sábado, 8 de junho de 2013

Fundo do poço

É tão surreal que parece uma invenção da oposição. Uma senhora, militante há anos na política, tendo exercido altos cargos executivos em ministérios importantes como o das Minas e Energia e da Casa Civil,  pertencente a um partido com 30 anos de história, é indicada a disputar o cargo mais alto na nação, acaba por ser eleita e começa a governar... sem um simples papel rascunhado como programa de governo!!!
Assume a presidência sem qualquer estratégia pré-estabelecida, sem definir prioridades, sem direção para a economia, sem critérios de gestão, sem metas, sem rumo para a política externa, em resumo, sem coisa alguma. Vai governar pra quê? Com qual objetivo?
Daí segue empurrando a governança a torto e a direito, assinando os papéis que lhe caem à frente. Começa com uma demissão em massa e em série de ministros corruptos, que ela tinha acabado de nomear, mas  deixa que ministros corruptos demitidos continuem mandando na administração, como é o caso da Erenice Guerra.
Manda baixar os juros, diz que não vai deixá-los subir de jeito nenhum, logo depois manda subir os juros. Inventa subsídios para alguns setores industriais e diz que está protegendo a indústria nacional e o emprego dos brasileiros, mas afugenta o capital externo que viria criar mais empregos para os brasileiros e que agora prefere ir para o Chile, Peru e Colômbia. Diz que o real está supervalorizado, que há um tsunami de dólares invadindo o Brasil e manda o Banco Central puxar a cotação para desvalorizar a nossa moeda. O resultado é que as importações ficam mais caras e como não podemos deixar de importar petróleo, isso leva a Petrobrás a fazer prejuízos monstruosos. Aí, num lance de brilhantismo intelectual manda o Banco Central baixar o dólar á força, pois o que era tsunami virou um deserto seco e árido.
Promete desconto na energia elétrica e quer que as empresas façam prejuízo para ela, governanta, manter a popularidade, mesmo tendo que usar em escala cada vez maior a geração de energia das termo-elétricas caras e dispendiosas.
Depois de derrubar o valor da Petrobrás, nos obriga a engolir um aumento no preço dos combustíveis, que anula toda e qualquer redução no custo da energia elétrica. Muda a regra da poupança, volta a regra antiga da poupança. Promove a caxirola nos eventos esportivos como um instrumento de referência da genialidade brasileira; esquece a caxirola! Inaugura estádios incompletos, cujos tetos desabam logo depois. Inaugura obras do PAC que não serão terminadas. Anuncia programas que jamais sairão do papel, tais como as 6.000 creches, os 800 aeroportos, os 8.000 km em rodovias, os 6.000 agentes de defesa civil, as 6.000 casas para os flagelados da região serrana do Rio, a transposição do S.Francisco etc.
É uma parafernália de números que não dizem nada, quando não são simples, pura e deslavada mentira. Nenhum deles se traduz em melhoras para a vida dos cidadãos. Só não chegamos ao fundo do poço, porque (como já disse alguém) já roubaram o poço e o fundo!

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