terça-feira, 6 de maio de 2014

Desmantelamento do país

Eu pensava que o processo de desmantelamento do país era 100% de caso pensado, que fazia parte de um plano, algumas vezes explicitado no Forum de S.Paulo. Agora acho que, além de um plano, existe também uma boa porção de incompetência e burrice pura e simples.
Quando se trata de dona Dilma, coitada, percebe-se que se trata de uma mistura de burrice com altas doses de má-fé. No caso dela, o tico e o teco, além de não conversarem um com o outro, ainda jogam contra.
Mas foi no governo Lula que se começou esse processo, primeiro aparelhando as instituições do executivo, as agências reguladoras, os milionários fundos de pensão, as empresas estatais e autarquias como o Banco do Brasil e o BNDES, a Polícia Federal, depois, avançou comprando o voto de deputados no que acabou se tornando o maior escândalo político depois do impeachment de Collor. Simultaneamente passou-se a ameaçar os adversários com a confecção de dossiês falsos atribuindo aos opositores toda sorte de crimes e leviandades que eles mesmos praticavam, ou tinham a intenção de praticar e/ou acobertavam de seus aliados e comparsas. Era a tal máquina de moer reputações denunciada por Romeu Tuma Filho em seu livro recente. 

Lula deu e ainda dá o péssimo exemplo de desrespeito contínuo e repetido às instituições republicanas, quando essas instituições representam um entrave às suas pretensões imperiais. Fez isso recentemente em Portugal ao declarar em alto e bom som que o Supremo Tribunal de seu país não seria um tribunal sério, pois teria feito um julgamento 80% político dos mensaleiros. 
Um ex-Chefe de Estado, faz uma declaração estapafúrdia como essa, em um país estrangeiro, denegrindo seu próprio país sem a menor cerimônia e nada lhe acontece. 
No governo Lula, o desmantelamento das instituições foi de caso pensado, planejado e executado. E, como já disse o Zé Dirceu: o exercício do poder executivo e legislativo tem como objetivo "cuidar do partido".
Já com Dilma é diferente. Ela gosta de mandar e de se impor pela rudeza e pelo grito. Age como uma comandanta cucaracha, talvez para esconder sob os gritos a sua absoluta incapacidade cognitiva. Aí entramos no terreno da incompetência.
Um governo mal intencionado, seguido por um governo estúpido, tinha que dar no que deu. O pior é que o próximo governo vai ter que enfrentar uma situação caótica e dramática; e o PT, já então na oposição, vai voltar a fazer o que sempre fez bem: gritar e tentar bloquear qualquer tentativa de progresso, insuflando a desordem das invasões e as greves de motivação puramente política. Preparemo-nos.

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