O filmeco de Petra Costa, Democracia em Vertigem, foi indicado ao Oscar e, por isso, provoca orgasmos intelectuais em toda a esquerda no país, apesar de Oscar ser uma coisa imperialista e capitalista.
Mas, como ficou demonstrado nas relações com a Odebrecht, a esquerda gosta, sim, do capitalismo, quando é o capitalismo-a-favor.
Não vi e não vou ver a porcaria porque já sei do que se trata. O cardápio da esquerda não muda. Quando a democracia a alija do poder, o que ela faz é dizer que a democracia acabou; ponto!
Democráticos, para eles, são o regime de Maduro na Venezuela se perpetuando no poder. Isso é democracia! Democrático é o regime cubano, o da Coréia do Norte e - com alguma concessão - a babaquice francesa.
Os Estados Unidos, a partir da eleição do Trump, para essa gente delirante e de mau-caráter, não é mais um país democrático!
Pena que não haja mais exemplos de democracia no mundo! São só três ou quatro.
Sob essa perspectiva, realmente a democracia está vertiginosamente desaparecendo no mundo. E, tomara que essa "democracia" desapareça mesmo. Não serão filmecos como esse que reverterão o quadro.
A esquerda já teve o seu momento histórico, chegou ao poder e teve a oportunidade de colocar em prática tudo que havia pregado até então. Marx não tem do que reclamar: regimes marxistas estiveram no poder em toda parte. Em todo o Leste europeu, incluindo obviamente o império soviético e variando no espectro, desde o mais fechado como o regime albanês, até o menos fechado regime iugoslavo, ou quase rebelde, como na Hungria.
Na Ásia, países tão diversos quanto: Afeganistão, Mongólia, China, Vietnã, Camboja e Coreia do Norte em algum momento caíram nessa armadilha. Até mesmo na sempre combalida África, houve regimes marxistas em Moçambique, Angola, Congo, Etiópia e Somália, fora alguns "simpatizantes".
Na América Latina já tivemos 3 casos de infecção: a Nicarágua, Cuba e a Venezuela.
Pois hoje só restaram a China (comunismo que faria Marx pirar), a Coreia do Norte, Vietnã, Cuba e Venezuela. À exceção da China, todos os demais com a economia em frangalhos.
Em outras palavras, essa "democracia" deles é que está em vertiginoso declínio. Mas isso o filme não mostra.
terça-feira, 14 de janeiro de 2020
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