domingo, 5 de agosto de 2012

Menos latim e mais verdade


Nunca antes neste país estivemos tão próximos do fundo do poço, no que se refere ao funcionamento das instituições republicanas, quanto nesse malfadado governo petista. Historicamente, sempre fomos um país bagunçado. Nossa cultura do jeitinho, da malandragem e do desrespeito às regras, não foi inaugurada pelo PT, obviamente. Mas o lulo-petismo conseguiu oficializar isso, elevando essa bagunça à categoria de arte.  Vale tudo desde que seja para benefício do partido e dos "companheiros".
A atitude escandalosa foi tanta que passamos a considerar a roubalheira como um fato da natureza. Inevitável.
Nessa toada, assistimos à desfaçatez se insinuar também no julgamento do mensalão no STF. Manobras claramente procrastinadoras são plenamente aceitas pela corte e, quando rechaçadas,  como fez o ministro Joaquim Barbosa na primeira sessão, quem passa a ser cirticado é exatamente quem reagiu a isso.
O min. Marco Aurélio, hoje, declara que faltou urbanidade ao relator e que teme pelo momento em que o min. Barbosa se tornará presidente do STF. Como cidadão me pergunto, qual será o motivo desse temor?
Fico com a resposta do ministro relator: é com extrema urbanidade que muitas vezes se praticam as mais sórdidas ações contra o interesse público."
Pois o que falta nesse país não é propriamente urbanidade, nem civilidade. O que falta é civismo, honestidade, capacidade de se indignar e chamar as coisas pelo nome que tem: ladrão é ladrão; dinheiro não contabilizado é roubo, fraude, sonegação e desvio; chefe de quadrilha é chefe de quadrilha; cúmplice é cumplice; comparsa é comparsa.
Menos salamaleques e maneirismos, menos palavrório, enfim,  menos latim e mais verdade! 
O Supremo poderia começar dando essa lição e esse estímulo às novas gerações, que a atual já está perdida.



Nota: Afinal já se passaram sete anos. Quem quiser refrescar a memória sobre o mensalão é só clicar aqui


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem vindo! Deixe aqui seu comentário:

Seguidores do Blog

No Twitter:

Wikipedia

Resultados da pesquisa