terça-feira, 20 de setembro de 2016

O Réu e o Concursado

Peixe morre é pela boca. Quem fala demais, dá "bom dia" a cavalo. Em boca fechada, não entra mosquito. Esses são alguns dos ditados que a sabedoria popular consagrou, mas que foram esquecidos pelo Molusco no seu show pirotécnico, em que chorou por 3 vezes, mas não convenceu ninguém de que seja inocente das maracutaias perpetradas na Petrobras e em outras instâncias que ainda estão por serem reveladas.

Além de não convencer, ainda criou uma situação de "saia justa" para si e seus correligionários ao fazer uma comparação absolutamente descabida entre "o político e o concursado". Em primeiro lugar, pela generalização barata. Nem todo político é desonesto e nem todo concursado é isso ou aquilo. Mas Lula é assim. Já falou outras asneiras no passado, mas sempre foi perdoado, porque era "simples", "do povo", o xodó dos "intelelequituais".

Agora, porém, a maré está mudando. O grau de paciência com Lula está rapidamente se esgotando. Permanecem ao seu lado, apenas, os cúmplices, os pelegos, os puxa-sacos, os militantes do partido e dos "movimentos sociais".

Nesse contexto adverso, Lula escorregou feio ao fazer a maldafada comparação. Nela, percebe-se um ressentimento muito mal disfarçado contra tudo o que significa cultura e educação, outra característica do Nove Dedos, que só não estudou porque não quis. Tempo e oportunidade teve de sobra durante todos os anos em que se aboletou no sindicato, ou foi sustentado pelo partido ironicamente chamado "dos Trabalhadores".

Em segundo lugar, o raciocínio é logicamente inconsistente: não há gradação de honestidade. Ou se é honesto, ou não. Mas, para Lula é possível ser meio honesto, 25% honesto ou 80% honesto. Como ele disse: "A profissão mais honesta é a do político, sabe por quê? Por que todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua encarar o povo e pedir voto. O concursado não. Se forma na universidade, faz um concurso e tá com um emprego garantido para o resto da vida."

Quem duvida que ele tenha dito isso é só conferir o vídeo aqui. Pois disse, em alto e bom som. E os funcionários concursados espalhados por esse país, exercendo com dignidade e idoneidade a sua função pública vão dizer o quê? São exemplos desses concursados: os membros do Ministério Público, o próprio juiz Sérgio Moro, referência internacional de probidade e eficiência, e que acaba de acatar denúncia de crime cometido pelo "político".


Lula pensa - e deixa claro - que o voto popular é uma absolvição para todos os crimes, por mais ladrão que seja". O povo, esse ente divino, votou, pronto, acabou a questão.  Esse é mais um desserviço à democracia, pois é levá-la ao ponto mais degradado, aquele que nos faz duvidar da própria eficácia da eleição popular, como critério para entregar a alguém um cargo público. Basta lembrar que Hitler também foi eleito. 
Felizmente, há no país, servidores públicos que não foram eleitos, mas que competiram entre seus iguais, com seus méritos e seu talento, para servir ao Brasil.



domingo, 18 de setembro de 2016

Cui bono?

Essa frase, que até hoje é repetida nos tribunais, teria sido dita por Lucius Cassius Longinus, ao orientar os juízes e os tribunos na identificação dos autores de crimes misteriosos. A tradução livre é: a quem interessa, a quem beneficia, o crime? Esse é o suspeito principal!

Aplicando-se esse conceito ao caso do mensalão e do petrolão, somente uma resposta é possível. O grande interessado em manter o maior esquema de corrupção já instalado no país era ninguém mais, ninguém menos, que o Sr. Luiz Inácio da Silva. 

Quando Dirceu foi indiciado com o chefe do esquema de corrupção, ficou uma pergunta no ar e um sentimento de frustração. Dirceu teria feito aquilo tudo sem o conhecimento de Lula? Teria feito aquilo tudo para beneficiar Lula, sem que Lula soubesse e aprovasse?

Todo mundo que tenha capacidade de raciocínio não contaminada pela ideologia, concluiu que Dirceu assumiu a responsabilidade para se manter fiel ao espírito da "luta armada". Quem "cair", "cai" sozinho e não denuncia os demais. Dirceu imaginava que, preservando Lula, preservaria para si mesmo uma possibilidade de arranjo que lhe aliviasse as penas. Afinal, com Lula fora do governo e também preso, as chances dos dois seriam mínimas.

O próprio Dirceu sentiu depois que a carga havia se tornado pesada demais e que, seu "sacrifício" não lhe trouxera nenhuma vantagem, ao contrário, fora abandonado à própria sorte e Lula passara a  cuidar da própria vida, a amealhar uma pequena fortuna e que se dane quem "caiu". Ese sentimento de revolta, Dirceu fez chegar aos ouvidos de Lula mais de uma vez, mas não recebeu a devida atenção.

Lula é assim. Abandona os companheiros ao longo da jornada quando já não lhe servem, ou, principalmente, quando podem ser um estorvo; e só se move pelo que lhe interessa. Essa estratégia deu certo até agora, mas parece que a caixinha de mágicas do sindicalista está ficando vazia. Já gastou todos os truques a que tinha direito e os coelhos já não saem mais das cartolas. 
Agora é a hora da verdade. O partido está esfacelado. A militância, exceto aquela paga e os militantes profissionais como a CUT e o MST, esmorecida. Lula sem poder e sem foro privilegiado. Sua mulher ameaçada de ir parar no xilindró antes dele. Lula vai provar do próprio remédio e ter que enfrentar a solidão dos que caem em desgraça.

A pergunta que não quer calar já tem uma resposta no Powerpoint do Ministério Público. A quem o crime trouxe benefícios? Cui bono?

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Não vá a pé, Lula!

Lula disse que se provarem contra ele alguma corrupção, irá a pé para a prisão.
Não vá a pé, Lula! É um apelo! De S.Bernardo até Curitiba é muito chão! Indo a pé, demorará muito para chegar.

A maioria do povo brasileiro quer vê-la na cadeia, já! Estamos dispostos, como cidadãos, meros contribuintes (como disse a Vanessa Grazziotin), a custear a viagem de um jatinho para a Polícia Federal levá-lo rapidamente a Curitiba.

A pé, não. Vá a Jato!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Lula e Cunha

Jacques Wagner é um bandoleiro! Pela segunda vez, ameaça a população brasileira com a  baderna. Diz ele que a denúncia de Lula é "um desrespeito e pode elevar a tensão social". E nós temos que ouvir calados!

Desrespeito é essa organização criminosa estar ainda livre, leve e solta, fazendo o que quer, quebrando e queimando bens públicos e privados, ameaçando a democracia. Desrespeito é dizerem que o Ministério Público, a Receita e a Polícia Federal, todos juntos, estão mancomunados para fazer uma conspiração contra o seu excelso, magnífico, puro e intocável chefe.

Menos, PT, menos! Não merecemos ter de ouvir tanta lorota fora de sentido. O seu venerável chefe é, sim, o chefe de uma organização criminosa. Não há nenhuma diferença entre ele e Eduardo Cunha, que vocês tanto atacaram. Aliás, há uma diferença: Eduardo Cunha chefiava uma gangue menor, paroquial, de parte do PMDB, enquanto Lula chefia uma gangue nacional e espalhada por mais de um partido. Eduardo Cunha não tem seguidores fanáticos que o endeusem. Lula tem seus acólitos que sequer querem saber das provas contra ele. Berram aos quatro ventos que não há provas e pronto! Como se isso bastasse, como se isso fosse argumento.
Ai que canseira!

Na verdade, tudo isso demonstra é a falta de argumento de defesa! Lula, tal como Eduardo Cunha, repisa a mesma frase: eles não tem provas! Lula, tal como Eduardo Cunha, repete à exaustão que não é o dono do triplex, como Cunha não era dono da conta no exterior. Um diz que a conta, da qual ele é beneficiário, é de um Trust, o outro diz que o triplex e o sítio, dos quais ele é beneficiário, são de amigos.

Quem diria que Lula e Eduardo Cunha iriam parar na cadeia pelos mesmos motivos, julgados pelo mesmo juiz e usando dos mesmos argumentos de defesa. #ForaCunha = #ForaLula



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O propinocrata

Acabou, PT! Não dá mais para manter as "narrativas", nem a de golpe, nem a de perseguição política, nem a de que os crimes teriam sido cometidos por uns militantes à revelia do partido.

As delações de Léo Pinheiro e Marcos Valério acabam de vez com essa farsa. A de Pinheiro entrega o complô coordenado por Berzoini, ministro de Dilma, para livrar a OAS da CPMI da Petrobras, além de obviamente detalhar todo o envolvimento da OAS com o chefe da quadrilha. A de Valério exuma aquele caso que nunca foi completamente enterrado, o de Celso Daniel e, obviamente, nele envolve também o Capo.

E como não envolver, se nessa história toda, só havia um grande beneficiado final, que também detinha tanto o poder de fazer cessar, como o poder de fazer continuar o propinoduto.

Quando, no mensalão, o Zé foi considerado o "capo dei tutti i capi" ficou todo mundo pensando, mas e o chefe do Zé? Afinal, o maior beneficiário era ele!
Agora, restou demonstrado que, depois da prisão do Zé, o esquema continuou normalmente, portanto haveria alguém, acima do Zé, a comandá-lo. Bingo!

O país interio a essa altura sabe que Lula era o chefe e o corrupto mor. Até os petistas sabem disso e só não o admitem por uma questão de sobrevivência política. Entretanto, a meu ver, os petistas honestos, que espero que existam, ao defender o Lula, estarão cometendo um erro histórico do qual jamais se recuperarão, tal como Stalin que jamais foi reabilitado nem mesmo para o mais empedernido comunista (à exceção de Oscar Niemeyer).

Esses petistas melhor fariam se o descartassem, como um erro, o qual, gente honesta, mas ingênua, foi induzida a cometer. Teriam assim uma justifictiva para as futuras gerações.
Caso optem por submergir com ele, submergirão, pura e simplesmente, desaparecendo de cena como lixo histórico que deve ser descartado. Acabou, PT! Acabou-se a propinocracia e seus propinocratas! Para o bem do Brasil!

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