sábado, 11 de novembro de 2017

A morte de um partido

O PSDB morreu. Acabou. O partido foi assassinado pelo seu próprio presidente, Aécio Neves.

Ao tomar a decisão de afastar da presidência interina o senador Tasso Jereissati, Aécio agiu como um chefe mafioso. Tomou posse do partido e automaticamente expulsou da agremiação todo o grupo que lhe faz oposição.

Se o Brasil não fosse o país que é, um senador, pego em gravação pedindo dinheiro a um empreiteiro, já estaria automaticamente fora, não só do partido, mas da política. Entretanto, ao tomar de assalto o comando do partido, o que Aécio está fazendo é entronizar, na agremiação, a gangue que o apoia (a ele Aécio). Nesse caso, em quê o PSDB seria diferente do PMDB?
Vai ficar lá, apoiando o moribundo governo Temer em troca de cargos, exatamente como faz o PMDB. E tentando melar a Lava Jato, exatamente como faz o PMDB.

O PSDB errou, vem errando e muito, mas até então o erro era a eterna indefinição de que lado o partido está. Agora que esse lado ficou claro, o partido não tem mais razão de existir. Para fazer esse papel sujo e fisiológico já há outro partido, que faz até melhor: o PMDB. Não há necessidade, no espectro político, de um PMDB do B.

Os tucanos perdem de longe não só para o PMDB, mas principalmente para o PT. Para começar não tem militância, muito menos fiéis religiosamente ligados ao partido. Não tem também comunicação com o povão. Seus líderes são gente refinada, de salões, com mestrado e doutorado, não sobem em carroceria de caminhão. E quando tentam ser mais "do povo" viram piada inesquecível, como Fernando Henrique, por exemplo, comendo buchada de bode.

O que ainda dava algum crédito ao partido era aparentemente não estar envolvido na corrupção da Petrobras. Isso valeu até que o presidente do partido foi desmascarado. Isso foi um golpe mortal, mas agora esse mesmo presidente aplica-lhe o golpe de misericórdia.

Em 2018, o PT sairá aleijado, mas ainda vivo. Mas o PSDB pode encomendar desde já o caixão.

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