O Molusco Desencarnado desdenhou do Supremo ao dizer que tinha coisas mais importantes para fazer ao invés de assistir ao julgamento do Mensalão (oops, Ação Penal 470!).
Estava tão certo que sua "tese" (a de que não houve mensalão) seria vitoriosa, que não se dava ao "luxo" de perder tempo assistindo a uma coisa cujo resultado já lhe era, de antemão, conhecido.
Pois agora, diante da montanha de dados sendo dissecados em frente às câmeras e gerando novas perguntas, o que o ex-chefe de governo no qual aconteceu essa aberração institucional, têm a dizer? Lula deve uma explicação, sim, ao país.
Antes, escapava com essa conversa de que tudo não passou de invenção, de armação e de tentativa de golpe contra seu governo. Mas, agora, diante das acusações sendo aceitas pelos ministros do Supremo, chegando mesmo a escandalizar os próprios ministros, não dá mais para usar essa desculpa.
E, então, repito a pergunta, diante do que ficou cabalmente demonstrado perante a mais alta corte de justiça do país sobre fatos que ocorreram dentro de quatro paredes do palácio presidencial, idealizados, coordenados e monitorados por membros da alta cúpula do governo e do partido do presidente, o quê tem ele a dizer à nação? Já disse que não sabia, já disse que teria sido traído e já disse que isso era fantasia da oposição. Qual será a quarta versão agora?
Ou não dirá nada, porque do mesmo modo como desrespeita as leis e as instituições brasileiras, também não respeita o povo que o elegeu duas vezes. O povo só serve mesmo de massa de manobra para depositar aquele votinho na urna. Depois de eleito, o grupo de amigos passa a ser de outra estirpe.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Sujando o cocho
Nos governos militares a telefonia era estatizada e, devido a isso, portadora de todas as mazelas comuns das estatais: baixa produtividade, atraso tecnológico, ineficiência, alto custo e péssima qualidade de serviços para o cidadão.
Ter um telefone em casa era um privilégio de poucos. Tinha-se que entrar na fila dos famigerados planos de expansão e esperar por 2 ou 3 anos. Quem tinha pressa e dinheiro podia comprar uma linha no mercado negro por 3 ou 4000 dólares.
Com o advento do governo FHC e as privatizações, tão vituperadas pelo PT e seus asseclas, o telefone se tornou acessível a quase todo mundo. Não foi ainda a solução perfeita, mas era uma solução sujeita a aprimoramento sob a fiscalização do Estado, função que cabia à agência reguladora Anatel.
Aí vieram os governos Lula e a Anatel, assim como todas as demais agências que deviam ser reguladoras, passou a ser um cabide de empregos do Partido.
A "cumpanherada" que nada entende de telefonia, nem quer entender, quer apenas usufruir das benesses concedidas pelo Estado à custa do contribuinte, deixou o barco rolar e o que vemos hoje é uma situação quase tão ruim quanto no tempo da telefonia estatal. Só que agora, há interesse e lucro por trás da ineficiência. E a Anatel finge de surda e muda.
Chovem reclamações por todos os órgãos. Segundo a própria Anatel mais de 40% das reclamações são de cobrança indevida. Estranho observar que os "sistemas" erram só para mais, nunca para menos. E o descaso com que nos tratam, o usuário, o cliente, é uma tortura que chega a beirar o surreal. A começar pelo atendimento telefônico que é minuciosamente programado para que a gente desista antes mesmo de tentar. Não há possibilidade, jamais, de se resolver um problema na primeira ligação. Vão transferir para outro setor, e outro e mais outro, enquanto aquela musiquinha enjoativa enche seus ouvidos até você desistir ou a ligação cair.
Não há solução porque se você sair da companhia A para a B só vai mudar o nome do problema.
A solução deveria ser a Anatel cumprir sua obrigação e punir (verdadeiramente) com multas e mais multas e até mesmo suspensão ou cassação do direito de concessão dos serviços. Mas, parece, que a Anatel, assim como a Anac, estão aí mais para defender as companhias que elas deveriam fiscalizar, do que para atender ao direito de quem paga por esses serviços.
Enquanto isso, nos palanques, a "cumpanherada" mete o pau nas privatizações, sujando o cocho em que comem quietos.
Ter um telefone em casa era um privilégio de poucos. Tinha-se que entrar na fila dos famigerados planos de expansão e esperar por 2 ou 3 anos. Quem tinha pressa e dinheiro podia comprar uma linha no mercado negro por 3 ou 4000 dólares.
Com o advento do governo FHC e as privatizações, tão vituperadas pelo PT e seus asseclas, o telefone se tornou acessível a quase todo mundo. Não foi ainda a solução perfeita, mas era uma solução sujeita a aprimoramento sob a fiscalização do Estado, função que cabia à agência reguladora Anatel.
Aí vieram os governos Lula e a Anatel, assim como todas as demais agências que deviam ser reguladoras, passou a ser um cabide de empregos do Partido.
A "cumpanherada" que nada entende de telefonia, nem quer entender, quer apenas usufruir das benesses concedidas pelo Estado à custa do contribuinte, deixou o barco rolar e o que vemos hoje é uma situação quase tão ruim quanto no tempo da telefonia estatal. Só que agora, há interesse e lucro por trás da ineficiência. E a Anatel finge de surda e muda.
Chovem reclamações por todos os órgãos. Segundo a própria Anatel mais de 40% das reclamações são de cobrança indevida. Estranho observar que os "sistemas" erram só para mais, nunca para menos. E o descaso com que nos tratam, o usuário, o cliente, é uma tortura que chega a beirar o surreal. A começar pelo atendimento telefônico que é minuciosamente programado para que a gente desista antes mesmo de tentar. Não há possibilidade, jamais, de se resolver um problema na primeira ligação. Vão transferir para outro setor, e outro e mais outro, enquanto aquela musiquinha enjoativa enche seus ouvidos até você desistir ou a ligação cair.
Não há solução porque se você sair da companhia A para a B só vai mudar o nome do problema.
A solução deveria ser a Anatel cumprir sua obrigação e punir (verdadeiramente) com multas e mais multas e até mesmo suspensão ou cassação do direito de concessão dos serviços. Mas, parece, que a Anatel, assim como a Anac, estão aí mais para defender as companhias que elas deveriam fiscalizar, do que para atender ao direito de quem paga por esses serviços.
Enquanto isso, nos palanques, a "cumpanherada" mete o pau nas privatizações, sujando o cocho em que comem quietos.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Ministros sofrem pressão. De quem?
Ontem assistimos a uma situação impensável num Estado democrático. Os ministros da mais alta Corte do pais, colegiado que lidera um dos poderes da Republica, ao darem seus votos, aproveitaram a oportunidade para expor o que tem vivido com as pressões e ataques sofridos por... exercerem a sua função constitucional!
Isso é o absurdo dos absurdos! Imagine-se o presidente da Republica sendo constrangido a não exercer corretamente a sua função. Ninguém teria duvidas em classificar isso como tentativa de golpe. No entanto, pessoas ligadas aos criminosos que estão sendo julgados e condenados um a um, se dão o direito de bombardear os juízes com ameaças e constrangimentos, esquecendo-se que se tratam de membros do poder Judiciário e que essa atitude é também uma atitude golpista, um atentado contra uma das instituições fundamentais da República.
Quem atenta contra qualquer uma delas, comete um crime contra o país e por tal ato deve ser punido exemplarmente.
Quem afirmou estar sofrendo ataques e pressões não foi um mequetrefe, foram ministros como Joaquim Barbosa, Celso de Mello e o próprio presidente do Supremo, Ayres Britto. Portanto são afirmativas que não podem ser consideradas levianas, como não foi leviana a acusação de Gilmar Mendes quando disse ter sofrido uma tentativa velada de chantagem partindo do... ex-presidente !
Pelo visto, para essa gente não há limites! Não há nada que respeitem, a não ser a força da Lei, cujo braço deveria descer implacável sobre todos eles, antes que acabem por destruir a democracia que tanto nos custou conseguir.
Isso é o absurdo dos absurdos! Imagine-se o presidente da Republica sendo constrangido a não exercer corretamente a sua função. Ninguém teria duvidas em classificar isso como tentativa de golpe. No entanto, pessoas ligadas aos criminosos que estão sendo julgados e condenados um a um, se dão o direito de bombardear os juízes com ameaças e constrangimentos, esquecendo-se que se tratam de membros do poder Judiciário e que essa atitude é também uma atitude golpista, um atentado contra uma das instituições fundamentais da República.
Quem atenta contra qualquer uma delas, comete um crime contra o país e por tal ato deve ser punido exemplarmente.
Quem afirmou estar sofrendo ataques e pressões não foi um mequetrefe, foram ministros como Joaquim Barbosa, Celso de Mello e o próprio presidente do Supremo, Ayres Britto. Portanto são afirmativas que não podem ser consideradas levianas, como não foi leviana a acusação de Gilmar Mendes quando disse ter sofrido uma tentativa velada de chantagem partindo do... ex-presidente !
Pelo visto, para essa gente não há limites! Não há nada que respeitem, a não ser a força da Lei, cujo braço deveria descer implacável sobre todos eles, antes que acabem por destruir a democracia que tanto nos custou conseguir.
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