segunda-feira, 13 de agosto de 2012

E agora, José?

Dilma ordenou que o governo ficasse longe do julgamento do mensalão. Atitude sensata de quem observa e respeita o mandamento constitucional de separação e independência de poderes. Afinal ela não é presidenta do PT, mas de toda a nação.
Não demorou muito veio a reação. Lula ficou fulo, o Zé ficou revoltado e o Partido começou a pressionar para que o governo se manifestasse (evidentemente a favor dos réus). Essa gente demonstra a todo instante que não está nem aí para as leis e instituições do país. O que lhes interessa é seu projeto de poder a todo custo, a qualquer custo.
Tanto fizeram que Dilma autorizou o amarra-cachorro lulista, Gilberto de Carvalho, a se pronunciar. Autorizou de leve, mas autorizou. E isso é mau. Isso demonstra que a presidenta não tem autonomia, que é refém do Partido, que é refém de Lula, que é refém do Zé. 
Lula é refém do Zé, porque o Zé sabe que Lula sabe; porque o Zé tem como provar que Lula sabe e já sabia desde antes de sua primeira eleição. O ovo da serpente havia sido chocado em Santo André. O laboratório tinha servido bem ao teste de "como ficar no poder para sempre", mesmo com alguns percalços inesperados, como o de Celso Daniel, que afinal tinha sido "resolvido" ao estilo Stalin.
Mas o Zé não quer ir pra forca sozinho. O Zé aceita ser quase tudo, só não aceita ser mártir. O Zé quer porque quer que haja um amplo, geral e irrestrito movimento em seu favor. O Zé quer os estudantes nas ruas, o funcionalismo gritando em passeatas, as centrais sindicais agitando bandeiras em frente ao Supremo, o governo engajado em público e  nos bastidores pressionando os ministros. Era isso que o Zé queria, mas está difícil de conseguir. Até quando vão segurar o Zé?

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