Gilmar Mendes está desafiando a nação e o próprio poder do qual faz parte. Esse esquece, ou finge esquecer, que todo governo democrático está baseado no consentimento dos governados. É isso que está na Constituição, quando se diz que "todo poder emana do povo". Em suma, é o povo que detém o poder constitucional permanentemente e o exerce através dos seus representantes, até quando quiser ser representado.
Se e quando, o povo concluir que os representantes já não correspondem à sua confiança, acaba-se o governo e tem que se constituir outro. No regime parlamentarista isso fica bem claro, com o voto de desconfiança e a destituição de todo governo que já não represente a vontade popular.
No regime presidencialista é mais difícil aferir essa vontade no intervalo entre as eleições. Mas essa dificuldade não muda a realidade das coisas. Gilmar Mendes está se colocando frontalmente contra a vontade da maioria dos brasileiros. Como dizia antes, ele se esquece que está lá, nessa função, pura e simplesmente pela vontade do povo. Não é direito adquirido, nem direito divino.
Ao perpetrar esse festival de arbitrariedades, travestidas em atos legais, Gilmar Mendes está provocando que alguém, que tenha coragem cívica para tanto, peça o seu impedimento.
A nação não pode ser refém de um ministro do Supremo. A nação não pode ser refém de ninguém!
sábado, 23 de dezembro de 2017
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Seguidores do Blog
Blogs que sigo
No Twitter:
Wikipedia
Resultados da pesquisa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem vindo! Deixe aqui seu comentário: