quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Para a patuleia entender

O Doutor Márcio Thomaz Bastos até há bem pouco tempo era ministro da Justiça. Até há pouquíssmo tempo era advogado do contraventor Cachoeira. Ainda é advogado de um mensaleiro, o vice-presidente do Banco Rural. E dá conselhos e arma estratégias com todos os outros advogados dos mensaleiros. Tudo isso está muito bem, está muito certo do ponto de vista jurídico e legal. Ele pode fazer tudo isso, mesmo que agindo nos limites da lei.
Mas, francamente, para as pessoas comuns, leigas em Direito, que são obviamente a maioria nesse país, essa mistura de funções (mesmo que sejam consecutivas) soa estranho, muito estranho. Todo réu tem direito a um advogado, não se discute, mas tem que ser a mesma pessoa que ocupava uma função pública na qual era chefe da polícia que estava investigando esse mesmo réu? Não havia nem um outro advogado nesse país que pudesse aceitar a causa, por exemplo, de Carlos Cachoeira? ou de algum mensaleiro?
Cabe, licitamente a nós, patuleia ignorante, perguntar:  Qual será o motivo pelo qual o Doutor Márcio é o preferido de 9 entre 10 réus de processos que envolvem o Erário e maracutaias com o governo?  Seu notório saber não está em questão; longe de mim, um leigo, discutir a sapiência do Doutor Márcio. Sabemos que os serviços de sua banca estão entre os mais caros do país, mesmo assim continua sendo o preferido dos réus mais badalados da República. E, sobretudo, parece que o Brasil anda carente de sumidades do Direito, pois tudo vai parar na banca do Dr. Márcio.  Tudo, é modo de dizer, pois talvez só 1% de nossa população tenha condições de pagar por tal sapiência.
Para a maioria de nós, da patuleia, o que vale são os rigores da lei. Para eles, essa nata, a verdadeira "zelite", o que vale são as "tecnicalidades", nas quais, o Doutor Márcio é um "expert".

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

As medalhas do Cazaquistão

A posição do Mercosul no ranking das medalhas até agora é simplesmente ridícula. Juntando-se as medalhas da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, ainda assim o bloco inteiro fica atrás da  Coréia...do Norte!, que tem 4 medalhas de ouro. Nem se fale na Coréia do Sul, porque aí é covardia. Eles tem 10 medalhas de ouro até agora, em um total de 21.
Esquecendo os nossos "colegas" e considerando só o Brasil, estamos em vigésimo lugar, ostentando duas míseras medalhas de ouro, uma de prata e cinco de bronze. Era de se esperar que estivessem à nossa frente, (além da China, Rússia e USA) França, Itália, Holanda, Grã-Bretanha e Alemanha.
Mas na nossa frente estão países tão pequenos como Belarus e Dinamarca. Tão pobres como África do Sul, Cuba, Cazaquistão e a já citada Coréia do Norte.
Será que o Cazaquistão tem uma política voltada para o esporte/educação melhor que a nossa? Eles estão em sétimo lugar com 6 medalhas de ouro. Devem ter, porque não se ganha medalha olímpica por sorte.
É importante essa análise porque esse quadro de medalhas fala muito de cada país. Demagogia e blá-blá-blá de governo podem até funcionar aqui, para a patuleia boba que vota neles, e acredita nos PAC's e se refestela com as bolsas-isso, bolsas-aquilo, mas na hora da verdade verdadeira, como essa em que disputamos em condições de igualdade, as coisas voltam para os seus devidos lugares e o ufanismo demagógico dá lugar à realidade nua e crua.
Não temos política educacional e por consequência não temos políticas públicas para o esporte (como parte, que é,  da educação). O que vemos imperar aqui, nessa área, é a proliferação de ONG's destinadas, a maioria delas, a fazerem o papel de ralos por onde se escoa o dinheiro público.

domingo, 5 de agosto de 2012

Menos latim e mais verdade


Nunca antes neste país estivemos tão próximos do fundo do poço, no que se refere ao funcionamento das instituições republicanas, quanto nesse malfadado governo petista. Historicamente, sempre fomos um país bagunçado. Nossa cultura do jeitinho, da malandragem e do desrespeito às regras, não foi inaugurada pelo PT, obviamente. Mas o lulo-petismo conseguiu oficializar isso, elevando essa bagunça à categoria de arte.  Vale tudo desde que seja para benefício do partido e dos "companheiros".
A atitude escandalosa foi tanta que passamos a considerar a roubalheira como um fato da natureza. Inevitável.
Nessa toada, assistimos à desfaçatez se insinuar também no julgamento do mensalão no STF. Manobras claramente procrastinadoras são plenamente aceitas pela corte e, quando rechaçadas,  como fez o ministro Joaquim Barbosa na primeira sessão, quem passa a ser cirticado é exatamente quem reagiu a isso.
O min. Marco Aurélio, hoje, declara que faltou urbanidade ao relator e que teme pelo momento em que o min. Barbosa se tornará presidente do STF. Como cidadão me pergunto, qual será o motivo desse temor?
Fico com a resposta do ministro relator: é com extrema urbanidade que muitas vezes se praticam as mais sórdidas ações contra o interesse público."
Pois o que falta nesse país não é propriamente urbanidade, nem civilidade. O que falta é civismo, honestidade, capacidade de se indignar e chamar as coisas pelo nome que tem: ladrão é ladrão; dinheiro não contabilizado é roubo, fraude, sonegação e desvio; chefe de quadrilha é chefe de quadrilha; cúmplice é cumplice; comparsa é comparsa.
Menos salamaleques e maneirismos, menos palavrório, enfim,  menos latim e mais verdade! 
O Supremo poderia começar dando essa lição e esse estímulo às novas gerações, que a atual já está perdida.



Nota: Afinal já se passaram sete anos. Quem quiser refrescar a memória sobre o mensalão é só clicar aqui


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