Depois que a Papuda passou a abrigar essa casta de elite da política brasileira, as condições carcerárias de lá, e somente as de lá, diga-se de passagem, passaram a ser alvo da investigação, comentários e indignação dos outros colegas. Até o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, fez pela primeira vez na vida, uma visitinha à Papuda. Ficou igualmente compadecido da situação dos presos. Note-se porém que a administração do presídio da Papuda está sob a gestão do seu próprio governo!
Os demais presidiários também reclamaram, e com razão, dos privilégios desses novos moradores, que recebem visitas a qualquer dia e hora enquanto as famílias dos demais tem que se contentar com as quartas e quintas e dormir na fila para pegar senha.
Durante esses 10 anos de governo petista nem uma palha foi movida para melhorar as condições prisionais no país. Agora estão todos escandalizados com as condições da Papuda que, nem de longe se assemelham ás outras unidades prisionais pelo país afora, muito menos às celas de detenção das delegacias dos grotões.
Advogados muito bem remunerados vêm aos jornais para dizer que é um absurdo que os condenados a um regime sem-aberto fiquem submetidos ao regime fechado por falta de condições e vagas. Ninguém se lembra que nessas condições existem outros milhares de prisioneiros cujo regime não evolui para o semi-aberto exatamente por falta de vagas e estão nessas condições há anos e sem perspectiva de mudança. A diferença é que esses outros não tem advogados da mesma estirpe para defendê-los.
Esse é o verdadeiro retrato do "Brasil, um país de todos", como diz o lema do governo. Essa é a igualdade de todos perante a lei, tanto defendida da boca para fora pelo governo petista. Nunca George Orwell esteve tão certo, como quando disse em seu livro "Animal Farm" que em um regime socialista, apesar de todos serem iguais, uns são sempre mais iguais que os outros.
sábado, 23 de novembro de 2013
Febeapá revisitado
O jornalista e humorista Sérgio Porto, também conhecido como Stanislaw Ponte Preta, na época dos grandes festivais de música, publicava também o seu Febeapá - Festival de Besteiras que Assola o País. Sob esse título reunia as falas mais boçais de nossos políticos. Isso, numa época em que ainda havia um certo pudor na gestão da coisa pública!
De lá para cá, fomos ficando cada vez mais à vontade, de modo que se fosse reeditado hoje, o Febeapá compreenderia alguns vários calhamaços. Ainda bem que na era da informática os textos não ocupam mais que espaços virtuais. Assim sendo, em homenagem ao cronista e imaginando o que seria um festival desses hoje em dia, e já antecipadamente desculpando-me pela pretensão, aqui apresento o Febeapá Revisitado.
E, a título de exemplo, eis uma das pérolas, escolhida a dedo, do Febeapá original:
“A minissaia era lançada no Rio e execrada em Belo Horizonte, onde o Delegado de Costumes (inclusive costumes femininos), declarava aos jornais que prenderia o costureiro francês Pierre Cardin (bicharoca parisiense responsável pelo referido lançamento), caso aparecesse na capital mineira ‘para dar espetáculos obscenos, com seus vestidos decotados e saias curtas’. (…) Toda essa cocorocada iria influenciar um deputado estadual de lá, Lourival Pereira da Silva – que fez um discurso na Câmara sobre o tema ‘Ninguém Levantará a saia da Mulher Mineira.’”
Para quem quiser mais, indico um site também inspirado no Febeapá, o Gerador de Nomes de Repartições Públicas, excelente para quem quiser se divertir um pouco com a criatividade da nossa burocracia e a capacidade de falar muito sem dizer nada ou dizendo muita besteira.
De lá para cá, fomos ficando cada vez mais à vontade, de modo que se fosse reeditado hoje, o Febeapá compreenderia alguns vários calhamaços. Ainda bem que na era da informática os textos não ocupam mais que espaços virtuais. Assim sendo, em homenagem ao cronista e imaginando o que seria um festival desses hoje em dia, e já antecipadamente desculpando-me pela pretensão, aqui apresento o Febeapá Revisitado.
E, a título de exemplo, eis uma das pérolas, escolhida a dedo, do Febeapá original:
“A minissaia era lançada no Rio e execrada em Belo Horizonte, onde o Delegado de Costumes (inclusive costumes femininos), declarava aos jornais que prenderia o costureiro francês Pierre Cardin (bicharoca parisiense responsável pelo referido lançamento), caso aparecesse na capital mineira ‘para dar espetáculos obscenos, com seus vestidos decotados e saias curtas’. (…) Toda essa cocorocada iria influenciar um deputado estadual de lá, Lourival Pereira da Silva – que fez um discurso na Câmara sobre o tema ‘Ninguém Levantará a saia da Mulher Mineira.’”
Para quem quiser mais, indico um site também inspirado no Febeapá, o Gerador de Nomes de Repartições Públicas, excelente para quem quiser se divertir um pouco com a criatividade da nossa burocracia e a capacidade de falar muito sem dizer nada ou dizendo muita besteira.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Ajuda humanitária
Anteontem assisti estarrecido a uma reportagem sobre os refugiados sírios na Jordânia. O que mais me estarreceu foram as histórias das meninas de 13 a 16 anos que estão sendo vendidas a ricaços da Arábia Saudita como escravas sexuais. E, de acordo com o moralismo islâmico, tudo camuflado sob o disfarce de um casamento.
Homens de 60 e 70 anos, compram as meninas das famílias, pagando de 2 a 3 mil dólares dependendo do "estado" da futura esposa. Na presença de um xeque, "casam-se" com elas no religioso, usufruem da lua-de-mel e divorciam-se delas depois de 1 semana ou 1 mês. E, durante o "casamento", além dos estupros habituais e esperados, ainda as espancam e submetem a todo tipo de humilhações.
Todos, dentro e fora dos campos, sabem do que se passa e fazem vista grossa, inclusive os guias religiosos.
Os casamentos forçados de jovens, porém, não se limitam à transação financeira. As garotas são forçadas a casar-se também com jordanianos mais velhos e, principalmente, com outros refugiados sírios, mesmo sem o pagamento de um "dote" às famílias.
Para muitos pais o casamento forçado de suas filhas é vantajoso porque supostamente as coloca sob a proteção de um marido, uma vez que estão sendo constantemente expostas ao assédio e sujeitas à violência sexual de gangues formadas dentro dos campos. Portanto para essas meninas não há saída. É escolher entre um jugo ou outro.
A humanidade não pode ficar inerte diante desses fatos. Isso é uma agressão a todos os seres humanos. E, na minha opinião, uma situação como essa justificaria uma intervenção imediata da ONU. Com Assad ou contra Assad, agora isso não interessa. O que interessa é que a ONU tem que tomar uma atitude imediata de salvamento dessas crianças e adolescentes antes que sejam física e/ou psicologicamente destruídos.
Digam o que disserem os esquerdistas de carteirinha, mas os Estados Unidos, mesmo em crise, já fizeram doações de 1,4 bilhão de dólares para as vítimas dessa guerra (ver aqui), providenciando alimentos, abrigos, água e serviços médicos para mais de 4 milhões de necessitados.
O Brasil, que é o país com o maior número de sírios e descendentes de sírios fora do oriente médio, prometeu uma ajuda de 100 milhões, o menor montante entre as 10 maiores economias do mundo.
Para Cuba e Angola, cujos documentos foram tornados secretos recentemente pelo ministro Fernando Pimentel, a ajuda já havia ultrapassado 670 milhões de euros só em 2012!
Homens de 60 e 70 anos, compram as meninas das famílias, pagando de 2 a 3 mil dólares dependendo do "estado" da futura esposa. Na presença de um xeque, "casam-se" com elas no religioso, usufruem da lua-de-mel e divorciam-se delas depois de 1 semana ou 1 mês. E, durante o "casamento", além dos estupros habituais e esperados, ainda as espancam e submetem a todo tipo de humilhações.
Todos, dentro e fora dos campos, sabem do que se passa e fazem vista grossa, inclusive os guias religiosos.
Os casamentos forçados de jovens, porém, não se limitam à transação financeira. As garotas são forçadas a casar-se também com jordanianos mais velhos e, principalmente, com outros refugiados sírios, mesmo sem o pagamento de um "dote" às famílias.
Para muitos pais o casamento forçado de suas filhas é vantajoso porque supostamente as coloca sob a proteção de um marido, uma vez que estão sendo constantemente expostas ao assédio e sujeitas à violência sexual de gangues formadas dentro dos campos. Portanto para essas meninas não há saída. É escolher entre um jugo ou outro.
A humanidade não pode ficar inerte diante desses fatos. Isso é uma agressão a todos os seres humanos. E, na minha opinião, uma situação como essa justificaria uma intervenção imediata da ONU. Com Assad ou contra Assad, agora isso não interessa. O que interessa é que a ONU tem que tomar uma atitude imediata de salvamento dessas crianças e adolescentes antes que sejam física e/ou psicologicamente destruídos.
Digam o que disserem os esquerdistas de carteirinha, mas os Estados Unidos, mesmo em crise, já fizeram doações de 1,4 bilhão de dólares para as vítimas dessa guerra (ver aqui), providenciando alimentos, abrigos, água e serviços médicos para mais de 4 milhões de necessitados.
O Brasil, que é o país com o maior número de sírios e descendentes de sírios fora do oriente médio, prometeu uma ajuda de 100 milhões, o menor montante entre as 10 maiores economias do mundo.
Para Cuba e Angola, cujos documentos foram tornados secretos recentemente pelo ministro Fernando Pimentel, a ajuda já havia ultrapassado 670 milhões de euros só em 2012!
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