sexta-feira, 29 de junho de 2018

A Orcrim está ganhando a Copa

O Brasil se classificou! Todo mundo deve estar muito feliz! Afinal Copa do mundo é o assunto mais importante do país. Que se dane a bolsa em queda, o dólar nos píncaros, a economia patinando há 3 anos e o desemprego estacionado na casa dos 12 milhões. O importante é ganhar a Copa!

Pois bem. Aos trancos e barrancos passamos às oitavas de final ganhando da Sérvia, esse fenômeno do futebol. E agora teremos mais um período em que o humor nacional oscilará da mais profunda depressão à euforia tresloucada!
Dá o que pensar! Freud escreveria tratados sobre esse fenômeno, de um povo vilipendiado pelos seus governantes e que não reage a isso, mas canaliza toda a sua energia para um simples jogo de futebol, como se disso dependesse sua vida, seu bem estar, o bem estar de seus filhos, a prosperidade da nação.

Não estou negando o valor do esporte, mas há que se ter a devida proporção das coisas. A seleção brasileira pode ganhar ou perder e isso não alterará em nada a vida das pessoas. Portanto, torçamos, vibremos, mas acabada a partida, vamos cuidar das nossas vidas. Há muitas coisas importantes e urgentes a serem feitas no Brasil. Ainda há solução, mas é preciso que dediquemos nossa atenção, nossa vigilância e nossa cobrança, não ao cabelo ou aos gols do Neymar, mas à organização criminosa que atua em Brasília e que não está descansando no seu intento de vencer a nação.

domingo, 27 de maio de 2018

Povo de saco cheio!

Crise de representatividade! Essa é a crise de fundo no panorama político brasileiro. É a mãe de todas as crises. Há muito tempo, nós, cidadãos, deixamos de considerar os agentes políticos como nossos representantes. Votamos neles de algum modo e esquecemos seus nomes logo em seguida, porque sabemos que, tão logo assumam os cargos para os quais foram eleitos,  imediatamente deixarão de representar os nossos interesses.

Essa é a explicação para o crescente número de votos brancos, nulos e abstenções. Na última eleição para presidente, no segundo turno, as abstenções, votos brancos e nulos foram de 38,8 milhões em um total de 142,8 milhões de eleitores (fonte: TSE http://bit.ly/2sdqlzx). Isso representou mais de 27% do eleitorado!

Para senador, as abstenções, nulos e brancos chegaram a 37% do eleitorado (53 milhões), ou seja, o número de pessoas que se recusou a escolher um senador dava para eleger um presidente da República.

Deve-se ter em conta que isso foi em 2014, há 4 longos anos! De lá para cá, o que foi desvelado e escancarado desse mundo político, piorou ainda mais a percepção do eleitorado sobre seus supostos representantes. Dependendo de como decorrerá o ambiente político e quem serão os candidatos às próximas eleições, o número dos que se irão se recusar a escolher um presidente pode ser mais que 50% do eleitorado. Isso significará que o possível eleito não terá mais que 1/4 do apoio dos eleitores. Em outras palavras, estará contra ele 75% da nação.

E aí, como ficamos? Não há lei que preveja o que deve ser feito nesse caso, mas o certo é que terá legitimidade zero, quem for eleito em tais circunstâncias. Já iniciará o governo caindo! Não haverá estabilidade política para ninguém governar assim.

A culpa disso evidentemente é da classe política que esticou a corda da nossa tolerância até o limite do insuportável. Essa nossa resposta será um grande NÃO a tudo o que está aí.

O tempo das mágicas acabou. O povo não tem mais paciência e é por isso que tanta gente pede abertamente pela intervenção militar. É porque o saco encheu mesmo.

sábado, 26 de maio de 2018

A nova estratégia lulista

O recente silêncio de Lula e seus hipnotizados militantes pode ser um bom ou um péssimo sinal. Bom seria se esse silêncio significasse que, finalmente, a turba lulista enlouquecida teria se curvado à realidade e começado a se recolher à insignificância política da qual nunca deveriam ter saído. Mas esperar isso desses fanáticos fundamentalistas é querer demais.

Há um grupelho - cada vez menor, mas ainda assim barulhento - que jamais deixará de exercer essa militância político-religiosa, porque simplesmente não podem fazer isso. Seria admitir que tudo o que fizeram no campo político de sua atuação foi uma nulidade completa. Portanto, deve-se concluir que esse grupelho não está se rendendo à realidade. O que deve estar acontecendo é que estão mudando de tática e de estratégia.

Viram que no grito não ganham, portanto, estão mudando os métodos. Estarão submergindo estratégicamente para que o povo se esqueça deles e de Lula e, quando menos esperarmos, surgirem com Lula livre da cadeia por alguma liminar escalafobética ou mesmo por um indulto presidencial? É possível.

Hoje, Demétrio Magnoli, em sua crônica na Folha levanta a hipótese de que está sendo costurado um acordo entre Lula e Ciro Gomes. Segundo Magnoli, Lula posará de candidato até o último minuto, para impedir que surja no PT alguma alternativa, o que beneficia Ciro. Em seguida, já não sendo possível manter essa candidatura fictícia, e sendo tarde para que o PT lance outro candidato próprio, será declarado o apoio à candidatura de Ciro, que, se e quando eleito, lhe dará o benefício do indulto. Teoria conspiratória? Pode até ser, mas é melhor prestar atenção nisso.

Ciro tem feito um discurso cada vez mais agradável aos ouvidos da esquerda lulista: diz que vai reverter a lei do teto de gastos e reinstalará o controle político na Petrobrás. Com esse discurso reforça-se a candidatura de Bolsonaro, como contraponto. É tudo que todos eles querem. Ciro/Lula querem disputar com Bolsonaro e Bolsonaro quer disputar com Ciro/Lula.

Qualquer possível candidato equilibrado, de centro, liberal-conservador, está fadado a perder e muito possivelmente nem chegue ao segundo turno. Isso seria mais um grande mal que Lula poderia fazer ao país. Mas tudo indica que Lula não está nem aí para o seu próprio partido, muito menos para o país.

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