quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Eleições municipais

"Ninguém mora na União, o cidadão mora é no município" essa frase de Hélio Beltrão explicita muito bem a importância do município na vida e na qualidade de vida das pessoas.
É no município que se enfrenta o trânsito caótico do dia a dia; é no município que se sente a insegurança de andar nas ruas, ou mesmo de ficar dentro de casa; é no município que se vai a um posto de saúde, que se vacina, que se casa, que se nasce, que se registra, que se trabalha, que se diverte, etc. 
Daí a importância que tem uma eleição municipal. O povo acordou para a política, principalmente para a política nacional, que se faz em Brasília, mas ainda não se deu conta inteiramente que é na política municipal que a nossa vida pode mudar mais rapidamente e de maneira mais eficaz. A começar pelos impostos municipais que pagamos, passando pela escolha de prioridades e pela elaboração do orçamento.
Ainda há que caminhar nessa direção, mas já se percebe, no resultado dessas últimas eleições, uma mudança de rumo. O que ficou mais evidente foi a derrocada do PT. Em São Paulo, o PT, em 2012, obteve 70 prefeituras. Agora só conseguiu fazer 8 prefeitos. No Paraná tinha 40 prefeituras, agora só tem 10. Em Minas, caiu de 113 para 40. Na Bahia, seu reduto, passou de 92 para 38. No Rio Grande do Sul, outro reduto, passou de 72 também para 38 prefeituras. No Pará, passou de 23 para 7, em Goiás de 16 para 3. O único Estado em que o PT conseguiu aumentar o número de prefeituras foi...o Piauí, o Estado mais pobre da federação. Isso talvez explique a preferência da esquerda pelos pobres: quanto mais pobres houver, melhor para eles.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O desmanche do PT

Ao final da eleição, os políticos se debruçam sobre os números para tentar entender o recado do eleitor. É óbvio, que aqueles, cuja análise revelar dados ruins, não vão dizer isso em público, mas terão que enfrentar essa realidade, mesmo que a portas fechadas, se quiserem continuar a exercer seu papel na política.

Dessa vez os recados foram muitos. Em primeiro lugar, o número de votos nulos e brancos e abstenções que ficou em torno de 35 a 38%, superando, individualmente,  os votos de cada um dos eleitos. Esse elevado número de pessoas, que não escolheram um representante, está a dizer que a classe política não lhes oferece nada com que eles se identifiquem. Isso é a falência da política.

Em segundo lugar, a derrocada do PT, como expressão de força política. Esse partido que recém ocupou a presidência por 14 anos, fez, em todo o país, em mais de 5.000 municípios, menos de 300 prefeitos.
Só conseguiu eleger mais prefeitos que seu arquirrival, o PSDB, em quatro Estados: Rio Grande do Sul,Bahia, Acre e Piauí. Nos demais perdeu e em alguns perdeu de feio dos tucanos.
Por exemplo: no Mato Grosso do Sul, não elegeu um nome sequer, enquanto o PSDB fez 36 prefeitos; no Mato Grosso, fez 3 prefeitos contra 39. Na Paraíba conseguiu eleger 1 alcaide petista contra 36 tucanos. Em Goiás, a proporção foi de 3 contra 77 e em São Paulo, de 8 contra 164.

No Espírito Santo, o PT conseguiu eleger 1 prefeito, enquanto os tucanos elegeram 12; em Alagoas foram 2 contra 17; em Rondônia, 1 contra 5, no Pará, 7 contra 32 e no Rio Grande do Norte, 2 contra 10.
Em Minas Gerais foram 41 prefeitos do PT, contra 132 tucanos. Nem mesmo em Pernambuco o PT conseguiu eleger número maior de prefeitos do que o PSDB (foram 7 contra 12).

Desta vez, nem mesmo se confirmou a preferência pelo PT no Norte e no Nordeste. Nessas duas regiões, somente 3 Estados (já citados) deram-lhe a preferência.

O recado está dado. Quem souber ler e entender ainda terá possibilidade de sobrevivência política. Quem não souber, já pode encomendar o jazigo.

PT tropeçou na democracia

O PT começou a receber o recado das urnas. O povo, esse ser místico tão bafejado pelo partido, mostrou que não quer mais o PT na liderança de coisa alguma; sequer dos municípios onde vivem.
Senão vejamos: em 2000 o PT elegeu 187 prefeitos; daí foi crescendo e chegou a 644 em 2012. Uma eleição depois, agora em 2016, conseguiu eleger somente 256 prefeitos no primeiro turno e só tem possibilidade de eleger mais 7, se todos os que foram para o segundo turno ganharem.
E, pode prever, situação semelhante ou pior em 2018, nas eleições gerais para o Congresso.
Não há o que discutir. As urnas já disseram tudo. Nem mesmo a militância paga ou beneficiária pode argumentar, afinal, segundo a sua cartilha totalitária, eles são os únicos que governam em nome do POVO e para o POVO. Portanto, o que o POVO decidir não pode ser contestado.
Pois foi esse mesmo POVO que decidiu que não quer mais o PT na vida política do país. O POVO foi enganado umas tantas vezes, mas acabou por descobrir a verdade.
Esse POVO agora tem como referência o juiz Sérgio Moro, que onde quer que chegue, é recebido com aplausos, elogios, incentivo e agradecimentos.
Democracia é, antes de tudo, alternância de poder. Isso estava fora dos planos do PT, mas, felizmente para o Brasil, o PT acabou tropeçando na democracia.



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