É tão surreal que parece uma invenção da oposição. Uma senhora, militante há anos na política, tendo exercido altos cargos executivos em ministérios importantes como o das Minas e Energia e da Casa Civil, pertencente a um partido com 30 anos de história, é indicada a disputar o cargo mais alto na nação, acaba por ser eleita e começa a governar... sem um simples papel rascunhado como programa de governo!!!
Assume a presidência sem qualquer estratégia pré-estabelecida, sem definir prioridades, sem direção para a economia, sem critérios de gestão, sem metas, sem rumo para a política externa, em resumo, sem coisa alguma. Vai governar pra quê? Com qual objetivo?
Daí segue empurrando a governança a torto e a direito, assinando os papéis que lhe caem à frente. Começa com uma demissão em massa e em série de ministros corruptos, que ela tinha acabado de nomear, mas deixa que ministros corruptos demitidos continuem mandando na administração, como é o caso da Erenice Guerra.
Manda baixar os juros, diz que não vai deixá-los subir de jeito nenhum, logo depois manda subir os juros. Inventa subsídios para alguns setores industriais e diz que está protegendo a indústria nacional e o emprego dos brasileiros, mas afugenta o capital externo que viria criar mais empregos para os brasileiros e que agora prefere ir para o Chile, Peru e Colômbia. Diz que o real está supervalorizado, que há um tsunami de dólares invadindo o Brasil e manda o Banco Central puxar a cotação para desvalorizar a nossa moeda. O resultado é que as importações ficam mais caras e como não podemos deixar de importar petróleo, isso leva a Petrobrás a fazer prejuízos monstruosos. Aí, num lance de brilhantismo intelectual manda o Banco Central baixar o dólar á força, pois o que era tsunami virou um deserto seco e árido.
Promete desconto na energia elétrica e quer que as empresas façam prejuízo para ela, governanta, manter a popularidade, mesmo tendo que usar em escala cada vez maior a geração de energia das termo-elétricas caras e dispendiosas.
Depois de derrubar o valor da Petrobrás, nos obriga a engolir um aumento no preço dos combustíveis, que anula toda e qualquer redução no custo da energia elétrica. Muda a regra da poupança, volta a regra antiga da poupança. Promove a caxirola nos eventos esportivos como um instrumento de referência da genialidade brasileira; esquece a caxirola! Inaugura estádios incompletos, cujos tetos desabam logo depois. Inaugura obras do PAC que não serão terminadas. Anuncia programas que jamais sairão do papel, tais como as 6.000 creches, os 800 aeroportos, os 8.000 km em rodovias, os 6.000 agentes de defesa civil, as 6.000 casas para os flagelados da região serrana do Rio, a transposição do S.Francisco etc.
É uma parafernália de números que não dizem nada, quando não são simples, pura e deslavada mentira. Nenhum deles se traduz em melhoras para a vida dos cidadãos. Só não chegamos ao fundo do poço, porque (como já disse alguém) já roubaram o poço e o fundo!
sábado, 8 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
De mal a pior
O poste escolhido por Lula para a sua sucessão está fazendo exatamente o que ele esperava: dando com os burros n'água!
O que Lula queria? Alguém que fizesse um excelente governo, ofuscando os seus "maravilhosos" oito anos de populismo barato e ainda se reelegendo e deixando a era Lula pra trás? Ou preferiria deixar um esquenta-lugar manipulado nos bastidores, reservando o trono para ele, o Grande Líder, em 2014, para outro episódio de mais 8 anos? Parece fácil a conclusão.
Só ingênuos ou bobos de conveniência não sabem resolver essa equação.
Portanto, quanto mais Dilma erra, mais Lula acerta. Imagine-se como os áulicos, fisiológicos e adesistas do Congresso estão sentindo a falta do negociador de Garanhuns, uma pessoa que sabia conversar com os 300 picaretas em linguagem de igual para igual.
Preparemos-nos pois. Enquanto houver possibilidade de se candidatar, Lula será candidato. Somente duas coisas podem impedi-lo: o câncer ou o judiciário. Esse último atuando no rastro dos escândalos do mensalão e seus desdobramentos e nas consequências do caso Rose que ainda nem começou.
É óbvio que o caso Rose pode ter sido apenas um recado de Dilma para que o desencarnado ficasse quieto, mas depois de iniciada a coisa toma vida própria e o Ministério Público não tem que ficar dando satisfações a Dilma, portanto desse mato ainda podem sair coelhos bem orelhudos.
Mas se nada acontecer até lá, em 2014, aproveitando a queda na popularidade da Dilma, que já começou a descer a ladeira, Lula pode se apresentar como a "solução" do partido. E não era isso o que ele queria? Lembram-se daquela história do sapo que, expulso da festa no céu, pedia para ser atirado na pedra, porque tinha medo de água e não sabia nadar? Pois o nosso sapo barbudo está só esperando a hora de começar a gritar: "Na água, não! Na água, não!"
---------------------------------------------------------------------------------------------
E o senador Eduardo Suplicy que teve que se submeter ao vexame de enviar uma carta-aberta ao Lula, para ser recebido por ele! Que vergonha para um senador da República, representando o maior Estado da Federação, ter que mendigar atenção de um semi-analfabeto sem cargo algum, como se fosse, ele, senador, um menino inexperiente na política, um principiante que precisasse receber as benesses do coronel? É preciso que o coronel Lula o abençoe para que ele possa disputar mais um mandato de senador? O neo-coronelismo já chegou a tanto?
O que Lula queria? Alguém que fizesse um excelente governo, ofuscando os seus "maravilhosos" oito anos de populismo barato e ainda se reelegendo e deixando a era Lula pra trás? Ou preferiria deixar um esquenta-lugar manipulado nos bastidores, reservando o trono para ele, o Grande Líder, em 2014, para outro episódio de mais 8 anos? Parece fácil a conclusão.
Só ingênuos ou bobos de conveniência não sabem resolver essa equação.
Portanto, quanto mais Dilma erra, mais Lula acerta. Imagine-se como os áulicos, fisiológicos e adesistas do Congresso estão sentindo a falta do negociador de Garanhuns, uma pessoa que sabia conversar com os 300 picaretas em linguagem de igual para igual.
Preparemos-nos pois. Enquanto houver possibilidade de se candidatar, Lula será candidato. Somente duas coisas podem impedi-lo: o câncer ou o judiciário. Esse último atuando no rastro dos escândalos do mensalão e seus desdobramentos e nas consequências do caso Rose que ainda nem começou.
É óbvio que o caso Rose pode ter sido apenas um recado de Dilma para que o desencarnado ficasse quieto, mas depois de iniciada a coisa toma vida própria e o Ministério Público não tem que ficar dando satisfações a Dilma, portanto desse mato ainda podem sair coelhos bem orelhudos.
Mas se nada acontecer até lá, em 2014, aproveitando a queda na popularidade da Dilma, que já começou a descer a ladeira, Lula pode se apresentar como a "solução" do partido. E não era isso o que ele queria? Lembram-se daquela história do sapo que, expulso da festa no céu, pedia para ser atirado na pedra, porque tinha medo de água e não sabia nadar? Pois o nosso sapo barbudo está só esperando a hora de começar a gritar: "Na água, não! Na água, não!"
---------------------------------------------------------------------------------------------
E o senador Eduardo Suplicy que teve que se submeter ao vexame de enviar uma carta-aberta ao Lula, para ser recebido por ele! Que vergonha para um senador da República, representando o maior Estado da Federação, ter que mendigar atenção de um semi-analfabeto sem cargo algum, como se fosse, ele, senador, um menino inexperiente na política, um principiante que precisasse receber as benesses do coronel? É preciso que o coronel Lula o abençoe para que ele possa disputar mais um mandato de senador? O neo-coronelismo já chegou a tanto?
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Luz no fim do túnel?
Finalmente alguma dose de bom senso baixou em uma instância de governo. Refiro-me ao pronunciamento do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que declarou que "agora é o investimento que será o carro-chefe do crescimento econômico e não o consumo".
O problema é saber se dona Dilma concorda. Afinal ela é a chefa e o Banco Central não tem autonomia alguma. Se Tombini conseguir implementar essa visão estaremos finalmente escapando do círculo vicioso a que o populismo consumista de Lula e Dilma nos levaram. Deveria ser ele então o ministro da Fazenda e não aquele escorregadio lacaio de salão.
Outra questão que surge é: quem vai investir? O empresariado brasileiro ou o governo? O primeiro, em sua maioria, não acredita no governo e alguns espertos (e amigos do rei) só "investem" com dinheiro do BNDES. O governo por sua vez, não tem mais capacidade de investir e muito menos de gerir depois o investimento feito. Resta o capital externo, que também não virá a um país que o hostiliza e não oferece segurança institucional, nem jurídica. Hoje as regras são umas, amanhã são outras, a depender dos humores e das conveniências do chefete de plantão.
Para piorar, o ano que vem é ano eleitoral e outras forças entram em jogo, suplantando o bom senso. Se tivéssemos um estadista no governo, as ações a serem tomadas seriam as necessárias ao controle da inflação e retomada sustentável do desenvolvimento econômico. Mas isso é querer demais de uma pessoa sem capacidade e que foi alçada ao poder apenas pelo voluntarismo de um líder carismático mas ignorante.
Apesar disso tudo, resta uma tênue esperança pela fala de Tombini. Pode ser, ao menos, uma luz no fim do túnel.
O problema é saber se dona Dilma concorda. Afinal ela é a chefa e o Banco Central não tem autonomia alguma. Se Tombini conseguir implementar essa visão estaremos finalmente escapando do círculo vicioso a que o populismo consumista de Lula e Dilma nos levaram. Deveria ser ele então o ministro da Fazenda e não aquele escorregadio lacaio de salão.
Outra questão que surge é: quem vai investir? O empresariado brasileiro ou o governo? O primeiro, em sua maioria, não acredita no governo e alguns espertos (e amigos do rei) só "investem" com dinheiro do BNDES. O governo por sua vez, não tem mais capacidade de investir e muito menos de gerir depois o investimento feito. Resta o capital externo, que também não virá a um país que o hostiliza e não oferece segurança institucional, nem jurídica. Hoje as regras são umas, amanhã são outras, a depender dos humores e das conveniências do chefete de plantão.
Para piorar, o ano que vem é ano eleitoral e outras forças entram em jogo, suplantando o bom senso. Se tivéssemos um estadista no governo, as ações a serem tomadas seriam as necessárias ao controle da inflação e retomada sustentável do desenvolvimento econômico. Mas isso é querer demais de uma pessoa sem capacidade e que foi alçada ao poder apenas pelo voluntarismo de um líder carismático mas ignorante.
Apesar disso tudo, resta uma tênue esperança pela fala de Tombini. Pode ser, ao menos, uma luz no fim do túnel.
Assinar:
Postagens (Atom)
Seguidores do Blog
Blogs que sigo
No Twitter:
Wikipedia
Resultados da pesquisa