse povo não quer guias iluminados! Não quer timoneiros geniais! Esse povo quer ser dono de seu próprio destino. Esse povo quer respeito, Caê! Respeito dos políticos e de artistas como você, que antes até puderam liderar corações e mentes (mas você preferiu fugir para Londres), mas agora não conseguem sequer se colocar politicamente dentro de uma situação inusitada e desconhecida para vocês.

É por isso que você afasta o que não conhece e jamais vai falar ao coração do povo oprimido nas filas do SUS, nas vilas, favelas. Porque o que realmente interessa a você, a Gil, a Chico e a outros artistas e intelectuais, é a força da grana que ergue e destrói coisas belas.



terça-feira, 29 de março de 2016

PT, o marido traído.

O partido bonzinho, que até ontem estava pregando paz e amor para o PMDB, agora vai partir com tudo em cima de Michel Temer. Ele que se cuide e se prepare para a guerra, pois vai valer tudo. Afinal - Temer deve saber disso - Lula e Dilma são capazes de fazer o diabo.
Como Temer agora é inimigo, a estratégia do Planalto é deslegitimar a posição de Temer na vice-presidência. Chegaram até a dizer que, saindo o PMDB do governo, Temer deveria renunciar e entregar a vice-presidência ao PT.
A que ponto chegam! Acham que são donos do país, dos cargos, das instituições! Já passa da hora de pôr essa gente em seu lugar. Já passa da hora de fazê-los compreender que o país é muito maior que o PT e que nenhum partido é dono de coisa alguma. O cargo de vice-presidente não é propriedade do PT, que teria magnânimamente aceitado emprestá-lo a Michel Temer.
O PMDB definitivamente não é flor que se cheire e seus correligionários podem ser tudo, menos beatos de altar; mas o PMDB nunca pretendeu ser algo diferente do que é. É um partido governista, fisiológico, que representa muito mais o passado, que o presente e menos ainda o futuro da política no Brasil.

Entretanto, o PT, sabendo muito bem quem era o PMDB, o abraçou por 13 anos. O PT não só aceitou a coalizão como tirou partido dela. O PMDB dava ao PT a tal governabilidade e o PT dava ao PMDB os cargos e as verbas cobiçados. Foi uma relaçao simbiótica, ou melhor, um casamento que agora se rompeu por culpa e inabilidade da Anta, que Lula quis pôr sentada na cadeira de presidente. Foi ela quem pôs tudo a perder para o PT. Felizmente para nós, diga-se de passagem.
Se Lula tivesse escolhido um sucessor mais inteligente e mais hábil, talvez demorássemos muito mais para expulsá-lo do poder. Ou seja, a roubalheira ia ser a mesma, ou até pior, e seria mais difícil contê-la. Como a Anta é quem é, seria quase um milagre que ela chegasse incólume a 2018.

Mas, voltando ao assunto: o PT se casou com uma prostituta, sabendo que era uma prostituta, querendo até prostituí-la mais, e, agora que descobriu que a prostituta é infiel, não dá para reclamar. Nenhum dos dois é inocente nessa história. Só que o PMDB é muito, muito, muito mais esperto. Ao PT agora só resta o choro de marido traído.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Petismo Paz e Amor

Como estão bonzinhos os petralhas! Todos querendo paz e reclamando do acirramento da polarização política! Logo eles, que derramaram palavras de ódio enquanto puderam, que tentaram jogar uma classe social contra a outra, que acusaram uma suposta elite de ser responsável por todos os males do país, até pelos erros que eles mesmos cometeram, e que não foram poucos.
Foram eles que ameaçaram seus concidadãos com o exército do Srédile, foram eles, via presidente da CUT, que disseram, na presença da presidente da República, que iriam de armas na mão se entrincheirar para defender-lhe o mandato.
E, mesmo diante da exposição de todos os crimes cometidos por essa organização criminosa, continuaram a vociferar contra aqueles cidadãos, pacatos, que lutavam para acabar com esse estado lastimável da administração pública. Chamaram-nos e ainda nos chamam de golpistas. Mesmo depois de investigado, o seu líder instigava a "militância" a sair à rua para defendê-lo e para "bater" nos coxinhas.
Eles só entendem essa linguagem. Para eles, a política se resolve na força bruta, em bater nos adversários, ou então em mandá-los enfiar os processos.

Uma expoente do pensamento petralha, uma múmia do stalinismo, que se diz filósofa, Marilena Chauí, resumiu tudo em uma frase: "eu odeio a classe média!". Foram essas as suas palavras: "eu odeio...". 

Portanto seria de se espantar, se não os conhecêssemos, que de repente desfraldem a bandeira branca e comecem a pregar paz e amor. Agora não dá, meus queridos! para dizer como a presidanta. Agora não dá mais!
Agora é a hora do confronto mesmo  (da nossa parte, civilizado, usando os mecanimos institucionais, não batendo nos outros).
É o momento em que as trincheiras já estão definidas e se não querem o confronto, então convençam a sua presidanta a renunciar. Se o acirramento das posições vai se manter ou não, só depende de vocês.


domingo, 27 de março de 2016

A colaboração "definitiva" e o Departamento do Pixuleco

A Odebrecht tem o desplante de ainda se julgar capaz de ditar as regras e definir o ritmo da Operação Lava Jato. Em seu manifesto da semana passada, aponta sua disposição de "colaborar definitivamente" com a Operação.

De cara já vem uma confissão, a de que nas vezes anteriores em que disse estar colaborando com as investigações, estava, na verdade, administrando, ou tentando administrar, as informações que dava ao Ministério Público. Só agora está disposta a colaborar "definitivamente". Vamos acreditar!

Uma empresa que mantinha um departamento para o controle de propinas (o Pixuleco's department) deve ter realmente um "know-how" fabuloso nessa área e sabe muito bem como "administrar" as informações que sejam de seu interesse que venham a público ou não.
É isso que deve ser levado em conta quando as informações dessa colaboração "definitiva" forem analisadas. Já no passado, a mesma Odebrecht jogou areia no ventilador da CPI da Empreiteiras (1993), ao difundir a "informação" de que todos os políticos de todos os matizes e partidos estariam recebendo propina de seu Departamento do Pixuleco. No telefone de Marcelo Odebrecht, há uma referência a isso, com o nome "Armadilha Bisol/contra-infos. RA? EA/Veja?"Esse nivelamento entre todos, acabou por derrubar a CPI, que minguou e não concluiu coisa alguma.

Tivemos que esperar mais 23 anos para finalmente a poderosa Odebrecht cair nas malhas da Justiça. E, mesmo depois de ter seu CEO e então presidente preso, continuou a manter o funcionamento do Departamento do Pixuleco, o que demonstra que a empresa, além de não respeitar as leis, não teme também a justiça de seu país. Está mal acostumada.

Agora, parece que a "ficha caiu", mas é melhor ficarmos todos de olho, para que os administradores do pixuleco não venham novamente com outra história de enganar trouxa, querendo melar a Lava jato por falta de político honesto para dar prosseguimento institucional ao processo. Felizmente temos uma força-tarefa imune às kogadas políticas, um juiz exemplar e corajoso e uma sociedade desperta e alerta e que já não espera da classe política uma solução.
A sociedade brasileira sabe agora que a solução somos todos nós, juntos, e que, doa a quem doer, lugar de ladrão é na cadeia.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Impeachment inevitável

Com falta de ar o governo corre para a UTI do Supremo. Ficará lá tomando soro e respirando por aparelhos sem se importar que o país espera o desenlace para seguir em frente. O desenlace, entretanto, é fatal. Não tem mais volta. Vai ter o impeachment. Só que se aquela senhora renunciasse pouparia a si e a todos nós, mais algumas semanas de desgaste.

Ela devia compreender que em política há momentos em que é impossível mudar o curso das coisas. Afinal, se ela chegou arrastando esse governo até aqui, já foi muito, já foi demais. Uma governante sem popularidade alguma, detestada até pelos militantes do seu partido, sem capacidade de articulação política, sem carisma, sem inteligência, sem capacidade gerencial, sem traquejo, que levou a economia do país a essa derrocada histórica e com todas essas demonstrações de corrupção recordista mundial, chegou até longe demais.

Se não fosse a militância fanáticamente religiosa do seu partido, se não tivesse cooptado os movimentos sociais e se não fosse a leniência de uma oposição ridícula já teria caído.

Portanto, essa corrida à UTI é uma tentativa desesperada de sobrevida que só vai atrasar o processo de recuperação do país e a cura e cicatrização das feridas institucionais que ela e seu partido provocaram. Mas, ela pensa que tem que ser fiel ao seu mito de guerrilheira esquerdista. Não é capaz de compreender que o jogo está perdido e que o mito mentiroso da esquerda brasileira será jogado na lata de lixo da história.


quarta-feira, 23 de março de 2016

Teori na prática

O ministro Teori Zavaski com aquela cara de buldogue enraivecido não me engana nem um pouco. Já foi citado por Lula e por Delcídio em gravações "republicanas", sendo considerado um ministro "favorável" à argumentação da corja petista. Chegou inclusive a ser convidado para a conversa secreta "republicana" da Anta com Lewandowski em Portugal.

Será que ele tem mais gratidão a quem o indicou do que o Janot? Parece que sim, pois a corja, que se julga no direito até de escolher os ministros para julgar suas demandas, demonstra gostar de Rosa Weber, Lewandowski, Barroso e de Teori; e detesta Gilmar Mendes, obviamente.

E o ministro Teori não os desaponta. Claro que os despachos são abarrotados de juridiquês e de considerações disso e daquilo, mas o que interessa à malta é o resultado prático.
O Teori que lhes interessa é o que, na prática, mantém o chefe da organização criminosa a salvo da polícia e da justiça.


terça-feira, 22 de março de 2016

Todo poder emana do povo

Eu fico impressionado com uma coisa:a  resiliência desses petistas! Está mais que provado, escancarado para o mundo inteiro, o que eles fizeram nesses anos de poder. Seu projeto autoritário, megalômano e antidemocrático de perpetuação no poder via corrupção, foi extensiva e repetidamente desmascarado. Não há mais o que esconder. As testemunhas e delações se espalham por todos os cantos e todas coincidem na narração dos fatos. Há farta documentação. As desculpas não se sustentam diante do mais simples raciocínio lógico.
Entretanto, eles...estão no ataque!!!!
É de pasmar. Deviam estar encolhidos num canto, acuados, fazendo cara de arrependidos,  mas não, eles vão pro ataque, convocam a militância, berram em todas as mídias, chamam a tudo e a todos de golpistas, atacam o Supremo,o Ministério Público, a Polícia Federal, a Imprensa e o juiz Sérgio Moro!
Não estão nem aí. Não tem a menor compunção ou respeito pelas instituições, apelam para qualquer coisa, repetem a mesma mentira e as mesmas desculpas à exaustão. E a nação, estupefata, continua civilizadamente a procurar os caminhos jurídicos legais para se defender das chicanas que eles fazem e acusam os outros de as fazerem. Teríamos que ter mecanismos mais rápidos de defender o país, a moralidade pública e a Constituição.
Não dá para percorrer todos esses meandros de filigranas jurídicas em que tudo se discute, menos o essencial! Passada essa tempestade, o nosso sistema tem que ser aperfeiçoado, para nos permitir livramo-nos de governos ruins e corruptos sem tantas amarras. Temos que tornar ágil o estatuto "todo poder emana do povo", para que ele seja eficaz e não apenas uma letra morta no papel.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Interferência indevida

Roger Agnelli, recém falecido, foi protagonista de um caso que ilustra bem a atuação nefasta de um governo corrupto e com más intenções. Agnelli foi presidente da Vale de 2001 a 2011. Na sua gestão, altamente profissional, a empresa teve seus lucros multiplicados por 10 e passou da posição de oitava mineradora mundial para o segundo lugar. Isso é que é criar valor, o resto é conversa fiada.
Mas Roger Agnelli, um executivo de alta performance, competentissimo, não conseguiu sobreviver ao ataque político. No final do segundo governo Lula (2009), já começando os efeitos do desmando e do oba-oba na economia, tendo o PIB brasileiro se retraído em 0,2% (a primeira retração em 17 anos),  e com a economia mundial ainda sob os efeitos da recessão de 2008, Roger Agnelli tomou as medidas necessárias para sustentar a empresa durante a previsível crise. Uma dessas medidas foi reduzir o quadro de funcionários.

Isso desagradou Lula, cujos planos de eleger o poste, poderiam ser negativamente afetados se a situação econômica no Brasil mostrasse, naquele momento, sinais de deterioração. Em outras palavras, o estelionato eleitoral estava em gestação e o que Agnelli estava fazendo era prejudicial a esse estelionato.

Lula insistiu com ele para adiar a decisão, mas Agnelli foi firme. Dirigia uma empresa, não um governo e tinha compromissos com os acionsitas, não com eleitores. Foi então que Lula começou a campanha contra ele. Tendo sido eleito o poste, a campanha continuou; e usando o poder do governo, ainda detentor de parcela significativa do capital votante, acabou por pressionar a Bradespar (sócio majoritário), que é um consórcio do Bradesco com o BNDES, a demitir o Roger Agnelli e escolher um outro presidente, supostamente mais dócil aos desejos do governo.

Quem perdeu com a saída de um grande gestor foram os acionistas (entre eles o próprio governo, via BNDES), mas quem se importa com isso? Não se pode dizer que a perda de valor de mercado da Vale, posterior à saída do Agnelli, seja só devido a isso. Claro que não. Há muito fatores envolvidos, mas uma coisa é certa: sob o comando perspicaz do Agnelli, com certeza a Vale teria enfrentado as turbulências e os problemas de um uma outra maneira. Afinal é por isso e para isso que se pagam fortunas a certos executivos.



Antologia petista

Então ficamos combinados: Dilma não nomeou Lula para dar-lhe foro privilegiado. Então por que a AGU está pedindo pressa ao Supremo para analisar o mérito das ações que tentam anular a decisão liminar do ministro Gilmar Mendes? Pressa para quê?

Essa pressa já tinha sido manifestada pela Anta em seu Antológico telefonema ao Molusco. "Estou mandando o Bessias com o papel, mas só usa (sic) em caso de necessidade, que é o Termo de Posse"  A começar o estilo inconfundível do Dilmês, em que as frases saem truncadas e é preciso algum tempo de reflexão para a gente entender.

Depois, a falta de lógica de todo o processo. Se não era para blindar o Exu, para quê a pressa? O documento não podia esperar a posse no dia seguinte, ou na semana seguinte para ser assinado?
A Anta só faz besteira e parece que só anda cercada de energúmenos também, pois será que não havia um advogado para orientá-la melhor. É aquilo que diz o Reinaldo Azevedo: "se houver uma casca de banana na calçada do outro lado da rua, a Anta atravessa para escorregar naquela casca". Tem atração fatal pelo erro.

Como não há oposição no país, os petistas pelo menos nos oferecem uma vantagem: eles mesmos criam os problemas em que se enroscam, eles mesmos engrossam as crises que depois não conseguem debelar; é só deixar com eles, não é necessário haver oposição.

Querem apostar que, ainda antes do desfecho final, a Anta vai aprontar mais alguma? Estou apostando 9 contra 1.

Quem tem medo de Lula?

Lula e sua empregada, a ex-presidenta da República, cometeram crime de obstrução da justiça, ao confabularem e tramarem um esquema que o livrasse do alcance do juiz Sérgio Moro. Isso está claro na gravação grampeada.
Mas o que a mídia discute? Se a gravação foi legal ou não, se o juiz poderia tê-la divulgado ou não. Ou seja, diante de um enorme crime contra a República, contra as instituições, contra o país, discutem-se filigranas jurídicas: a que horas o juiz determinou o encerramento do grampo, quanto tempo a operadora levou para implementar a ordem, etc, etc.
Mas o crime cometido pela presidente da República não levou ainda  a nenhuma consequência. O meliante continua livre e solto e capaz de continuar obstruindo as investigações, insuflando seus quadrilheiros para enfrentar a Polícia Federal e atacando o juiz Sérgio Moro.
Na porta da casa do chefe mafioso, há uma guarda pretoriana de militantes. Estão lá para defender o capo! Será que vão enfrentar a polícia, caso seja expedida um ordem de prisão contra o Exu? Vão enfrentar como: à bala?
Quem absurdo! Em qualquer outro país, uma vez suspensa a prerrogativa de foro, estaria o dito cujo preso! Só o Delcídio, em telefonema até inocente, comparado ao do Capo com a Madame , é que obstruiu a Justiça? O Mercadante, não. Lula, não. Dilma, também não.
O MP, a PF e o juiz Sérgio Moro não podem recuar agora. Não podem deixar a impressão de que tem medo de Lula! Muito maior e muito mais importante que Lula e sua corja, está o Brasil, está a República e as instituições permanentes que temos. Esse bando, Lula e seu poste, já sujaram, já tripudiaram do país em absurdo excesso. Até quando vão continuar?

domingo, 20 de março de 2016

Papel de homem no ministério da Justiça

O novo ministro da Justiça já chega atirando na Polícai Federal. Nem despistou. Claro, que a conversa é:
"A exemplo do que ocorre com qualquer outro órgão público, a instituição [PF] não está imune a erros. Diante disso, verificada a existência de procedimento irregular ou com suspeição fundada de irregularidade, é dever da autoridade supervisora afastar o risco ao devido processo legal, de maneira a garantir os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos consagrados em nossa Constituição"

Mas isso é o óbvio! Deveria ser diferente? Esse dever não vale para qualquer ministro de qualquer ministério? Então por que assumir a pasta fazendo uma declaração como essa, se não tiver o intuito de ameaçar?
Já se sabe que o ministro é petista e -diga-se de passagem - adepto do Santo Daime e fez parte da diretoria da União do Vegetal.
Ele também admite ter advogado com o Sigmaringa Seixas (denunciado pelo Delcídio) e se diz amigo do Genoíno (condenado no Mensalão). Além disso, Lula se referiu a ele do seguinte modo:
"Eu às vezes fico pensando até que o Aragão deveria cumprir um papel de homem naquela porra, porque o Aragão parece nosso amigo, parece, parece, mas tá sempre dizendo 'olha...'.",
E agora, ministro? Onde está a imparcialidade necessária para o exercício de um cargo na República, não no partido. Será que o ministro vai "cumprir o papel de homem" que a Lula quer?

Pelo jeito e pelas ameaças à PF parece que vai. "Papel de homem", para Lula e para o PT, é fazer o que eles querem, é trabalhar como aliado incondicional da organização criminosa. Até as mulheres do partido e possíveis aliadas tem que "fazer o papel de homem". Foi isso que ele esperava, por exemplo, da ministra Rosa Weber.

Por quanto tempo, esse aí permanecerá ministro? Não se sabe. esperemos que seja por pouco tempo e que não consiga, nesse período, dar sequência ao programa de desmonte da Lava Jato.

sexta-feira, 18 de março de 2016

A escatologia lulista

A República não está somente nua. Está obscenamente nua. A nudez pode ser boa, quando se trata de desvelar os meandros do poder, quando se trata de trazer ao conhecimento dos cidadãos o que acontece nas sombras dos governos.
Mas a nudez da República brasileira ultrapassou em muito esse aspecto. Chegou às partes em que era melhor não termos visto, aquelas partes que todos procuram não expor e que os antigos chamavam de "vergonhas". Chegou às partes escatológicas, aos orifícios, aos excrementos.
E quem nos levou a isso? Para variar, o PT, essa organização criminosa que se traveste de partido político.
As conversas de Lula, com ministros, com autoridades da República, com assessores e mesmo com a presidenta são nojentas em todos os sentidos. Não é só o que elas demonstram de desrespeito, de prepotência, de arrogância, de falta de limites, de inconformidade com as leis, de ego doentiamente inflado, de irresponsabilidade, de falta de sentido patriótico, mas principalmente o que demonstram de primarismo, de raciocínio tosco, de conversa de botequim, de chulo, de rasteiro, a permear a mente e a linguagem daquele que chegou - pasmemos! - a presidir o país.
Em conversa oficial, "republicana", com a presidenta, o Exu evoca palavrões de baixíssimo calão referindo-se a autoridades da República, ao poder Judiciário: "eles que enfiem no c...", "fulano está f..., beltrano está f..." e a presidenta não o contesta. Não lhe diz que evite se referir aos chefes dos outros poderes daquela maneira. Não! Ela se cala e concorda com ele.
As metáforas de Lula, quando fingia ter ser convertido em Lulinha-paz-e-amor para o público externo, eram futebolísticas. Para o público interno entretanto são todas escatológicas, anatômicas: "enfia aqui, enfia ali, o Janot tomou no c...;já que os homens [do Supremo, deduz-se] não tem saco, a Rosa Weber..., as mulheres de grelo duro do partido vão...; 

Chega a enojar ouvir àquelas gravações. Mas é necessário que tomemos mais essa agressão na cara, para que fique definitivamente enterrado esse mito, para que, depois da nudez, dos vômitos e das defecações, possamos limpar o país dessa organização maldita que tanto mal já nos fez. É preciso que não fique mais nenhuma dúvida. Compete agora ao que ainda funciona nessa República, iniciar de imediato o processo de convalescença e reconstrução.


quinta-feira, 17 de março de 2016

Agora é com o Supremo

Depois dos tsunamis políticos sucessivos, o que se vê na mídia é a discussão do acessório: se o grampo podia ou não ser feito e se podia ou não ser divulgado.
O governo Lula, claro, tem todo interesse em desviar a discussão do assunto principal que era a confabulação entre uma presidente e um ex para obstruir a justiça. Mas a mídia cair nessa e dedicar todo esse espaço a essa construção diversionista é deixar muito clara a sua indisfarçável simpatia por esses canalhas que denigrem toda a nação.

A nação está perplexa; as instituições em risco; ficou claro para todos que a organização criminosa está entranhada no poder e o que se discute são firulas jurídicas que, ao fim e ao cabo, nada mais são do que ataques ao juiz Sérgio Moro e à operação Lava Jato.

Enquanto esse ataque parte de Lula e sua gangue é compreensível, mas quando envolve juristas, aí passa a ser muito perigoso. É sinal que o sistema se sentiu agredido pela Lava Jato. O sistema foi projetado para funcionar de modo a garantir a impunidade dos poderosos. Um juiz e uma força-tarefa do MP foi capaz de, usando as regras do sistema, destruir essa blindagem. Enquanto atingia poderosos de empresas privadas a Lava jato, apesar de criticada, foi tolerada. No momento em que começou a buscar também os poderosos da política a situação mudou toda.

Se não fosse pelo volume de evidências que já coletou sobre políticos de quase todos os naipes e partidos, essa operação já teria sido desmontada. Não o fazem porque sabem que quando atacam a Lava Jato, levam uma de volta, pois munição não falta ao juiz Sérgio Moro e sua equipe.

A questão agora está nas mãos da Suprema Corte, que foi chamada de covarde pelo Exu e que agora solta uma carta aberta com desculpas esfarrapadas. O que o Supremo tem que decidir agora, não é se Lula os ofendeu ou não. O que tem de decidir ése vai permitir que essa organização criminosa continue impunemente a sequestrar o governo do país ou se vai cortar esse mal de uma vez por todas.

Se o Supremo nos falhar nessa hora, Deus nos acuda. Tudo pode acontecer.

VERGONHA!!!!!

A resposta da Madame Satânica às manifestações do dia 13 foi botar o Exu para dentro do palácio do Planalto, mesmo que isso lhe custe o mandato. Isso demonstra que essa Organização Criminosa não está nem aí para o Brasil, para a moralidade pública, para a Justiça, ou para quem quer  que seja.
Das duas, uma: ou estão absolutamente confiantes que nada vai lhes acontecer ou estão extremamente desesperados a ponto de não se importarem com as consequências.

O meu sentimento predominante é de raiva e indignação. Ver todo um país impotente diante de um absurdo desses. O povo vai às ruas, protesta, mas o que mais podemos fazer? Quem poderia ter feito alguma coisa, de imediato, seria o Supremo, mas o que o STF fez até agora? Embolou o processo de impeachment, mesmo tendo sido demonstrado que o ministro Barroso suprimiu trechos do Regimento Interno da Câmara para induzir o voto dos colegas.

Nunca havíamos chegado a tamanha degradação. E ainda tem gente que diz que as instituições estão funcionando! Não temos Congresso. Senadores e deputados estão mais empenhados em livrar suas caras de processos por corrupção. Não temos executivo. A presidente acaba de renunciar e dá um golpe nomeando um outro presidente em seu lugar. E o Supremo fica naquelas reuniões intermináveis sem resolver os problemas mais urgentes da nação. Que instituições estão funcionando? No primeiro escalão, nenhuma!
O que está funcionando nesse país é a Polícia Federal, o Ministério Público e alguns (poucos) juízes.

O clima está pronto para o povo todo acabar aplaudindo uma intervenção militar. A Madame lançou mão de sua última cartada. E o Exu também. Pouco se importam se lançam o país à beira de uma convulsão social. E agora?

Será que não há meios de impedir esse estupro institucional?

terça-feira, 15 de março de 2016

A reputação do Judiciário

Como aquela bomba do Rio Centro, que explodiu no colo do sargento, a bomba da delação do Delcídio explodiu no colo da Dilma. A gravação da conversa mole do Mercadante expõe as entranhas do submundo que conhecemos pelo nome de governo. Todo mundo sabia que o governo estava tentando de todas as maneiras interferir na Lava Jato, mas como para o nosso sistema jurídico "o que não está nos autos, não está no mundo" torna-se quase impossível punir certo tipo de crime e certo tipo de criminoso.  A gente sabia, mas não acreditava que isso fosse ter qualquer consequência para os agentes

Entretanto, depois de vir à luz uma gravação (que está nos autos) com a voz do meliante, claramente tentando interferir no processo e obstruir a justiça, fica impossível ao judiciário ignorar isso. E, por mais, que Mercadante e Dilma jurem de pés juntos que foi tudo uma iniciativa pessoal dele, só os muitos ingênuos vão crer nessa história de carochinha. Dilma tinha interesse em que Delcídio, seu líder no senado, não contasse o que sabe. Mercadante chega a ameaçá-lo veladamente por duas vezes. Será que a Justiça vai continuar cega e surda a tudo isso? Não é possível.

E o Judiciário também não sai ileso dessa história. Não é a primeira vez que Lewandowski é citado "no contexto da Lava Jato. Vira e mexe, o nome dele aparece em circunstâncias que exigem explicações. E, quando uma pessoa pública tem que explicar muito, pode se inferir que algo estranho está acontecendo. Também, o próprio Lewandowski não está se dando ao respeito. Aquele encontro secreto e altamente suspeito em Portugal com a Madame Satânica não ficou claro e a sombra da suspeição não deixou de pairar sobre o nome do ministro. Um juiz, especialmente do Supremo, tem que ser e parecer íntegro, senão perde a condição de exercer sua função. É a isso que se chama "reputação ilibada".  Mesmo que nada tenha feito de errado, a questão da reputação é que é determinante.

Na gravação, Mercadante cita um outro ministro do Supremo, sem dar-lhe o nome, o que é bem pior, pois põe todos os outros sob suspeita. O fato de Lula ter sido cogitado para ministro, para adquirir foro privilegiado, é outro fator a deslustrar o STF. Significa que de algum modo, se acredita que o Supremo seria mais brando com ele, até mesmo uma garantia de impunidade. Será? Feliz ou infelizmente, compete só ao próprio Supremo desfazer essa impressão negativa (se é que é mesmo só uma impressão). Vamos ver como a Corte vai se comportar.




segunda-feira, 14 de março de 2016

Ministro Exu

A nomeação de Lula como ministro é um tapa na cara dos brasileiros e uma "banana" para a Justiça. A falta de compostura dessa senhora que ocupa indevidamente a presidência chegou a esse ponto, o de nomear um investigado, um denunciado, com pedido de prisão preventiva, para ocupar um ministério. A degradação chegou ao ponto de um ministério ser transformado em valhacouto de bandido e a presidente em cúmplice.

E os jornalistas comentam o assunto sem se escandalizar. Comentam, como se fosse a coisa mais natural do mundo, uma presidente usar um cargo público para homiziar bandido, para torná-lo menos alcançável pela Justiça.

Isso evidentemente não fala bem, nem do Brasil, nem do Supremo. Se algum cidadão, que cometeu crimes, deseja o foro privilegiado é porque teme mais a justiça de primeira instância que a Suprema Corte. Ou melhor, acredita que, no nível mais elevado da Justiça, as coisas se resolverão na base do compadrio de modo mais favorável para si.
O Supremo, que já não anda muito bem visto, devido ao aparelhamento ostensivo e que recentemente foi posto em mais suspeição pela fala gravada de um senador, líder do governo, que disse ter sob seu controle alguns ministros, não poderá ficar inerte a essa manobra.
E isso caracterizará mais um crime de responsabilidade da presidente. Não é a isso que se destina um ministério, mas para servir aos interesses da nação. Não interessa que ministério o Exu vá ocupar. Qualquer porcaria serve, pois o objetivo é se colocar fora do alcance do juiz Sérgio Moro.

Pobre país em que isso possa acontecer. E, se Lula for bem sucedido nessa empreitada, está na hora de mudar de país, porque aí estaremos perdidos, ninguém mais os segurará e em breve isso aqui será uma outra Venezuela.

(1) valhacouto; esconderijo,
(2) homiziado: escondido da justiça

Vácuo político

Dilma não tem importância alguma. Politicamente não tem importância alguma. A gente ainda fala dela porque ainda está sentada lá. E o cargo de presidente não é pouca coisa em um país de tradição fisiológica e paternalista, em que  "pudê" é a fonte e a razão de tudo. No dia em que deixar o cargo, será rapidamente esquecida, mais ainda que o gen. Figueiredo. Só não nos esqueceremos tão cedo do desastre a que ela nos levou.
Se vai ser presa ou não, se vai ser responsabilizada pelo desastre da Petrobras ou não, pouca importância terá para os brasileiros, que estarão empenhados em restabelecer as condições mínimas de prosperidade, que a nação precisa para as suas novas gerações.

Não é o caso de Lula. Ele tem, gostemos ou não, uma importância, no minimo simbólica, e seu indiciamento, julgamento e eventual prisão terá um efeito moral e político absolutamente necessário para o país. Diz o ditado que "quanto maior é o coqueiro, maior é o tombo". A finada estatura política de Lula prenuncia um tombo homérico, desses de abalar os alicerces. Prenuncia, junto, também o fim de um partido, que conseguiu alimentar algumas ilusões igualitárias em um país de extrema desigualdade social, mas que, por serem apenas ilusões e mentiras, - o que estava em jogo era só o poder - acabaram em grande decepção para milhares de pessoas.

O fiasco do PT jogou por terra a confiança geral das pessoas em qualquer partido. Estamos em um vácuo político perigoso. Nessas horas pode surgir um líder messiânico qualquer, que se aproveite do vácuo e da descrença e venha a seduzir o povo, conduzindo-nos a novo fiasco mais à frente. A história está cheia de casos assim.

Vamos ter que superar essas crises simultâneas (econômica, moral, política) com paciência e perseverança. Não podemos esperar milagres da noite pro dia, mas também não podemos desanimar. A maturidade do povo brasileiro está sendo testada em uma prova difícil, mas, pelo nosso histórico de superação de crises, tenho fé que chegaremos lá.


sexta-feira, 11 de março de 2016

Não há deuses!

O historiador Marco Antônio Villa disse que Lula não é nada disso que se apregoa por aí, como líder político. Para ele, Lula é apenas um ladino líder sindical que foi se aproveitando das oportunidades que lhe passaram pela frente e deu no que deu.

Primeiro foi a construção do mito. Estávamos, o país, em luta contra a ditadura. Necessitávamos de símbolos; e os políticos tradicionais, na época, como agora, não encarnavam o processo de mudança pela qual ansiávamos. Lula foi um achado para vários agentes e grupos com atuação política. Para a Igreja Católica e suas Comunidades Eclesiais de Base, o operário pobre, imigrante, nordestino, simples, homem do povo, cabia perfeitamente na fábula marxista-cristã que ela acalentava então. Para a ditadura, na pessoa do gen. Golbery, já armando a estratégia da transição, Lula, segundo Villa, era um anteparo contra o ímpeto comunista e um anteparo contra Brizola. Para os intelectuais, que também lutavam contra a ditadura, Lula podia encarnar o Lech Walesa brasileiro. Lula era o cara que subia no caminhão e fazia o que os intelectuais não sabiam e não conseguiam fazer: conversar com a massa.  Os intelectuais sabiam tomar champanhe, comer caviar e discutir Sartre e Lacan, mas nenhum deles tinha vocabulário para se dirigir ao povo. Até Fernando Henrique, um dos intelectuais que, no início, cortejou Lula, não tinha embocadura para falar com quem dava voto, o povão! FHC teve a sorte de ser convidado por Itamar para o ministério da Fazenda e se deu bem com o Plano Real. Se fosse depender de discurso para ganhar voto estava ferrado! Todos, portanto, queriam um mito, um mito popular.
Pois criaram o mito e depois acreditaram nele.

Villa diz que Lula era apenas mais um pelego, sem nenhuma ideologia, cujo objetivo era entrar para o sindicato para não ter que trabalhar mais. O negocio era ir enrolando a plebe ignorante e se manter vitaliciamente na diretoria sindical, atendendo e "comendo as viúvas dos  cumpanhero" como o próprio Lula declarou à Playboy, até que se casou com uma delas; tomar cerveja nos butecos e jogar truco. O que foi acontecendo depois, todos já sabem. A greve do ABC. primeira greve na ditadura, catapultou o  mito em formação dando lhe visibilidade nacional. Sua prisão por 30 dias, ajudou bem, começando a lhe conferir a auréola de mártir, de perseguido. Daí, com a fundação do PT, o caminho para o poder estava traçado. Era só uma questão de tempo. E Lula chegou lá. Chegou com a auréola de líder carismático, iluminado, com o destino manifesto de guiar a nação rumo ao futuro glorioso.

Até ele acreditou no próprio mito. Acreditou-se um gênio político. E começou por aí a derrocada. Acreditou-se invulnerável, acima do Bem e do Mal, acima das leis, intocável, pois afinal tinha a força do povo atrás de si, a sustentá-lo indefinidademente. Jamais pensou que perderia esse apoio. Era o chefe de um esquema de compra de apoio político. O seu partido tinha uma fonte aparentemente inesgotável de dinheiro (roubado da maior empresa do país). Não havia como dar errado. Até que... um fio puxado de uma investigação comezinha por um juiz íntegro, auxiliado por uma equipe jovem e idealista do ministério público, abriu as comportas e  a verdade foi se derramando na cara de todos, uma enxurrada de lama moral, varreu o país de norte a sul. Alguns ainda se espantam. Mas cadê o mito? Cadê o povo carregando o mito? Não há mito e não há povo para carregá-lo. O que há é um homem desmoralizado, desacreditado, que se acabou definitivamente para a vida pública.
O povo, desfeita a ilusão, vai se vestir de verde e amarelo e sair às praças no domingo, para, mais uma vez, recomeçar a construção de um país digno. Dessa vez, com os pés bem no chão, sem falsas esperanças, sem delegar a ninguém a condução de seu destino e, sobretudo, sem acreditar em mitos. Melhor assim.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Prisão preventiva

Quem tem uma oposição como essa não precisa de base aliada. O senhor Luiz Inácio da Silva, após ser conduzido sob vara para depor, fez o quê? Foi para o sindicato dos bancários fazer comício. Comício contra as instituições, contra o sistema judiciário do país. Foi conclamar os seus paus-mandados para irem às ruas fazer baderna!

Naquele ato, Lula mostrou o quão perigoso ele é. Se a Justiça não agir, o que vai acontecer? O Brasil vai virar uma Venezuela, com os petistas ameçando e batendo nos opositores.

Ainda mais. Não satisfeito, foi flagrado mandando o Ministério Público enfiar os processos em lugar impublicável. E ainda mais. Depois de fazer tudo isso, teve o apoio explícito da presidente da República!
O que mais seria necessário, além de todas as evidências de crimes ajuntadas nos processos, para que a Justiça reagisse?

Pois a chamada oposição reaje temerosa (sem trocadilho) ao pedido de prisão preventiva, cheia de dedos, como se fosse um partido aliado do governo! "O que é isso, gente, estão querendo prender o Lula?"; "Onde estamos?".
Aquele babaca do Cristóvam Buarque ficou espantado e disse: "não se pode prender um ex-presidente assim" . Então, cara-pálida, diga: como é que se pode prender um ex-presidente que cometeu crimes? E os pobres diabos, ladrões de galinha, esses podem ser presos assim?

Até o colunista Reinaldo Azevedo, considerado, pela esquerda, um rotweiller direitista, saiu-se com essa: "Cabe perguntar se, com motivo frágil, não seria justamente a prisão a ameaça à ordem pública".

PelamordeDeus! Qual dos motivos é frágil? A incitação à violência? A ameaça ao Ministério Público? O desrespeito ao Judiciário? Quer dizer que qualquer criminoso, cuja prisão possa provocar tumulto, não deve ser preso? É assim que a Justiça tem que agir? Só prende, se o criminoso não for capaz de ameaçar a ordem pública? Estamos vivendo tempos muito estranhos. A inversão de valores chega a ser patológica.
Ou então, o que é mais provável, a oposição também está é com medo da Lava Jato e do MP. Muitos deles sabem que estão sendo investigados e que não há ninguém a salvo. A qualquer momento podem acordar com a Polícia Federal na sua porta. Isso é ruim, muito ruim... para eles.
Para nós é ótimo!

São muitas emoções!

O rally emocional do impeachment está sensacional! A cada golpe que os canalhas tentam aplicar no Ministério Público, recebem uma bordoada de volta que os deixa tontos e desbaratados.

Esse rally tem várias etapas e uma das mais significativas, porque carregada de simbolismo, é o pedido de prisão preventiva do Exu Nove Dedos. Estamos vivendo uma emoção após a outra. Daqui a pouco estaremos comemorando a prisão do calhorda; logo depois a deposição da Anta e também a sua prisão.

Precisamos disso! Merecemos isso! Está na hora de virar essa página suja e malcheirosa e começarmos a construir um novo país. Com ética, com responsabilidade, com espírito público, com menos mentiras e menos blá-blá-blá. O povo está tomando as rédeas, sem pedir a ajuda a nenhum partido político, até mesmo os rejeitando (já que não cumpriram o seu papel). Os partidos deveriam se preocupar com isso, perceber que não têm mais nenhuma mensagem para o povo e ninguém deposita neles credibilidade. Isso é ruim, porque a política institucional, até que inventemos algo melhor, tem que ser exercida pelos partidos. Se o  povo rejeita os partidos, como se fará o dia-a-dia da política? Como se farão as leis? Quem exercerá o poder Legislativo?  São perguntas que, mais cedo ou mais tarde, terão que ser respondidas.

Agora entretanto está na hora do povo, da alegria do povo. O povo nas ruas está demonstrando que não queremos viver em um país corrupto, não queremos viver em um país governado por traidores e mentirosos. Estamos dando o recado, mais uma vez. No dia 13 isso ficará mais do que claro e explícito. São muitas as emoções!

terça-feira, 8 de março de 2016

O sumiço dos emails

Os emails do Marcelo Odebrecht, ex-presidente da maior empreiteira do país, muti-nacional com faturamento bilionário, sumiram...Simplesmente sumiram, desapareceram sem deixar rastros, sem backup nos servidores do Panamá. Os emails de Fernando Migliaccio e Hilberto Mascarenhas, diretores da Odebrecht e operadores das offshores e das contas externas, também escafederam-se.
Isso é um caso muito sério de segurança. Imagine se isso acontece com um projeto inteiro, uma obra no Itaquerão por exemplo. É por isso que cai.

Do outro lado, e na mesma linha de conduta, a trupe do João Santana esqueceu os celulares e os computadores na República Dominicana. Francamente, isso já é deboche. Essa gente se julga acima da Justiça e acha que pode fazer o que quiser. Resta à Justiça tomar providências contra essa cara de pau, ou então,  a Polícia Federal, o Ministério Público e a própria Justiça estarão desmoralizados.

Evidentemente, todos os acusados tem o direito de se defender, mas a defesa não é um vale-tudo. A defesa tem que se apoiar na demonstração de que os fatos acusatórios não se sustentam, mas não pode ser calcada em ilegalidades, tais como a destruição ou ocultação de provas, ou obstrução à investigação. Isso não é defesa. É sabotagem!

Portanto, o desaparecimento de emails, celulares e notebooks deve ser considerado como uma confissão de culpa e tornar-se um fator agravante a ser considerado nas eventuais sentenças. É preciso que se consolide, de uma vez no país, a noção de que o tempo da impunidade está definitivamente enterrado no passado. Pelo menos esse benefício o PT nos deixará como herança.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Tempo de murici

O teto do Itaquerão caiu! A usina de Pasadena pegou fogo! O mar não está pra peixe para dona Dilma e seu coroné, não! Pelo jeito, estão os dois numa sinuca de bico e não sabem qual é a saída, porque não tem saída para eles. A saída é o xilindró, a cadeia, a penitenciária!

É por isso que estão se abraçando! Os dois entraram juntos nessa lama e juntos vão se afogar nela. Pensavam eles que podiam fazer o que quisessem? Que podiam surrupiar uma nação inteira para satisfazer seu projetinho megalômano de poder? Pois bem, a vaca foi pro brejo. A nação se cansou deles, se enojou deles, se indignou com eles e está dizendo: Basta!

Para dona Dilma a ficha só começou a cair agora. Ela é lenta mesmo em absorver as coisas. Mas está cada vez mais isolada. Deve andar como uma alma penada, cambaleando pelos corredores do Alvorada à noite, falando sozinha. No dia seguinte, convoca uma reunião de emergência, com a meia dúzia de amarra-cachorros, que, se pudessem, já estariam correndo pra longe dali.
Reunião de emergência para quê? Vão resolver o quê? Alguém tem alguma ideia do que fazer? Melhor seria, que a aconselhassem - se tivessem coragem para tanto -  a largar o osso de uma vez e poupar a nação de mais 2 ou 3 meses de desgaste. O final da história já está escrito. É inevitável! Será o mesmo, agora ou daqui a 3 meses.
Só que a nação não mereceria ter que passar ainda por mais um trimestre de angústia e problemas.

Eu não acreditava jamais na hipótese da renúncia, mas agora começo a vislumbrar essa possibilidade.
Com a condução do seu chefe, sob vara, para depor, acho que ela mudou de ideia. Viu que com o juiz Sérgio Moro e o Ministério Público não se brinca. E o STF, que é quem a julgaria, está acuado pela opinião pública e pelos exemplos de coragem, honradez e patriotismo da força-tarefa da Lava Jato. A dona tremeu e correu para o colo do chefe, mas percebeu que o chefe está mais preocupado em tentar salvar a própria pele. Em tempo de murici, cada um cuida de si, diz o velho ditado.
Portanto, me parece que ela agora está só escolhendo o pretexto, o momento ou tentando negociar uma barganha que a livre de um grande processo caso abra mão dos 2 anos e meio de mandato. É mais ou menos como uma "renúncia premiada". A questão é: negociar com quem? Com o Congresso em pé de guerra? Com o Judiciário? Com a oposição?  Michel Temer poderia costurar um acordo que, em nome da governabilidade, blá, blá, blá, estaria formando um governo de transição e de união nacional para tirar o país da crise. E, nesse ponto, em troca de uma renúncia, haveria o prêmio de um processo menos pesado e/ou uma pena mais leve. Tudo é possível!





domingo, 6 de março de 2016

Pedaladas e pedalinhos

Eliane Cantanhêde abre sua coluna de hoje do estadão (aqui), com a seguinte pergunta:
Se o Instituto Lula recebeu R$ 20 milhões das empreiteiras da Lava Jato e se o ex-presidente Lula ganhou R$ 10 milhões dessas mesmas empreiteiras por palestras, por que raios ele não comprou o sítio de Atibaia por R$ 1,5 milhão e reformou as áreas internas e a piscina por R$ 700 mil para desfrutar dele 111 vezes, guardar as 200 caixas do Alvorada, levar o barquinho da família e os pedalinhos dos netos?
A resposta  é simples: Lula não comprou o sítio, nem as cozinhas, nem o triplex, não foi porque não tivesse dinheiro para isso. Dinheiro, lícito ou não, isso é outra história, tinha e tem. Não comprou, porque o sítio, o triplex e sua reforma, as cozinhas, etc. eram parte do pagamento que lhe deviam a OAS e a Odebrecht. Esse pagamento era um naco adicional aos 30 milhões que a L.I.L.S. e o Instituto Lula receberam. Portanto, não fazia sentido que Lula desembolsasse o valor que eram os outros que lhe deviam.

E os 30 milhões estão também sob investigação devido obviamente à coincidência de os pagadores serem as empresas enredadas na roubalheira da Petrobras e ter sido Lula, como presidente da República, a pessoa com mais poder e influência sobre a mesma Petrobras. Não é preciso ser nenhum Sherlock para concluir que aí tem coisa!

Mas, que é irônico é: o poste, eleito por ele, vai cair por causa  das pedaladas e ele, por causa dos pedalinhos.

sábado, 5 de março de 2016

Apressem-se, senhores políticos!

A presidente foi mais uma vez, usando o nosso dinheiro, puxar o saco do seu chefe! É um espanto que um chefe de Estado abandone suas tarefas para ir prestar solidariedade a um investigado pela polícia. Que solidariedade é essa? É uma confissão de que ela também está envolvida nas mesmas maracutaias, na quadrilha do petrolão e em todos os outros "mal feitos" (o nome que eles dão aos crimes)? Se é uma confissão, ela tem que ser deposta já! Se não, ele não devia estar lá. Deveria guardar uma prudente distância em respeito a si mesma, ao cargo que ocupa, ao poder Judiciário e, principalmente, à nação.
Mas querer atitude de estadista de quem não passa de amarra-cachorro, ou pau-mandado, é querer demais. Vamos ter que ir suportando essa vergonha, aguentando esse descrédito, até que a classe política consiga dar uma solução institucional à crise.
A política é a arte de resolver interesses conflitantes de modo civilizado. A política surgiu como uma alternativa à força.  Se a política não resolve, a força resolverá.
Portanto, senhores políticos, parem de pensar somente nos próprios interesses, parem de olhar somente o próprio umbigo, apressem-se em dar uma solução política ao caos que já se está instalando, antes que seja tarde, porque as forças ocultas já estão se movimentando nos dois lados.

Ontem, o Exu de Garanhuns convocou suas tropas e disse, com todas a letras, que se precisarem de um líder, ele está ali para fazer esse papel. Isso é uma ameaça clara às instituições e não é a primeira vez que ele faz isso. Há pouco tempo já tinha convocado o exército do Stédile.
Agora, mesmo depois dessas ameaças, tem o apoio da presidente da República. Isso é grave. A presidente está agindo com irresponsabilidade e repetindo um erro histórico. Em 30 de março de 1964, Jango compareceu a um ato político no Automóvel Clube no Rio e fez um discurso dando apoio explícito aos sargentos e sub-oficiais sublevados, numa quebra de hierarquia que o exército não aceitou e acabou levando ao golpe.

O país não pode mais continuar desgovernado. Pessoas com fortes indícios de terem cometido crimes, não podem continuar desafiando as instituições e recebendo o apoio da presidente. Está tudo errado. Há que corrigir-se isso o mais rápido possivel, portanto, senhores políticos, está na sua hora de agir.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Ameaças de Lula

Ai, ai, ai. Estou emocionado com o choro de Lula. Agora ele volta a ser o Lula de sempre, o falastrão, o manipulador de plateias amestradas, a vítima pobre do Nordeste que não é aceita pela elite branca (apesar de a elite branca ter pago mais de 30 milhões por palestras suas, ter reformado sítios e apartamentos que são e não são dele).
É preciso muita desfaçatez, é preciso muito malabarismo para fazer essa cena toda, com direito até a choro, e não dizer uma palavra sobre o que o Ministério Público e a nação quer saber.
Lula está indignado! Como ousaram mexer com ele? Como fizeram o "deus" entrar num camburão (embora descaracterizado) e ser conduzido à força para depor. Diz que deveriam respeitá-lo só por ter sido presidente. É mesmo? Eu pensava que era a Lei que deveria ser respeitada, a Constituição, a decência, o decoro.
Reclamou que levaram a família toda para depor, como se não tivesse sido ele mesmo que envolveu a família na roubalheira, transformando-os, até a nora, em laranjal.
O caso Lula está sendo tratado por ele e pelo PT como uma questão política quando na verdade é apenas uma questão pessoal. É entre ele e a polícia! É entre um suspeito de crimes e a Justiça, que tem a obrigação de apurar, processar e condenar o culpado.
O caso do partido que se transformou (se é que não foi sempre) em uma organização criminosa, esse sim, é político porque a cassação da sigla, se vier a acotecer, é um processo político. Quanto aos seus membros que atravessaram a fronteira da legalidade, cada um deles é um caso de polícia apenas.
Lula deveria se recolher à sua atual insignificância e parar de ameaçar o Ministério Público, a Polícia, o Judiciário e a nação com seu "exército" vermelho. O custo disso pode ser bem caro.

quinta-feira, 3 de março de 2016

A casa caiu!

"Numa casa de caboclo um é pouco, dois é bom, três é demais". Pois é, Chiquinha Gonzaga! Quem mandou o Lula se achar por cima da carne seca e mandar o Delcídio confabular para liberar o Cerveró? Foi ideia dele, disse o senador. Foi ele quem o mandou fazer aquilo e depois o chamou de idiota quando Delcídio foi preso. Como diz a letra da música popular centenária, "três é demais"! Não há segredo que fique guardado entre três pessoas. Entre duas já é difícil, dizia Tancredo.

E pensar que essa operação toda, sofisticadíssima, envolvendo uma engenharia financeira complexa, off-shores, dinheiro da Suíca e em paraísos fiscais, empreiteiras gigantescas, acabou sendo descoberta por uma simples investigação de um doleiro, suspeito de lavagem de dinheiro!
E pensar que Lula começou a cair por causa de um apartamento fubango, como disse o amarra-cachorro Marco Aurélio "top-top" Garcia! E que acabou de derrubar a si mesmo quando tentou obstruir a Justiça com aquele plano mirabolante para tirar o Cerveró da cadeia!

O Diabo não só mora nos detalhes. O Diabo ama os detalhes, pois é por aí que as pessoas se perdem.  Um descuido e a conversa espúria foi gravada e a casa caiu! Delcídio não me decepcionou. Eu sabia que, com aquela cara de vovó Donalda e aquela cabeleira-do-zezé, ele não teria estofo, nem vocação para herói. Ia entregar mesmo, como, de fato, está entregando e aí fazendo, mesmo que involuntariamente, um grande favor ao país.

Claro que as vozes contrárias se levantam. Delcídio, que até ser preso era líder do governo, "não tem credibilidade" para o ex-ministro da Justiça. As pessoas perderam mesmo a vergonha, falam qualquer coisa sem pudor. Então querem fazer crer que Delcídio, Léo Pinheiro, Cerveró, Youssef, Fernando Baiano, Júlio Camargo, Fernando Moura, Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Milton Pascowitch, mentiram todos. E, pior, combinaram entre si a mentira de modo que não caíssem em contradição. Isso seria realmente um complô contra Lula e Dilma e significa que esse complô teria sido armado de dentro do governo, do núcleo do poder! Meu Deus, que país estranho: não há um membro da oposição nesse complô!

Chega! Vamos logo aos "finalmentes", que os "entretantos" já estão enchendo o saco! A casa caiu! Não tem mais jeito. É hora de dar o fora e deixar o país respirar e seguir a vida sem essa corja criminosa, que quis e quase conseguiu se apoderar dele.







terça-feira, 1 de março de 2016

De moluscos e antas

Diz o ditado que quem vê cara, não vê coração, mas a julgar apenas pela cara o novo ministro da Justiça ainda vai dar o que  falar.

Posso estar enganado, mas a cara dele é a de um boçal completo. Pode ser isso mesmo que os mentores de sua nomeação queiram: um boçal que faça o que lhe mandarem fazer. No momento em que pipocam, para todos os  lados, indícios fortes e insofismáveis de envolvimento, tanto da presidenta, quanto do Exu, em grossas maracutaias e, já que o ex-ministro Cardozo respeitou ao menos a liturgia do cargo, não se prestando a ser um simples menino de recados de um Lula da Silva, nada lhes restou que escarafunchar pelos desvãos da administração pública até encontrar o candidato ideal.
Mais uma vez repito, posso estar precipitando um pré-conceito, mas o PT não nos deixa alternativa, uma vez que o conceito, que ele já nos fez entender, é o de pior qualidade.
Cada movimento dessa organização criminosa, que atende pelo nome de partido político, é mais uma mexida no pantanal e só leva o país a uma situação ainda pior do que já estava.
Uma coisa, porém, chega a intrigar. Se a Anta e o Exu estão brigando, cada um querendo jogar o outro na fogueira para salvar a própria pele, o que  a levou a deixar o Exu afastar um e nomear outro para o ministério da Justiça? Será que o Exu, naquela conversa em S.Paulo, passou a perna mais uma vez na oligofrênica e a convenceu que tirar o Cardozo do ministério seria bom para ela? Bastante provável, considerando a capacidade de discernimento da Anta e a esperteza mafiosa do Molusco.



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