Não há opção. O Bolsonaro-presidente terá que se desvencilhar do filho problemático, se quiser continuar o papel para o qual foi eleito. No aspecto pessoal, vai ser difícil, pois antes de ser presidente, Jair Bolsonaro é pai. Compreendo e até me solidarizo com ele, nesse momento de dificuldade, mas ele terá que optar por um dos papéis: o de pai de um "garoto problemático" ou o de presidente de uma nação com 200 milhões de pessoas.
Como presidente, terá que entregar o filho às feras. No mínimo, terá que se distanciar dele, até, pelo menos, que esse assunto esteja esclarecido e, se for o caso, demonstrado cabalmente que não houve nenhuma ação ilegal por parte do senador Flávio.
O ideal, agora, seria que o senador renunciasse a qualquer foro especial a que tenha direito, para manter a coerência com o discurso do pai,. E, como quem não deve, não teme, deixar a investigação correr solta na primeira instância e nas mãos da Polícia Federal.
Aí, haverá duas possibilidades: ou Flávio tem mesmo "culpa no cartório" e deve receber a punição prevista na Lei, ou é inocente e então poderá prosseguir na sua carreira política sem esqueletos no armário. Não há terceira via: a de manter-se a salvo do alcance da Lei em virtude de especificidades legais próprias de uma republiqueta de bananas. Se essa terceira via for trilhada, ao modo de Aécio Neves, Flávio Bolsonaro terminará o serviço que Adélio começou: estará dando uma facada mortal no governo de seu pai.
E, o pior, é que essa facada não atingirá somente o governo, mas toda a nação brasileira, que nele está depositando suas mirradas e calejadas esperanças.
domingo, 20 de janeiro de 2019
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