terça-feira, 20 de novembro de 2012

Neo anti-semitismo

Tenho para mim que esse sentimento anti-Israel que se encontra tão disseminado na academia nada mais é que uma nova forma de anti-semitismo, disfarçada de bom-mocismo esquerdista.
Israel, como qualquer outra nação , não prima pela santidade, mas os palestinos e demais povos árabes (e até não-árabes, como os iranianos)  do entorno também não. O conflito é um conflito político em que os dois lados erram e os dois lados cometem atrocidades. Por quê então só se lêem e se ouvem comentários que criticam Israel e nada falam das ações do outro lado? Jamais ouvimos, por exemplo, do governo Lula/Dilma alguma menção ou pedido para que o Hamas pare de atirar morteiros diariamente ao território israelense. Agora, que Israel retalia, o Brasil corre à ONU para pedir um cessar-fogo. Todos sabemos que o Hamas faz um jogo, e que lhes interessa qualquer coisa menos a paz, porque com a paz perderiam a razão de ser. Todos sabemos que a população de Gaza é hoje prisioneira do Hamas. 
Talvez tenha sido um erro a decisão de Ariel Sharon de retirar a ocupação israelense de Gaza unilateralmente. Ao fazê-lo, ao criar um vácuo de poder, formaram-se as condições para o estabelecimento do Hamas e sua ditadura. Quem sofre com isso? A população dos dois lados.
Não dá para entender portanto essa opção preferencial por um dos lados e a condenação sistemática de Israel por tudo que faz ou que deixa de fazer. Os judeus tem uma história trágica por milhares de anos e Israel é a sua resposta ao mundo. Israel é a sua garantia de que não haverá outro holocausto. Portanto, partamos da premissa que Israel não será destruído, Israel veio para ficar. Somente a partir desse ponto é que se pode discutir a paz em bases realistas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A destruição da infraestrutura

Uma das causas do nosso pequeno crescimento econômico, mesmo nos anos de vacas gordas, é a crônica falta de investimento em infraestrutura. Nenhum país cresce sem investimentos em energia e transporte. Não é à toa, que essas duas palavrinhas mágicas formavam o plano de governo de JK: o binômio energia e transporte. É preciso disponibilizar energia (abundante e, preferivelmente, barata) para que se possa produzir e é preciso transportar os bens produzidos. Especialmente em país continental como o Brasil, o transporte adquire relevância fundamental.
Pois nesses 10 anos de administração "companheira" o que vimos foram declarações grandiloquentes do "grande líder" prometendo mundos e fundos, mas que ao final só resultaram em bolsa-disso, bolsa-daquilo e outras ações eleitoreiras e demagógicas que não fazem o país avançar 1 milímetro. Ao contrário, a administração petista, ao tomar de assalto o Estado e aparelhar, com seus apaniguados, toda a máquina administrativa do país o que fez e faz é contribuir para sua destruição.
Já sabemos o que houve na Petrobrás. A incapacidade (para não dizer coisa pior) do Sr. Gabrielli à frente da maior empresa nacional levou-a ao desastre que estamos vendo. Agora estamos tomando conhecimento da bagunça que está sendo instalada no setor de energia elétrica. Essa bagunça, a indefinição do futuro, aliada à incerteza jurídica decorrente do intervencionismo da Dona Dilma vão levar o setor elétrico ao caos rapidamente. Os investidores, com várias pulgas atrás das orelhas, já pisaram no freio. Qualquer um deles, se pudesse, já teria caído fora, pois até agora, apesar do investimento de 200 bilhões (sendo que o governo só investiu 36) feito por eles,  o valor total de mercado do setor elétrico não passa de 6 bilhões. Ou seja, dona Dilma conseguiu fazer a mágica de desaparecer com 194 bilhões de reais em investimentos.
Com essa história de incompetência, alguém vai se aventurar a investir em infraestrutura no Brasil? E o governo tem dinheiro para bancar sozinho esse investimento?
As nossas estradas estão aí a demonstrar ao vivo e a cores a incapacidade administrativa do governo petista. O trem-bala (ou melhor: trem-bola) não sai do papel por falta de interesse. Os investimentos nos aeroportos já se arrastam enquanto que os gastos com as obras já em andamento duplicaram ou triplicaram em relação ao valor orçado no início.
Sem estradas, sem ferrovias, sem portos, sem aeroportos, sem transporte urbano de massa, sem energia suficiente e barata, como é que se pode esperar o crescimento do PIB? Será mais uma década perdida.


domingo, 18 de novembro de 2012

Ministro Ayres Britto

Hoje é o dia em que se despede do Supremo, o ministro Ayres Britto. Sua calma, sua serenidade, sua alegria vão nos fazer falta. Como poeta e como espiritualista, o ministro trouxe um frescor à gravidade de um vetusto tribunal, que dificilmente será igualado.
Conduziu o maior julgamento, o mais complexo, o mais difícil,  da história do Brasil sem perder o sorriso dos lábios e não era um sorriso cínico ou de escárnio, como vemos muitas vezes nas faces das figuras públicas, era um sorriso que nos transmitia sinceridade e paz.
O ministro tentou anteriormente o caminho da política militante e, felizmente para a nação, não foi bem sucedido nesse campo, pois poderia acabar engolido ou massacrado pela máquina partidária, que tudo submete aos seus interesses, nem sempre elevados, nem sempre legítimos. Ao invés, veio a compor e presidir o STF, com vantagens enormes para a sociedade brasileira.
Junto com o ministro Joaquim Barbosa formavam uma bela dupla. Um tangido pela emoção, pela indignação, outro, pela contemplação,  ambos se apoiando e se moderando, celebraram um ato patriótico de defesa da República que ficará na história.
Agora, se vai, merecidamente gozar de um descanso, que esperamos, seja ainda fecundo e produtivo, pois o ministro decerto continuará a escrever e nos brindar com suas belas e filosóficas frases, como aquela com que se despediu, no plenário: "Já não quero ser reconhecido pelo que faço, quero é me reconhecer no que faço".
Pode estar certo, Dr. Ayres Britto, que todos sempre o reconheceremos nesse brilhante trabalho que foi sua presidência da suprema corte desse sofrido, mas esperançoso, país.

Seguidores do Blog

No Twitter:

Wikipedia

Resultados da pesquisa