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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Os Brasis: de primeira e o de terceira.

 Leio duas notícias no mesmo dia e no mesmo veículo. Em uma se diz que "o filho do presidente do STJ recebeu 42,9 milhões para 'influenciar' ministros". 
Em outra: Deltan Dallagnol foi punido com pena de censura pelo CNMP por ter criticado o ínclito senador Renan Calheiros.

As duas manchetes, logo após o dia da Pátria,  por si só demonstram a classe de país em que vivemos. Alguns vivem no de primeira classe, com direito a mordomias e a fazer tudo o que querem, imunes que estão à Lei. Os demais, pagadores de impostos, somos condenados a sustentar essa primeira classe e a não poder sequer reclamar. E, quando alguém da terceira classe se levanta, como fez Dallagnol e Sérgio Moro, contra esse estado de coisas, confiando que o arcabouço jurídico lhes protegerá as funções, como está escrito, descobrem logo como estão enganados.

Tudo o que está no papel só vale para nós da terceira classe. Estão aí, os Lulas, os Aécios e os Renans da vida a rir na nossa cara. Estão aí os Gilmares Mendes e os Humbertos Martins (presidente do STJ) a demonstrar que eles podem tudo e nós não podemos nada. Estão aí os Cristianos Zanins, os Robertos Teixeiras, Os Tiagos Cedrazes, os Césares Asfor, os Wassefs, a debochar da própria Justiça, que deveriam representar.

Hão de perguntar: e o voto? Só se pode responder com outra gargalhada. O voto só serve a quem o sistema serve. Aécio encolheu de senador a deputado, assim como a Gleisi, mas seu foro privilegiado permanece garantido. É o que lhes interessa. E a instituição máxima do país, a que dita as regras em instância final sem apelação,  a que legisla, investiga, pune e absolve (em outras palavras a Ditadura Colegiada) é absolutamente fechada ao escrutínio público. Seus membros são escolhidos por quem ela deverá eventualmente julgar, ou seja, o sistema de compadrio está sacramentado.

Há solução? Não! O sistema só mudaria por uma força externa que o explodisse. Ou seja, só muda com muita luta e por uma força poderosa. A unica força possível que se pode vislumbrar, capaz de provocar essa mudança, seriam as Forças Armadas, que, entretanto, nunca estiveram tão acomodadas na história dessa triste nação.

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