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sábado, 20 de agosto de 2011

Faxina mal feita

Sabe aquele caso da faxineira que você contrata para limpar a sua casa e ela sempre vai quando você está fora, no trabalho, e aí você um dia descobre que a faxineira só fingia que limpava, quando, na verdade, escondia toda a sujeira debaixo dos tapetes?
Pois a presidenta Dilma está fazendo exatamente tal e qual a faxineira malandra. Finge que está fazendo uma devassa e extirpando a corrupção do governo quando na verdade ela, durante o governo Lula, conviveu com essa gente toda e com todo esse "esquema" sem abrir o bico. E ainda aceitou como ministros todos esses que agora demite como se tivesse sido traída ou pega de surpresa.
Se, como presidenta, quisesse fazer mesmo uma devassa, seria muito fácil: mandasse investigar os ministérios mais suspeitos e levantasse ela própria os dados para tomar as decisões. Ferramentas institucionais apropriadas estão disponíveis, afinal é para isso que devem servir os arapongas da Abin!
Mas, não, a presidenta é pautada pelos fatos: ou são revelações da imprensa ou são prisões efetuadas pela própria Polícia Federal no cumprimento de suas atribuições. Quando fica impossível ignorar a sujeira ela pega da vassoura. Só e somente só.
Isso significa que a tal faxina nada mais é que uma estratégia de marketing; é um jogo para a torcida; não é para valer e os corruptos sabem disso. Só não podem se deixar flagrar. Se conseguirem roubar no anonimato, sem serem descobertos pela imprensa ou pela polícia, podem continuar em paz que não serão molestados.
Até que um dia, o dono da casa - o povo - talvez acorde e perceba que está pagando a faxineira, mas a casa está ficando cada vez mais suja.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Idos de Agosto

Agosto começou pegando pesado: a crise dos Estados Unidos, o rebaixamento, o risco de contágio a toda economia mundial, a fragilidae européia, a queda das bolsas, etc. E, por aqui, também a situação não está nada boa. O governo Dilma vem pulando de crise em crise e quando quer consertar só piora, como foi agora a nomeação de Celso Amorim para o ministério da Defesa. Por outro lado, apesar das quase 30 demissões, as denúncias e até mesmo prisões de figuras do alto escalão do governo não param de pipocar. Na economia, não se sabe o que fazer com o dólar, a inflação resiste a todas a manobras, a taxa de juros não pára de subir e a moeda supervalorizada dificulta as exportações. E não há sinais de reversão desse quadro a curto prazo.
A presidenta já deve estar estafada. Ainda nem começou a governar e já teve que sair de extintor na mão para apagar vários incêndios que, entretanto, nunca se extinguem totalmente. Já teve que chamar o antecessor para ajudá-la, mas não dá para continuar nessa toada porque, além de tudo, isso desmoraliza.
Suas assessoras mais próximas, Ideli e Gleisi, podem até formar uma dupla caipira, mas não são as pessoas mais indicadas para a articulação política. Uma é fraquinha demais e a outra nem conhece Brasília. Dilma, dizem, não tem paciência para a articulação política. Isso fica complicado porque afinal o cargo que ela ocupa não é técnico, é o cargo mais político da República. A presidência fica então sem interlocução, falando sozinha, fechada entre quatro paredes, e se relacionando com o mundo político através da caneta e do Diário Oficial: nomeia, demite, nomeia, demite.
Assim vamos de mal a pior. Cabe então a pergunta: qual era mesmo a intenção de Lula ao tirar do bolso do colete o nome de Dilma para disputar a presidência? Podemos fazer ilações, pois Lula conhecia Dilma muito bem e sabia de sua incapacidade (ou ojeriza) política. E Lula é esperto, como sabemos. Então, ao escolher Dilma, fez um cálculo. Ela podia não ganhar a eleição e assim ficaria: se ela ganha, foi Lula que a elegeu; se perde, perdeu por seus próprios deméritos apesar do apoio de Lula.
Se tivesse perdido, Lula seria automaticamente candidato em 2014. Como ganhou, Lula não pode agora admitir que já é candidato (embora se comporte como tal), mas sabe ele que Dilma não se aguenta até 2014 e que naturalmente sua candidatura se apresentará ao partido como a mais viável.
Até lá, Lula ficará na mídia por bem ou por mal. Quando não tiver nada acontecendo basta uma aparição sua com algumas frases "de efeito" atacando alguém ou falando uma de suas besteiras favoritas que irá para as chamadas dos jornais.
Até lá, se a situação política - que, como dizia Tancredo, é como nuvem - não tiver mudado, e a hora do estelionato eleitoral do PT já não tiver passado definitivamente.

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