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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Corrupção em "estado da arte"

Se há denunciados, indiciados e condenados pela Lava Jato, de vários partidos, o que diferencia o PT de todos eles?- perguntou-me outro dia um amigo petista. 
Respondo: O PT se diferencia de todos os demais partidos no quesito corrupção por um motivo muito simples. Está no DNA do PT o desrespeito à lei. 

O partido se considera o dono da verdade e tudo o que fez, faz e fará é o certo e ponto final. Sendo assim, o PT está acima da Lei e acima das leis. É assim que Lula pensa e é assim que eles pensam. O pensamento é messiânico, não muito estranho a  Lula, pois o messianismo e o milenarismo estão ainda muito vivos no nordeste de Antônio Conselheiro, Lampião e Padim Ciço.

Não estou dizendo que não haja dolo, intenção de se locupletar às custas do erário público, de privatizar vantagens espúrias em todos os casos e em todos os partidos. Não! Isso faz parte - como eles dizem - da regra do jogo. O que faz do petismo uma ideologia especialmente corrupta é derivado exatamento do seu messianismo. No petismo, assim como no stalinismo, no castrismo e em vários outros ismos,  não se questiona o líder, o messias, o salvador! Apesar de o PT se dizer um partido democrático, que conviveria internamente com correntes diversas, nada o diferencia dos Politburos soviéticos.

Há correntes, sim, mas que disputam entre si pelo poder, não por causa de diferenças ideológicas. Nessa área, não há discussão, pois não se discute o Dogma. O que está em disputa é somente o poder pelo poder e as benesses que ele traz. Simples assim.
O PT, portanto, nasceu, benzido pela Igreja, se convencendo de que era o portador da chama sagrada e que, em decorrência disso, tudo que fizesse estaria sempre justificado pelo "bem do Povo".

Foi assim que as primeiras prefeituras ficaram encarregadas de achacar e estorquir as empresas que tivessem contratos públicos, como ocorreu em Santo André, "para o bem e para os cofres do partido". E ninguém, dentro do PT, se espantou com isso. A primeira e única reação foi a de Celso Daniel, quando descobriu que, sendo a  carne fraca,  além de desviar para os cofres do partido, os agentes petistas desviavam também para si. 

Ingenuamente ou por erro de cálculo, tentou abrir uma discussão interna, mas o risco era grande demais para o partido naquele momento. Caso a notícia vazasse seria o fim do PT antes mesmo de começar. O que se viu então , foi Celso Daniel sendo emudecido para sempre... pelo "bem do Povo".

Só a título de recordação, o próprio Lula chegou a ser investigado internamente por José Eduardo Cardozo e Hélio Bicudo, a respeito do, até então, simples apartamento da Bancoop em Guraujá. Esse foi o motivo do ódio que Lula lhes devota desde então. Hélio Bicudo acabou por deixar o partido, convencido de que os líderes petistas podiam ser tudo, menos inocentes.

Uma organização dessas, que nasce com essa deformação, não poderia dar em outra coisa. A corrupção existe desde sempre e acompanha de perto o poder. Na política brasileira então, com a leniência e lassidão das nossas instituições, chegou ao "estado da arte".

Mas pela primeira vez, e pelas mãos do PT, a corrupção foi elevada ao estado de virtude política, tendo sido introjetada na ideologia como uma ferramenta de conquista de poder! É isso que levou à destruição do Estado brasileiro. As ruínas institucionais estão desmoronando à nossa volta e já surgem sinais do caos político querendo se instaurar.
Salvadores da pátria surgem, perigosamente, nessas horas e muitos deles estarão querendo salvar apenas as suas próprias peles. Muita calma será necessária, assim como muita lucidez dos homens de bem que ainda restam, para separar o joio do trigo.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Continuam querendo

Há um "causo" em Minas que conta a história de um  mineirinho que comprou um caminhão, com o qual passou a desfilar pela cidade todo lampeiro e em cujo parachoques estava escrito: "Não me importa se a mula é manca, o que eu quero é rosetar."
As senhoras da cidade viram nisso uma frase de duplo sentido e foram reclamar com o vigário, que, do púlpito, pediu providências ao delegado, no que foi imediatamente atendido. O delegado chamou o dito-cujo e lhe pediu para retirar a frase do caminhão, pois estava ofendendo a moral das senhoras importantes do lugar.
Pois bem, na semana seguinte retorna o matreiro capiau com seu caminhão e a seguinte frase escrita no parachoques, contra a qual ninguém pôde fazer nada: "Continuo querendo".

É assim com o PT. Dizem que não aceitam mais as doações legais de empresas. E as ilegais, vão continuar aceitando?
Outros, apesar de presos por corrupção, continuaram o delito como se nada tivesse acontecido, como é o espantoso caso do Zé Dirceu que recebeu milhões como consultor, durante o tempo em que foi nosso hóspede na Papuda.
Hoje lê-se nos jornais que o PT pode até não sobreviver se tiver que pagar as multas que o judiciário com certeza lhe imporá. E, mesmo que não tenham que pagar um valor muito elevado, estão bastante preocupados porque a "fonte secou".
Ou seja, o sistema foi elaborado de tal forma que hoje o PT não sobrevive sem a corrupção. E, se assim é, obviamente essa organização tem que ser extinta! Se não o for, o sistema de roubalheira vai continuar simplesmente porque é absolutamente necessário. Ou algum ingênuo ainda vai acreditar naquela história de que o partido sobreviveria só com as "doações" dos filiados e militantes?
Chega. Já passou da hora de o povo brasileiro atingir a maioridade política e encarar as verdades que são evidentes. Não dá mais para deixar esses bandidos se safarem, escondendo-se por trás de tecnicalidades legais. Não estou dizendo que a lei não deva ser cumprida. Ao contrário, o que digo é que a lei e o espírito da lei tem que ser cumpridos e não podemos deixar que sejam burlados por chicanas de qualquer espécie.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A cara do partido

Esse é o cara! Essa é também a cara...do partido do qual é o símbolo.
A carantonha suada e descabelada é uma perfeita representação da decadência de uma legenda que se quis portadora dos sonhos de progresso social no país, mas que acabou degeneradamente sendo a avalista da perpetuação do que temos de mais atrasado e retrógrado na política: o primado das oligarquias, a manutenção intencional do atraso e da ignorância, a privatização do estado  e o uso da máquina pública descaradamente em benefício próprio, dos amigos e dos correligionários.

O mal que o PT fez ao Brasil nesses 12 anos, ainda não foi devidamente avaliado em toda a sua extensão e não se desfará rapidamente.
O PT fez os brasileiros desacreditarem em seu país, fez nos pensar que não há saída, que toda atividade política é necessariamente suja, que não se pode ter esperança em mudanças ou melhoras. O PT elevou o cinismo à condição de ferramenta política.

Uma nação, que ainda estava engatinhando no desenvolvimento do exercício da democracia, depois de 21 anos de ditadura, atingiu a decadência, sem nem mesmo chegar à maturidade. Com relação à política, agora, ou somos céticos, ou somos cínicos. E ambas as atitudes são um bom fermento para crescerem interesses escusos.
É no caos e na descrença que proliferam os espertalhões ou os fanáticos, ambos a querer vender a salvação da pátria. Nossa história política está cheia desses  exemplos. Quando as forças tradicionais da democracia mostram-se insuficientes, incapazes ou inadequadas para governar, aparecem esses grupos de salvadores da pátria. Em geral, tomam o poder e pioram o caos.
A nação brasileira necessitará de um pouco de paciência agora. Não vamos conseguir fazer tudo de uma vez. É preciso priorizar e antes de mais nada, destituir esse partido do poder e virar a página, para que a nação possa respirar ares menos infectos.
O estrago foi grande, mas temos que enfrentá-lo e trabalhar duro para devolver a dignidade à Republica enxovalhada. E, sobretudo, devolver a esperança ao povo. Aquela que venceu o medo, mas sucumbiu diante da corrupção.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Cartas marcadas

Teori Zavaski. Esse é o nome do mais recente ministro do Supremo nomeado pela Dilma. Votou a favor dos embargos infringentes e agora manda soltar o doleiro, o ex-diretor da Petrobras e os demais envolvidos que tinham sido presos no decurso da operação Lava-Jato da Polícia Federal. Tudo deverá estar perfeitamente justificado em jurisprudências e argumentações jurídicas tecidas por gente de notório saber.
A realidade porém - aquilo que realmente importa - é que, mais uma vez, o nosso egrégio Supremo Tribunal passa a mensagem para a nação de que o crime compensa, sim, e muito. Essas pessoas tem contatos e muito dinheiro e vão procurar escapar de qualquer consequência. Fugirão, como fugiram o Henrique Pizzolato, o Abdelmassih, o Cacciola e outros. 
Então fica para a nação a sensação de que existem duas classes de cidadãos: os que pagam impostos escorchantes e só tem deveres e os que se beneficiam desses impostos e só tem privilégios.
O mais estranho nesse caso é que o ministro voltou atrás e manteve a prisão de 11 dos investigados, mas deixou o ex-diretor da Petrobras em liberdade. Qual seria a razão da discriminação? Se as prisões são ilegais, devem ser todas relaxadas, mas se são legais devem ser todas mantidas. Simples!
O fato de soltar apenas o ex-diretor da Petrobras não ajuda na credibilidade da justiça. Esse senhor, detentor de muitas e importantes informações de esquemas milionários de desvio de dinheiro público, é um homem-bomba. Um eventual acordo de delação premiada com ele poderia destroçar de vez com grande parte do crime organizado que se encastelou nas entranhas do poder.
Pois foi somente ele o que ficou solto nessa história.
O ministro, com certeza, estará absolutamente bem fundamentado em sua decisão, repito, mas para as pessoas comuns reforça-se a impressão de que tudo isso não passa de um jogo de cartas marcadas.
  

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sem Graça

O Grão-Mestre maçom Collin Foster emprestou seu nome de família à sua esposa e atual presidente da Petrobras. A ela o sobrenome caiu bem. Foster em inglês quer dizer "adotivo". 
O que não lhe cai bem é o prenome Graça, porque não há nada de engraçado na história que ela contou ao Congresso esta semana sobre o nebuloso e inacreditável processo decisório que levou à compra da refinaria de Pasadena.
Num depoimento de 6 horas, Foster não disse novidade alguma. Como seria óbvio, negou também qualquer contato entre seu marido e a estatal. O problema é que não explicou porque a Petrobras efetuou várias compras na empresa A.C.Foster sem licitação. Claro, que se houver alguma irregularidade nessas compras, isso seria apenas um pecadilho diante da monstruosidade que foi a compra da refinaria americana.
Mas, mesmo sendo valores de ordens de grandeza diferentes, tudo isso tem um valor simbólico, a nos mostrar a condição de absoluto desgoverno, indigência moral e negligência a que chegamos em todas as áreas em que há dinheiro público envolvido.
E nosso povo não reage e bovinamente continua a pagar a pesada carga tributária como se isso fosse uma fatalidade natural contra a qual não adiantaria lutar.
Quem diria que a Petrobras, orgulho de tantas gerações de brasileiros, iria ser depenada, privatizada da forma mais aviltante e danosa para o patrimônio da nação. 
Antes, FHC tivesse conduzido a privatização da Petrobras há alguns anos, como fez com a Vale. Além de não termos que pagar, via Tesouro, os prejuízos e as dívidas monstruosas, ainda teríamos o benefício do recolhimento dos impostos de uma empresa sólida e lucrativa. 

sexta-feira, 28 de março de 2014

Petrobrás: o esgoto

Paulo Francis já em 1997 acusava executivos da Petrobrás de enriquecimento ilícito e pregava a privatização dessa empresa como uma maneira de acabar com essa farra ou, pelo menos, po-la sob controle. É sabido que as empresas 
privadas detém muito mais controle sobre o que fazem seus funcionários do que as empresa públicas, dado que público, no Brasil, quer dizer "sem dono".

Lina Vieira, em 2008, foi afastada da Secretaria da Receita Federal por desentender-se com Dilma. Lina investigava manobras contábeis da... Petrobrás!!!
Além disso, segundo seu próprio testemunho, recusou-se a "suavizar" uma investigação contra a família Sarney. Dilma negou ter se encontrado com Lina e criou-se um bate-boca de que houve, não houve, o tal encontro, até que as gravações de segurança do Planalto que poderiam comprovar ou desmentir uma das duas, desapareceram!!! Esse teria sido o estopim da raiva de Dilma e que provocou a demissão de Lina Vieira.
Parece que com essa demissão resolveram-se dois problemas de uma vez.

Depois de ficar escancarado o envolvimento com as empresas de publicidade de Marcos Valério no caso do Mensalão, o caso Pasadena, o da refinaria venezuelana do Recife e a suspeita de negócios escusos com uma empresa holandesa fabricantes de plataformas, juntando os cacos, ou melhor, as peças do quebra-cabeça vai ficando claro para todos que a Petrobrás é um lamaçal, uma casa-de-mãe-joana, sem dono e sem governança.
É uma empresa gigantesca, em que o Estado brasileiro é o sócio majoritário e, talvez por isso mesmo, seja o lugar ideal para se cometerem esses "malfeitos".

Está na hora de a nação brasileira deixar de bobagens e complexos terceiro-mundistas e admitir que o Estado em tudo que se mete, gasta mais e gasta mal e que, portanto, já passou da hora de se privatizar de vez a Petrobrás. A Vale está aí a servir de exemplo.
Nesses tempos Lulo-Dilmistas ficou óbvio para nós que só quem se beneficia da Petrobras estatal é a corja, o esgoto da política.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Lula ensina aos gringos

Lula trocou os discursos inflamados da carroceria do caminhão pela tribuna do "The New York Times". Aliás, trocou não. Ele agora "escreve" no maior jornal da terra do Tio Sam sem descer dos caminhões. Não deixa de ser surreal. 
Diante do maior fenômeno de manifestação política no Brasil, o sindicalista, que sempre pegou carona ou liderou todos os protestos desde o fim da ditadura militar, não teve nada a dizer ao seu povo, ao povo do qual ele foi presidente até recentemente (e ainda continua através de sua gerenta), ao povo que lhe deu uma popularidade histórica mesmo no final de mandato. Pois a esse povo ele não teve nada a dizer e foi se esconder na África.
Mas tem a dizer aos americanos e aos demais louros de olhos azuis responsáveis, segundo ele, pela crise que o mundo vem atravessando. Professoralmente, Lula revela ao mundo que a causa das crises políticas em toda parte é porque "a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica". 
Lula poderia ter sido um pouco mais magnânimo com a inteligência dos seus leitores, daquém e dalém mar, e explicado melhor, por exemplo, o que seria uma política digital..! Não seria o caso, pelo que se sabe, de os deputados, senadores, ministros de Estado, assessores, secretárias, chefes de gabinete, passarem a usar tablets, smartphones, notebooks, etc. Todos usam esses "gadgets" e mais alguma coisa. Seria então o caso de ensinar-lhes a usar planilhas de excell e powerpoint para fazerem as suas apresentações nas campanhas eleitorais e nas discussões dentro do Parlamento, não para votarem o que o povo quer, mas para convencer o povo a querer o que eles querem votar. Nesse caso, Dilma terá perdido uma bela chance de dar o grande salto digital da sua política, quando quis nos convencer a aceitarmos uma Constituinte, um plebiscito e a importação de médicos meia-boca, como a solução milagrosa para um problema imenso de incompetência, negligência, incúria, prevaricação, roubalheira e má-fé. Tivesse ela migrado para a tal "politica digital" não ficaria falando sozinha, segundo se pode deduzir do texto do "genial articulista" do The New York Times.
Outro ensinamento que se colhe da aula-magna lulista é que o PT precisa se renovar. Verdade? Será que ainda dá tempo? Lula deve saber, pois é o dono do partido desde que o partido existe e nada fez até agora para que esse partido se renovasse, abandonasse as práticas de corrupção, as alianças espúrias e voltasse a ser aquilo que fingia ou pretendia ser há 20 anos. Lula teve essa chance em 2005, quando disse ter sido traído e que não sabia de nada. Naquele momento, ele teria no mínimo o crédito do benefício da dúvida. Mas o que fez de lá para cá? Confabulou contra o Supremo, tentou aliciar pelo menos um dos ministros que o denunciou de público, negou fatos, escondeu-se e calou-se todas as vezes em que sua palavra poderia ter sido esclarecedora.
Algum dia, a tolerância da mídia e do povo iam se acabar, como parece que agora acabaram. A Lula, só resta falar para os gringos.




quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Domínio do fato

Se eu sou presidente de uma empresa e sei que alguns funcionários estão praticando atividades criminosas (como fazer caixa 2, por exemplo) para aumentar os lucros da empresa e finjo que não sei de nada porque isso interessa a mim, como presidente, cometo ou não um crime? Na visão da teoria do domínio do fato, é crime, sim.
Pior, se sou eu quem determina que os empregados ajam ilegalmente, mesmo que obviamente eu não lhes dê uma ordem por escrito, sou eu quem é o maior responsável pela atividade criminosa, ou não? Não estarei transformando a empresa, que presido, em uma quadrilha com o objetivo de cometer crimes, mesmo que, na aparência, essa empresa prossiga com suas atividades lícitas que servirão de cobertura para os atos ilegais que se praticam dentro dela?
Diz a lógica mais simples que sim. É preciso mais provas do que aquelas que demonstram que a atividade criminosa se desenrolava rotineiramente nessa empresa, que seus registros contábeis eram fraudulentos, etc, para que o presidente seja responsabilizado? Não. Diz a lógica comum que certos atos praticados dentro de (ou para) uma organização,  não tem como não chegar ao conhecimento de sua cúpula.
À defesa interessa embaralhar as coisas, interessa dizer que isso é condenar por responsabilidade objetiva, é condenar sem individualizar a culpa, etc, etc. Levados por essa argumentação torna-se quase impossível condenar crimes de colarinho branco. E é isso que os criminosos de colarinho branco querem. A eles basta dar a ordem verbal, sem registros e se possível só com testemunhas cooptadas, para que jamais se lhes possa imputar a responsabilidade pelos crimes que seus subordinados cometem a seu mando e em seu nome. Basta arrumar alguns funcionários mequetrefes e pô-los à disposição para fazer tudo que se lhes ordenar.
É por essa brecha que tem escapado os grandes chefões desse crime organizado que assalta o Erário sob diversas formas e disfarces. Ninguém é responsável, ninguém assinou recibo, não há provas, bradam eles, mesmo que suas digitais estejam estampadas por todos os lados.
O Supremo está, felizmente para o Brasil, enfrentando essa batalha e demonstrando que há provas, sim; que pode até não se provar que quem tem o domínio do fato efetivamente o comandou, mas pode se provar que ele não impediu que o fato criminoso acontecesse, pela simples demonstração do vulto e da continuidade dos atos criminosos.
No caso do Sr. Genoíno há uma assinatura sua de aval em um contrato de empréstimo que já foi julgado fraudulento. O ministro Lewandowski, com sua candura, absolveu-o ontem, justificando que esse aval foi dado por obrigação estatutária. Ora, se o Sr. Genoíno, então presidente do PT, não tivesse a capacidade de analisar os documentos que assina, que não assumisse o encargo de ser o presidente dessa agremiação! Para quê se exige então estatutariamente um ato que depois pode perder a validade por decisão subjetiva de um magistrado? O magistrado tem que julgar baseado nos autos (como reiterou ontem, em latim,  sua excelência Lewandowski) e portanto, baseado nos autos, lá está clara e limpidamente a assinatura do então presidente do partido, avalizando um documento falso. Não bastasse isso o ministro Lewandowski ainda acenou teatralmente para as câmeras, mostrando como prova da defesa outro documento provavelmente falso. Uma "prova" de quitação (em 2012 de uma dívida contraída em 2003) emitida pelo banco cujos registros, sabemos, podem ser tudo, menos fidedignos. Se o empréstimo era falso, sua quitação terá sido verdadeira? Quitou como? Com qual dinheiro? Pagou em espécie? Ou foi uma transferência bancária, como seria normal no século XXI?
Hoje veremos como os demais magistrados vão prosseguir. Esperemos que a ética e o patriotismo prevaleçam, como tem prevalecido até agora, e se dê um basta a esse cinismo, resgatando a atividade política da marginalidade em que afundou nesses últimos tempos.
A política é necessária, como disse a ministra Cármen Lúcia, "é a política ou a guerra". O que temos visto ultimamente é a guerra, como fazem todas as quadrilhas do crime organizado, pelo controle do poder. 
Esperemos que o Supremo restaure a política!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Onde é o fundo do poço?

Como se não bastassem todos os fatos desabonadores que vemos quase que diariamente envolvendo figuras públicas do nosso parlamento, tivemos que assistir ontem à posse do reencarnado Jader Barbalho no Senado. E com direito a caretas do filhinho, pimpolho "simpático", que pelo jeito, vai nos fazer caretas também quando crescer, de cima de uma tribuna pública qualquer. Afinal, a função pública nesse país é hereditária, não é? Mas, voltando ao assunto, a nação assiste abestalhada à posse de um político que já tinha sido banido da vida pública por corrupção.
O pior é que o Senado chegou a cogitar fazer o pagamento de 30 mil reais relativos ao mês de dezembro ao senador que "trabalhou" do dia 27 ao dia 28. Voltou atrás, mas ainda assim vamos ter de lhe pagar 4 dias de "trabalho".
É muita desfaçatez, é muita cara-de-pau! Isso só acontece porque vivemos num país sem povo. Aqui os 3 poderes da República parece que se mancomunaram contra a nação e uma nação sem povo não reage, não faz nada!
Sempre quando pensamos que já chegamos ao fundo do poço, as nossas instituições dão um jeito de nos desmentir. Afinal onde será que fica o fundo desse imenso poço de lama chamado Brasil?

sábado, 20 de agosto de 2011

Faxina mal feita

Sabe aquele caso da faxineira que você contrata para limpar a sua casa e ela sempre vai quando você está fora, no trabalho, e aí você um dia descobre que a faxineira só fingia que limpava, quando, na verdade, escondia toda a sujeira debaixo dos tapetes?
Pois a presidenta Dilma está fazendo exatamente tal e qual a faxineira malandra. Finge que está fazendo uma devassa e extirpando a corrupção do governo quando na verdade ela, durante o governo Lula, conviveu com essa gente toda e com todo esse "esquema" sem abrir o bico. E ainda aceitou como ministros todos esses que agora demite como se tivesse sido traída ou pega de surpresa.
Se, como presidenta, quisesse fazer mesmo uma devassa, seria muito fácil: mandasse investigar os ministérios mais suspeitos e levantasse ela própria os dados para tomar as decisões. Ferramentas institucionais apropriadas estão disponíveis, afinal é para isso que devem servir os arapongas da Abin!
Mas, não, a presidenta é pautada pelos fatos: ou são revelações da imprensa ou são prisões efetuadas pela própria Polícia Federal no cumprimento de suas atribuições. Quando fica impossível ignorar a sujeira ela pega da vassoura. Só e somente só.
Isso significa que a tal faxina nada mais é que uma estratégia de marketing; é um jogo para a torcida; não é para valer e os corruptos sabem disso. Só não podem se deixar flagrar. Se conseguirem roubar no anonimato, sem serem descobertos pela imprensa ou pela polícia, podem continuar em paz que não serão molestados.
Até que um dia, o dono da casa - o povo - talvez acorde e perceba que está pagando a faxineira, mas a casa está ficando cada vez mais suja.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Sinais trocados

E o inacreditável aconteceu: Erenice Guerra na posse! O que isso significa? Que a bandalheira já está autorizada a prosseguir?  Pois, se ela foi lá é porque foi convidada, não entraria de "penetra"!  E, se foi convidada, Dilma deu o aval, se é que não foi a própria Dilma quem a mandou convidar.
Pegou mal. Não deveria ter começado o governo dando esse sinal aos políticos e desfeiteando o povo que lutou pela Ficha Limpa. É claro que não deveria tampouco aceitar no seu ministério a presença de um Pedro Novais, depois do caso do motel, e nem a de Palocci, se quer realmente demonstrar que o período de tolerância à corrupção ficou para trás.
Mas parece que isso não tem importância para ela. Sabe que vai acabar tudo em pizza mesmo e que o povo ignorante que a elegeu não sabe dessas coisas e, se sabe, também não se importa. Afinal, seu ex-chefe, apesar de todos os escândalos,  sai com popularidade de 83, ou 87%, sei lá.
A outra, Erenice, também está dando um sinal para a Polícia Federal e CGU. Esse sinal é: "ainda sou poderosa, estão vendo? Portanto.não mexam comigo". E foi lá e abraçou a presidente, na cara-dura.
Aí fica uma dúvida. Pelos discursos quase dá para acreditar que a Dilma quer fazer um bom governo, mas entre as palavras e a prática, até agora, há uma distância de anos-luz.

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