A guerra está dura, mas ontem a República venceu uma batalha importante. O Supremo Tribunal em peso, com a notória e esperada exceção de Gilmar Mendes, se posicionou em defesa das instituições do Estado Brasileiro. Como disse a ministra Cármen Lúcia: as pessoas passam, mas as instituições ficam.
Por mais óbvio que isso deva ser, no Brasil é preciso que se enfatize que as instituições são maiores e mais importantes que as pessoas, que os cargos não pertencem aos seus ocupantes, que o Estado é propriedade de toda a nação e não apenas de uns poucos, que a coisa pública não é coisa sem dono. Em outras palavras, a República ainda precisa ser proclamada todos os dias.
Mas, ontem foi um dia especial. Ontem, vimos um ex-presidente sentado no banco dos réus, morrendo de medo do que lhe vai acontecer. Esse ex-presidente já foi um intocável na nação. Podia tudo e nada o atingia, julgava-se acima da Lei, mas agora está tomando consciência que as coisas aqui mudaram, devagar e às vezes sem a gente perceber claramente, mas mudaram. O maior avanço, sem dúvida, é ficar estabelecido que em uma República não pode haver intocáveis. Todos, sem exceção, tem de estar submetidos à Lei.
Ver a cara do Exu, sôfrego, bebendo água como um camelo desidratado, bufando e quase perdendo a compostura diante de um sereno juiz Sérgio Moro, nos mostrou que a guerra contra a Organização Criminosa que se aboletou no poder, pode ser uma guerra difícil, dura e demorada, mas quem a está vencendo somos nós, os cidadãos.
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
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