quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Filme Velho

 

O movimento de resistência ao lulismo é muito maior que o bolsonarismo. 

Tem que ser! Afinal o Brasil não se resume a esses dois polos. O Brasil é maior que os dois juntos.

O lulopetismo não é sequer uma ideologia. É apenas uma construção política demagógica e corrupta, que só visa tomar o poder e se locupletar. Está muito longe de se constituir em ideologia, embora, sob seu guarda-chuva se abriguem algumas tantas maluquices, para dizer pouco.

Quanto ao roubo puro e simples, não é que outros já não tivessem feito o mesmo. Não foi exclusividade do PT.  Nossa história sempre foi a repetição desse mesmo padrão. É por isso que somos e estamos atrasados, apesar do potencial de riqueza que temos. 

O PT, antes de chegar ao poder,  prometia acabar com esse padrão, mas, ao invés de promover a mudança, o PT achou melhor aderir a ele, já que vislumbrava vantagens financeiras para o partido e para os donos do partido. O PT já tinha experimentado esse gostinho em algumas prefeituras e isso caía perfeitamente, como uma luva, no tal projeto de poder do Zé Dirceu.

Bolsonaro chegou ao poder, nem tanto por méritos próprios, mas principalmente por causa da revolta da maioria dos eleitores contra a roubalheira petista institucionalizada. O que mudou de lá para cá? O presidente é tosco, fala muita bobagem. Seus filhos não parecem flores que se cheirem, mas uma coisa é certa: O esquema de corrupção institucionalizada acabou. As estatais se recuperaram. A máquina pública, apesar das mazelas inerentes ao sistema, está andando com mais desenvoltura, investimentos em infraestrutura estão sendo feitos. Resumo da ópera: voltamos a ser um país normal.

E agora, José? Agora não há possibilidade de dúvida. Temos que arregaçar as mangas e nos unir contra o lulopetismo, que avança com suas forças ocultas ou nem tão ocultas assim. 

Bolsonaristas ou não, temos que nos unir contra Lula e o PT. Por pior que Bolsonaro seja, como pessoa ou mesmo como presidente, caso o PT vença as eleições, podemos nos preparar para uma versão piorada do filme já antes visto.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Vira-latas

Nelson Rodrigues dizia que temos complexo de vira-latas. Pois eu acho que nós nos tornamos vira-latas. O exercício da politica, no Brasil, nunca foi nobre, nunca foi patriótico, desinteressado. Ao contrário! A política aqui sempre se fez em benefício de alguns e em detrimento da maioria da nossa população. Mesmo assim, no passado, ainda se mostrava uma aura de dignidade. 
Perdemos até isso! Hoje, as atitudes dos presidentes da República são jocosas, risíveis. E não falo só do Bolsonaro, falo da Dilma e do Lula também. Esse populismo rasteiro, essa máscara de “gente do povo” é um escárnio a quem tem inteligência e dignidade. 
Não deveríamos estar aplaudindo comportamentos desse jaez. Ao darmos apoio a isso vamos perpetuar esses comportamentos na função pública. O roubo do Erário é apenas uma parte do problema. Sejam rachadinhas bolsonaristas ou acordos milionários lulistas com as Odebrecht  da vida, isso só acontece depois que descemos alguns degraus na escala da civilidade. Isso só acontece quando o povo passa a latir também, vira-latas que nos tornamos.

domingo, 21 de agosto de 2022

Hoje em si

Há alguns dias recebi uma ligação telefônica de uma empresa financeira. O seu funcionário, certamente não de baixo nível de educação, conseguiu, em 10 minutos, dar-me o exemplo da Nova Língua Brasileira que está nascendo.

Parece-se, vagamente, com o português do Brasil, mas não é.  Por exemplo: não há plurais para os substantivos, nem para os adjetivos. O plural é indicado pelo artigo, simples assim: os omi vem agora;  as pranta verde secou tudo; ele comprou os carro novo.

Os tempos verbais simplificaram-se em: pretérito perfeito (você andou) e imperfeito (eu andava), presente simples (nós anda), presente contínuo (estou andando) e futuro composto: eu vou andá, ela vai falá, nós vai cantá.

Obviamente, o "r" final do infinitivo desapareceu há muito tempo.

Não há futuro simples: andará, nem pensar. Mas há um futuro mais-que-composto: eu vou está falando, você vai está andando.

O modo subjuntivo foi abolido terminantemente. Eu andaria, se você andasse comigo, é quase intraduzível nessa nova língua. A não ser que se opte por um maravilhoso: se você andá comigo, eu vou está andando com você.

Tem também o "no qual" que surge inesperadamente sempre que falta alguma coisa na frase: "O contrato que você assinou, no qual eu vou mandar hoje para imprimir..."; 

Agora, novidade mesmo foi o "hoje em si", ao qual esse rapaz do telemarketing me apresentou. Não é hoje em dia. É hoje em si. "Hoje em si eu não posso te dar a resposta".  Deve ter também o "agora em si". 

- Agora em si eu  não posso te dar a resposta. OK?

- Ah, é? E quando será?

- Daqui a umas meia hora. Ás uma, ou até as duas e pouca.


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