quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Procurando o quê na casa do Temer?

Foi no mínimo deselegante e comprometedora a posição da nova Procuradora-Geral da República ao aceitar se encontrar secretamente com Temer na calada da noite.  Diz ela que foi para discutir questões da posse!

Seja por que motivo for, ainda mais um motivo simples como esse, a senhora Procuradora deveria ter se dado ao respeito! Encontrar-se às 10 horas na noite no palácio do Jaburu, residência do presidente,  fora da agenda oficial, para tratar de assunto oficial?

A senhora Procuradora dá motivos para a gente pensar o que quiser. Fazer as ilações que quiser fazer. Não há razão alguma para esse encontro fora de hora e fora da agenda! Ainda mais com uma pessoa, seja ou não presidente,  suspeita de ter cometido crimes. Há uma denúncia aberta contra ele, que não prosperou porque a câmara o protegeu, mas a denúncia não foi eliminada, portanto o senhor Michel Miguel Elias Temer Lulia é, sim, suspeito de ter cometido uma série de crimes comuns.

A indicação de Raquel Dodge já era vista com certa desconfiança, exatamente por ser indicada pelo próprio suspeito e não ter sido o primeiro nome da lista tríplice! A desconfiança poderia ter ficado por aí, mas, a Procuradora fez questão de aumentá-las exatamente por esse comportamento esdrúxulo.

Nesses tempos, em que a confiança nas instituições e no próprio regime democrático se encontram, talvez, no nível mais baixo de nossa história, precisamos urgentemente de líderes, de reservas morais, para ajudar a nos tirar desse atoleiro. O que não precisamos e dispensamos por inconvenientes são agentes públicos que, antes mesmo de começar a exercer suas funções, já estão se colocando na mesma vala comum em que estão todos os demais. Isso só faz aumentar o descrédito na vida pública, com consequências nefastas para a nação.

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