O Grão-Mestre maçom Collin Foster emprestou seu nome de família à sua esposa e atual presidente da Petrobras. A ela o sobrenome caiu bem. Foster em inglês quer dizer "adotivo".
O que não lhe cai bem é o prenome Graça, porque não há nada de engraçado na história que ela contou ao Congresso esta semana sobre o nebuloso e inacreditável processo decisório que levou à compra da refinaria de Pasadena.
Num depoimento de 6 horas, Foster não disse novidade alguma. Como seria óbvio, negou também qualquer contato entre seu marido e a estatal. O problema é que não explicou porque a Petrobras efetuou várias compras na empresa A.C.Foster sem licitação. Claro, que se houver alguma irregularidade nessas compras, isso seria apenas um pecadilho diante da monstruosidade que foi a compra da refinaria americana.
Mas, mesmo sendo valores de ordens de grandeza diferentes, tudo isso tem um valor simbólico, a nos mostrar a condição de absoluto desgoverno, indigência moral e negligência a que chegamos em todas as áreas em que há dinheiro público envolvido.
E nosso povo não reage e bovinamente continua a pagar a pesada carga tributária como se isso fosse uma fatalidade natural contra a qual não adiantaria lutar.
Quem diria que a Petrobras, orgulho de tantas gerações de brasileiros, iria ser depenada, privatizada da forma mais aviltante e danosa para o patrimônio da nação.
Antes, FHC tivesse conduzido a privatização da Petrobras há alguns anos, como fez com a Vale. Além de não termos que pagar, via Tesouro, os prejuízos e as dívidas monstruosas, ainda teríamos o benefício do recolhimento dos impostos de uma empresa sólida e lucrativa.
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